Escuridão - Capítulo 17 (Últimos Capítulos):

**Cena01:
Márcia está apavorada:

Homem: Não fica com medo, princesa, não vou te machucar. A não ser que a chefia queira.

Márcia começa a se bater:

Márcia (gritando e se batento): Me solta. Socorro.

Homem: Cala a boca, sua galinha.
Olha que eu vou te abater.

Márcia dá uma cotovelada no homem e corre, porém ele consegue alcança-la. Ele segura ela novamente, tira uma arma da cintura e coloca na cabeça dela:

Homem: Tenta mais uma vez e eu atiro na tua cabeça aqui mesmo.

Márcia (apavorada): Não me machuca, por favor.

Homem: Eu não vou te machucar se você colaborar. Anda, bora pra aquele carro ali, ôh.

Ele aponta pra um carro parado com uma porta aberta:

Homem: Você vai entrar nele numa boa, sem gritar. E nem pense em tentar alguma gracinha. Esse cano aqui, ôh (mostra a arma pra ela), ele é perigoso.

Ele leva Márcia pro carro e bate a porta. Ele arranca o carro, levando Márcia.

**Cena02: Clara está em seu quarto. Seu telefone toca, ela vai pro banheiro e atende:

***Ligação:

Clara: Alô ?

Jorjão: Sou eu, o Jorjão.

Clara: Fala aí, Jorjão. Já sequestrou a safada ?

Jorjão: Já sim. A galinha grita demais, que saco.

Clara: O incrível é que pra me bater ela não tem medo. Eu vou devolver todos esse tapas e mais alguns.

Clara solta um riso:

Clara: Me passa o endereço.

Jorjão passa o endereço e ela desliga.

***Fim da Ligação.

Clara: Sua vagabunda, agora você vai me pagar por tudo. Agora você vai saber quem manda.

Clara toma banho e troca de roupa.

**Cena03: Cacau está em seu quarto, deitada na cama, com as luzes apagadas:

Cacau: Vou descer e tomar um café.

Ela sai do quarto, desce as escadas e vai em direção a cozinha:

Cacau: Estou precisando relaxar.

De repente, uma voz ecoa pelo ambiente chamando seu nome:

Voz: Cláudia...

Ela se assusta e fica olhando pra todos os lados:

Cacau (assustada): Quem está aí ?

Voz: Cláudia...

Ela pega uma faca acima da mesa:

Cacau (assustada): Quem está aí ? Responde.

Voz: Como pôde, Cláudia ?

Cacau (com medo): Me deixa em paz.

A voz começa a soar com mais intensidade, assustando Cacau mais ainda.
Ela tapa os ouvidos e começa a gritar:

Cacau (gritando): ME ESQUECE. VAI EMBORA.

Som: Porque fez isso, Cláudia?

Cacau (gritando): ME DEIXA EM PAZ. VAI EMBORA, DESGRAÇA.

De repente, Zeca aparece na cozinha:

Zeca: Cacau, o que houve ?

Cacau (gritando e chorando): ME DEIXA EM PAZ. EU SÓ QUERO VIVER A MINHA VIDA.

Zeca: Cacau, sou eu. O Zeca.

Cacau: Zeca ?

Ela o abraça

Zeca: O que aconteceu ?

Cacau (chorando): Eu só quero viver a minha vida em paz.

Zeca: Me conta, porquê você está assim, gritando ?

Cacau: Não foi nada. Eu... Eu tenho que dormir, estou com sono.

Ela sai da cozinha, sobe as escadas e se tranca no quarto.
Zeca fica sozinho na cozinha:

Zeca: Que estranho.

Ele sobe as escadas, entra no quarto e vê Natália deitada:

Zeca: Naty, eu fui tomar água e vi a Cacau gritando igual uma louca, dizendo pra deixarem ela em paz. Até eu fiquei com medo.

Natália: Cacau é uma vadia louca.

Zeca: Sério, eu acho que tem alguma coisa estranha com ela.
Parecia que ela estava vendo coisas, credo.

Natália: Vai ver ela estava vendo os machos que ela já pegou. Deve ter dado tanto que ficou louca.

Zeca: Naty, não brinca. Isso é sério.

Natália: Eu estou preocupada mesmo é com a Márcia. Até agora ela não chegou.

Zeca: O ônibus deve ter atrasado, miga. Sabe que essas coisas é comum acontecer. Ela precisa comprar um carro.

Natália: Tomara que tenha sido só isso, ela está demorando muito.

**Cena04: Márcia está sendo levada pra algum lugar. Ela está apavorada com a situação:

Márcia (apavorada): Pra onde estão me levando ? Fala.
Foi aquela vagabunda da Clara, não foi ? Ela mandou você...

Homem (impaciente): Cala a boca, desgraça. Parece uma galinha. Que droga.

Passa um tempinho.

Homem: Chegamos.

O homem estaciona o carro em um lugar escuro com um galpão mais a frente e tira Márcia de dentro, que fica se debatendo:

Márcia (gritando): ME SOLTA, MALDITO. ME LARGA, EU NÃO VOU ENTRAR AÍ.

Homem: Tá com a língua solta, hein piranha ?
Fica caladinha se não eu meto uma bala na tua cabeça, doidona.

Márcia fica calada e o homem a leva pra dentro do galpão. Ele a empurra e ela cai no chão. De repente, ele tira um pequeno frasco do bolso e um pano. Ele derrama o liquido do frasco no pano e vai se aproximando de Márcia, que recua para trás:

Homem: Agora tu vai fechar esse bico, galinha.

O homem coloca o pano no rosto de Márcia, que fica desnorteada e logo em seguida desmaia.

**Cena05: Clara está descendo as escadas da casa de Mauro, que está sentado no sofá:

Mauro: Clara, vamos conversar agora ?

Clara: Agora eu não posso. Tenho que encontrar umas amigas, vamos numa festinha na casa de uma delas.

Mauro: Temos um assunto sério pra tratar e você vai ir pra uma festa ?

Clara: Sinto muito, Mauro. Eu... Eu não pude recusar, elas são minhas amigas.

Mauro: Então tá, Clara. Vai, pode ir.

Clara: Quando eu voltar nós conversamos.

Clara sai, entra no seu carro, dá a partida e vai embora.

Clara (dirigindo): Que delícia, quero ver a vadia toda cagada de medo.

Ela continua dirigindo.

**Cena06: Natália e Zeca estão no quarto esperando Márcia chegar. Natália levanta da cama:

Natália: Zeca, é sério. Estou muito preocupada, até agora ela não chegou.

Zeca: Agora eu estou preocupado também. Não queria ligar pra ela não ficar com telefone no meio da rua, mas vou ter que fazer isso.

Zeca pega seu telefone e liga pra Márcia, porém ninguém atende.

Zeca: Ela não atendeu.

Natália: Tenta outra vez.

Ele liga novamente...

**Cena07: Márcia está no galpão. Ela está acordando, ainda se sentindo tonta. Depois de acordar de vez, o homem aparece na sua frente com o seu celular tocando nas mãos:

Homem: Esse Zequinha é persistente, né ?

Márcia fica calada:

Homem: Pra ter esse nome frescurento deve ser um viadinho amiguinho de piranhas igual a você.

Márcia (furiosa): NÃO FALA ASSIM DO MEU AMIGO, SEU DESGRAÇADO.

O homem segura no rosto de Márcia:

Homem: Porra, eu já te falei pra segurar essa língua não foi ? Cala essa boca, cacete.

Márcia (gritando): VAI PRO INFERNO. EU NÃO TENHO MEDO DE VOCÊ, SEU MONSTRO.

O homem dá uma bofetada no rosto de Márcia:

Homem: Já disse pra segurar essa língua, vagabunda.

De repente, Clara aparece:

Clara: Já chega, Jorjão. Deixa essa vagaba comigo.

Márcia (debochando): Jorjão ?
Pra mim, isso é nome de hétero que vive no armário.

Jorjão (com raiva): Maldita.

Ela tenta ir até Márcia, porém é impedido por Clara:

Clara: Vai pro teu carro. Quero conversar um pouco com ela sozinha.

Jorjão olha com ódio pra Márcia, que está debochando dele. Ele sai e Clara vai em direção a sua irmã:

Márcia (furiosa): Sua desgraçada, você vai se arrepender por ter me sequestrado.

Clara: Sabe, Márcia. Eu poderia deixar o Jorjão atirar no meio da tua testa aqui mesmo. Mas, prefiro fazer isso com minhas próprias mãos.

De repente, ela tira uma arma de sua cintura e aponta pra Márcia:

Clara: Eu vou estraçalhar a tua cabeça, maldita.

Márcia olha pra Clara apavorada. As duas se olha com semblantes diferentes. Márcia, com um semblante apavorado. Já Clara, com um semblante vitorioso.

De repente, um flash branco passa pela imagem, congelando o rosto de Márcia, que expressa um semblante apavorado.