O Jogo do Poder- Capítulo 23 (Últimos Capítulos)

terça-feira, agosto 07, 2018

                *Capitulo de hoje excepcionalmente exibido em outro horário*          

   

 Capítulo 23

CENA 01: HOSPITAL VILLANOVA / QUARTO DE EDUARDO:

EDUARDO – Tá esperando o que, atira em mim. Vai!

HEITOR (guardando o revólver na cintura) – Eu não sou tão idiota assim.

EDUARDO (encarando Heitor) – Eu vou voltar pra casa e esse vai ser só o começo da minha vingança, ouviu?

HEITOR (sorrindo) – Eu não tenho medo de você Eduardo, sabe por que? Porque você é patético. Me diz (cruzando os braços) – quantas vezes você já disse que ia se vingar de mim ou da Stefanny, hein? Várias! Mas nunca cumpre com o que fala porque é um babaca, um mosca morta!

EDUARDO (gritando) – Olha Heitor! Você!

HEITOR (cortando) – Olha nada! Eu não tenho nada o que olhar! Agora eu só te falo uma coisa Eduardo, você pode até voltar pra casa, mas não pensa que isso aqui acabou ( ele caminha até a porta).

EDUARDO – É claro que não acabou, só tá começando. A minha vingança só tá começando.

CENA 02: MANSÃO VILLANOVA / JARDIM / TARDE:

Raquel está sentada em um balancinho a sombra de uma linda mangueira. Heitor se aproxima dela devagar. Já é final da tarde, os raios de sol alaranjados formam um lindo cenário, trazendo uma sensação de bem-estar, calma, e uma nostalgia dos tempos de criança, quando Raquel se divertia com seus amigos.

HEITOR (se acocando em frente de Raquel) – Amanhã eu quero que você pesquise uma casa pra gente morar, uma casa grande e com um jardim assim, enorme do jeito que você gosta.

RAQUEL – Uma casa? Mas você já tem essa aqui. Eu não tô entendendo.

HEITOR – A vovó fez eu devolver pro Eduardo e ele vai voltar pra cá.
RAQUEL (sorrindo) – Entendi, pelo menos agora nós vamos ter um lugar só nosso.

HEITOR (sorrindo) – É sim.

CENA 03: HOSPITAL VILLANOVA / QUARTO DE EDUARDO / NOITE:


Stefanny adentra o quarto, pedindo para a enfermeira que estava medindo a pressão do Eduardo sair.

EDUARDO (se ajeitando sob a cadeira de rodas) – Olha, como eu tô importante hoje né, primeiro veio a vovó, depois o Heitor e agora ninguém menos do que a minha irmã. Eu não sei, mas eu tô começando a achar que vocês tão se despedindo de mim, como se eu fosse morrer logo.

STEFANNY (com raiva) – Seria meu sonho se isso realmente acontecesse sabia, ao invés de te ver em uma cama de hospital, eu queria era te ver em um caixão.

EDUARDO – Aí, como você é rancorosa minha irmã, que isso, ó isso é pecado.

STEFANNY (gritando) – Já chega desse teatrinho! Eu vim aqui pra você me dizer uma coisa, só uma. Você ia matar o Pedro, não é? Eu sei que você ia matar ele!

EDUARDO – Se você sabia então por que pergunta sua idiota!

STEFANNY (acerta um tapa na cara do Eduardo gritando) – Eu te odeio! Te odeio! Seu desgraçado! Mas se você pensa que é mais forte do que a gente tá muito enganado porque um deslize teu, a gente arranca a tua cabeça só pra ter a certeza de que você vai morrer.

Stefanny sai do quarto.

CENA 04: HOSPITAL VILLANOVA / QUARTO DE EDUARDO / MANHÃ:

O médico assina alguns papéis enquanto Eduardo de pé, se veste.

EDUARDO (penteando o cabelo) – Pode ficar tranquilo que eu não vou dizer que você me ajudou a montar essa história de paralitico. Graças a ela a vovó teve mais pena de mim e fez com que o Heitor devolvesse a casa.

MÉDICO (um pouco nervoso) – Eu já te dei as recomendações de como você vai voltar a andar aos poucos.

EDUARDO – É, sobre isso pode ficar tranquilo que eu sei me virar. Mas olha, se alguém te perguntar e você for burro de dar com a língua no dentes eu vou na imprensa ou em qualquer lugar que tenha muita gente e coloco a boca no trombone, que foi você e mais algumas pessoas que assinaram o laudo dizendo que a Stefanny tem diabetes e que no dia que ela matou aquela mulher foi por causa de uma crise.

MÉDICO – Pode deixar, vai dar tudo certo.

EDUARDO – Tem que dar.

Nesse momento, Paola adentra o quarto e o médico sai.

PAOLA (preocupada) – Você tem certeza que quer fazer isso, voltar pra lá?

EDUARDO (franzindo a testa) – Mas é claro que eu tenho. Paola, só lá dentro eu vou poder achar algum jeito de acabar com aqueles dois, sei lá. Eu prefiro tá perto do inimigo do que longe, você sabe disso.

PAOLA – É, eu sei. Olha, eu vou pra São Paulo hoje e quando eu chegar aqui eu te procuro, ok?

EDUARDO (caminhando até ela e dando um selinho) – Tá bom, fica lá ok?

PAOLA (sorrindo) – Pode deixar, amigo.

EDUARDO – Amizade colorida é tudo, lembre-se disso.

CENA 05: MANSÃO VILLANOVA / SALA / MANHÃ:

Eduardo é recepcionado pelos empregados e por Zilda, super animada com a volta do neto em que ela jura que está mudado.

CENA 06: MANSÃO VILLANOVA / ESCRITÓRIO / MANHÃ:

Sobe a cadeira de rodas, Eduardo adentra o escritório em que Heitor está.

EDUARDO (cínico) – Olha, eu fiquei bem triste quando percebi que o meu irmãozinho não foi me dar as boas-vindas.

HEITOR (na frente da impressora e de costas para Eduardo) – É porque eu não costumo dar boas-vindas pra pessoas que não são bem-vindas, sabe.

EDUARDO – É, eu sei sim. Mas não precisa se preocupar não porque eu vim até aqui receber suas saudações.

HEITOR (sorrindo e virando-se para o irmão) – É uma pena que eu não vou ficar aqui tendo que te aturar.

EDUARDO (fingindo surpresa) – Sério? E pra onde é que você vai?

HEITOR – Eu vou comprar uma casa, inclusive a Raquel ainda agora me mandou mensagem dizendo que já achou a casa e tá conversando com o vendedor. Eu vou me mudar o mais rápido possível pra ficar longe de pessoas tóxicas como você.

EDUARDO – Quanta hipocrisia, não é mesmo?

HEITOR (sorrindo e cruzando os braços) – Vem cá, no fundo no fundo, você deve tá se mordendo de raiva, não é? Porque pelo que eu sei você só fez o que fez pra voltar aqui pra essa casa com a intenção de infernizar a minha vida com a da Stefanny. Só que você quebrou a cara, quer dizer, pelo menos comigo já que eu vou pegar o meu rumo. Agora sobre a Stefanny, bem... (ele coloca a mão direita no queixo) – Dessa menina eu vou ter pena. Mas eu sei que ela é forte, na verdade bem mais forte do que você. Agora, se você me dá licença maninho (Heitor volta para a impressora) – Eu tô ocupado, pega essa tua cadeira de rodas e vai brincar de Relâmpago Mcqueen lá no jardim, vai.

CENA 07: HOSPITAL VILLANOVA / ESTACIONAMENTO/ TARDE:

Stefanny chega com algumas caixas de drogas dentro do porta-malas. Em seguida, o caminhão de lixo hospitalar recebe as caixas e segue viagem para um morro no Rio de Janeiro.

STEFANNY – Esse é o maior carregamento Heitor. É quase quinhentos mil reais e o pagamento já até foi feito. Parece que o cara é gente da pesada lá no Rio, ele é dono de dois morros.

HEITOR (sorrindo) – Pelo menos pagou adiantado.

Momentos depois, Heitor liga para o motorista do caminhão que muda a rota e faz a entrega em uma comunidade não muito distante. Heitor ia receber quase o dobro.

CENA 08: MANSÃO VILLANOVA / QUARTO DE HEITOR / NOITE:

Heitor sai do banheiro e caminha em direção a cama quando olha para o criado-mudo e não vê a jarra com água.

HEITOR – Raquel, cadê a jarra com água que eu pedi pra você trazer. Porra! Eu te falei pra pegar! Agora se der sede tem que descer e ir lá na cozinha pegar!

RAQUEL (triste) – Meu amor, me desculpa é que eu...

HEITOR (gritando) – Cala essa boca! Nem pra pegar uma simples jarra com água você serve, sua inútil.

Heitor sai do quarto, enfurecido.

CENA 08: MANSÃO VILLANOVA / CORREDOR / NOITE:
As luzes do corredor estão todas apagadas, o que é estranho. Heitor pega o celular e liga a lanterna, andando devagar até próximo da escada.

EDUARDO  (em pé) – Eu não sabia que você gostava de andar no escuro.

HEITOR (assustado olhando para Eduardo dos pés a cabeça) – Eduardo.... você.... você tá....

EDUARDO (sorrindo) – Andando, eu sei. Mas você não vai falar isso pra ninguém porque você não vai tá vivo pra isso, seu desgraçado! ( Eduardo empurra Heitor da escada)

Eduardo sorri.

Sobe soundtrack e o congelamento em Heitor inconsciente no chão. 









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