Capítulo 25 – A MORTE ANTES DO FIM.

CENA 01: SUPERMERCADO/ MANHÃ.
William está com o carrinho de compras próximo a gôndola de bebidas quando recebe uma ligação.

WILLIAM – Alô?

TRAFICANTE (gritando) – Ô William, que palhaçada foi essa meu parça?

WILLIAM (confuso) – O que aconteceu?

TRAFICANTE – A mercadoria não chegou e os cara já tão botando pressão em cima de mim meu! Resolve isso ou eu vou mandar te tostar nos pneus aqui no meu morro.

WILLIAM (suando frio e gaguejando) – Tá... ok... eu vou resolver isso, pode deixar que eu vou ver o que aconteceu (ele encerra a ligação)

CENA 02: MANSÃO VILLANOVA/ ESCRITÓRIO/ MANHÃ.
Heitor e Stefanny estão conversando quando William, ainda nervoso e já com a pele pálida adentra.

STEFANNY (levantando) – O que foi que aconteceu?

WILLIAM – O Vladizinho não recebeu a carga. Alguém deve ter desviado.

STEFANNY – Sim, sim. Até porque se a policia tivesse interceptado a gente ia saber. Mas quem ia desviar isso?

HEITOR (levantando sorrindo) – Foi eu.

WILLIAM (enfurecido partindo para cima de Heitor) – Seu miserável!!

STEFANNY (segurando ele) – Calma Will, calma! O Heitor deve ter uma boa explicação, não é Heitor?

HEITOR (cruzando os braços e se escorando na mesa) – Apareceu um outro traficante que ofereceu quinhentos mil pela mercadoria e eu aceitei. Ah, qual é, a gente manda uma mercadoria pro Vladizinho depois de amanhã. Olha, é só dizer pra ele que foi só um erro que não vai mais se repetir.

STEFANNY – Você ficou louco? O cara é um dos maiores traficantes daqui e ele pode vir atrás da gente, sei lá.

HEITOR – Essa também foi minha intenção, que ele viesse atrás de você primeiro.

STEFANNY (soltando William) – O quê? Que brincadeira é essa?

HEITOR -Brincadeira nenhuma, Stefanny. Sinceramente, eu acho que já tá na hora de você saber a verdade. Stefanny, eu só me aliei a você porque sozinho eu não ia derrubar o Eduardo. Então, depois que eu acabasse com ele eu ia dar um fim em você.

STEFANNY (lágrimas de ódio) – Eu não acredito que você fez isso comigo. Heitor, é sério, para com essa brincadeira.

HEITOR (andando até Stefanny e a encarando nos olhos) – Achou mesmo que eu não ia fazer nada contra você, sério? Poxa Stefanny, como você é burra, não é? (ele ri) – Acho que você não tá lembrada, mas eu também tava naquele carro que você fez cair do barranco, lembra? Pois é, eu não ia voltar pra cá e ficar de mãos atadas, sem fazer nada! Você procurou tudo isso, espero que você fique ciente disso.

STEFANNY (enxugando as lágrimas) – Quer dizer que agora é guerra? O meu aliado virou o meu inimigo.

HEITOR – Pode-se dizer que sim. Você e o Eduardo são dois fracotes, duas galinhas que eu vou fazer de espetinho e jogar pros porcos. Porque..... é isso que vocês são, dois frangões que estufam o peito e se acham espertos (ele solta uma gargalhada) – Mas são duas merdas ambulantes! Dois nadas!

STEFANNY – Você me traiu, mentiu pra mim, se fez de meu amigo, mas agora eu vi quem você é.

HEITOR (sorrindo) – E quem eu sou, me diz.

STEFANNY – Você é pior do que ele, bem pior. Mas não pensa que isso vai ficar assim, eu vou fazer de tudo pra te ver na merda, anota isso.

HEITOR – Eu tô me pelando de medo, embuste.

Stefanny e William saem do escritório.

CENA 03: RODOVIA/ TARDE.
Heitor dirige bem devagar pela pista da esquerda que fica ao lado do meio fio. Chove forte e a velocidade do limpador do para-brisa está no máximo. A visibilidade é muito baixa. Heitor recebe uma ligação.

HEITOR – Alô?

VLADINHO (gritando) – Seu vagabundo! Foi tu que desviou as drogas rapa!

HEITOR (nervoso) – Não, quem foi que te falou isso? O problema é que aconteceu um erro... é....

VLADINHO – Cala essa boca! Tu tá na minha mira mano, eu vou dar um jeito nessa tua vida de playboyzinho (ele encerra a ligação).

CENA 04: CASA DE HEITOR E RAQUEL/ SALA/ NOITE .
Ao adentrar a sala, Heitor se depara com Raquel aos beijos com um rapaz no sofá.

HEITOR (gritando) – Que merda é essa?

RAQUEL (levantando) – Calma, Heitor, calma por favor.

FIM DO CAPÍTULO