O Jogo do Poder- Capítulo 28 (Penúltimo Capítulo)

terça-feira, agosto 14, 2018


Capítulo 28 (penúltimo) -A Ferro e Fogo


CENA 01: MANSÃO CARDOSO/ SALA/ NOITE.
Uma das empregas abre a porta para o delegado adjunto de dois policias possam entrar. Paola e Eduardo se levantam do sofá.

EDUARDO (apreensivo) – E então, vocês conseguiram prender eles?

DELEGADO (olhando para os dois polícias e em seguida para Eduardo) – O helicóptero em que a sua irmã estava caiu em um lago. Não se sabe ao certo o motivo da queda, mas o fato é que nenhum corpo foi encontrado.

POLICIAL – O helicóptero deve ter explodido em pleno ar antes de cair porque os destroços estão espalhados por quase todo o lago, o que afundou foi só um pouco do que restou do helicóptero e não foi encontrado nada.

EDUARDO (de cabeça baixa) – Ok, muito obrigado pelo serviço de vocês, eu não queria que tivesse acabado assim.

DELEGADO – Forças, ok?

Dias se passam.....

CENA 02: FRENTE DA CASA DE HEITOR/ MANHÃ.
Raquel coloca algumas malas no porta-malas do carro.

EDUARDO – Raquel, pensa bem. Se você ir embora vão achar que você tá assumindo a culpa, vai ser uma foragida.

RAQUEL (lagrimando) – Eu tentei ficar aqui mas eu não consigo, não dá. Eu preciso ir embora, sabe, o Lucas é uma pessoa tão especial pra mim, ele me ama Eduardo.

EDUARDO – Vão atrás de você.
RAQUEL (enxugando as lágrimas) – Eu não ligo pro que a polícia vai achar ou não. O que importa é que eu tô de consciência limpa de que não fui eu que matei o Heitor.

EDUARDO – Eu sei que nós nunca ficamos próximos um do outro por conta de toda essa rixa de família (ele pega nas mãos dela) – Mas eu quero que você saiba que eu vou tá sempre aqui, viu. Pedir qualquer ajuda é só me procurar.

RAQUEL (sorrindo) – Obrigada viu, muito obrigada.

Eles se abraçam.

Raquel entra no carro e dá a partida, ela acena para Eduardo e em seguida levanta o vidro do carro. Raquel começa a ir embora e logo o sorriso do Eduardo vai chegando ao fim, ele se sentia triste em não poder ir embora junto com Raquel ou ir embora pra qualquer outro lugar bem longe. Mas seus pensamentos são interrompidos quando o carro de Raquel explode.

Eduardo corre até lá mas não consegue se aproximar, o calor é muito intenso.

CENA 03: RUA/ MANHÃ
Um pouco longe de lá, Paola e Zilda caminham tranquilamente pela calçada quando um sedan preto sobe a calçada, Zilda sente o carro chegando por trás e empurra Paola contra o muro de uma casa. Zilda é atropelada e é arremessada por cima do carro e caí no chão. O sedan vai embora.

CENA 04: HISPITAL VILLANOVA/ SALA DE ESPERA/ TARDE.
Paola e Eduardo estão em pé esperando ansiosamente pelo parecer do médico que não demora muito chega acompanhado de três policiais.

EDUARDO (nervoso) – E aí doutor, como é que a minha avó tá?

MÉDICO – Ela sofreu algumas escoriações e rachou a bacia, ela vai precisar ficar alguns dias aqui. Mas ela vai se recuperar.

EDUARDO (sorriso de tranquilidade) – Tudo bem, a vida é a mais importante.

O médico sai e o um policial da dois passos a frente.

POLÍCIAL – Bom, já tem toda uma equipe de investigação pra tentar pegar o motorista.

EDUARDO – O senhor sabe que quem fez isso também tá por trás da explosão do carro da Raquel, não é?

POLÍCIAL – Olha, é bom não se precipitar agora tomando essas suposições. Vai ter policiais ao redor do hospital e também da casa de vocês pra garantir uma proteção. Qualquer coisa você entra em contato com a gente, ok?

EDUARDO – Tudo bem.

CENA 05: AVENIDA/ NOITE 
Eduardo dirige devagar pela rodovia um pouco movimentada naquele horário. Um sedan preto, o mesmo que atropelou Zilda se aproxima por trás e colide contra a traseira do carro de Eduardo. O sedan pega a pista da direita, e fica lado a lado com o carro de Eduardo e colide contra ele várias vezes. Eduardo consegue trocar de pista e liga para a polícia.

TELEFONISTA – Águia aqui é a base, perseguição na Avenida Cabral, veículo suspeito é um sedan preto com placa ainda não identificada, ele está seguindo uma SUV vermelha.

PILOTO – Base aqui é o águia, entendido e já estamos a caminho.
O helicóptero liga o holofote e faz uma curva brusca a direita.

Várias viaturas perseguem o carro preto.

EDUARDO (nervoso falando ao telefone) – Até que fim vocês apareceram, ele tá destruindo o meu carro, me ajudem!

DELEGADO – A gente vai te ajudar a despistar ele, tenta ficar calmo.

O helicóptero finalmente chega a avenida e foca com o holofote no sedan misterioso.

Eduardo avista uma rua ao longe e pega a pista da esquerda, e uma viatura acelera e pega a pista do meio, impedindo que o sedan vá atrás de Eduardo que pega a rua e vai embora.

O sedan acelera mais ainda para fugir, ele consegue pegar a pista do meio. Um policial abre a janela do carro e dispara várias vezes contra o carro, um dos tiros acerta a roda. O sedan perde o controle e avança contra um posto de gasolina e acerta um dos tanques, causando uma grande explosão que aumenta ao consumir os outros tanques, o teto do posto desaba, dois frentistas e um motoqueiro não conseguem escapar e são engolidos pelas chamas. As chamas arrebentam os vidros da loja de conveniência e adentram o estabelecimento, ferindo várias pessoas.

CENA 06: MANSÃO CARDOSO/ SALA/ NOITE 
Eduardo adentra a casa de Paola e se depara com Stefanny apontando um revólver para ele.

STEFANNY (sorrindo) – E aí maninho, sentiu saudades de mim?

EDUARDO (assustado) – Não..... Stefanny....

STEFANNY – Achou mesmo que tudo ia acabar assim, numa boa? Comigo morta e com você sorridente, sério?

EDUARDO (nervoso e assustado olhando para trás de Stefanny e vendo Paola amarrada em uma cadeira – Stefanny , deixa a Paola em paz, o problema é nosso!

STEFANNY – O problema é teu! Seu imbecil! Chegou a hora Eduardo, a hora de ver quem vai dar a última cartada. É o clímax da nossa história, é o início do teu fim, seu miserável. Começa a rezar.

FIM DO CAPÍTULO




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