Tesouros Perdidos - Capítulo 27

sábado, fevereiro 17, 2018

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                                                                                                                Capítulo 27


17/02/2018
TESOUROS PERDIDOS



Novela de
FELIPE ROCHA




Agradecimentos
WEB NOVELAS CHANNEL




“ESTA É UMA OBRA COLETIVA DE FICÇÃO BASEADA NA LIVRE CRIAÇÃO ARTÍSTICA E SEM COMPROMISSO COM A REALIDADE”

Capítulo XXVI
“A REVELAÇÃO”
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No Capítulo Anterior
Luana perdoa Neno. Neno vê quando o Rei sai da casa de Luana e revela a Rainha Iracema.

FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE:

CENA 01 / PALÁCIO REAL / QUARTO / INTERIOR / DIA
A Rainha e Neno no quarto. Ela tranca as portas.
Rainha Iracema – Bom, que assunto urgente que queria falar comigo? Algum problema?
Neno – Eu vou ser breve e objetivo. Mas, me perdoe do que falar, só veio do meu ponto de vista que presenciei uma cena ontem mesmo... Entende? Peço desculpas, mas ontem vi o rei sair da casa de uma plebeia!
Neno – Mas não quero que me interprete mal Vossa Majestade, por favor. Eu só comuniquei a senhora o ocorrido para lhe alertá-la.
Rainha Iracema – Fez bem em me contar. Qual é o seu nome?
Neno – Me chamo Neno.
Rainha Iracema – Mas me diga, onde é a casa da tal plebeia?
Neno passa o endereço para a Rainha Iracema.
Rainha Iracema – Admiro sua atitude, ficarei de olhos bem abertos. Obrigada por me revelar a verdade. Hoje mesmo eu pego o meu marido no flagra! 
Neno – Mas não revele para ninguém que lhe informei sobre isso!
Rainha Iracema – Claro que não, sua pessoa não será revelada.  Vou te recompensar em breve!
Neno – Bom, eu vou indo.
Rainha Iracema – Eu te agradeço profundamente!
Neno – Não tem que agradecer, a rainha precisava saber. Vou indo.
Neno vai embora.
CORTA PARA:

CENA 02 / CASA DE GEREMIAS / INTERIOR / DIA
Luana ajuda Geremias a cortar verduras.
Luana – Pai, eu gostaria de te contar uma coisa. Não sei se vossa pessoa vai gostar.
Geremias – Diga minha filha, o que é?
Luana – Ontem eu encontrei com o Neno.
Geremias – O Neno? Ah, meu Deus! Será possível que terei que pegar uma espingarda para dar um tiro nesse rapaz? Ele não cansa de correr atrás de você?
Luana – Calma, está tudo bem. Eu o perdoei!
Geremias – Mas como assim minha filha? Depois de tudo que ele fez, você tem coragem de o perdoar?
Luana – Eu acredito que todos merecem um perdão. Ele está mudado, dá para perceber nos sentimentos dele, nos olhos dele. Até assumiu os erros do passado.
Geremias – Mas espero que vocês não se relacionem novamente.
Luana – Longe de minhas intenções, eu quero refazer minha vida agora!
Geremias – Eu estou muito preocupado... e quando o Príncipe chegar? Que decepção! Como faremos?
Luana – Eu não tenho alternativas a não ser terminar o relacionamento com o Príncipe.
Geremias – Ele vai ficar arrasado!
Luana – O pior é a minha pessoa, meu pai. O Príncipe foi covarde comigo.
Geremias – Mas como assim, minha filha?
Luana – Covarde em não contar que estava de casamento marcado com a Princesa de Portugal. Você sabe o que eu acho? Ele se aproveitou de mim.
Geremias – Nunca. Eu via nos olhos dele, ele realmente amava você.
Luana – Como não, meu pai? Ele se aproveitou de mim sim enquanto a princesa não chegava ao Brasil.
Geremias – Ele sempre foi apaixonado por você minha filha, talvez, ele até esqueceu de contar isso. Ou então quis manter sigilo para não estragar o relacionamento. Vocês formam um casal tão bonito.
Luana – Papai, eu não vou correr mais atrás do Príncipe. Nosso relacionamento está terminado, o que ele fez comigo não tem perdão! E eu não quero que o senhor pronuncie o nome dele nesta casa.
Geremias – Me diga o que aquele rapaz fez para você? Mudou seus pensamentos? Deve ter sido ele... Eu vou pegar a minha espingarda e dar um tiro na cara dele.
Luana – O Neno não tem nada a ver com isso. E quer saber... Eu quero é ficar sozinha, solteira. Nunca mais quero casar! Eu só tenho decepções nessa vida, estou cansada! Cansada papai. Essa vida não me dá nada de agradável.
Luana começa a chorar descontroladamente e Geremias a consola.
Geremias – Calma minha filha, venha cá. Sente no meu colo. Eu exagerei nessa hipótese, me perdoe.
CORTA PARA:

CENA 03 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / DIA
A Rainha Iracema anda descontroladamente pelos cantos do palácio. Pensativa. Deduz alguma coisa. Saulo se aproxima dela e questiona:
Rainha Iracema – Ah, mais claro! Foi ele! Como fui idiota acreditando nas palavras que ele pronunciou...
Saulo – Vossa Majestade está pensativa. Qual o motivo disso? Tenho a oportunidade de saber?
Rainha Iracema – Deveres de uma rainha. E gostaria de deixar bem claro para você, que se eu fosse o rei, eu te colocaria para fora desse palácio.
Saulo – Mas o que fiz para ter ódio de mim? Sempre fui fiel a sua rainha.
Rainha Iracema – Não me conte mentiras! Eu já deduzi. Eu sei bem que o senhor não quis descobrir com quem o rei estava se encontrando.
Saulo – Um momento, madame.
Rainha Iracema – O que você vai pronunciar agora? Mentiras! Eu já estou farta disso.
Saulo – Acho que a senhora está muito enganada.
Rainha Iracema – Enganada eu? Qual insinuação está a fazer?
Saulo – É claro que eu tentei descobrir com quem o rei estava se encontrando, mas eu não consegui, ele deve ter disfarçado.
Rainha Iracema – Agora você vem com essas desculpas para o meu lado! Sugiro que pare de contar mentiras diante de Vossa Rainha...
Saulo – Mas madame...
Rainha Iracema – Nem mais uma palavra! Eu já estou farta disso. Eu sei que você é fiel e confidente ao rei, não a mim. Já viu o ditado? As paredes têm ouvidos! Você dá mais atenção para o rei do que para Vossa Rainha. Eu vejo a afinidade de vocês. Acha que sou burra para não perceber isso?
Saulo – Não nego, eu gosto muito do rei. Mas eu não deixo de gostar de você. Afinal, sempre me acolheu muito bem e agora me tratas desse jeito.
Rainha Iracema – Certamente você deve ter feito uma aliança ao rei. Ele deve ter te obrigado a não fazer o serviço para mim! Eu conheço vocês homens!
Saulo – Onde estão as provas concretas para me acusar desse jeito? Você não tem nada, nenhuma prova. Vossa Majestade está me decepcionando.
Rainha Iracema – Eu vou afogar nessas suas ondas de mentiras!  Eu queria só lhe informar que... Não preciso mais de você, porque, eu mesma hoje, vou tirar essa história tudo a limpo! E se eu ficar sabendo que deu alguma coisa de errada nessa história, você vai ver! Eu vou te renunciar do cargo. Entendido?
Saulo – Perfeitamente.
Rainha Iracema – Então... Suponho que está dividido entre a sua vida e a amizade do rei? E o que fará agora já que a sorte jogou contra você?
CORTA PARA:

CENA 04 / CASA FAMÍLIA ELIZALDE / INTERIOR / DIA
Todos almoçam juntos.
Valdirene come silenciosamente, sem reclamações.
Reginaldo – E aí Wagner? Como andam as coisas na taberna?
Wagner – Desde que o senhor abandonou o nosso estabelecimento, eu tenho cuidado muito bem dele!
Valdirene – Pare de contar mentiras, você sabe bem que não cobrou a dívida ainda. E falta três dias.
Reginaldo – Mas o que sua irmã está dizendo? Que dívida é essa?
Wagner – Você também hein Valdirene? Que boca.
Elizete – Espere! Eu também tenho o direito de saber. Eu que mando nessa casa!
Wagner – Pois bem, pai e mãe. Me perdoem por não ter revelado antes... Mas há uma dívida assim. Conhecem o Gumercindo?
Reginaldo – Gumercindo? Pai daquela menina chamada Laura?
Elizete – Aquele esquisito? Conheço bem. Nunca conversei com ele.
Reginaldo – Nem eu.
Wagner – Pois bem. Ele sempre foi à taberna para beber vinho quando estava nervoso, descontrolado. E bebia descontroladamente várias garrafas. Até que ele resolveu anotar na conta... Inclusive a mulher dele morreu por causa dele! Eles não conseguiram pagar a dívida. Ela morreu de raiva, um infarto. E hoje em dia... A dívida acumulou! Dei o prazo de uma semana para ele pagar, mais nada!
Reginaldo – Mas o que é isso? Você não está sabendo negociar!
Wagner – É claro que eu sei negociar meu pai! Dei o prazo de uma semana, uma semana! E ameacei até falar com o rei para prendê-lo caso ele não pagasse! Mas eu não sei... E se ele não pagar meu pai? Às vezes eu fico pensando se estou agindo de forma correta... E se ele for preso, como sustentará a filha?
Reginaldo – Bom você está certo, meu filho. Mas e nossas dificuldades. Sempre estamos economizando, onde vamos parar se nossos clientes não pagarem a conta?
Wagner – Eu lamento informar papai. Mas estamos divididos entre os dois lados. Ou a gente perdoa a dívida ou ele vai preso!
Reginaldo – Ah, meu Deus. O que faremos?
Elizete – Meu coração partiu com essa história. Eu acho que deveríamos perdoar a dívida... Imaginem se esse homem for preso... A filha dele não vai conseguir se virar sozinha. E outra coisa. Ela não tem mãe! Ela deve ser bem nova.
Valdirene – E tem mais uma coisa!
Reginaldo – Qual é o problema minha filha?
Valdirene – Ele sempre está procurando um novo disfarce para sair da dívida. Ontem mesmo chegou uma grávida na taberna, mas certamente deve ser ele. A grávida alegava que foi abandonada pelo marido e que iria ter trigêmeos, em breve. Ela precisava de algum lugar para trabalhar, aí foi nessa parte que o Wagner concedeu o trabalho na taberna para ela.
Reginaldo – Mas você está doido meu filho!
Wagner – Meu pai, eu tenho sentimentos, assim como o senhor. Eu me sensibilizei com o caso dela!
Reginaldo – Mas onde vamos parar desse jeito? Não teremos dinheiro para pagá-la. Ela não pode ser nossa escrava. Você vai ter que refazer isso!
Valdirene – Eu ainda desconfio que pode ser o Gumercindo disfarçado só para nos arrancar dinheiro para pagar a dívida.
Reginaldo – Onde é a casa desse Gumercindo? Quando anoitecer eu falarei imediatamente com ele!
Elizete – Mas pode ser perigoso Reginaldo e se ele enfurecer, e...
Reginaldo – Eu não tenho medo dele! Eu vou cobrar essa dívida. Isso não vai ficar assim!
CORTA PARA:

Anoitece...

CENA 05 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / NOITE
O Rei Bernardo lê um livro... Saulo se aproxima dele.
Saulo – Majestade desculpe incomodar. Mas venho trazer uma carta de vossa Rainha de Portugal.
Rei Bernardo – Você não incomoda nunca, Saulo. Deixe me ver essa carta
Saulo entrega a carta.
Rei Bernardo abre a carta e lê. Ele se assusta.
Rei Bernardo – Meu Deus, o que eu fiz para merecer isso? É um absurdo!
Saulo – Está assustado, o que houve Majestade?
Rei Bernardo – Essa carta diz que amanhã mesmo a rainha chegará ao palácio real!
Saulo – Amanhã? Mas... E o Príncipe Fábio que está fazendo uma viagem pelos continentes orientais?
Rei Bernardo – Eu sou muito burro! Assim que a Rainha chegar ela vai querer que a Princesa se case com o Príncipe imediatamente. E a viagem pelos continentes orientais durará um mês.
Saulo – Eu acho que o seu plano de separar o Príncipe da plebeia não deu certo.
Nesse momento, a Rainha Iracema chega.
Rainha Iracema – Vejo que não contaram para Vossa Rainha essa história... Vocês pensam que eu sou burra? Eu estava ouvindo a conversa atrás da porta. Mas que conversa é essa de separar o Príncipe da plebeia?
Saulo e Bernardo assustados.
Rainha Iracema – Não fiquem com essa cara diante de Vossa Rainha. Eu exijo uma explicação concreta.
Rei Bernardo – Então. Eu vou revelar a você! O nosso filho, Príncipe Fábio, estava tendo um caso com uma plebeia.
Rainha Iracema – Uma plebeia?
Rei Bernardo – Sim, uma plebeia.
Rainha Iracema – Mas como você não me revelou isso antes?
Rei Bernardo – Eu não tive cabeça! Eu não tive
Rainha Iracema – Mas eu sou a rainha... Meu Deus... Eu nunca iria imaginar que o Príncipe estava se envolvendo com uma plebeia.
Rei Bernardo – Mas não tem coisa pior do que a chegada da rainha.
Rainha Iracema – Rainha? Que rainha?
Rei Bernardo – A sua irmã! Rainha de Portugal.
Rainha Iracema – Minha irmã?
Rei Bernardo – Perfeitamente.
Rainha Iracema – Mas o que ela quer fazer?
Rei Bernardo – Ela... Está vindo de Portugal para que a Princesa Aurora, sua sobrinha, case-se com o Príncipe para que as Coroas sejam unidas.
Rainha Iracema – Meu Deus... Unir as Coroas novamente? Isso é um absurdo.
Rei Bernardo – Pois é... Mas deixa para lá! Eu vou é esfriar a cabeça agora.
Rainha Iracema – Onde você vai? Volta aqui. Volta aqui Bernardo.
O Rei vai embora.
Rainha Iracema – E o que você ainda faz aqui? Sai!
Saulo – Desculpe Vossa Majestade.
Rainha Iracema – Quanta traição à rainha hein?
Saulo vai embora.
Rainha Iracema – É hoje! É hoje que eu pego ele no flagra.
CORTA PARA:

CENA 06 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / NOITE
O Rei entra na carruagem... que parte. A Rainha observa e espera algum minuto. Em seguida, entra em outra carruagem que segue o rei.
CORTA PARA:

CENA 07 / FRENTE DA CASA DE GUMERCINDO / INT / NOITE
Depois de algum tempo... A carruagem para em frente à casa de Gumercindo.  Em seguida, outra carruagem. O Rei bate na porta e Laura abre. Os dois se abraçam. A Rainha flagra de longe, atrás das árvores. Desce uma lágrima pelo olho dela, que lamenta.
Rainha Iracema – Todo esse tempo eu fui traída!
CORTA PARA:

Depois de algum tempo...
CENA 08 / PALÁCIO REAL / QUARTO DA RAINHA / INT / NOITE
A Rainha chega em seu quarto, tranca a porta... Tira as roupas diante do espelho e derrama várias lágrimas de choro... Olha para a Lua Cheia lá fora com tristeza e lamenta. Trata de colocar a roupa de dormir... Mas antes, procura em algumas gavetas um objeto.  Ela abre um cofre e tira de dentro uma faca... Em seguida, se mutila com a faca.
CORTA PARA:




FIM DO CAPÍTULO








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