Redenção - Capítulo 32 (Última Semana)

terça-feira, junho 05, 2018


REDENÇÃO – CAPÍTULO 32 (ÚLTIMA SEMANA)


“CORRENTES DO DESTINO”

CENA 1/APARTAMENTO DE NINA/SALA/INTERIOR/NOITE

A camareira continua gritando desesperada após ver o cadáver de Bruno em cima do plástico. Ela corre para fora apartamento.

CENA 2/REVIERA BAR/INTERIOR/NOITE

Norma, Laís, Sandra, Miguel e Cátia se divertem. Sandra come caviar e cospe no prato em seguida.

SANDRA: Que bosta de comida de rico é essa? Um horror. Olha, eu sinceramente não sei como os ricos aproveitam tanto disso.

Todos riem.

NORMA (sorrindo): Nunca vim num lugar chique desses. Olha só que miséria, colocam só essa quantidade de comida pra gente, vê se pode. Rico é tudo frescurento, né?

LAÍS (sorrindo): Nem todos, mas é melhor já ir se acostumando.

CENA 3/REVIERA BAR/EXTERIOR/NOITE

Norma, Laís, Sandra, Miguel e Cátia saem do restaurante.

CÁTIA: Eu agradeço vocês por terem me convidado.

NORMA: É amiga da minha filha, então também é minha amiga.

MIGUEL (sorrindo): Eu também agradeço. Me diverti pra caramba lá.

SANDRA: Vocês dois serão muito bem vindos lá na minha pensão.

NORMA: Na minha futura casa também.

LAÍS: Deixa eu ajudar a escolher? Deixa, por favor.

NORMA (sorrindo): Nós duas juntas, filha.

MIGUEL: Laís vai morar mais longe de mim?

Laís olha pra Miguel.

NORMA: Vocês têm muito o que conversar. Vamos deixar eles a sós.

Norma, Cátia e Sandra seguem em frente, enquanto Laís e Miguel ficam.

LAÍS: E então?

MIGUEL: Eu preciso que você me dê uma resposta, Laís.

LAÍS: Como assim?

MIGUEL: Eu quero muito ficar com você, porque te amo demais, você sabe. Eu já tentei fazer de tudo, mas você nunca me olhou de outro jeito. Quando não era pra me xingar, era pra me humilhar.

LAÍS: Eu já te pedi desculpas e já disse que me redimi. Não quero ser mais aquela patricinha que humilha os outros.

MIGUEL: Você não gosta de mim?

LAÍS: Miguel, é claro que eu gosto de você.

MIGUEL: Mas não me ama.

LAÍS: Eu te beijei aquele dia pra me desculpar. Miguel, você é um cara legal, bacana, só que eu não tô a fim de namorar agora, tô louca pro colégio voltar a funcionar e  terminar o último ano logo pra eu me livrar de vez do ensino médio.

MIGUEL: Tudo bem, já entendi.

Miguel se afasta.

LAÍS: Não vai ficar chateado comigo, vai? Miguel, eu quero que entenda. Logo mais você acha uma garota que te ame.

MIGUEL (marejando): Não vai ter outra igual a você, Laís! Nunca vai existir! Eu te amo e você não me ama. Agora mesmo eu percebi que eu sou um pedaço de madeira que ninguém liga, que ninguém se importa. Sou um merda mesmo! Porra de vida.

LAÍS: Miguel, não fala assim.

MIGUEL: Desde quando eu entrei naquele colégio, eu sempre fui apaixonado por você, cheguei até bater no Hugo por sua causa!

LAÍS: Calma aí... O que você fez com o Hugo não foi culpa minha, veja bem. Não tenta querer descontar a sua raiva jogando isso na minha cara, porque eu não pedi pra você fazer nada!

MIGUEL: Desculpa. Desculpa. Eu sou um otário e um merda mesmo.

LAÍS: Você não é um otário e nem um merda, Miguel. Você é especial pra mim. Pode não parecer, mas é.

MIGUEL (surpreso): Quê?

LAÍS: É isso mesmo que você ouviu. Eu era a pior pessoa naquele colégio por te humilhar toda hora, mas no fundo admirava o que você sentia por mim. Percebi que era amor de verdade. Quantos caras eu já namorei que só pensavam em sexo e no meu dinheiro? Foi sempre assim. Graças a Deus eu nunca transei com nenhum deles. Mas o que eu quero dizer, é que com você sempre foi diferente, sempre foi amor de verdade.

MIGUEL (sorrindo): Então eu tenho chances?

LAÍS (sorrindo): Todas!

Miguel abraça Laís.

MIGUEL: Obrigado mesmo. – Termina de abraçá-la.

LAÍS: Mas como eu disse: espera eu terminar o último ano primeiro. Quero focar somente nos estudos, e quando o colégio voltar a funcionar, a gente vai ter que repôr tudinho, então vai ser muita coisa, não vai sobrar tempo.

MIGUEL (sorrindo): Claro, eu espero. Espero o tempo que for necessário. E a gente vai se formar juntos.

LAÍS (sorrindo): Sim, nós vamos.

MIGUEL (sorrindo): Você deixou minha noite mais feliz.

LAÍS: Vai ficar mais feliz ainda com isso. – Beija Miguel por alguns segundos.

Trilha Sonrora: Mulherão da Porra – Munhoz e Mariano (Feat. Jerry Smith)

Após o término do beijo, Miguel quase cai pra trás.

MIGUEL: Isso...

LAÍS (sorrindo): Isso você não esperava, não é? 
      
MIGUEL (sorrindo): Não mesmo. Vou dormir feliz hoje.

Laís ri.

CENA 4/RUA/NOITE

Close em Nina andando rapidamente. Ao chegar no local onde mora, ela vê várias viaturas de polícia e a perícia na frente do prédio.

FLASHBACK:

CAMAREIRA: Desculpa, mas eu não posso deixar nada pra depois. São ordens do chefe. – Tenta entrar, mas não consegue, pois é impedida por Nina.

NINA: Eu já disse que agora não! A prioridade aqui são os hóspedes, então você tem que obedecer os hóspedes! Pensa o quê? Eu conheço muito bem o dono do prédio, o Otávio, somos amigos. Anda, vaza!

CAMAREIRA: Eu só tô fazendo meu trabalho. – Tenta entrar, mas não consegue.
Foco em Nina, com a mão esquerda com a faca escondida, segurando bem firme a arma.

NINA: Não faça eu repetir de novo!

CAMAREIRA: Ah, tudo bem então, depois eu volto.

FIM DO FLASHBACK

NINA (desesperada): A camareira... A filha da puta da camareira! Que merda!

Ela vê uma mulher e um homem conversando ao redor.

MULHER: O que exatamente aconteceu lá dentro?

HOMEM: Parece que uma garota matou um cara lá dentro e depois fugiu, assim disse uma camareira que encontrou o corpo.

MULHER: E já descobriram quem é?

HOMEM: Já devem ter descoberto, lá tá cheio de digitais.

Foco em Nina completamente cercada.

NINA (desesperada): Minhas coisas... Meus documentos ficaram lá...

Um policial olha pra trás e Nina se esconde rapidamente.

NINA (desesperada): Eu preciso sair daqui.

Nina vai embora.

CENA 5/CASA DE PEDRO/EXTERIOR/NOITE

Trilha Sonora: Indestrutível – Pabllo Vittar

O corpo de Pedro é colocado num carro do IML totalmente coberto por um saco todo preto. Foco em Lucas chorando muito nos braços de Mateus, que o abraça.

Mateus passa a mão no cabelo do rapaz.

MATEUS: Vai ficar tudo bem... Xiii... Vai ficar tudo bem. Eu tô aqui. – Dá um beijo na testa de Lucas.

CENA 6/VILA MADALENA/AMANHECENDO

Ao som de “Indestrutível”, de Pabllo Vittar, amanhece na região de Vila Madalena. O clima é de frio. Close no termômetro marcando apenas 15 graus e nas pessoas andando de blusa na rua. O trânsito continua devastador logo pela manhã por causa do horário de pico. 

Os ônibus estão lotados e um número grande de pessoas esperando o ônibus no ponto.
Um pouco mais tarde, na comunidade Jardim Orestes, Norma, junto com Laís, sobem de táxi a subida até a pensão da dona Sandra. Laís sai primeiro do carro e Norma sai em seguida com um pote onde estão as cinzas de Elvira.

A cena muda e é possível observar o exterior do galpão onde Marcela e Hugo estão escondidos.

CENA 7/GALPÃO/INTERIOR/MANHÃ

Hugo coloca pasta na escova de dentes e começa a escovar seus dentes. Para enxaguar a boca, ele usa um pouco de água num copo.

A CAM foca em Marcela ainda dormindo em cima do colchão. Ela de repente começa a transpirar e se mexer na cama, como se tivesse tendo um ataque.

MARCELA (sussurrando): Não...

FLASHBACK:

Marcela está amarrada com correntes num lugar sombrio, onde podemos ouvir várias pessoas gritando. O clima é tenso. De repente, ela começa a ser agredida com chicotadas nas costas e na costela.

Marcela grita e chora de dor, enquanto o osso da sua costela aparece de tanta chicotada. Close no sangue escorrendo e Marcela gritando de dor e sofrimento.

FIM DO FLASHBACK

Marcela acorda, dá um baita grito e assusta Hugo, que deixa o copo com água cair no chão.

HUGO (desesperado): Mãe! – Corre até ela.

Marcela está totalmente ofegante e suada.

HUGO (desesperado): Mãe, o que houve? Por que gritou desse jeito?

MARCELA (tremendo): Um pesadelo... Foi só um pesadelo! Que dia que é hoje?

HUGO: Hoje é dia 3, domingo, por quê?

MARCELA: Não, não é nada, pode ficar tranquilo, filho.

Hugo se levanta e se afasta de Marcela.

MARCELA: Onde tá o Amaral?

HUGO: Foi comprar pão, presunto e queijo que eu pedi.

MARCELA: Ah, entendi. Só pede pra ele quando chegar, levar a gente até aquela favela observar a Norma. Eu preciso acabar com essa mulher o mais rápido possível!

HUGO: Tudo bem.

Hugo abre o zíper da sua calça, tira seu pênis pra fora e urina em um balde ali mesmo.
Marcela se levanta do colchão e sente uma dor na região da sua costela. Ela tira a camisa e percebe muitas marcas.

Foco nas marcas e no semblante de Marcela, totalmente preocupada. A cena escurece.


CENA 8/JARDIM ORESTES/PENSÃO DA DONA SANDRA/INTERIOR/MANHÃ

Sandra e Norma conversam.

SANDRA: Então você já achou a casa? Mas tão rápido assim?

NORMA: Pois é. O corretor que eu arrumei é bem prático e ágil, bem profissional. Sandra, você precisa ver que casa mais linda, e enorme!

SANDRA: E eu vou ver, só que ainda tô triste porque você vai embora daqui.

NORMA: Você me ajudou tanto, minha amiga. Eu não era ninguém depois que saí daquele presídio, não tinha onde morar e você me deu um teto. Ficarei grata pra sempre.

SANDRA: Você é como uma irmã pra mim, Norma. Pode deixar que eu vou te visitar todos os dias, até você enjoar da minha cara.

As duas riem.

NORMA: Nunca que eu vou me enjoar de você, minha amiga. Te adoro! – Abraça Sandra.

O celular de Norma toca e ela atende. É Júnior.

NORMA (celular): Júnior?

JÚNIOR (celular): Norma, tenho ótimas notícias! O Cláudio tá bem melhor agora, e vai sair em breve do hospital.

NORMA (celular): Júnior, mas isso é demais! Eu vou aí ainda hoje visitar ele, e te contar umas novidades também. Quando ele sair, a gente precisa comemorar.

JÚNIOR (celular): Eu ainda preciso ter uma conversa com ele, saber o que aconteceu de fato pra ele fazer o que fez.

NORMA (celular): Tá certo, tem que conversar mesmo. Mas que bom que ele saiu do perigo.

JÚNIOR (celular): Sim, e eu agradeço à você pela força que você tem me dado.

NORMA (celular): Que isso... Não precisa agradecer não.

JÚNIOR (celular): Vou ter que desligar, só liguei mesmo pra te contar essa novidade.

NORMA (celular): E eu fico muito feliz mesmo por isso. Tchau. – Desliga o celular.

SANDRA: E aí?

NORMA (sorrindo): O Cláudio tá bem melhor agora e vai sair em breve do hospital.

SANDRA (sorrindo): Ah, que notícia boa.

NORMA: Eu tava pensando em fazer um jantar pra todos lá em casa, e você tá convidadíssima! O que acha?

SANDRA: Boa ideia! Sua comida e a minha são ótimas, vamos arrasar!

NORMA: Com certeza. E agora que eu fiquei rica, não vai ter nada daquelas comidas frescurentas de rico, com aquela mixaria de colocar pouca comida no prato, agora vai ser uma boa feijoadona com uma Coca do lado!

As duas riem.

CENA 9/BECO/MANHÃ

Atrás de uma caçamba de lixo, Nina está dormindo em cima um "madeirite" com a sua blusa, que cobre seu corpo, como se fosse um cobertor.

Um mendigo, aparentando ter mais de 50 anos de idade, chega ao local e observa Nina deitada. Ele dá um sorriso.

O homem fica de joelhos no chão ao lado de Nina, que ainda dorme. Em seguida, abaixa um pouco a calça, pega no seu pênis e começa a urinar na cara de Nina, que rapidamente acorda tossindo, gritando e assustada.

NINA (gritando): Seu maluco! Que nojo! – Pega a blusa e passa no rosto.

O homem se levanta e Nina também.

NINA: Ai meu Deus.

HOMEM: Fique você sabendo que aqui é minha área!

NINA: Foda-se! Eu cheguei aqui primeiro.

HOMEM: O que uma moça bonita como você faz dormindo na rua?

NINA: Não é uma rua, é um beco, e bem escondido da rua. E não te interessa!

HOMEM: Tá com aquele negócio que as mulheres têm? É... TPM, né?

NINA: Nojo de você, olha só que fedor.

HOMEM (sorrindo): Calma, amor... Você fala que eu tô fedendo, mas as putas que eu pego não reclamam. Por que não vamos aproveitar esse momento? Hein?

NINA: É sério isso? Me poupe.

HOMEM (sorrindo): Vamos lá... Só uma trepadinha mesmo pra levantar esse astral seu. Topa?

O homem abaixa mais sua calça, mostrando completamente seu pênis e um monte de moscas ao redor.

Nina vomita no chão.

NINA: Nojo! Eca. Que visão do inferno. Que horror!

Nina se afasta do homem.

HOMEM: Não vai embora!

NINA: Você que não venha atrás de mim, eu te mato! – Vai embora.

Close no homem rindo.

Na rua, Nina vê uma lata de lixo e joga sua blusa nela. Um carro da polícia passa e ela vira a cara.

NINA: Meu Deus, e agora? Pra onde eu vou?

CENA 10/DELEGACIA DE POLÍCIA/EXTERIOR/MANHÃ

Lucas e Mateus saem da delegacia após Lucas abrir um Boletim de Ocorrência contra Nina.

LUCAS: Eu quero essa vagabunda na cadeia, apesar de querer matar ela com as minhas próprias mãos.

MATEUS: Deixa pra lá, a polícia resolve isso. Não vá querer sujar suas mãos de sangue.

Os dois entram no carro.

LUCAS: Eu mesmo queria apertar aquele pescoço bem forte, até ela ficar totalmente sem ar e seu rosto ficar roxo. Ah, que sensação boa...

MATEUS: Lucas, você não é um assassino que nem ela. Deixa que a polícia resolve isso.

LUCAS: E você sabe como é a justiça desse país? Uma lástima, acorda!

MATEUS: Tá bom, só queria ajudar.

Lucas olha pra Mateus.

LUCAS: Ah, desculpa, eu fui muito ignorante com você agora.

MATEUS: Não, não tem problema, eu às vezes irrito mesmo.

LUCAS: Não, é tudo culpa minha, eu sou um zero à esquerda mesmo.

MATEUS: Eu te entendo, você tá estressado e triste ao mesmo tempo por causa da morte do seu pai, e muito puto com a Nina.

LUCAS (sorrindo): Que bom que você entende.

MATEUS: Eu te entendo e te apoio no que for. Só que não tenta fazer justiça com as suas próprias mãos. Além de prejudicar sua reputação, prejudica você mesmo. É só um conselho.

LUCAS: E eu vou tentar seguir o seu conselho.

MATEUS: Faz o seguinte: entrega nas mãos de Deus, ele sabe o que faz.

LUCAS: Vou fazer isso.

MATEUS: Agora a gente tem que cuidar do enterro. Vai ficar bem?

Lucas começa a chorar muito.

LUCAS: Não, eu não vou ficar bem, mas vou fazer o máximo... Sabe, ver ele lá naquele caixão...

Mateus coloca sua mão sobre as mãos de Lucas.

MATEUS: Eu tô aqui e vou estar do seu lado lá na hora. Força.

LUCAS: Obrigado por ser essa pessoa. – Beija Mateus.

MATEUS: Sabe, eu tava pensando na gente dar um tempo. O que acha?

LUCAS (assustado): Um tempo no nosso namoro?

MATEUS: Não, seu louco. Nunca que vou me separar de você. Eu digo dar um tempo pra poeira abaixar, pra gente se casar daqui um ano, quem sabe. Você não tá nada bem e o último ano vai complicar mais ainda.

LUCAS: Você tá certo, vamos fazer isso.

MATEUS (sorrindo): Eu te amo. – Beija Lucas.

CENA 11/CASA DE NORMA/SALA/INTERIOR/MANHÃ

Norma observa, junto com Sandra e Laís, o interior da casa.

SANDRA: Norma, é que casona é essa? Muito linda essa casa. Incrível!

LAÍS: Eu adorei também.

NORMA: O que o dinheiro não faz, né? Agora só falta eu comprar um carrinho pra mim, tirar carta e começar meus estudos da onde eu parei. Vou recomeçar tudo.

SANDRA: Mas a gente não pode esquecer que a vaca Marcela ainda tá à solta.

NORMA: Tenho certeza que ela não vai dar às caras por enquanto, tá sendo procurada em tudo que é canto.

LAÍS: Mas a gente precisa tomar muito cuidado ainda.

NORMA: Isso é verdade, mas Deus é quem está no controle de tudo.

CENA 12/CASA DE NORMA/EXTERIOR/MANHÃ

A CAM se aproxima de um carro preto de vidros escuros. Do lado de dentro, Amaral abre o vidro.

AMARAL: É aqui!

Marcela abre o vidro e tira seu óculos. Foco nela sorrindo.

MARCELA (sorrindo): Norma, Norma... Se eu fosse você, não cantaria vitória antes do tempo. O que te espera e espera a sua família, não é nada bom. E Marcela Dellatorre não está nessa guerra pra perder. – Coloca o óculos de volta.

Close nela dando gargalhadas.

(A cena congela com um efeito amarelado, que aos poucos vai se despedaçando como um vidro em Marcela rindo).



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