Herói Nacional - Capítulo 03

quinta-feira, junho 07, 2018


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Central de Produções                                                                                                 Episódio 03
07/06/2018
HERÓI NACIONAL


1ªFASE
obra original  de
FELIPE ROCHA

Proposta

Herói Nacional é uma filosofia do tempo, é uma história que permite aos leitores se identificarem com cada tema retratado. É uma novela focada no drama que trata com otimismo os assuntos mais delicados. Otimismo é a base dessa mistura e motiva os leitores a acreditarem que um sonho pode ser realizado, que um dia tudo pode mudar!

agradecimentos
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Personagens deste capítulo
MELISSA
RICARDO
OLÍMPIA
GIGI
LUIGI
PÉROLA
 MATILDE
GLORINHA
GUTO
GILBERTA
ELOMIR



Participações Especiais:
TREINADOR
JOGADORES DE BASQUETE


CENA 01. CASA DE OLÍMPIA. INT. DIA
Atenção Edição: Continuação da última cena do capítulo anterior.
Ricardo discute com Melissa.
MELISSA — Meu pai se acalme! Eu estou bem! Estava na casa de uma colega.
RICARDO — Na casa de uma colega? Então porque eu liguei para a casa da Manuela e ela disse que não via você há uma semana.
MELISSA — Ah, é uma colega que você não conhece pai.
RICARDO — Melissa pare de me enrolar! Eu sei que é mentira! Confesse a verdade. Você mal se atualiza sobre as coisas da nossa família. Sabe o que aconteceu com o seu irmão? Ele foi preso.
MELISSA — Preso? Mas o que aconteceu? Guto não é de se meter em confusão.
RICARDO — Depois eu explico. Mas você tá vendo né? Agora ele tá lá no xadrez. Não se sabe se a sua mãe vai conseguir tirá-lo de lá. Tomara que a Gigi pague a fiança.
MELISSA — Gigi, Gigi para lá, Gigi para cá. Até quando nós vamos viver debaixo das calças dessa mulher? Ela tem o que fazer com o dinheiro dela, meu pai!
Ricardo dá um tapa na cara de Melissa.
RICARDO — Não ouse repetir essas palavras. A Gigi é nossa amiga de muitos anos. Se não fosse por ela, você não estaria nem na faculdade. Ela nos ajuda muito! Será que você não reconhece isso? Ah, já sei! É aquela teoria antiga de sempre. É o fato que você não tem olhos nostálgicos, você não analisa os mínimos detalhes só com o olhar! Foi ela que te indicou para o diretor. Ele liberou o desconto. Lembra? Ah não, claro! É claro que você não lembra. Gente pobre de espírito esquece o que as pessoas fizeram de brilho. Mas eu te digo uma coisa Melissa. A partir de agora... Eu e sua mãe estaremos monitorando seus passos. E se eu me sentir contrariado, você já sabe o que vai acontecer né?
MELISSA — Sim, senhor meu pai! Eu vou tomar um banho e você pode levar-me até a delegacia? Quero visitar o Guto.
CORTA PARA:
CENA 02. APARTAMENTO DE GIGI. SALA. INTERIOR. DIA
Atenção Edição: Continuação da penúltima cena do capítulo anterior.
Gigi se assusta ao saber que Guto está preso.
GIGI — Mas como assim Olímpia? O Guto? Preso? Eu ouvi direito?
OLÍMPIA — É isso mesmo minha amiga.
GIGI — O que ele fez Olímpia?
OLÍMPIA— Envolveu numa confusão no bar. Um dos amigos dele quer dizer / Amigo não. Ele ofereceu drogas para o Guto. Você sabe como é essa gente não é? Aí se revoltou e o dono do bar chamou a polícia.
GIGI — É inacreditável.
OLÍMPIA — Desculpe-me pelo desespero. Eu vim o mais rápido que pude. Mas o que importa agora Gigi é que eu quero sua ajuda! Eu preciso tirar o Guto da cadeia, não posso esperar a data do julgamento, está muito longe.
GIGI — Olha, eu vou fazer o que eu posso. A única saída que me resta é tirar o dinheiro do cofre.
CORTA PARA:

CENA 03. MANSÃO DELLACOURT. INT. DIA
Na mansão Dellacourt, Matilde, Glorinha, Manuela sentadas no sofá.
LÍGIA — Minha filha, por favor, me desculpe por não ter estado aqui ontem! Eu fiquei em estados de nervos, aquelas mãos em meu ombro!
MANUELA — Não tem problema mãe, eu sei muito bem o que você passou.
GLORINHA — Tá vendo. Sua mãe nunca falha. Agora seu pai, meu Deus!
MATILDE — Ô Glorinha, para de ficar fazendo mal juízo do pai da menina! Onde já se viu?
LÍGIA — Bom, eu não posso mais me atrasar, tenho que abrir a boutique agora e enfrentar mais um dia longo de trabalho! Me desejem sorte, para que nunca mais o ladrão volte. E de noite, nós vamos comemorar o seu espetáculo!
MANUELA — Abraços, mãe.
Depois de algum tempo, Téo chega.
TÉO — Bom dia!
GLORINHA — Ah, só podia ser. Ele só chega no outro dia. Onde você passou a noite estrupício, nem veio comemorar com sua filha? Ela fez um espetáculo maravilhoso.
MATILDE — Devia ser um pai mais presente! Sabe que isso faz muito bem né? Só a Lígia faz o papel dela.
GLORINHA — Eu estou até pensando entrar na Justiça para pegar a guarda dessa menina. Só eu vou saber cuidar bem dela. Ela viverá no luxo, comigo lá na Europa! Se tornará uma modelo dos sonhos, cobiçada por vários homens, já aqui fica nessa vida sem graça. Lá onde eu moro não tem miséria não. Muito pelo contrário.
MATILDE — Mas claro que você não iria cuidar bem dela, só ficaria viajando! Se depender de você, até passar fome a menina passa, ficará desnutrida. Não é melhor ela ficar comigo em Minas Gerais.
GLORINHA — Nunca! Eu não quero ver minha sobrinha gorda como você que só pensa em comer e não sabe gastar o dinheiro direito! A Europa é melhor.
TÉO — Bom dia para vocês também.
MANUELA — Pai, nós temos que conversar.
TÉO — Eu não tenho tempo agora. Não quero ouvir esses argumentos antigos de menina mimada. Já deu! Preciso trabalhar, porque quem sustenta essa casa aqui, sou eu. Se dependesse da sua mãe com aquela Boutique de quinta, que dá roupas de graça para a metade das pessoas, nós estaríamos descendo o nível da riqueza.
Manuela pega um vaso e atira contra a parede.
MANUELA — Eu já cansei! Eu estou cansada dessas reclamações. Chega para mim, já deu! Agora você vai ter que ouvir tudo que tá entalado aqui, chega de reclamar da minha mãe e me escute! Eu quero falar!
CORTA PARA:

CENA 04. COLÉGIO FRANCISCANO. GINÁSIO INTERIOR. DIA
Luigi e Pérola juntos sentados na arquibancada. O rapaz traz uma flor para ele.
LUIGI — Uma flor para a mulher mais maravilhosa desse mundo.
PÉROLA — É linda! Agradeço pelo presente.
LUIGI — Mas você hoje tá meio esquisita, o que foi que aconteceu? É hoje o dia que você vai à minha casa.
PÉROLA — É justamente por isso, o seu pai não gosta de me ver lá!
LUIGI — Meu pai não tem que gostar, quem tem que gostar sou eu. Não se preocupe com isso. Qualquer coisa, eu estarei lá para te defender. Eu não vou deixar você só para satisfazer os desejos dele.
Um dos colegas de Luigi o chama.
FIGURANTE 1 — Ô Luigi, para de namorar! E vem me salvar nesse jogo.
LUIGI — Já tô indo.
Luigi amarra o tênis e entra no ginásio para jogar.
LUIGI — Vamos recomeçar galera.
O jogo recomeça. Um dos colegas de Luigi, adversário, está com a bola. Luigi o marca. Para se defender da marcação, ele desloca-se (finta) e quica a bola até a cesta, que NÃO. Luigi pega a bola, ultrapassa os adversários, e faz a cesta. Todos batem palmas. O treinador apita.
TREINADOR— É isso aí! Tô gostando de ver. É bom vocês irem treinando, porque daqui a um mês vamos disputar um campeonato na Argentina, galera!
Luigi continua a jogar. Pérola recebe uma mensagem anônima no celular dizendo: “Toma muito cuidado com quem você conversa ou quem você fica, as paredes têm ouvidos”.
Pérola estranha. Luigi percebe a inquietação de Pérola e se aproxima dela.
LUIGI — O que houve?
PÉROLA — Nada, nada! Só um vídeo.
O treinador apita.
TREINADOR — Ô Luigi, não dá para sair assim no meio do jogo, cara!
CORTA PARA:

CENA 05. CASA DE GILBERTA. INTERIOR. DIA
Elomir e Gilberta tomando o café da manhã.
ELOMIR — Você ainda não me contou! Eu quero saber. Porque estava faltando um botão na camisa?
Gilberta inquieta, diz:
GILBERTA — É... É... Acho que foi a costureira! Ela não terminou o serviço direito.
ELOMIR— Mas que costureira é essa? Eu já te disse para não ficar levando suas blusas até lá! Elas estão perfeitas. Você acha que eu sou o que? O dono do banco? Lembra daquele dia, no dia do julgamento? Você escolheu ficar comigo achando que eu teria dinheiro para te sustentar? Eu não sou rico não, agora, presta atenção, eu não quer você mais na casa da costureira, entendeu?
GILBERTA — Está bem meu pai, mas deixe que eu faça uma pequena correção. Eu não fiquei com você porque eu quis, foi você que me fez fazer isso. Nessas horas eu queria estar com a mamãe.
ELOMIR — Fantasiosa você! Sua mãe morreu. Enquanto eu estiver vivo, você vai comer e viver as minhas custas e respeitando-me a cada dia, entendeu?
GILBERTA — Sim senhor, o senhor que manda.
ELOMIR — Agora me dê licença, eu preciso ir até o mercado trabalhar.
Elomir levanta-se, pega o chapéu e vai embora.  Gilberta continua a comer. Ela suspira e pronuncia:
GILBERTA — Eu não aguento mais ficar nessa casa! Vou trabalhar.
CORTA PARA:  

CENA 06. DELEGACIA. PORTÃO DOS FUNDOS. INTERIOR. DIA
O carcereiro abre o portão para Guto, que sai segurando uma mala. Ele olha para a esquerda, direita e no centro. Observa o movimento da cidade. Gigi e Olímpia se aproximam dele.
GUTO — (feliz) Mãe, Gigi! Muito obrigado, muito obrigado mesmo.
OLÍMPIA — Você agora pode recomeçar meu filho.
CORTA PARA:

CENA 07. MANSÃO DELLACOURT. INTERIOR. DIA
Atenção Edição: Continuação da cena 03 deste capítulo.
Manuela discute com Téo.
MANUELA — (agressiva) Eu concordo com a minha tia! Durante todos esses anos eu vivi nessa casa, só com minha mãe me dando atenção. E eu também falo pelo Luigi! Você esquece que a gente existe. Sabe o que é ter um pai que ao menos não se preocupa com a filha. Queria eu ter um pai como as minhas amigas. É difícil para mim, você só vive enfiando nesse escritório aí. É uma pessoa rancorosa, sem coração. O que eu fiz para merecer isso? E eu procuro ser a cada dia melhor, tentando ver um sorriso no seu rosto. Mas parece que para você, senhor Téo, tudo piora não é? Tudo na sua vida parece estar desmoronando. Você é um covarde, um canalha! Racista e preconceituoso. Você discriminou a namorada do Luigi só porque ela é negra meu pai, só porque ela é pobre! E não assistiu a minha apresentação. Mas eu só posso dizer uma coisa...
Téo, com ódio. Manuela com lágrimas nos olhos, assim como as demais Glorinha e Matilde.
MANUELA — Eu preferia não ter um pai!
Téo reage e dá um tapa na cara de Manuela.
TÉO — (agressivo) Chega! Eu não admito que você fale comigo assim. Você vai ter que me escutar também.
Nesse momento, Luigi chega e questiona:
LUIGI — Quê que tá acontecendo aqui?
Closes alternados em Téo, com ódio.
CORTA PARA:

FIM DO CAPÍTULO


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