Castelo de Vidro - Capítulo 29 (Últimos Capítulos)

quinta-feira, outubro 29, 2020

 

Castelo de Vidro


NOVELA DE

Gabriel Malifer


COLABORAÇÃO

Gabriel Pretto


AUTORIZAÇÃO

Web Novelas Channel


Capítulo 29 - Surpresas


O CONTEÚDO ABAIXO NÃO É RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS. CONTÉM LINGUAGEM IMPRÓPRIA, CONTEÚDO SEXUAL E VIOLÊNCIA


CENA 01/HOSPITAL/CANTINA/INTERIOR/NOITE

Laila e Alice estão sozinhas na cantina do hospital. As duas estão sentadas, lado a lado, conversando sobre diversos assuntos, mais especificamente: futuro.


Laila: Que legal que você quer cursar medicina, Alice! É uma ótima escolha e também uma profissão super importante, que salva vidas.

Alice: Realmente! Eu vou prestar vestibular e me preparar nos melhores cursos para entrar na faculdade. (T) Agora, e você? O que deseja fazer da vida?

Laila (com os olhos brilhando): Ah… Eu tenho o sonho de ser modelo, desde pequena! Inclusive, eu já tô até investindo nisso. Tô entrando em contato com várias agências, negociando trabalho.

Alice: Laila… Conversa vai e conversa vem… Eu ainda não consegui te dizer, tudo que eu quero te dizer! 

Laila (confusa): Como assim?


Alice, expressando bastante nervosismo, se levanta da cadeira e fica de costas para Laila. Essa, que também se levanta e fica por trás da primeira.


Alice: Laila, eu quero te falar um negócio que tá entalado a muito tempo na minha garganta… Eu gosto… Eu acho que eu… Gosto de você! Mas gostar tipo… Não como amiga e sim… Você sabe! 

Laila (surpresa): Alice… Calma… Pera aí? Me explica isso direito…

Alice (chorosa): Ai… Eu sou uma burra mesmo! Esquece isso… Por favor!

Laila: Alice… I don't wanna be your friend, I wanna kiss your lips

Alice: C-Como… Como assim?


"I Wanna Be Your Girlfriend - Girl in Red" toca na cena. Laila pega Alice pelo rosto e a beija apaixonadamente. Vários closes são feitos entre elas. Após um beijo adocicado, elas se separam e ficam sorrindo uma para a outra.


CENA 02/MONTEVIDEO/HOTEL 5 ESTRELAS/SUÍTE PRESIDENCIAL/INTERIOR/NOITE

A porta da suíte se abre, Liliana e Manoel adentram carregando suas malas. Manoel fecha a porta após se adequarem ao local. Eles deixam as malas de lado, o homem se joga na cama. Liliana ainda fica de pé observando os arredores.


Manoel: O que foi meu amor?

Liliana: Aqui é bonito demais, né…

Manoel: Verdade! Eu escolhi tudo isso aqui por você. Você é a razão do meu viver!

Liliana: Você gastando tudo isso e pode ser atoa…

Manoel: Ei, vira essa boca pra lá!


Manoel se levanta da cama e vai até Liliana, ele vira ela e os dois ficam se encarando. Ele a abraça e a beija, delicadamente.


Manoel: Vai dar tudo certo! Amanhã a gente vai começar a resolver tudo isso e você vai ser bem dessa situação.

Liliana: Eu queria ter a mesma esperança que você. Mas é impossível!

Manoel: Fé! Fé, meu amor!


Eles se abraçam.


CENA 03/REAL BRASIL/SALA DE FORTUNATO/INTERIOR/NOITE

Exaustos da perseguição e ainda um pouco amedrontados e incertos, Fortunato, Roberto, Helena, Lucas, Eduardo e Roberto entram na sala. Roberto é de longe o mais cansado. Seus pulsos estão marcados e ardentes, com manchas vermelhas pelas cordas que ficaram durante horas o prendendo a uma cadeira quebrada. Renata vem enganchada em sua grande paixão. Cansado, o grupo se senta em torno da mesa da sala e respira profundamente.


Fortunato (incerto): Então, tá todo mundo bem?

Renata: Acho que sim. (T) Bem, só o Roberto que está mais cansado, mas fora isso, tudo bem, eu acho.

Roberto (exausto): Será que o Ivo realmente perdeu a gente?

Helena: Ele não tem como vir até aqui nos confrontar sozinho. Vai ser 6 contra 1 daí. E tem seguranças no prédio ainda. Acredito que estamos bem protegidos.

Eduardo (sério): Mas vale lembrar que o 1 tem uma arma. 

Helena: Eu sei, mas acho que isso não faz muita diferença.

Fortunato: Pois é (T). Lucas.

Lucas: Eu?

Fortunato (curioso): O dinheiro. Da onde você tirou a grana?

Lucas (cansado): Não se preocupe com isso. Eu tirei da minha mãe. Tenho os dados bancários dela que ela ainda não alterou as senhas. Dai tirei o dinheiro de lá.


Todos ficam chocados e ao mesmo tempo indignados.


Roberto (surpreso): Você extorquiu 15 milhões da sua mãe!?

Lucas: Sim.

Helena (indignada): Tá maluco? Quer que ela vá atrás da gente agora?

Eduardo (confuso): Por que tirou da sua mãe?

Lucas: Pra colocar o Ivo contra a Ana e ela deduzir que foi ele que a roubou.

Renata (estupefata): Pelo amor de deus…

Lucas: O quê? Não conseguimos tirar o Roberto de lá?

Fortunato: Sim, conseguimos. Mas e se ela descobre que foi você? Você pode ser preso. Extorsão é crime. E isso pode prejudicar a coisa pro nosso lado.


O grupo estupefacto com a declaração de Lucas. Muitos consideram a atitude como inconsequente e burra. O jovem fica pensativo, refletindo sobre sua decisão.


CENA 04/EDIFÍCIO ROYAL/CASA DE FORTUNATO/SALA DE ESTAR/NOITE

Nina e Eliza estão sentadas no sofá esperando Alice chegar do hospital. As duas estão quase dormindo quando uma batida é executada na porta. Eliza se levanta apressadamente e abre a mesma. É Alice quem bate na porta e ela dentro da casa. A mãe sorri para a filha mais velha.


Eliza (sorridente): Se atrasou, filha? 

Alice (sem jeito): Sim, um pouco.

Eliza: Novidades?

Alice: Sim. Uma bem grande por sinal.


Alice suspirou antes de continuar a falar.


Alice: Eu me assumi pra Laila (T). Estamos namorando agora.


Eliza e Nina ficam cheias de alegria e não se esforçam para esconder suas felicidades. Elas correm até Alice e abraçam.


CENA 05/DELEGACIA DE POLÍCIA DE SÃO PAULO/SALA DE INTERROGAÇÕES/INTERIOR/NOITE

Sentada em uma carreira em uma sala cúbica e pequena está Neidinha. A moça ainda está toda suja de terra por conta de sua luta pela sobrevivência ao sair do caixão. Junto com ela, há um perito (Rogério Fróes). O homem usa óculos e tem uma expressão séria estampando o seu rosto. Ele está fazendo alguns questionamentos para Neidinha para que a polícia possa tomar uma ação contra o responsável por enterrar a moça viva. 


Neidinha (séria): Aí, a gente sai do restaurante. Eu me senti um pouco tonta e acabei desmaiando. Eu não sei por quanto tempo eu fiquei desacordada (T). Só sei que quando despertei, eu já estava dentro do caixão (T). Tentei gritar por socorro, mas ninguém escutou. 

Perito (anotando algumas coisas em um bloco de notas): Você viu quem fez isso com você?

Neidinha (preocupada): Não (T). Mas depois que eu fui enterrada, eu fiquei um bom tempo presa. Achei que ia morrer ali (T). Mas eu consegui sair. 

Perito: Muito bem. Além desse Januário, tinha mais alguém no jantar?

Neidinha: Não. Éramos só nós dois (T). Eu esqueci de falar um detalhe antes. O Januário me deu um drink lá. Champagne (T). Eu acho que tinha alguma droga dentro. Ele tinha um gosto bem forte e eu comecei a me sentir tonta logo depois que bebi o liquido, tipo uns 5 minutos depois (T). E eu só tomei meia taça de Champagne (T). Acredito que ele, o Januário, tenha usado isso para me dopar.

Perito: Muito bem. E como esse Januário se parece?

Neidinha: É um homem negro, parrudo (T). Tem olhos castanhos (T). Ele estava usando uma jeans azul, tênis pretos dos quais não me recordo o modelo, uma camiseta social branca e um colar amarelo e bem brilhante. Ele tem cabelos morenos e uma barba cheia (T). Ele tem uma conta em um aplicativo de namoro e eu tenho uma foto dele no meu celular. Mas eu não encontrei o mesmo. Acho que ele deve ter pegado.

Perito: Ótimo. Sem mais perguntas.


O Perito sai da sala, deixando Neidinha sozinha. A moça suspira. Ela está nervosa, com medo do que Januário possa fazer se ele não for pego.



CENA 06/MORRO DO SOL/RUAS/EXTERIOR/NOITE

Sobral está sentado em um banco no meio das, no momento, desertas ruas do 

Morro do Sol esperando por Januário. Já faz algumas horas que ele recebeu uma ligação do mesmo dizendo que conseguiu a grana e fuma um cigarro enquanto o aguarda. De repente, uma silhueta vem caminhando pelo asfalto. Uma silhueta masculina. É Januario. Ele assobia para chamar a atenção de Sobral. O homem se levanta e vai até ele.


Sobral (animado): Trouxe a grana?

Januário (falando baixo): Tá tudo aqui (entrega a maleta de dinheiro). Eu preciso voltar pra casa agora. Pode já ir comprando as coisas e me avisa quando conseguir (T). Até amanhã.


Januário sai a passos apressados de volta para a sua casa. Sobral fica todo feliz com a grana e sai para comprar recursos para a facção.


Uma transição mostra Laila que recebe uma notificação da agência de modelos "Vitória Régia". Na mensagem revela que ela foi aprova, ela avisa seus familiares e eles comemoram. Logo após, é feita uma transição até o dia.


CENA 07/SÃO PAULO/RUAS/EXTERIOR/DIA

É cedo da manhã em São Paulo. Pelas ruas da movimentada e grande selva de pedra, podemos ver uma Ana Maria nervosa caminhando pelas calçadas esburacadas. Há várias pessoas na rua, a maioria a caminho da trabalho. Ana decidiu fazer uma caminhada para relaxar e tirar um pouco do estresse do sumiço dos seus 15 milhões de reais. Ela veste uma roupa um tanto quanto extravagante, toda com estampa de onça, e usando óculos escuros. Algumas pessoas que passam fazem olhares brincalhões para o look e até dão umas risadas, o que contribui para colocar a paciência da perua cada vez mais afundada no saco. Ana está no meio de uma ligação telefônica com Ivo.


Ana Maria (falando ao telefone com uma voz nervosa): Olha, eu preciso que você venha até a minha casa o mais rápido possível (T). Roubaram meu dinheiro, Ivo (T). 15 milhões de reais (T). Quem foi? E eu vou lá saber sem nenhuma prova (T)? Deduzi que pode ter sido ele, mas acho que ele não ia ser bocó ao ponto de me desafiar assim depois do que eu fiz com o carro dele (T). Eu não sei quando foi isso. Descobri ontem de madrugada. Mal consegui…


Ela é interrompida por algo que vê na rua e fica boquiaberta e surpresa. No quarteirão a sua frente, ela vê alguém que não podia estar na rua atravessando a faixa de pedestres. O semáforo está vermelho, os carros parados e a figura de óculos escuros e toda suja de terra. Ana abaixa os seus óculos e segura. A câmera foca na expressão incrédula da mulher. A imagem continua focada no rosto enquanto Neidinha passa em frente a mulher. A câmera consegue pegar o rosto da moça que deveria estar mostra. O rosto de Ana fica vermelho de raiva e ela aperta os punhos. 

 

CENA 08/APARTAMENTO DE ANA MARIA/SALA DE ESTAR/INTERIOR/DIA

Em um corte rápido, vemos que Ana está agora de volta á sua casa enlouquecida por ter visto Neidinha vagando sozinha e ilesa pelas ruas. Ivo está sentado no sofá da moça com uma maleta negra em seu colo e um rosto demonstrando um certo aborrecimento e cansaço. Por conta do pneu furado de seu carro, ele teve que caminhar durante duas horas até a casa de sua patroa. 


Ana Maria está com as mãos na cabeça, claramente nervosa. Hoje, seu dia começou com o pé esquerdo. Primeiro, seu dinheiro foi roubado. Depois, Neidinha está viva. A única coisa que ela consegue fazer no momento e se descabelar, gritar e espernear. Ela contou para Ivo o que viu.


Ivo (surpreso): A Neidinha?

Ana Maria (irritada): Em carne e osso...eu acho…

Ivo (confuso): Mas eu achava que aquele sujeito tinha dado um sumiço nela.


Ana Maria para e suspira em aborrecimento. Ela estende seu braço direito para Ivo


Ana Maria (levantando a manga de sua blusa): Me belisca.

Ivo (perdido): O quê? Por quê?

Ana Maria (impaciente): Pra ver se eu não estou maluca. (T) Vamos!

Ivo (relutante): Você que pediu.


Obedecendo a sua chefe, mas de um jeito até que relutante, Ivo crava as suas unhas no braço de Ana Maria, que se contorce em dor.


Ana Maria (gemendo de dor): Ai! Não tão forte, seu vira-lata! Solta!


Ivo solta Ana Maria e a perua olha para o seu braço vermelho. Ela suspira mais uma vez e olha para Ivo.


Ana Maria (aborrecida): Bem, não estou louca não. (T) E o sequestro? Como foi?

Ivo: Deram a grana e eu liberei ele. Acho que não são tão burros ao ponto de alertar a polícia.


Ele se levanta com a maleta e mostra ela para Ana.


Ivo (sorridente): Pedi 15 milhões. Tá tudo aqui.

Ana Maria (suspeita): 15 milhões? (T) Posso dar uma olhada?

Ivo: Claro. Fique a vontade.


Ivo passa a maleta para a perua. Ana se senta no sofá, abre a bagagem e vasculha todo o dinheiro. Para uma pessoa ambiciosa como ela, é relaxante ver tanta grana junta e ter a certeza de que ela está nas suas mãos. Porém, a reação que ela esboça não é de alegria. Suas sobrancelhas ficam abaixadas em uma linha diagonal. Seus dentes começam a ranger e ela fica vermelho. Ela olha para Ivo e lentamente se aproxima dele.


Ivo (confuso): Er...você está bem?


Furiosa, Ana defere um tapa na cara de Ivo, que cai para trás, desnorteado. Ele não chega a cair no chão pois se apoia numa mesa.


Ana Maria (fora de si): Isso é pelo beliscão!


Não satisfeita, ela vai até o seu comparsa, segura ele pelo queixo e defere outra bolacha nele, dessa vez pela direita.


Ana Maria (irritada): E essa aqui é por ter roubado meu dinheiro!

Ivo (desnorteado): Roubar? Que dinheiro? Do que v-

Ana Maria (descontrolada): Pare com essa conversa fiada! Eu tô falando daquele dinheiro da maleta! Aqueles 15 milhões foram tirados de mim. Você oubou meu dinheiro!

Ivo (assustado): Primeiro de tudo, eu estava no meio de um sequestro. Não teria como eu roubar. Segundo, não fui eu que arranjei a grana. Foi o Fortunato. Se alguém roubou o seu dinheiro, só pode ter sido ele.

Ana Maria (ameaçadora): Mas como ele acessou a minha conta bancária sem saber dos meus dados? Eu teria sido notificada se alguma invasão suspeita fosse feita. Só pode ter sido o Lucas. Eu compartilhava meus dados com ele quando eu podia tratar ele como filho.

Ivo: Você dá suas senhas bancárias pro seu filho?

Ana Maria: Sim. Ele me ajudava a fazer transações e fazia elas quando eu não podia.

Ivo (indignado): E você não alterou a senha depois do escândalo?

Ana Maria: Não.


Ivo, em descrença com tamanha falta de inteligência, bate os pés no chão e da com as mãos na cintura.


Ivo (desacreditado): Aí complica, né? Como você não quer ser extorquida quando você burramente administra seus dados bancários? Não se compartilha essas coisas com ninguém. Deixa de ser anta!

Ana Maria: Cala a boca. O importante que o din-din voltou. (T) Agora com a Neidinha, eu quero minha grana de volta! 250 mil por um serviço não feito? Por favor, né?


CENA 09/MORRO DO SOL/CANTINHO DA MAURA/INTERIOR/DIA

No restaurante de Maura, as reformas já estão todas prontas e ele está ao lado de Luciano Huck. Há algumas pessoas no local fazendo alguns detalhes finais na pintura e decorando o lugar com alguns objetos, como formas, pinturas, poster e vasos de planta. Quem passa por aquele local depois da reforma não pode nem imaginar que ele já foi destruído por um incêndio e nunca esteve tão bonito. As bancadas são feitas de mármore e estão pintadas de um branco. O piso é de carpete vermelho, enquanto as paredes são repaginadas com um papel de parede de listras nas cores azul e branca. As novas mesas são de pinheiro e foram feitos por uma empresa especializada alemã. Os utensílios da cozinha são todos de última geração. Maura nunca se sentiu tão feliz antes com seu negócio. Seu pequeno restaurante tem tudo para se tornar um grande sucesso em São Paulo daqui pra frente.


Luciano (sorridente): Tá bonito, né?

Maura (feliz): Muito. Parece um outro estabelecimento. Mal posso esperar pela inauguração.

Luciano: Eu também não (T). E falando nisso, a gente precisa combinar um dia pra fazer cerimônia. Quando sugere?


Maura fica em silêncio por alguns segundos pensando em um dia.


Maura: Bem, o feriadão vem vindo aí. Então quem sabe não fazemos nesse feriado se possível?

Luciano: Acho perfeito. (T) Combinado então?

Maura: Combinado!


Os dois continuam a admirar o ambiente do repaginado estabelecimento.


CENA 10/MORRO DO SOL/CASA DE CARLINHOS/SALA DE ESTAR/INTERIOR/DIA

Sentado no sofá de sua casa e, entediado, checando as suas redes sociais está Carlinhos. Nada de muito interessante vem acontecendo na véspera do feriadão. Todos os grupos nos quais ele se encontra estão parados e nada de interessante passa na televisão. Enquanto checa o Facebook, ele se depara com uma postagem recente da página do Cantinho da Maura, que diz o seguinte:


‘’Morro do Sol, é com muito prazer que viemos anunciar que nesse feriadão, amanhã, teremos a inauguração do novo Cantinho da Maura com a presença de Luciano Huck. Não percam!”


O post tem vários compartilhamentos, comentários e curtidas. Carlinhos dá um sorriso de canto. Ele está feliz por Maura. Mas logo a sua expressão volta a ser de seriedade.


Ao se lembrar do trágico incêndio, Carlinhos fica inseguro. Sabe que Sobral pode muito bem tentar novamente um novo atentado. Um sentimento ruim toma conta do menino. Ele não quer que nada aconteça com Maura, que é uma boa pessoa, o que nenhum inocente se machuque. Preocupado, ele decide que precisa fazer alguma coisa. Então ele se levanta, calça rapidamente seus tênis e saí de casa.


CENA 11/REAL BRASIL/FACHADA/EXTERIOR/DIA

Fortunato está fechando as portas da empresa mais cedo. Ele sai, carregando sua maleta e mexendo no celular. Ele é surpreendido quando Neidinha aparece, um pouco machucada.


Fortunato: NEIDINHA! O QUE ACONTECEU? Você tava sumida…

Neidinha (aos prantos): Eu fui vítima de uma armação! Tentaram me matar, Fortunato… EU FUI ENTERRADA VIVA! EU ACHO QUE FOI A ANA MARIA!

Fortunato (em choque): Meu pai amado…


Ele segura na mão de Neidinha e eles vão para dentro conversar. A cena escurece. Há uma transição até o dia seguinte, é feriado e dia da reinauguração do cantinho da Maura.


CENA 12/CENTRO DE SÃO PAULO/PRAÇA/EXTERIOR/DIA

Lucas está sentado em um banco tomando um pouco de ar fresco. É feriado em São Paulo. As ruas estão movimentadas de pessoas relaxando, crianças correndo e famílias se divertindo. Alguns meninos perseguem um caminhão de sorvete que passa pelo quarteirão ao som de um jingle. Em um banco não muito longe de Lucas, há uma senhora idosa lendo um jornal junto de quem aparenta ser o seu marido. Lucas está apenas querendo dar uma respirada.


De repente, seu celular começa a vibrar dentro de seu bolso e seu toque começa a soar. O moço pega o aparelho e olha para o visor. Quem liga é Helena. Ele sorri quando percebe e rapidamente atende.


Lucas (contente): Oi amor.

Helena (no cel.): Oi. Tudo bem?

Lucas: Tudo, e com você?

Helena: Também. (T) Olha, eu tenho um convite para te fazer.

Lucas: Qual?

Helena: Daqui a algumas horas, às quatro da tarde, vai ter a inauguração do restaurante da minha mãe. Eu vou. Você quer vir junto?

Lucas se entusiasma. Ele sabe que essa pode ser a oportunidade na qual ele tanto esperava para pedir Helena em casamento. De canto, ele solta um sorriso e suspira antes de responder.


Lucas: Aceito sim.

Helena (no cel.): Ok! (T) Nos vemos depois, então?

Lucas: Sim. (T) Beijos. Tchau.

Helena: Tchau!

Lucas desliga e suspira aliviado.

CENA 13/MORRO DO SOL/CANTINHO DA MAURA/EXTERIOR/DIA

O tempo passou e já são três e meia da tarde. Faltam 30 minutos para a inauguração do restaurante. Centenas de pessoas estão presentes. Entre elas Socorro, a própria Maura, a estrela da ocasião, e Luciano Huck. Do lado de fora, foi montada uma pequena área de comemoração com um pequeno palco e um microfone, a qual Maura fará um discurso ás 4 da tarde. Várias pessoas parabenizam a moça pela reforma e outras fãs paparazzis de celebridades tiram fotos com Luciano. Tudo está indo como planejado e o dia está lindo.


De repente, o que Carlinhos temia, acontece. Descendo a rua, podemos ver Sobral, Januário e vários e seus capangas. Todos estão muito bem armados e protegidos até os dentes com coletes a prova de bala. Sobral carrega um rifle de assalto, Januário uma espingarda policial e os demais usam metralhadoras e pistolas. Com Sobral na frente, a gangue se aproxima da pequena comemoração e, para chamar a atenção, Sobral dá alguns tiros para o alto. Todos se viraram assustados. Maura dá um pulo de susto e vai para perto de Socorro. A facção aponta suas armas para todos os presentes.

 

Sobral (ameaçador): Ninguém se mexe. (T) Acabou o caô…


Maura gela de cima a baixo e todos ficam muito assustados.


CENA 14/MORRO DO SOL/EXTERIOR/DIA

Helena sobe a ladeira do morro, indo em direção ao Cantinho da Maura. Em um corte suave, vemos que ela já está andando por uma rua. Ela vai passar por uma esquina, um carro preto está lá esperando alguma oportunidade. Helena vai cruzar a esquina, quando o carro preto percebe, começa a acelerar em direção a ela. Quando percebe, Helena tenta escapar, mas o carro ainda consegue a atropelar. O veículo sai sem prestar socorros e para distante. Helena fica deitada no chão, sem conseguir se mover. Foco no carro preto, o vidro se abre para a pessoa olhar o retrovisor e ver Helena. A CAM vai subindo e revela Ana Maria, sorridente com o resultado.


[A câmera congela em Ana Maria, barras pretas tomam conta da tela finalizando o capítulo]


Realização




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