O Sentido da Vida - Capítulo 02

terça-feira, fevereiro 04, 2020


Você acha que a sua vida está uma Merda? Então, não perca a estreia da nova novela das 8, da TV Blobo: Cancelamento Perigoso, de Delma Sumont. Uma história repleta de emoções e cancelamentos.


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CENA 01/CASA DE PRAIA/SALA/INTERIOR/NOITE/

Cena Clareia- Continuação da última cena do capítulo anterior. Sílvia continua sem falar nada, apenas gagueja. Luísa encara o pai, se aproximando do mesmo. Ela está nervosa e as suas mãos tremem.

LUÍSA: (exaltada) Mas será que alguém, tem a coragem de me contar o que acabei de ouvir? (Todos permanecem em silêncio) ME RESPONDAM!

SÍLVIA: (derramando lágrimas) Por favor, filha! Eu não queria que você soubesse dessa forma, mas… (pega em um copo de água) É uma história difícil de explicar e de recordar…

PEDRO: (olhando p/Sílvia) Não, querida! Deixa que eu conto para ela! (P/Luísa) Antes de contar para você...me promete que não fará nenhuma besteira, promete?

LUÍSA: (impulsiva) Tá bom, mas me conta logo, por favor! Eu preciso de saber…

Pedro se senta no sofá, junto de Luísa. Marília vai para a cozinha preparar um chá de camomila.

PEDRO: Tudo começou há vinte anos atrás: a sua mãe era filha de uma mulher muito rica. Seu nome era Valéria Montenegro. Ela protegia as suas duas filhas de qualquer coisa que chegasse perto dela e/

LUÍSA: (corta) Duas filhas? Vai me dizer que…

SÍLVIA: Sim, Lu! Eu tenho uma irmã, a Patrícia. Ela era caçula da família. Enquanto, que eu era a mais rebelde! Eu conheci o Pedro, nessa praia. Era aqui o meu refúgio, onde tínhamos os nossos encontros...

Sílvia dá um suspiro e bebe a água que estava no copo.

PEDRO: A Valéria descobriu tudo e a primeira coisa que ela fez foi expulsar a sua mãe de casa. Foi nesse mesmo dia que a Sílvia descobriu que estava grávida!

Marília retorna com uma xícara de chá e se senta no cadeirão da sala. Ela se vira para a neta.

MARÍLIA: Percebe agora, a razão da gente ter escondido esse segredo por muito tempo? 

Luísa, que permanecia em silêncio, se levanta e fica em frente dos três.

LUÍSA: E terminou assim? Vocês não fizeram nada?

SÍLVIA: Filha! Eu/

LUÍSA: (corta) Não, mamãe! Agora, é a minha vez de falar: se vocês não fizeram nada para fazer justiça, estou vendo que serei eu a tomar providências!

PEDRO: O que você quer dizer com isso, Luísa? O que está se passando a sua cabeça?

LUÍSA: Por enquanto, não irei revelar! Mas digo já que será surpresa!

Luísa sobe as escadas, se dirigindo para o seu quarto e deixa os pais nervosos. Close.

CENA 02/MANSÃO MONTENEGRO/QUARTO DE PATRÍCIA/INTERIOR/NOITE/

Valéria bate à porta do quarto, pedindo permissão para entrar. Patrícia acena a cabeça e ela entra. Valéria se senta em uma cadeira e fica ao lado dela.

VALÉRIA: Você pode me explicar o que aconteceu aqui? Nem tivemos oportunidade de falar no jantar, já que o seu marido estava na mesa…

PATRÍCIA: (cabisbaixa) Não quero falar sobre esse assunto, mãe! Aquilo que aconteceu foi nada de mais e/

Valéria dá um soco no criado mudo e se levanta.

VALÉRIA: (grita) MAS SERÁ QUE VOCÊ VAI CONTINUAR A SER BURRA? COMO VOCÊ PERMITE QUE UM HOMEM FAÇA ISSO COM VOCÊ? O PIOR DISSO TUDO É VOCÊ FALAR QUE NÃO FOI NADA DEMAIS! COMO VOCÊ É FRACA, PATRÍCIA! ESTOU VENDO QUE VOCÊ NÃO PUXOU A MIM! 

Patrícia se levanta e encara a mãe.

PATRÍCIA: Ah, claro! Mas é bastante óbvio que não puxei a você, né? A única pessoa que puxou você foi a minha querida irmãzinha, a Sílvia! Sempre ela, sempre ela! Porque você quer que eu seja igual a ela? Ah, já sei: porque você quer compensar o facto dela estar ausente!

Valéria tenta dar um tapa na cara de Patrícia, só que o seu braço fica estendido no ar, porque ela se arrependeu 

VALÉRIA: (calma) Que seja a última vez que você fala o nome daquela ingrata, entendeu?

A discussão das duas é interrompida por Felipe que entra no quarto sem permissão.

FELIPE: Posso saber que gritaria vem a ser esta? Eu consigo ouvir vocês duas até lá embaixo! (P/Valéria) Vó, porque está falando dessa forma com a minha mãe?

VALÉRIA: Eu estou falando para a sua mãe que ela deve ser mais forte! Você acredita que ela falou que não foi nada demais? Falou que uma agressão, não era nada demais, imagina.

Felipe encara a mãe e se aproxima dela.

FELIPE: (incrédulo) Mãe! Isso é verdade? Como você consegue ter a cara de pau de falar uma coisa dessas? Eu, no seu lugar, já teria me separado daquele traste!

Patrícia permanece em silêncio. Valéria e Felipe se entreolham.

FELIPE: Bom, eu já vi que essa conversa não vai servir de nada! Vamos, vó! Espero que amanhã a minha mãe tome consciência do que ela disse e do que vai fazer!

Felipe sai do quarto primeiro. Valéria fica perto da porta e olha uma última vez para Patrícia.

VALÉRIA: Você ouviu o que o seu filho disse, né? Então, espero que reflita tudo o que aconteceu, porque a partir de hoje, a minha paciência esgotou.

Valéria abre a porta e sai do quarto. Patrícia começa a chorar e se olha para o espelho. Ela toca no seu rosto que tem a mão marcada de Frederico. Close. A cena se apaga.



CENA 03/AP VERÔNICA/SALA/INTERIOR/NOITE/

A Cena clareia. Verônica e Frederico entram no apartamento. Ele senta no sofá da sala, enquanto que Verônica pega em um copo de uísque e bebe. Os dois ficam frente a frente.

FREDERICO: Você ficou doida, garota? Ninguém pode saber que nós dois estamos aqui!

VERÔNICA: Calma, Fred! Desta vez, eles sabem que estamos aqui por outros motivos…

FREDERICO: Que motivos? Não vai me dizer que inventou alguma desculpa esfarrapada para se encontrar comigo!

VERÔNICA: Não, querido! O seu enteado me pediu para falar com você! Bom, na verdade fui eu que me ofereci mas dá no mesmo! 

FREDERICO: Só podia ser coisa daquele fedelho! Maldita a hora que me casei com aquela vagabunda e/

VERÔNICA: (corta) Pode cortar com esse papo de fingido, porque você só se casou pelo dinheiro dela.

FREDERICO: Mas você veio falar sobre o quê, Verônica? Dar um sermão? Pode esquecer, porque eu/

VERÔNICA: (corta de novo) Mas você ainda continua falando? Eu, que estou linda e maravilhosa e você ainda não teve a decência de me beijar? Acha que isto aqui é comer para cuspir? Me erra, viu?

Frederico agarra o braço de Verônica e a puxa para perto dele. 

FREDERICO: Me perdoe, minha linda. (Beijando o pescoço dela). São tantos problemas, tantas confusões… ah, você sabe!

VERÔNICA: (sorri)) Sei ,sim… aliás, eu sei também uma forma de você me compensar…

FREDERICO: (sorri maliciosamente) Ah, é? Como?

Verônica beija Frederico e ele a segura. Os dois vão para o quarto. Os dois se beijam loucamente e se deitam na cama. Ele tira a sua camisa, e em seguida, tira o vestido de Verônica, deixando-a apenas com a calcinha. Ele beija os seios dela. A cena escurece. Close.

Dia Seguinte...

CENA 04/CASA DE PRAIA/SALA/INTERIOR/DIA/

Luísa está sentada no sofá e junto dela está a sua amiga Elisabeth (25, cabelo escuro, olhos castanhos). As duas tomam café, enquanto conversam.

LUÍSA: Então, você foi despedida daquele seu novo emprego, amiga?

ELISABETH: (bebe o café) É verdade, sim! Você não imagina o que é trabalhar naquela mansão! Ser tratada que nem um cão é horrível…

LUÍSA: Nossa! E eu, que pensava que ser empregada doméstica seria algo tão fácil…

ELISABETH: Acontece que trabalhar com a dona Valéria, é o mesmo que sofrer uma tortura.

Ao ouvir o nome da ex patroa de Elisabeth, Luísa fica perplexa.

LUÍSA: Valéria? Valéria Montenegro? Aquela mulher rica, que é a dona da empresa de joias mais famosa do país?

ELISABETH: Essa mesma! Ela é Belzebu em pessoa… Neste momento, ela deve estar desesperada em encontrar alguma empregada e/

LUÍSA: Quando é que ela te despediu?

ELISABETH: Hoje de manhã. Acredita que essa mulher me acordou às seis da manhã para me falar uma coisa dessas?

LUÍSA: Você pode me indicar o endereço dela, por favor?

ELISABETH: Posso,sim, mas porquê?

Luísa esboça um sorriso enigmático e apenas olha para ela, bebendo o café. Close em Elisabeth estranhando aquele sorriso.

CENA 05/AP VERÔNICA/QTO DE VERÔNICA/INTERIOR/DIA/

Verônica está se vestindo, enquanto Fred está na cama com um lençol cobrindo as partes íntimas. Ele acorda e olha para ela.

FREDERICO: (irônico) Já vai embora, princesa? Vai me dizer que você não gostou da diversão…

VERÔNICA: (se vira para ele) Acabou, Fred! Nós não podemos continuar assim.

O sorriso de Fred se desfaz em poucos segundos e a encara.

FREDERICO: Assim como? 

VERÔNICA: (colocando as mãos na cabeça) Não dá para a gente continuar com esse caso. Eu...acho que estou com peso na consciência…

Fred solta várias risadas, debochando dela.

FREDERICO: (debochando) Não me faça rir, Verônica! Eu não tenho culpa que você seja uma cachorra com sio, e que tenho de ser eu para satisfazer já que o pau do seu namorado está mais morto que a tumba da minha avó! Por amor de Deus!

VERÔNICA: (lamentando) Você sabe o que sinto quando transo com você? Culpa! Eu não presto, Fred! Nós dois não prestamos. Eu estou enganando o Felipe com o padrasto que ele tanto odeia, meu Deus!

FREDERICO: Querida, ninguém presta nessa bola redonda, que chamamos de Terra! Acorda para vida!

VERÔNICA: Eu vou contar tudo para ele sobre nós e/

FREDERICO: (corta) Você não vai fazer nada, entendeu? É bom que ninguém saiba da gente, porque caso contrário, eu terei que tratar da sua saúde e, acredite, porque eu não quero fazer isso.

Verônica atira as roupas de Fred para a cara dele.

VERÔNICA: Vista as suas roupas rapidamente, porque eu preciso de chegar cedo a um prédio que está em construção.

FREDERICO: Mas você é a dona da empresa de arquitetura ou a arquiteta?

VERÔNICA: As duas coisas. Nem todo mundo consegue ser sócio da empresa de jóias mais famosa do país. Quer dizer… por enquanto, porque quando a dona Valéria souber de tudo…

FREDERICO: Você não vai contar nada, Verônica! Está me ouvindo? 

Verônica ignora o que ele fala e sai do quarto, se dirigindo para a sala. Fred põe a mão na cabeça.

FREDERICO: (para si) Droga! É bom que essa vadiazinha não abra a boca, porque senão… isso pode custar a vida dela...

Frederico se levanta da cama e veste uma cueca, se olhando no espelho. Close.

CENA 06/CASA DE PRAIA/SALA/INTERIOR/DIA/

Pedro e Sílvia estão sentados no sofá. Marília sai do quarto com uma carta na mão.

MARÍLIA: (grita) A LUÍSA SUMIU DE CASA! CORRAM!

Pedro e Sílvia correm para o corredor que liga a sala às escadas e encontram a senhora desamparada.

PEDRO: Mamãe! O que aconteceu? Como assim a Luísa sumiu?

MARÍLIA: Ela saiu de casa… o armário dela está quase vazio…

SÍLVIA: Meu deus! Mas como você sabe que ela saiu de casa, Marília?

MARÍLIA: Ela deixou um bilhete (entrega o bilhete para Sílvia) Aí, está escrito que ela saiu, porque tem uns assuntos pendentes para resolver.

Sílvia está lendo o bilhete e assim que acaba de o ler, joga o papel no chão.

SÍLVIA: Ela só estar falando da minha mãe! Oh meu Deus! Ela deve estar tramando alguma coisa.

PEDRO: Se acalma, Silvia! A gente precisa de descobrir o que aconteceu e/

Sílvia começa a se sentir mal. Ela está bastante nervosa.

SÍLVIA: (colocando a mão na cabeça)Não consigo me … acalmar, Pedro! Aquela mulher vai destruir a nossa filha! A minha… menina…

Sílvia tem um ataque de pânico e desmaia. Pedro e Marília correm em seu auxílio. Ela tenta ver a pulsação de Silvia.

MARÍLIA: (desesperada) Meu filho, liga para uma ambulância, imediatamente! Ela está respirando, mas não por muito tempo!

Pedro liga para uma ambulância e Marília olha para a mulher desacordada. Close.

CENA 07/MANSÃO MONTENEGRO/SALA/INTERIOR/DIA/

A governanta da mansão (Glória, 48, cabelo escuro) abre a porta. Quem está no outro lado é Luísa.

GLÓRIA: Pois não? É alguma encomenda para a residência?

Luísa esboça um sorriso inocente para Glória.

LUÍSA: Não, não sou carteira, não! Eu só vim falar com a dona Valéria Montenegro e/

GLÓRIA: (corta/séria) Não precisa explicar, garota! Os assuntos que dizem respeito aos patrões, não interessam à criadagem!

LUÍSA: Me perdoe!

GLÓRIA: Não tem problema! É que você não imagina o que é trabalhar para essa família, principalmente para a dona Valéria…

Luísa vai entrando na mansão e olha para os diversos quadros, que estão na parede. Ela fica admirando os mesmos. Glória de retira e vai para a cozinha. Enquanto ela olha, vemos Valéria descendo as escadas lentamente, sem que Luísa ouça os passos. Ela fica atrás da jovem.

VALÉRIA: Quem é você e o que está fazendo aqui?

Luísa se vira para a mulher e a encara com um sorriso falso.

LUÍSA: (estendendo a mão) Dona Valéria, o meu nome é/

Valéria ignora a mão estendida e passa direto por ela, deixando-a furiosa, ainda que disfarce.

VALÉRIA: (seca) Pouco me importa quem é você. E dona é a porteira. Para você, é senhora, tá bom? Mas eu não vou discutir regras de boas maneiras com você. Por isso, seja direta ao assunto.

LUÍSA: Eu soube que a dona… digo, a senhora estava precisando de uma empregada e/

VALÉRIA: (corta) Estou vendo que as notícias correm depressa. Eu despedi aquela sonsa em menos de cinco horas e a notícia já se espalha por meio mundo… mas continue...

Valéria pega em um copo de água e bebe.

LUÍSA: Bom, eu quero me candidatar ao lugar de empregada. Eu estou disposta a tudo para ficar com esse lugar.

Luísa sorri para Valéria, que se surpreende. As duas se encaram. Foco no sorriso malicioso de Luísa. A cena escurece.

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