TESOUROS PERDIDOS CAPÍTULO 29
terça-feira, fevereiro 20, 2018
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de Produções
Capítulo 29
20/02/2018
|
TESOUROS
PERDIDOS
Novela
de
FELIPE ROCHA
Agradecimentos
WEB NOVELAS
CHANNEL
“ESTA
É UMA OBRA COLETIVA DE FICÇÃO BASEADA NA LIVRE CRIAÇÃO ARTÍSTICA E SEM
COMPROMISSO COM A REALIDADE”
Capítulo
XXVIX
“A
chegada”
©2018
Web Novelas Channel
No
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A Rainha escreve uma carta de despedida
e mutila parte do corpo. Laura e Bernardo discutem. O Rei procura o Mago da
floresta. Saulo certifica o rei da saúde de Iracema e ele se ajoelha diante a
uma santa.
FIQUE
AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE:
CENA
01 / PALÁCIO REAL / APOSENTO DA RAINHA / INT / NOITE
No aposento da
rainha, o médico examina-a. A arrumadeira está ao lado dela, desesperada.
Rei Bernardo –
Doutor Olegário! Como ela está?
Dr. Olegário –
Bem, eu sinto muito, mas vossa esposa perdeu muito sangue. Ela se mutilou com
uma faca. Veja.
Rei Bernardo –
Meu Deus. Mas alguém sabe o motivo? Arrumadeira
Arrumadeira –
Não, Majestade. Quando eu cheguei ao quarto ela já estava desmaiada.
Rei Bernardo – E
agora? O que faremos Doutor Olegário?
Dr. Olegário –
Bom, os batimentos cardíacos estão acelerados. Eu vou receitar alguns medicamentos,
ela mutilou quase o corpo inteiro e perdeu muito sangue. Ainda bem que parou de
correr...
Rei Bernardo –
Mas ela tem condições de voltar a viver?
Dr. Olegário –
Eu não posso afirmar isso! Só Deus sabe.
O Dr. Olegário
entrega a receita ao rei.
Rei Bernardo –
Obrigado Doutor Olegário.
Dr. Olegário –
Forças amigo. Quando precisar me chame.
O doutor vai
embora.
Rei Bernardo –
Vocês podem ir para seus afazeres, por gentileza, eu cuidarei da rainha.
Saulo e
arrumadeira saem do quarto e fecham a porta.
O Rei se
aproxima da rainha acaricia seus rostos. Direciona um olhar de felicidade para
ela. Em seguida, passa um tempo, ele se ajoelha a o pé da santa, pega um terço
e começa a rezar por horas.
Rei Bernardo – Oh, minha santinha. Sabes
bem que eu amo minha esposa e apesar de não ser fiel a ela, não ter carinho
todos os dias... É o meu maior pecado. Mas de qualquer forma, eu gosto dela.
Perdoe-me, eu perdi a cabeça, eu sinto que não deveria ter traído ela com a
Laura. Mas deixe-a voltar à vida. Faça ela reviver e voltar para mim.
O Rei reza uma ave-maria. Fica
ajoelhando durante oras na santa, derrama várias lágrimas, faz rituais com o
corpo da rainha. Ele apaga as luzes, se deita ao lado dela, e deixa cair uma
lágrima em seu corpo. O Rei dorme.
Em seguida, um raio de luz entra no
quarto pelas cortinas e cicatriza o sangue da rainha, que acorda devagar. Ela
abre os olhos, olha para o lado, e chama pelo Rei.
Rainha Iracema – Bernardo!
O rei acorda e comemora.
Rei Bernardo – Iracema! Iracema! É você?
Rainha Iracema – Bernardo! Bernardo.
Rei Bernardo – Ah, meu Deus. Que
felicidade! Minhas preces foram ouvidas. Obrigado Nossa Senhor. (grita) Gente
venham ver, a Rainha acordou.
A arrumadeira e Saulo vão até o aposento
da rainha e explodem de felicidade.
Arrumadeira – Ah, meu Deus do céu!
Saulo – Vo...Vo...Vossa Majestade! A
senhora está viva! Vivinha! Meu Deus é um milagre! É um milagre! É um milagre!
Arrumadeira – Olhem cicatrizaram tudo,
as feridas, tudo. É um milagre mesmo.
Rainha Iracema – Ah, eu estou curada!
Rei Bernardo – Enquanto você esteve
dormindo, eu ajoelhei nos pés da santa, por várias horas. Tudo isso por você
meu amor... Eu te amo!
Rainha Iracema – Eu também te amo.
Rei Bernardo – Vocês dois, agora que a
rainha está bem, pode nos deixar a sós?
Saulo e a arrumadeira vão embora. O Rei
tranca a porta do aposento.
Rei Bernardo – Eu acho que nós temos que
ter uma conversa bem séria.
Rainha Iracema – Sou eu que preciso
falar com você.
Rei Bernardo – Pois eu acho que o que
nós temos para falar um com o outro é o mesmo assunto, certo?
Rainha Iracema – Pois bem, eu como
mulher, devo começar primeiro. Se o
milagre não estivesse acontecido, eu já estaria partido dessa para melhor. Você
me traiu, Bernardo. Me traiu com uma mulher e ainda teve um bebê.
Rei Bernardo – Eu sei, eu sei. São
tantos erros na vida. Meu amor, eu não esperava que você fosse descobrir isso.
Rainha Iracema – Acha que eu sou burra?
Rei Bernardo – E não precisava se
mutilar com a faca. Olha o que você fez. Prejudicou a si mesma. Não pensaste na
tua vida?
Rainha Iracema – A razão de eu ter me
mutilado é por ter presenciado a cena em que você estava se envolvendo com
aquela mulher...
Rei Bernardo – Mas precisava disso,
Iracema? O que eu posso fazer para você ser feliz?
Rainha Iracema – Você sabe que nos
últimos meses não tem me agradado. Aliás, me trata como uma invisível.
Rei Bernardo – Suponho que pare de
pensar mal de mim. Eu sou um rei e cuido dos negócios do país.
Rainha Iracema – Ah, me conte outra Bernardo!
Se eu tivesse descoberto antes... A cidade toda iria saber! Mas eu posso
contar.
Rei Bernardo – Não, por favor, não faça
isso ou estragará meu reinado e desonrará o rei.
Rainha Iracema – Pois então, sugiro que
fique mais próximo de mim. Espero que continuemos a relação que tínhamos
antes... Ou, eu teria coragem de me mutilar de novo... Deus me deu mais uma
chance para viver, mas se isso acontecer de novo, eu morro Bernardo!
Rei Bernardo – Iracema! Pare com isso.
Eu já tenho uma solução.
Rainha Iracema – Que solução Bernardo?
Que solução para esconder o filho? A partir de agora pare de correr atrás de raparigas.
Rei Bernardo – Eu prometo a você que vou
ser fiel. Não irei correr mais atrás delas. Fui hoje até a casa do Mago! E
ele... (off).
Bernardo continua a explicar e Iracema
se surpreende.
Depois de um tempo, os dois tem uma
relação amorosa e ele se deita ao lado dela.
CORTA PARA:
Amanhece...
CENA
02 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / DIA
O Rei lê um livro sentado no sofá.
Iracema acorda.
Rei Bernardo – Acordou meu amor? Teve
uma boa noite de sono?
Iracema – Excelente. Mas não fique me
conquistando com esse seu jeito de anjo.
Rei Bernardo – Pode ficar tranquila.
Agora me dê um beijo.
Iracema beija Bernardo no rosto e senta
no sofá.
Iracema – Está lendo algum livro
literário?
Rei Bernardo – Não tenho tempo para
livros literários. Estou lendo a Constituição, as leis do país. Pretendo impor
uma nova política.
Iracema – E que política é essa? Posso
saber?
Rei Bernardo – Em breve saberá.
Em seguida, Saulo chega ao palácio.
Saulo – Majestades, perdoem minha
interrupção, mas tenho um assunto de extrema importância para falar.
Rei Bernardo – Pois diga Saulo, qual é a
urgência?
Saulo – Majestade. Telefonaram para o
palácio. A Rainha! A Rainha, Vossas Majestades. A Rainha e a Princesa chegam ao
final da tarde.
Bernardo e Iracema espantados. Eles se
entreolham.
Iracema – Minha irmã?
Rei Bernardo – Droga! E o Fábio ainda
não chegou da viagem!
Iracema – O que faremos agora?
Rei Bernardo – Telefonarei para os
duques. Eles sabem que essa viagem não passa de uma farsa. O Fábio precisa
estar aqui urgentemente para eles se casarem. E depois, temos que resolver o
problema da União das Coroas.
CORTA PARA:
CENA
03 / CASA DE GUMERCINDO / INTERIOR / DIA
Gumercindo sai de casa, tranca a porta.
Em seguida, Reginaldo aparece à sua frente.
Gumercindo – Um bom dia para o senhor,
quem é?
Reginaldo – Sou Reginaldo. Vim aqui para
falar diretamente com você. Gumercindo, né?
Gumercindo – Como sabes meu nome se
nunca nos vimos?
Reginaldo – Não se faça de bobo. Pelo
meu físico, certamente você deve perceber uma genética.
Gumercindo – Eu não estou entendendo o
que o senhor quer dizer com isso. Sinceramente, deve estar me confundindo com
outra pessoa! Porque você eu nunca vi na vida.
O que o senhor vem fazer aqui? Me amolar sendo que nem me conhece. Vá
pedir esmola em outro lugar.
Reginaldo – Sou um homem honrado, de
família. Ao contrário de você, que não paga a dívida.
Gumercindo – Ah, meu filho. Estou
devendo tanto para essa vida que eu acho que vocês inventam as contas para
minha pessoa pagar. Pensam que eu sou um caixa? Então vão assaltar o banco!
Reginaldo – Meu senhor, não utilize argumentos
cômicos. O senhor sabe bem que tem uma
dívida na taberna. Meu filho, Wagner, deu prazo de uma semana e você ainda não
arrumou o dinheiro.
Gumercindo – Mas meu filho... Então a
minha única alternativa é virar bandido. Tenham respeito com os velhinhos! Olha
a minha aparência... Jajá estou usando uma bengalinha, minha coluna dói todo
dia.
Reginaldo – Eu vou ser breve e objetivo.
Darei mais uma semana! Ou o senhor paga ou te denuncio para o rei.
Reginaldo vai embora.
Gumercindo – Ah, meu Deus. Coitado do meu
dinheirinho. Ah, se alguém inventasse uma árvore que caísse dinheiro, eu a
plantava no meu jardim.
CORTA PARA:
CENA 04 / CASA
DE MARIA CHIQUINHA / INTERIOR / DIA
Gumercindo,
nervoso, fala para Maria Chiquinha e Neno sobre a dívida.
Gumercindo
– Ah, meu Deus. Não dá, não dá. Se eu achasse o tesouro perdido e o tivesse em
minhas mãos...
Neno
– Maria Chiquinha está na hora, vamos ensinar ele a atuar.
Gumercindo
– Mas o que estão pensando que eu sou? Não sou ator não.
Maria
Chiquinha – Cala a boca Gumercindo. E preste atenção no que vamos falar seu
tagarela. Bom... Um ator precisa ter carisma e não pode revelar seu disfarce,
claro. Quer ver Gumercindo, faça carisma...
Eles
dão instruções a Gumercindo durante várias horas.
Gumercindo
cochila, sentado na cadeira, mas Maria Chiquinha o tira para dançar. Ele
hesita. Ela o amarra e ele dança forçadamente com ela.
CORTA
PARA:
CENA 05 /
PALÁCIO REAL / INTERIOR / DIA
O
Rei desliga o telefone após uma ligação...
Iracema
– E aí?
Bernardo
– Falei com os Duques... Hoje mesmo eles vão navegar novamente e vão trazer o
Fábio de volta.
Iracema
– Ah, graças a Deus! Está tudo resolvido...
Bernardo
– Agora resta esperar.
CORTA
PARA:
CENA 06 /
PALÁCIO REAL / INTERIOR / DIA
Depois
de 6 horas, o Sol se põe. Uma carruagem entra no palácio Real. Iracema, Saulo e
Bernardo esperam na escada. E da carruagem veem as malas, a Princesa Aurora e a
Rainha Georgia.
Eles
se entreolham.
CORTA
PARA:
FIM
DO CAPÍTULO
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