Divergentes - Capítulo 25 (Últimos Capítulos)

sexta-feira, abril 03, 2020


DIVERGENTES


Novela de Raffa Lins


CAPÍTULO 25


CENA 01 / CASA DE CARLA / COZINHA / INT. / NOITE /

Em pé, de muletas, Lurdinha mostra um grande esforço, tentando se manter.

CARLA: Amiga, não tá doendo? Senta um pouco.

LURDINHA: Eu tenho que ficar em pé, isso agiliza o processo. (T) Que foi, que cê tá com essa cara?

CARLA: Nada, só tava pensando aqui, que eu fiz o Mauro dar uma grande oportunidade pro Renan, colocando ele na Empresa. E hoje, o Renan continua lá, só que a patroa agora é a Lívia, que jogava na minha cara que eu não dava oportunidades pra ela.

LURDINHA: É colega, o mundo não da voltas, ele capota.

CARLA: Só que essas voltas só estão favorecendo a Lívia, e eu tenho medo que... Ah, deixa pra lá.

LURDINHA: Medo do que? Pode falar.

Carla respira fundo, se concentrando em Lurdinha.

CARLA: Eu tenho medo que seja a Lívia... A assassina do Mauro!!

Lurdinha se assusta com a desconfiança de Carla, mas logo a fazendo mudar.

LURDINHA: Amiga, olha pra mim, não fica pensando essas coisas não, porque isso te machuca. A Lívia sabe o que faz, e não consigo ver ela matando o Mauro.

CARLA: (Olhos Marejados) Eu também não, mas eu não duvido que ela tenha feito alguma loucura...

Lurdinha vai se aproximando de Carla, lhe abraçando e se apoiando.

LURDINHA: (Ri) Esquece isso, e pega uma gelada pra nós, que a garganta já tá seca!

Descontraída, tentando esquecer, Carla olha pra Lurdinha, sorrindo, indo até a geladeira.

Corte rápido para:

CENA 02 / MANSÃO DUTRA / SALA / INT. / NOITE /


Chegando em casa, com um semblante de exaustão, Lívia logo se depara com Priscilla, sentada ao sofá, vendo filme.

PRISCILLA: (Concentrada no filme) Pra quem ia só ficar sentada o dia todo, tá chegando bem tarde, hein.

Enquanto Priscilla fala, Lívia vai se sentado no outro sofá.

LÍVIA: Vai nessa que é só ficar sentada. Tenho que ficar engolindo muito sapo de marmanjo lá que pensa que eu não sei o que tô fazendo.

PRISCILLA: E sabe?

LÍVIA: Não, mas vou aprender... (Olhando as sacolas ao chão) Que tanto de coisa é essa aí?

PRISCILLA: Algumas coisinhas que eu mesma me presenteei.

LÍVIA: Fecha essa torneira aí, que dinheiro fácil, some fácil.

PRISCILLA: Gata, cê é dona da Empresa Dutra, dona dessa mansão, acha que tudo pode acabar assim, fácil? E não esquece que eu te ajudei.

LÍVIA: Eu nunca vou esquecer, não precisa lembrar. (T) Como pode ver, agora sou uma trabalhadora, exausta. Enquanto não achamos uma empregada fixa, dá pra preparar um banho pra mim? Mas dessa vez, tranca as portas e não deixe ninguém entrar.

PRISCILLA: (Ri) Pode deixar, dona Lívia, hoje ninguém vai tentar te matar!

Corte para:


DIAS DEPOIS...


CENA 03 / CASA DE CARLA / SALA / INT. / MANHÃ /

Deitada em sua calma, calma, Carla percebe alguns passos vindo em direção ao seu quarto, ficando tensa. A porta se abre, mostrando ser Renan, para alívio de Carla.

CARLA: (Aliviada/Nervosa) Renan, cê não acabou de sair pra ir trabalhar?

RENAN: É que tem um oficial de justiça aqui, querendo falar com a senhora.

CARLA: (Estranha) Oficial de justiça?

Rapidamente, Carla pula da cama, de pijama mesmo, indo até a sua sala, junto de Renan.

CARLA: Bom dia, posso ajudar?

OFICIAL: Bom dia. Eu preciso que a senhora assine isso aqui, por favor.

CARLA: Posso saber do que se trata?

O oficial entrega a carta nas mãos de Carla, que logo assina. Ela no mesmo instante, entrega para Renan.

CARLA: (P/Renan) Cê que entende disso, me fala. O que é?

Renan lê a intimação, e aos poucos ficando surpreso.

RENAN: (Estranha) Eles estão te chamando novamente pra depor... (Surpreso) Mas agora como a principal suspeita do assassinato do Mauro!!

Carla se choca, ficando sem chão.

CARLA: (Se assuta) O quê?! Não, isso tá errado. Como eu sou a principal suspeita?!

O oficial pega a assinatura de Carla, deixando a casa, que se desespera.

CARLA: (Nervosa) Eles querem me colocar como culpada... Mas eu não matei ninguém!!

RENAN: (Apaziguando) Calma mãe, isso deve ser só pra assustar. Eu conheço um advogada lá da empresa, ela pode nos ajudar!!

Close em Carla, incrédula ao achar que pode ser presa.

Corte para:

CENA 04 / MANSÃO VASCONCELLOS / QUARTO / INT. / MANHÃ /

Arrumando se para o trabalho, Sidney passa quieto por Beatriz, que não se sente bem.

BEATRIZ: Sidney... SIDNEY!!

Ele a olha, sem responder.

BEATRIZ: (Desolada) Precisamos conversar. Não tá dando pra viver assim, tá me doendo muito esse seu jeito que anda me tratando ultimamente. Frio, calado, como se eu fosse uma pessoa qualquer do serviço.

SIDNEY: Eu não preciso dizer o porquê disso...

O som ambiente ainda é na conversa dos dois, mas a imagem foca em Luana, atrás da porta, a ouvindo.

BEATRIZ: O que te dói mais, saber que o Dan não é o seu filho, ou a mentira?

SIDNEY: (Emocionado) TUDO!! (T) As coisas poderiam ser resolvidas se você fosse sincera comigo, desde o início. Mas preferiu entrar numa história louca, se engravidar do Mauro pra me dar um filho?

BEATRIZ: Sim, é loucura minha, mas é por amor!! Eu pensei em você quando/

SIDNEY: (Por cima) Quando tava transando com ele?

BEATRIZ: (Grita) NÃO!! Eu não pensei em ti quando me entreguei a outro homem, mas foi pra te dar a felicidade de ser pai. (T) Agora me responde, foi ruim ser pai? Foi ruim não saber disso, mas dá todo o amor pro Daniel? Não interessa se ele não é do seu sangue, mas tem uma coisa mais importante que isso, é a sua ligação, o amor que transmite um pro outro. Os olhos do Dan brilham quando alguém pergunta de você, ele se sente o garoto mais bobo do mundo, por ter um pai incrível!! (Derruba algumas lágrimas) Se eu te falar que sentia ciúmes do amor que ele tinha com você, parecia não ser o mesmo comigo?

SIDNEY: Ele te ama...

BEATRIZ: (Chora) Lembra quando teve uma apresentação na escola, de levar algum parente. Ele preferiu levar você, que estava trabalhando, mesmo sabendo que eu estava em casa o dia todo... (T) Ele ainda me disse: "Mamãe, o papai vai porque..."

SIDNEY: (Completando) "... Porque a senhora já me leva todo dia, e eu quero mostrar o papai de terno pra turma." (T) (Chora) Daniel é o melhor filho que você poderia ter me dado...

Beatriz vai até os braços de Sidney, onde ambos se abraçam, chorando.
A câmera volta para Luana, contra a porta, com uma feição de ódio.

LUANA: (Fria/Nervosa) Não era pra ser assim... Não era pra ser assim!!

Corte para:

CENA 05 / DELEGACIA / SALA DE INTERROGATÓRIO / INT. / MANHÃ
/

Carla ao lado da advogada, estão de frente ao delegado Moreira.

CARLA: (Cont.) Eu tô até agora tentando entender o porquê de eu ser a principal suspeita do assassinato do Mauro.

MOREIRA: Pelos depoimentos, fica claro que a senhora foi a única a estar presente no momento da morte de Mauro Dutra, e pelos depoimentos dado pela sua própria filha, onde ela dizia que você era a culpada de tudo estar acontecendo, porque partiu de você, manter as mentiras, que todos já estão por dentro de quais são.

CARLA: A Lívia disse isso?

ADVOGADA: Delegado, eu te conheço faz tempo. Eu sei que esse joguinho, é pra desestabilizar a minha cliente, a jogando contra a própria filha.

CARLA: Eu e ela não temos mais contatos.

ADVOGADA: Justamente, ele vai usar desses artifícios pra usar você Carla, como a principal suspeita.

MOREIRA: A advogada me conhece a tanto tempo, e sabe que eu posso pegar isso como uma ofensa...

ADVAGODA: Conheço a tanto tempo, que sei que o juiz deve estar te pressionando pra descobrir logo quem é o assassino, já que e o caso foi a público, e o Mauro Dutra era um dos homens mais importantes da cidade. (T) A minha cliente fez questão de vir aqui hoje, no mesmo momento em que pegou a intimação, pra deixar claro, que ela é limpa, que não é a pessoa que vocês estão procurando!!

CARLA: Obrigada...

Corte rápido para Carla e a Advogada, saindo da delegacia, junto com Renan.

RENAN: Muito obrigado novamente Ingrid, por ter tirado um tempo pra minha mãe.

INGRID: É o meu trabalho, e eu faço questão de ficar na cola do delegado, pra ver se ele não arma mais alguma coisa, pra continuar nessa história estapafúrdia!

Corte rápido para:

CENA 06 / EMPRESA DUTRA / ESCRITÓRIO / INT. / TARDE /


Apreensiva, andando de um lado para o outro, Lívia vê a porta se abrindo.

SABRINA: O senhor Roberto chegou, posso mandar ele entrar?

LÍVIA: (Nervosa) Já deveria ter feito isso, imprestável!!

Sabrina sai da sala. Segundos depois, Roberto agora quem abre a porta, se deparando com Lívia, onde eles se cumprimentam com dois beijos no rosto.

ROBERTO: Como passou a noite?

LÍVIA: Passei esperando que virasse o dia, e que esse momento agora, fosse rápido. Sente se!

Roberto se senta, logo Lívia também se senta em sua mesa.

ROBERTO: (Malicioso) Tá animada?

LÍVIA: Não diria animada, diria... Ansiosa!

Roberto retira de sua bolsa, uma grande pasta preta. Ele começa a folhear na frente de Lívia, que olha atentamente. O som se abafa.

Corte para:

CENA 07 / CARRO / INT. / TARDE /

Chegando no portão da escola, Beatriz destrava a porta do carro, onde Luana rapidamente a abre, e desce, sem esperar Daniel. Beatriz olha para Luana do carro, entrando na escola, e toma toda sua atenção para Daniel.

BEATRIZ: Lembra o que a mamãe falou? Fica o máximo longe da Luana. Ela não é uma boa influência pra você. Ouviu?

DANIEL: É, eu sei...

BEATRIZ: Vem cá dar um beijo na mãe.

Daniel levanta do banco, indo até Beatriz, que o enche de beijo. Ele sai do carro, indo em direção ao portão de entrada. Beatriz continua mandando beijos pro filho do carro, que ao entrar na escola, ela o perde de vista. No mesmo instante, Beatriz dá partida no carro.
Enquanto o carro vai se distanciando da escola, a imagem vai se aproximando do portão, que do lado dele, está Luana, segurando Daniel pela mochila, olhando para os lados.

DANIEL: (Nervoso) Me solta, eu preciso ir pra sala!

LUANA: Hoje nós não vamos pra aula... Vamos fazer algo bem melhor!!

DANIEL: (Apreensivo) Eu não quero ir...

LUANA: (Rude) Você vai!!

Pegando nas mãos de Daniel, saindo sorrindo pelo portão, Luana aperta o passo, ambos se distanciando da escola.

Corte rápido para:

CENA 08 / EMPRESA DUTRA / ESCRITÓRIO / INT. / TARDE /

Continuação da conversa já no fim, de Lívia e Roberto.

ROBERTO: (Cont.) Basta você assinar e aprovar o investimento, que terá três vezes mais dinheiro do que essa empresa arrecada hoje.

LÍVIA: É um investimento e tanto, mas acho que tenho que falar com uma pessoa, antes de assinar.

ROBERTO: Mas a proposta tá aí na sua mão, tá tudo bem claro e explícito, não tem o porquê ter medo.

Batendo a caneta na mesa, Lívia demonstra apreensão, sem saber o que fazer.

LÍVIA: Se eu assinar, terei até quando pra cancelar o contrato?

ROBERTO: Acreito que um dia. Só que eu preciso da assinatura agora, pra já dar baixa.

LÍVIA: Só um minuto...

Lívia se levanta, indo para o canto da sala, onde ela pega o seu celular, discando para Renan.

LÍVIA: (Cel./Nervosa) Atende... Atende, droga!! Aonde cê se meteu?!

Sem atender, Lívia desliga a chamada, voltando para a mesa. Neste momento, Roberto coloca os papéis em sua frente.

LÍVIA: Até amanhã eu posso cancelar?

Roberto concorda com a cabeça, e Lívia pegando novamente a caneta, começa a assinar as papeladas, para alívio de Roberto, que dá um pequeno sorriso.

ROBERTO: (Sorrindo) Pronto, se considere três vezes mais rica!!

Close no rosto de Lívia, que tenta se alegrar com o investimento, mas demonstrando ainda receio.

Corte para:

CENA 09 / CASA NOVA / SALA / INT. / TARDE /

Chegando na sala com um balde de pipoca, Vicente se depara com Aline, arrumada.

VICENTE: Tá indo aonde?

ALINE: Resolver umas pendências, coisa que eu já deveria ter feito. (T) E você, tá com essa cara ainda por quê? A gente arrumou a casa, tá toda mobiliada, tá dando tudo certo...

VICENTE: E eu continuo um idiota... Renan não quer falar comigo.

ALINE: O que você já fez?

VICENTE: Eu tinha questionado ele por ainda continuar na Empresa, e insinuei...

ALINE: Insinuou o quê?!

VICENTE: Que ele só tá lá pela grana, mas eu já percebi que não é!

ALINE: Puta merda hein, no momento que você tá pondo a cabeça no lugar, dá um fora desses? Pede desculpa, é o mínimo que você pode fazer!!

VICENTE: E cê acha que eu já não pedi?

ALINE: Então espere o tempo dele, tem que saber esperar, você consegue? (T) Agora, tô indo, volto mais tarde!!

Aline manda um beijo com as mãos para Vicente, que fica encabulado no sofá, logo saindo de casa.

Corte rápido para:

CENA 10 / MANSÃO DUTRA / SALA DE ESTAR / INT. / TARDE /


Chegando em casa, ao abrir a porta, Lívia se depara com Aline, em pé, no centro da sala.

LÍVIA: (Estranha) Você aqui?!

Entrando em cena, Priscilla tenta apaziguar.

PRISCILLA: Eu deixei ela entrar, porque disse que tinha algumas coisas dela pra pegar.

LÍVIA: Então se já pegou, cai fora, que cê não é bem-vinda aqui!!

ALINE: Ah, não sou bem-vinda na própria casa que passei a minha infância?

LÍVIA: Passou, passado, que acabou. Essa casa agora é minha!

ALINE: (P/Priscilla) Pode nos deixar a sós?

Priscilla encara Lívia, que concorda.

PRISCILLA: Eu vou comprar alguma coisa pro jantar...

Aline e Lívia observam Priscilla saindo da Mansão.

ALINE: Agora que tá só nós duas, eu vou poder falar o motivo que realmente me trouxe aqui. (T) Eu vim lhe agradecer...

LÍVIA: Agradecer?

ALINE: Não foi você quem me tirou da cadeia?

LÍVIA: (Sorrindo) Ah, por isso? Não precisava, acho que já recebi esse agradecimento de outra forma!

ALINE: Mas eu fiz questão, me tirou do lugar onde você mesmo me colocou. Pessoas como você merecem isso... Merecem saber o porquê de todo o agradecimento!

LÍVIA: (Rindo) Tem razão, só/

De surpresa, Aline acerta um forte tapa no rosto de Lívia, que se desequilibra, caindo no sofá, tirando todo o sorriso do rosto.

ALINE: (Grita/Cínica) VOCÊ LUTOU MUITO PRA ESTAR AQUI!! Eu saquei desde o começo a safada que você era, mas deixei você deitar e rolar pra cima de nós. Fez o meu pai de palhaço, até o levar pro altar e depois pra cova, e arrancar todo o dinheiro dele.

LÍVIA: (Nervosa/ Levantando) Sua louca, idio/

Aline acerta outra tapa em Lívia, só que agora ficando de pé, com as mãos no rosto, aparentando dor.

ALINE: CALMA AÍ, QUE EU NÃO ACABEI DE FALAR!! (T) Conseguiu fazer a cabeça do meu pai, só pra ferrar o Vicente na Empresa.

LÍVIA: (Grita) ELE ROUBOU O SEU PAI!!

ALINE: Eu não tô tirando a culpa dele, mas sim, mostrar que cê conseguiu fazer a vítima da história, e se safar perfeitamente! (T) Você é uma mentirosa de mão cheia, renegou a sua família, pra manter toda a farsa.

LÍVIA: (Debocha) E todos, todos foram idiotas de cair, inclusive o seu papai, que não tá aqui pra se defender, e veio a drogada, a maconheira da faculdade, que mesmo com rios de dinheiro, preferiu ser a cadelinha que comercializa drogas, pra ter uns trocados!!

ALINE: Esse é um arrependimento que eu vou ter por resto da vida. (T) Você me fez acordar, armou com o meu próprio amigo, colocou drogas na minha bolsa, pra eu ser presa... Uma tacada de mestre! E usou a minha liberdade, pra conseguir ser a dona da Empresa. (T) Você é esperta, eu admito, mas não tão esperta pra fugir de mim!!

Aline acerta outra tapa forte em Lívia, jogando seu corpo pra cima dela, onde as duas caiam no chão.

ALINE: (Por cima de Lívia/Deferindo vários tapas) EU VOU TE DESTRUIR, BISCATE!!

Lívia gritando de dor, levando vários tapas no corpo de Aline. Lívia consegue puxar o cabelo de Aline, assim, se arrastando no chão.

LÍVIA: (Grita/Assutada) LOUCA, VADIA!!

Aline volta a ir pra cima de Lívia, puxando sua perna, mas com a outra, Lívia da um forte chute pra cima de Aline, acertando o seu ombro, onde ela grita de dor.

ALINE: DESGRAÇADA!!

Ignorando a dor, Aline continua puxando Lívia, que continua chutando, mas a conseguindo arrastar para perto de si. Aline consegue subir sobre Lívia, a imobilizado no chão, que a todo momento tenta se debater.

ALINE: (Histérica) Essa dor que você sentirá agora, não será um porcento do que você fez todos ao seu redor sentir!! (Tapa forte) Vagabunda, ordinária!! (Tapa) Você pensa que põe banca sendo rica, mas continua sendo pobre de alma, nojenta!! (Tapa)

LÍVIA: (Grita/Ódio) EU VOU TE MATAR, VADIA!! SAI DE CIMA DE MIM, QUE MATO VOCÊ!!

ALINE: (Por cima) Pensou que iria sair tão ilesa dessa história? (Tapão) Você é tão medíocre, que se deslumbra demais, achando que vai se sobrepor acima de alguém!! (Outro tapa)

LÍVIA: (Berra) SOCORRO, TEM UMA LOUCA AQUI!!

Aline defere mais três tapas no rosto de Lívia, o último o mais forte, a fazendo ficar um pouco tonta.
Ofegante, Aline lentamente vai saindo de cima de Lívia, que continua ao chão, a encarando, também ofegante.
A imagem foca no rosto de Lívia, com uns pequenos cortes, sangrando.
ALINE: (Ofegante/Se arrumando) Eu posso me ferrar por isso, posso, mas o prazer de ter enfiado a mão na sua cara, e te ver gritar de dor, é maior que qualquer coisa. (T) Eu desejo que a partir de agora, sua vida começa a cair, direto pro esgoto! Tudo que fica bom... Piora!

LÍVIA: (Tonta/Confusa) Sai da minha casa, sai daqui... SAI!!

ALINE: Eu vou sair, que esse lugar agora me enoja. (T) Sabe o que é interessante? Eu tô te dando a surra que a Carla não foi capaz de te dar. Infelizmente, tarde demais...

Aline sai da mansão, batendo a porta. Foco em Lívia, que vira se para o lado, completamente alterada

LÍVIA: (Nervosa) CACHORRAAAAAAAAA!!!

Corte para:

CENA 11 / ESCOLA / PORTARIA / EXT. / ANOITECENDO /

Ao lado do carro, Beatriz observa as crianças saindo da escola. Estranhando a demora, ela fica impaciente, andando até a entrada, olhando para todos os lados.

BEATRIZ: (Aflita) Onde cê tá, Dan?

Percebendo que restam poucas crianças pra sair da escola, Beatriz pensa em entrar, mas logo se depara com a diretora Dalva, se aproximando.

DALVA: Dona Beatriz, tudo bem?

BEATRIZ: O meu filho até agora não saiu, aconteceu alguma coisa?

DALVA: O Dan? Ele não entrou na aula hoje...

BEATRIZ: (Assuta) O QUÊ?!

DALVA: (Estranha) Nem ele e nem a Luana. Eles estiveram aqui?

BEATRIZ: (Nervosa) É claro, eles/

Beatriz é interrompida ao ouvir seu celular tocar. Rapidamente ela o tira da bolsa, se afastando um pouco da diretora, trêmula. Ao ver ser um número desconhecido, ela rapidamente atende.

BEATRIZ: (Cel./Desespera) Alô, quem tá falando?

Imagens alternadas entre Beatriz e um homem, uniformizado de branco, dentro de uma sala.

HOMEM: (Cel.) Beatriz Vasconcellos? A senhora entrou em contato com a gente algum tempo atrás, mandando os dados de uma criança, Luana. Correto?

BEATRIZ: Sim, foi eu. O que tem ela?

HOMEM: (Direto) Eu vou ser sincero... Luana é um grande perigo, seja aonde ela estiver. Eu sou Antônio Carlos, responsável pela Clínica Psiquiátrica UNC, e a Luana é a nossa paciente desde os sete anos de idade. Mesmo sendo uma criança, ela tem transtornos psicológicos, age por impulso, e pensa que está fazendo justiça. Eu preciso que você afaste ela de todos, porque quando ela acha que é o momento de atacar, ela vai ferir qualquer um...

BEATRIZ: (Apavorada) Meu Deus... Não pode ser...

ANTÔNIO CARLOS: Luana toma remédios controlados, que a mantém calma. Mas desde o dia em que ela conseguiu fugir da clínica, perdemos completamente o contato dela, e não sei como ela conseguiu se reestruturar na sua família. Se a senhora tiver filhos, coloque eles em um lugar seguro... Senão ele corre risco de vida!!

Deixando o celular cair, trêmula e assustada, Beatriz não reage diante as informações recebidas. Dalva se aproxima dela.

DALVA: Beatriz, eu preciso chamar a polícia?!

BEATRIZ: (Assutada) Daniel...

Close em Beatriz, apavorada após saber a verdade, percebendo que Daniel pode estar correndo perigo, onde a imagem se congela em branco.

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