Capítulo 5: Planos Desastrosos
Cena 1: //Rua - Estrada//
Os moradores escutam e saem de casa.
• Sulamita: ME AJUDEM, UM HOMEM TÁ BRIGANDO COM UM ESTUPRADOR, QUE TENTOU ME ESTUPRAR, AJUDEEEM!
• Capetinga: ME SOLTE, SEU CÃO! VOU LHE MATAR, LHE TRUCIDAR!
• Mulher: Quem foi o cafajeste, eu vou torar o amiguinho dele agora!
Alguns homens saem correndo até a estrada.
A mulher pega um facão no quintal de sua casa e sai. Uma jovem se aproxima de Sulamita.
• Jovem: Moça, venha comigo, vamos na minha casa! Lá você vai tomar uma água com açúcar e se acalmar, mas antes vamos na delegacia, agora! Aqui perto.
• Sulamita: Eu não quero, não quero, tô com medo! Ele vai me matar. Ele vai me estuprar, vai conseguir!
• Jovem: Não vai, não! Confie em mim, estou aqui para lhe ajudar. Calma!
• Sulamita: Eu não quero!
• Jovem: Mas moça, quanto antes irmos, melhor! Ele vai ser preso logo e não vai fazer mais vítimas! Vamos...
Os moradores que foram, saem da estrada segurando Capetinga ainda com o capuz e amarram ele.
• Mulher: NÃO FAÇA ISSO COM MAIS NINGUÉM, OU EU LHE CORTO O PINTO!
• Capetinga: Diaba, imunda, velha estúpida. EU QUASE COMI ELA!
• Homem: VOCÊ QUER MORRER? FALE DIREITO COM ELA! O ÚNICO SER QUE VAI SER COMIDO AQUI, SERÁ VOCÊ, QUANDO CHEGAR NA CADEIA!
• Capetinga: VAGABUNDOS! IDIOTAS!
Sulamita é levada para a delegacia, logo atrás Capetinga vai sendo carregado.

Cena 2: //Mansão Gonzalez//
Samantha acorda e se levanta nua, em seguida, veste um roupão.
• Samantha: Ainda bem que o bebê dormiu a noite toda. Nem incomodou!
Ela calça as sandálias e sai do quarto.
• Empregada: Bom dia, patroa! Dormiu bem?
• Samantha: Bom dia! Dormi sim... Como um anjo!
• Empregada: Vou pôr seu café na mesa, hoje está muito refinado!
• Samantha: Será o quê?
• Empregada: Patê de atum, sanduíche sem calorias, suco de limão diet e café gourmet.
• Samantha: Adoro, já estou descendo. Coloque a mesa, em instantes, chego lá.
A empregada desce as escadas.
Samantha segue para o banheiro.
• Samantha: Que dia lindo, hoje! À essa hora, o Capetinga já fez o serviço e tá feliz da vida! E a coitadinha, chorando, toda destruída. Hahahahah. Hoje promete!
Ela tira o roupão e entra na banheira.
• Samantha: Ai, ai, adoooooro.
Olavo se acorda.
• Olavo: Samantha.
Ele olha para os lados e não vê Samantha.
• Olavo: SAMANTHA, SAMANTHA... Ué, cadê ela.
Ele se levanta.
• Olavo: CADÊ ELA?
Ele vai ver o bebê no berço.
• Olavo: Bom dia, filhão! Gostou da primeira noite na sua casa? Vem cá.
Ele põe o bebê nos braços e sai do quarto.
No banheiro, Samantha se masturba pensando em Capetinga.
• Samantha: Meu delicioso, forte e sarado. Te amo, te adoro. Delícia! Delícia! Ah.
• Olavo: Bom dia, você viu a Samantha.
• Empregada: Ela tá no banheiro, Seu Olavo. Tá tomando banho, mas a mesa já tá pronta!
• Olavo: Ok, vou descer agora mesmo.
Ele desce.
• Samantha: Ah, ai Capetinga, vai mais rápido, oh!

Cena 3: //Delegacia - Sala do Delegado//
Sulamita está sendo ouvida pelo delegado, quando Capetinga entra na sala, levado pelo policial.
• Sulamita: Ele me puxava e tentava abrir minha calça, eu gritava desesperada. Ele me mandava calar a boca e...
• Delegado: QUE BONITO HEIN... BONITO! MUITO BONITO PARA O SENHOR, ANDAR QUERENDO ESTUPRAR MULHERES. TEM NADA PARA FAZER NA VIDA, NÃO?
Ele se aproxima de Capetinga e dá um tapa forte na cabeça dele.
• Delegado: TOME VERGONHA NA CARA...
O delegado dá um soco na cara dele.
• Delegado: LEVA ELE PARA A CELA!
Ele é levado.
• Sulamita: Posso continuar?
• Delegado: Pode. Prossiga!
• Sulamita: Ele me mandava calar a boca e tentava me beijar, foi quando esse homem que tá aí fora, ouviu e foi ver o que era, se atracou com ele e começou a brigar.
Ela chora enquanto treme.
• Delegado: Calma, como você não sofreu nenhum arranhão, está liberada, pode ir para casa. Ele vai ser encaminhado para o presídio, ok?
• Sulamita: Tá bom. Bom dia para o senhor!
Ele se levanta e sai da sala.

Cena 4: //Cela - Interior//
Capetinga está inquieto na cela.
• Capetinga: Droga, eu devia ter matado aquela mulherzinha de merda. Porra, Samantha! Eu tenho que dar um jeito de sair dessa merda!
O policial chega.
• Policial: Falando sozinho... Tá na hora de compartilhar sua conversa aí com os amigos novos do presídio... Cuidado, tudo que você falar pode ser usado contra você no tribunal, já ouviu falar disso?
Capetinga fica calado.
• Policial: Agora ficou calado foi? Continua falando, vai. Aproveita e faz um diário, pego folhas e caneta para você.
Capetinga continua calado. O policial abre a cela.
• Policial: Vamos, tá na hora!
Capetinga avança em cima do policial e põe as mãos em seu pescoço.
• Capetinga: O único lugar para onde vou agora é para minha casa! Você, vai é morrer!
Ele começa a apertar e sufocar o policial.
• Policial: A... A... Me... Sol... Solta!
• Capetinga: Cala a boca, seu idiota!
Capetinga aperta mais e o policial cai mole no chão. Ele tira a roupa do policial e se veste.
• Capetinga: Bom, tá na hora, fui!
Ele sai andando como se nada tivesse acontecido, disfarçado de policial.

//Alguns minutos depois//
Cena 5: //Casa de Sulamita//
Sulamita chega amparada pela jovem.
• Sulamita: Muito obrigada, você deixou seu tempo para dedicar a mim.
• Jovem: De nada, eu sempre ajudei as pessoas! Espero que você possa se recuperar. Fé em Deus que tudo vai para frente!
• Sulamita: Obrigada, tchau. Se cuida!
A jovem vai embora e Sulamita entra em casa aos prantos. Diná está no quintal, colocando água nas plantas.
• Diná: Sulamita, você deveria estar no trabalho, largou cedo?
Sulamita corre e se abraçam fortemente com a amiga.
• Diná: Amiga, o que houve? Fale! Sulamita, fale!
• Sulamita: Um homem tentou me estuprar quando eu estava indo para o trabalho!
• Diná: Ai Meu Deus, que horror! Você tá bem?
• Sulamita: Estou, consegui escapar graças à um homem que ouviu meus gritos de socorro.
Elas se abraçam de novo.
• Diná: Venha, tome um suco de maracujá que fiz para o almoço, deve lhe acalmar!
Elas entram em casa.
• Diná: Sulamita, você devia sair sempre acompanhada de alguém a uma hora daquelas. Estamos em 1995, mas hoje não é como nos anos 70.
• Sulamita: Mas nunca tinha acontecido isso. A rua sempre fica movimentada! Mas hoje, ela estava esquisita.
• Diná: Fale com o Seu João, daqui da frente da sua casa! Ele é um homem confiável.
• Sulamita: Tá bom.
Elas se abraçam.

Cena 6: //Mansão Gonzalez//
Olavo e Samantha tomam café.
• Olavo: Dormiu bem essa noite?
• Samantha: Com você do lado, quem não dormiria... Eu adorei ontem!
• Olavo: Poderíamos experimentar isso também no chuveiro.
• Samantha: E que tal na banheira?
• Olavo: Com você, eu topo tudo.
Samantha olha com cara de maliciosa para ele.
O telefone da casa toca.
• Samantha: Eu atendo!
Ela se levanta e atende.
• Samantha: Alô.
• Capetinga: Alô, sou eu, Capetinga.
• Samantha: Oi amiga, como foi no SPA?
• Capetinga: Ah, já entendi. Deu tudo errado! Droga.
• Samantha: Nossa, que horror, como ela fez isso com você?
• Capetinga: EU TENTEI ESTUPRAR A VADIA, MAS A CACHORRA SÓ FAZIA GRITAR. UM MALDITO, OUVIU E SOCORREU ELA. FUI PRESO.
• Samantha: Mas ela devolveu o dinheiro?
• Capetinga: Mas já tô solto. Fugi de lá, vestido de policial.
• Samantha: Ufa, que bom. Mais tarde vou aí, amiga, te ajudarei na organização da casa.
• Capetinga: Tá, tchau. Me espera na praça central.
• Samantha: Tá bom, beijos, tchau.
Samantha desliga.
• Olavo: Quem foi?
• Samantha: Foi a Suzana, ela foi no SPA se cuidar e foi barrada!
• Olavo: Que horror.
• Samantha: Bom, eu vou voltar a comer...
Eles voltam a comer.
• Samantha pensando: PORRA, CAPETINGA! MERDA! UM PLANO SÓ. EU MATAVA ELA!

GANCHO