Herói Nacional - Capítulo 02

quarta-feira, junho 06, 2018


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Central de Produções                                                                                                 Episódio 002
06/06/2018
HERÓI NACIONAL

1ªFASE
obra original  de
FELIPE ROCHA

Proposta

Herói Nacional é uma filosofia do tempo, é uma história que permite aos leitores se identificarem com cada tema retratado. É uma novela focada no drama que trata com otimismo os assuntos mais delicados. Otimismo é a base dessa mistura e motiva os leitores a acreditarem que um sonho pode ser realizado, que um dia tudo pode mudar!
agradecimentos
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Personagens deste capítulo

GIGI
MELISSA
OLÍMPIA
RICARDO
LORENZO
LUIGI
LETÍCIA
MELISSA
URBANO
MANUELA
GLORINHA
MATILDE


Participações Especiais: Bandidos

No capítulo anterior
DONO DO BAR – Boa noite! Desculpe incomodar vocês! É uma péssima hora! Eu vim aqui comunicar que devido a um desentendimento hoje no meu estabelecimento, seu filho foi preso e eles estão esperando os pais da vítima para depor na delegacia.

FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE
CENA 01. CASA DE OLÍMPIA. SALA. INT. NOITE
Atenção Edição: Continuação da última cena do capítulo anterior.
Reação de Olímpia e Ricardo.
OLÍMPIA– (grita) Ah, meu Deus! É inacreditável. O nosso filho? Preso? Devem ter confundido com outra pessoa. O meu filho não é criminoso, não é! 
RICARDO – Olímpia, fique calma! Moço, você não acha que está se enganando não? O Guto não envolveria uma briga dessas.
DONO DO BAR – Senhores, o filho de vocês frequenta o meu bar e aconteceu isso sim! Se vocês quiserem, eu levo vocês até lá!
OLÍMPIA– Claro, vamos! Quero tirar essa situação a limpo.

CENA 02. TEATRO MUNICIPAL SP. PALCO. INT. NOITE
Após o fim do teatro, a plateia se levanta de pé e todos os atores são bem aplaudidos. Eles agradecem. Felicidade no rosto de cada um deles.
CORTA PARA:


CENA 03. BOUTIQUE DELACCOURT. INTERIOR. NOITE
Rua deserta. Noite tranquila. Parece tudo estar calmo, mas na verdade não há ninguém na rua. Após um longo dia de trabalho, Lígia tranca a boutique DELACCOURT. Tira a chave do carro da bolsa. Mas logo lembra que esqueceu algo lá dentro. Um homem a aborda.
HOMEM – Passa o dinheiro aí, dona! Não tô de brincadeira não! Se gritar, eu acabo com você! Tá escutando?
Lígia tira o dinheiro da bolsa e diz:
LÍGIA– Isso é tudo que eu tenho!
HOMEM – Está mentindo. Amanhã passamos para pegar mais, e sem enrolação!
Os ladrões vão embora.
CORTA PARA:

CENA 04. MANSÃO DELACCOURT. SALA. INTERIOR. NOITE
Manuela, Glorinha e Matilde chegam à mansão. Tudo está escuro. Elas acendem as luzes.
Manuela estranha.
MANUELA – Ninguém em casa? Mas está tarde!
GLORINHA – Eu também não estou entendendo.
MATILDE – Mas cadê seu pai?
GLORINHA – E sua mãe! A obrigação deles eram estar aqui, já que eles nem foram no espetáculo. Não acha não?
MATILDE – Glorinha! Cala a boca.
GLORINHA – Não calo nada! Eu estou dizendo só apenas verdades. Melhor isso do que ser fingida como você.
MANUELA – (nervosa) Só faltava essa! No dia da minha apresentação, nem meus pais me receberem em casa para me dar um parabéns sequer.
Matilde se aproxima de Manuela.
MATILDE – Ô Manu, não fica assim não. Mas veja pelo lado positivo, eu sempre fui.
GLORINHA – E eu também né Matilde? Como vai me deixar de fora dessa? Gastei combustível para me deslocar da Europa para cá.
MATILDE – Ô Glorinha! Você não conta não! Pode muito falar, custo vim aqui. E eu não sei como tomou coragem. Tem que ser amarrada!
GLORINHA – Vida de modelo fotográfica nem sempre tem tempo para se divertir! Mas eu sempre ligo para minha sobrinha.
MATILDE – Eu não sei como você nunca teve uma anorexia ou uma intoxicação alimentar. Desde pequena foi magrinha. Eu lembro. Ficava pele e osso só para sair naquela capa das revistas. Ô bobagem! Vê se eu vou fazer isso só para ficar famosa? Ah, isso é coisa de gente que não tem espírito igual a mim!
MANUELA – Tias, não vamos ficar brigando. Nós temos que resolver essa situação.
GLORINHA – Ah, já que eles não estão nem aí para você, vamos comer tudo que compramos! Os salgadinhos vão murchar!
MATILDE –Olha como você fala com a menina!
GLORINHA – Tô mentindo?
MANUELA – Tudo bem tia! Tudo bem! Ela está certa, meus pais não têm diálogo comigo. Eles não me amam, devem se perguntar todo dia porque têm uma filha.
GLORINHA – Ô minha filha não fica assim.
MATILDE – Às vezes aconteceu algum imprevisto, você não acha não? Liga para eles! Ou então eles querem fazer uma surpresa.
GLORINHA – Ô Matilde, para de fantasiar. Pode deixar viu Manu. Eu mesma vou dar um jeito neles.
MATILDE – Faça o que eu tô dizendo vai Manu, liga para eles.
MANUELA – Tá bom!
Manuela pega o celular e liga para o pai primeiro.
CORTA PARA:
CENA 05. CLUB. INT.NOITE
Num refinado Club de São Paulo, Téo aposta baralho com membros importantes: jornalistas, empresários, donos de emissoras, banqueiros. Eles brindam uma taça de vinho.
Téo dá as cartas e ganha por várias vezes consecutivas. Ninguém entende. O celular toca por várias vezes e ele desliga.
CORTA PARA:

CENA 06. MANSÃO DELACCOURT. SALA. INT. NOITE
Manuela tenta por várias vezes, mas a ligação não é bem sucedida.
MATILDE – Deu certo?
MANUELA – Não, ele não atende! Deve estar a esta hora no Club, como é de costume dele. Sai exatamente às meia-noite após o trabalho.
GLORINHA – Então, tente ligar para a sua mãe!
MATILDE – Certeza que ela vai atender.
GLORINHA – Minha irmã nunca falha.
Manuela pega o celular e liga para a mãe.
CORTA PARA:

CENA 07. DELEGACIA DE POLÍCIA. INT. NOITE
O dono do bar chega com Olímpia e Ricardo na delegacia de polícia.
DONO DO BAR – Delegado, os pais da vítima estão aqui.
OLÍMPIA – (trêmula) Diga, senhor delegado! O que o nosso filho fez? Eu tenho certeza que o meu filho não é marginal!
DELEGADO RENATO – Esperem. Mantenham a calma. Qual nome atribui-se a vocês e onde trabalham?
OLÍMPIA – Eu sou Olímpia, dona de casa!
RICARDO – Eu sou Ricardo, trabalho numa empresa automobilística.
DELEGADO RENATO – Está bem, Olímpia e Ricardo. O que aconteceu foi o seguinte. O filho de vocês teve um confronto com um dos amigos no bar e acabou quebrando todos os objetos que havia no local. O dono do bar ligou e entregou. Ele está agora na cela. Não se sabe o motivo da briga. O
OLÍMPIA– (desesperado) Meu Deus do céu! Eu nunca imaginaria que aconteceria isso.
RICARDO – Doutor, solta o meu filho! Ele não fez por mal, e nós arcamos com todos os prejuízos do bar.
DELEGADO RENATO – O que está em questão é a agressão. Marcaremos a data do julgamento.
OLÍMPIA– Julgamento, Doutor?
DELEGADO RENATO – Julgamento!
CORTA PARA:

CENA 08. CASA DE GILBERTA. INTERIOR. NOITE
Gilberta chega a casa, coloca a boina no guarda roupas, acende as luzes e vai para a cozinha. Seu pai a espera.
ELOMIR – Porque chegaste tão tarde em casa? Posso saber?
GILBERTA– O trabalho da delegacia acumulou e nada demais meu pai.
ELOMIR – Desviou a rota daquela casa?
GILBERTA – Perfeitamente como ordenado pelo senhor.
ELOMIR – Vejo que está satisfazendo os meus desejos, obedecendo as regras.
GILBERTA – E evitando que ocorram piores situações. Agora, me dê licença, eu vou preparar o café.
ELOMIR – Espere. E o delegado?
GILBERTA – O que tem ele?
ELOMIR – Eu sei que você tem uma caída por ele. Qualquer confusão que acontecer alguém sairá machucado.
Elomir se aproxima de Gilberta.
ELOMIR – Espere. Tem alguma coisa errada nessa blusa! Está toda amarrotada. E está faltando um botão nela. Gilberta, você tem certeza que não está mentindo para mim. (agressivo) Diga logo de uma vez por todas, o que houve?
Gilberta sem reação.
CORTA PARA:
CENA 09. CLUB. INT.NOITE
Téo vence por várias vezes seguidas no Club.
TÉO – Muito bem rapazes. Acho que já deu a hora. Meia noite! Exatamente a hora em que tenho que sair desse clube. Continuamos a jogar amanhã. Eu levo as cartas.
FIGURANTE 1 – Espere. Não está justo! Eu exijo outra partida. Você ganhou por várias vezes consecutivas.
TÉO– Talvez, meu querido, a sorte tenha jogado contra vocês.
FIGURANTE 1 – Mas, eu tenho certeza que houve algo de errado.
FIGURANTE 2 –  Ou as cartas sumiram ou ele roubou.
Todos discutem entre eles.
FIGURANTE 3 – Não há possibilidade de alguém ganhar por várias vezes sem nenhuma justificativa. Você roubou sim! Ladrão. Eu também exijo outra partida para comprovar.
FIGURANTE 4 – Nós exigimos.
TÉO – Eu sinto muito senhores, mas vão ter que esperar até amanhã. Eu não tenho horários disponíveis para satisfazer seus desejos, não. Tenho que trabalhar cedo. Até amanhã.
O figurante 1 parte para cima de Téo tira uma arma do bolso e o ameaça:
FIGURANTE 1 – Se você não jogar outra partida, eu faço um escândalo e mando o delegado prender você. Ou eu acabo com a tua vida. Entendeu?
TÉO – Entendi, entendi. Só mais uma partida.
Téo senta-se a mesa.
TÉO – Eu vou dar as cartas!
FIGURANTE 1 – Não! Eu vou dar as cartas dessa vez, só para garantir.
TÉO – Está bem. Mas se estou convicto de uma coisa senhores é que a ordem dos fatores não altera o resultado/produto.
FIGURANTE 2 – Veremos.
Eles começam a jogar.
CORTA PARA:

CENA 10. SÃO PAULO. INT. NOITE-DIA
Transição Dia-Noite. Dia ensolarado. Amanhece na cidade de São Paulo, corta para a delegacia de polícia.
CORTA PARA:

CENA 11. DELEGACIA DE POLÍCIA. VISITAS. INT. DIA
Olímpia se senta em uma cadeira a frente de um vidro. Um dos carcereiros abre a porta da prisão e Guto se senta do outro lado do vidro. Olímpia pega o telefone e Guto também. Os dois dão um sorriso um para o outro.
GUTO – A sua bênção, minha mãe.
OLÍMPIA– Deus te abençoe meu filho! Sabes que carrego dentro do meu coração um vazio, um vazio que só pode ser preenchido pelo seu abraço. Em que você foi meter meu filho?
GUTO – Já sabe da história não é mesmo? Ah, claro! O delegado deve ter te contado.
OLÍMPIA – Contou. E eu e seu pai ficamos muito tristes ao receber a notícia. E a sua ficha agora meu filho? Como você vai limpar a sua ficha? E o seu sonho de disputar as corridas? Como será reconhecido na sociedade?
GUTO – Eu não estou preocupado com isso agora, mãe. A minha briga com o Ryan foi por razão que a senhora não sabe, mãe.
OLÍMPIA – Quais motivos te levaram a cometer essa situação meu filho? Você podia ter apenas resolvido com diálogo. Agora, onde já se viu, quebrar o bar? Isso vai nos arcar muitos prejuízos! Vamos passar os anos todos pagando essa dívida? E se ele não perdoar?
GUTO – (lágrimas) Minha mãe, eu sempre me lembrei de um ensinamento que a senhora me deu. Nunca, em hipótese alguma, entre para o mundo paralelo, não confie nas pessoas. O mundo das drogas. O Ryan me ofereceu drogas mãe. Veio com aquele papinho que a gente poderia ficar rico de uma hora para outra, de um dia para o outro, mas eu não aceitei. E eu fiz certo. Sim, eu fiz certo minha mãe. Imagine se eu aceitasse a proposta dele só para ganhar dinheiro. Minha vida ia desmoronar. E aí sim, aí sim... Eu iria perder minha vida... Aí sim... Minha ficha ficaria suja... Imagine nas manchetes: GUTO – TRAFICANTE DE ARMAS. Seria doloroso, não? Eu perdi a minha cabeça naquela hora sim, e eu acredito que eu não estava fazendo a coisa errada, eu estava fazendo a coisa certa. Por mais que eu tenha quebrado o bar todo, eu ainda me defendi, defendi a minha pessoa. É a questão de se expressar. Eu coloquei para a fora tudo que estava entalado aqui, mãe. E isso só não foi uma vez! Eu lembro de quando ele iniciou a ser usuário de drogas. Bom, infelizmente eu estou aqui preso agora, mas... Eu só peço que você me entenda e me perdoe minha mãe, as pessoas comentarão. Sim, porque as pessoas censuram sem saber dos mínimos detalhes! E é capaz até de eu apodrecer aqui até o dia do julgamento. De qualquer forma, eu acabei com a minha vida sem ser usuário de drogas, mas por ficar mofando aqui na prisão. Qual solução me diga, qual solução?
Os dois choram.
GUTO – Eu vou te amar por toda a minha vida, minha mãe.
OLÍMPIA – (chora) Eu também meu filho... Mas não se preocupe, que depois de você ter esclarecido toda a situação, eu confio em você sim, e estava certo. Sempre devemos expressar nossos sentimentos, a liberdade de expressão. Mas, eu tenho uma solução! Garanto que vamos tirar você daqui o mais rápido possível, meu filho! Nós vamos pagar a fiança e você vai iniciar uma vida nova, começar os projetos para realizar seu sonho. Você tem futuro e com as graças de Deus, vai se tornar um corredor de sucesso.
Os dois continuam a chorar.
GUTO – Como você pagará minha fiança mãe? O dinheiro da poupança estourou! Até os cofres! Tá tudo estourado. Você não entende, não tem como minha mãe.
OLÍMPIA – Tem como sim! Nós temos uma saída. A Gigi!
GUTO – A Gigi?
OLÍMPIA – Sim, a Gigi! Ela me ofereceu ajuda quando eu precisasse, e por isso, vou pedir ela um dinheiro emprestado para tirar você daqui.
CORTA PARA:

CENA 12 / CADEIA / CELA 09 / INTERIOR / DIA
Guto volta para cela. Os demais presos começam a insultá-lo.
PRESO 1– Quem diria hein? Um playboy, todo mimado pela mãe! Aqui? É estuprador? Se for, eu bato.
GUTO – Não enche o saco não, logo, logo eu saio daqui.
PRESO 2 – Como tu tem tanta certeza assim tio?
PRESO 3 – Ó, o cara tá iludido. Aqui é segurança máxima.
Eles debocham de Guto.
PRESO 1 – Pensa que é só você que quer escapar? Então, bem vindo ao clube.
GUTO – Que clube? Que assunto é esse?
PRESO 2 – Já tentamos armar vários planos de fuga, mas sempre fomos pegos. Você daria uma ajudinha. Só precisamos desligar as câmeras de segurança, dopar um carcereiro e cascar fora. Topa ou não?
GUTO – Eu? Eu não quero entrar nessa fria não! Eu sairei daqui por outras mãos, por estratégias mais limpas e honestas.
CORTA PARA:

CENA 13 / APARTAMENTO DE GIGI / SALA / INTERIOR/ DIA
A campainha toca no apartamento de Gigi. Ela abre a porta e se surpreende ao ver Olímpia.
GIGI – Olímpia, minha querida! Que bons ventos o trazem?
OLÍMPIA – (entrando) Maus ventos. Gigi, eu vou ser breve e objetiva, até porque eu não posso esperar mais. Eu queria ver a possibilidade de você me ajudar. Pode pagar a fiança do Guto? Ele precisa sair da cadeia Gigi, ele precisa! Por favor, faz uma força.
GIGI – O quê?
CORTA PARA:

CENA 14 / CASA DE OLÍMPIA / INT/ DIA
Ricardo lê um jornal sentado no sofá. Melissa abre a porta e entra em casa.
MELISSA – Bom dia pai.
RICARDO – (alterado) Minha filha, venha cá! Quem você pensa que é para passar o dia todo fora de casa? Nós imaginamos que estaria na casa de algumas colegas fazendo trabalho de escola. Mas não, sempre acontece isso! Eu acho até estranho. Eu costumo até pensar que... Não, não. Não vou dizer isso. Onde você passou a noite, hein? Fala, logo. Onde Melissa?
CORTA PARA:


FIM DO CAPÍTULO


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