Herói Nacional - Capítulo 05
sábado, junho 09, 2018
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Central de Produções
Episódio 05
09/06/2018
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HERÓI NACIONAL
1ªFASE
obra
original de
FELIPE ROCHA
Proposta
Herói Nacional é uma filosofia do tempo, é uma história que
permite aos leitores se identificarem com cada tema retratado. É uma novela
focada no drama que trata com otimismo os assuntos mais delicados. Otimismo é a
base dessa mistura e motiva os leitores a acreditarem que um sonho pode ser
realizado, que um dia tudo pode mudar!
agradecimentos
WEB NOVELAS
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Personagens
deste capítulo
TIA NÁ
MARILDA
GUTO
ABIGAIL
OLÍMPIA
RICARDO
MELISSA
GIGI
PÉROLA
LUIGI
Participações Especiais:
Hermínia, Jéssica, Diva e Horácio.
DESCRITOR 5.1.1 – Argumentar a condição
social de um elevado e baixo nível de vida.
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CENA 01. CASA DE TIA NÁ. SALA.
INT. NOITE
Atenção Edição: Continuação
da última cena do capítulo anterior.
Abre em corte descontínuo do
final do capítulo anterior.
Tia Ná, ao ver Marilda
surpresa diz:
TIA NÁ — É, eu sei que você está surpresa. É
inacreditável, quando eu vi eu não acreditei! O seu filho se tornou um homem
bem sadio, ele estava correndo no calçadão. Tropeçou em mim. Lembro-me Luigi
vem correndo no calçadão e esbarra em Ná. As sacolas de compras caem.
Lembrança: Cena 05 (corte descontínuo) do capítulo 05.
Luigi vem correndo no calçadão e esbarra
em Ná. As sacolas de compras caem.
TIA
NÁ — Mas olha o que você fez. Me atropelou. Não olha para onde anda não? Ah,
claro. Você é como aqueles adolescentes que mal ligam para a vida.
LUIGI
— Ô minha senhora, desculpe.
Ná
lança o primeiro olhar para Luigi e se surpreende.
LUIGI
— Quer ajuda?
Ná
fica desajeitada.
NÁ —
Não, não. Precisa não. Tchau para você.
Ná
recolhe a sacola, olha para trás, e diz:
NÁ —
Inacreditável.
perfeitamente.
Lembrança: Cena 05 (corte descontínuo) do capítulo 05.
MARILDA— Mas porquê? Devia
ter sido eu para encontrar o meu filho! Eu iria amar vê-lo. Ah, Tia Ná, eu acho
que já esperamos tempo demais. Vinte anos! Agora é hora de agir.
TIA NÁ — Hora de agir? Tá
maluca? Não podemos fazer isso. Nós só temos que fazer a coisa certa, na hora
certa. Lembre-se do que eu disse: O tempo é preciso.
MARILDA — Não! Chega! Para
mim já deu. Eu vou botar a boca no trombone! Eu vou brigar pelo meu filho na
Justiça, e eu vou tê-lo. Ninguém vai me impedir.
TIA NÁ — Eu já não vou
avisar mais nada. Se for desta maneira, então faça tentativas inúteis.
MARILDA — Confie em mim. Vai
dar certo.
CORTA PARA:
CENA 02. CASA DE GUTO. SALA. INT. NOITE
Guto, Abigail, Gigi, Melissa,
Olímpia e Ricardo na sala.
GIGI— Bom, já vejo que a
festa terminou. Além disso, já está tarde. Vou indo.
OLÍMPIA — Não, espere Gigi.
Fique um pouquinho mais.
GIGI — Infelizmente não será
possível, amanhã será um longo dia na função de diretora. Tenho que dirigir várias
peças. Mas assim que for possível, volto um dia.
RICARDO — Volte mesmo Gigi.
Será muito bem vinda.
GUTO — Gigi, mais uma vez,
muito obrigado! Sem você, não seria possível...
GIGI — (corta) Saiba que
sempre pode contar comigo. O que eu gosto de ver agora é um sorriso no seu
rosto.
Guto abraça Gigi.
GUTO — Eu nunca vou
esquecer, nunca.
Gigi vai embora.
MELISSA — Ah, graças a Deus
essa mulher já foi embora. Já não suportava mais. É rica, e só anda de nariz
empinado, modéstia à parte.
OLÍMPIA — Nariz empinado?
Onde você tirou isso, minha filha?
RICARDO — Égua... Já lhe
falei para não repetir essas palavras menina. Gigi nos ajudou o bastante. Imagina
se não fosse ela, teu irmão iria continuar na cadeia, faria de uma casa dele! Temos
é que dar Graças a Deus, ninguém tem amigos para contar em dificuldades
financeiras não.
OLÍMPIA — Eu concordo com
seu pai. Não vê como ela é simples?
MELISSA — Vocês nunca vão entender. Todo rico é metido
e fica se achando porque pode pisar nos pobres! Essa mulher não fez uma boa ação.
Tudo não passou de uma humilhação, só para mostrar que ela têm dinheiro.
GUTO — Minha irmã, eu sempre
gostei de você. Mas eu concordo com todos. Ela só quis ajudar. Imagina se ela não
desse o dinheiro? Ela é muito generosa, não enxerga qualidades nela? Ela não
tem orgulho do dinheiro dela, só quer ajudar as pessoas. Não compreenda mal.
MELISSA — Eu não vou mudar
minha opinião a respeito dela. Licença.
Melissa vai para a ANTI-SALA.
Todos
suspiram.
RICARDO — Viu o jeito que
ela disse Olímpia? Essa menina está estranha! Está escondendo alguma coisa.
OLÍMPIA — Eu também acho.
Melissa nunca foi assim. Só ficava calada, guardava suas próprias opiniões para
si mesma.
GUTO — Certamente seria um
conflito com o corpo, que está entrando na fase da puberdade. Eu sempre tive isso
meus pais, não lembram?
OLÍMPIA — Você deu muito
trabalho Guto. E você Abigail? Está calada. Não gostou da comida não?
ABIGAIL — Ô Dona Olímpia, é
claro que eu gostei. Deliciosa. Eu só estou um pouco cansada, sabe?
OLÍMPIA — Entendo. E como
vai na faculdade de medicina?
ABIGAIL — Está bem pesado.
Mas logo terminarei.
GUTO — Olha se vocês não se
incomodam, eu levarei Abigail até em casa.
ABIGAIL — Não precisa, eu
vou sozinha.
GUTO — De jeito nenhum, já
está tarde! É perigoso.
ABIGAIL — Desta maneira,
obrigado por tudo Ricardo e Olímpia!
OLÍMPIA — Vai com Deus minha
querida.
RICARDO — Aguardaremos sua
próxima visita.
Guto sai com Abigail. Desta
forma, Olímpia e Ricardo sentam se no sofá.
OLÍMPIA — Ah, que dia tenso!
Cansado?
RICARDO — Um pouco e você?
OLÍMPIA — Toda. Amanhã é o
dia que o Guto vai à faculdade. Estou preocupada.
RICARDO — Eu também. Ele vem
com aquele papinho de Herói Nacional, não sei não.
CORTA PARA:
CENA 03. RUAS DE SÃO PAULO. GERAIS.
EXT. NOITE
Guto vem dirigindo o carro
preto. Trânsito movimentado. O semáforo abre e fecha, rapidamente. Congestionamento.
Alguns carros tentam ultrapassar, moto. Viaturas da polícia. Bombeiros
socorrendo.
Em cortes descontínuos: Plano de arquivo de Guto e Abigail dentro do carro, conversando.
GUTO — Essa não! Parece que
houve congestionamento. Acidente, fatal. Não tem mais saída. O que vamos fazer
agora?
ABIGAIL — Não tem jeito de
voltar para trás?
GUTO — Não, tem vários
carros na nossa frente. O jeito é esperar. Dormir aqui mesmo.
ABIGAIL — Dormir aqui mesmo?
GUTO — É a única saída.
CORTA PARA:
CENA 04. PRAÇA. EXTERIOR. NOITE
Hermínia sentada no banco da
praça. Meia noite. Ninguém mais, porém alguns carros na fila. Em cortes
descontínuos CAM afastada mostra do outro lado da rua Jéssica seguindo Hermínia.
Hermínia não está desconfiada, totalmente tranquila. Concentrada no celular,
olha para um aplicativo. Liga para a pessoa secreta, que não atende. Em
cortes descontínuos Reação de Hermínia e questionamento de Jéssica, do
outro plano da rua:
JÉSSICA — O que será que ela
está fazendo sozinha à uma hora dessas? De qualquer forma, vou pegar o celular
para filmar.
Hermínia olha para o lado
esquerdo da rua, porém não vê ninguém. Jéssica se esconde atrás de uma árvore. Em
seguida, um homem vem do outro plano da rua, não vê Jéssica. Jéssica filma. O
homem se aproxima de Hermínia e diz:
FIGURANTE — Pronta musa
inspiradora?
HERMÍNIA—Prontíssima, sempre
estou.
Ela vai embora com o homem.
Do outro lado da rua, Jéssica
termina de filmar e diz:
JÉSSICA— Te peguei no flagra
agora, Hermínia! Agora não vai ter mais volta. Eu assumirei o meu posto de
gerente na Boutique. O que sempre sonhei.
Jéssica comemora e vai
embora.
CORTA PARA:
CENA 05. CASA QUEIROZ. INT.
NOITE
Horácio chega após um longo
dia de trabalho. Bartolomeu está no sofá com sua mãe, Diva assistindo um filme.
HORÁCIO — O que estão fazendo aqui? Nessa hora?
Já era para ter colocado esse menino para dormir, Diva. Lembra das crises?
Vamos evitar! Agora está tarde.
DIVA — Deixa ele, Horácio.
Hoje me pediu para assistir um filme.
HORÁCIO — Você não sabe
dizer “NÃO” né? (pega o controle da TV e desliga) Vamos, deixe que eu leve o
menino para dormir. Ele está cochilando no sofá.
CORTA PARA:
CENA 06. MANSÃO DELLACOURT.
ESCRITÓRIO. INT. NOITE
Téo reunido com os representantes.
TÉO — Então, senhores. Mas
se estou certo de uma coisa é que o aniversário da nossa empresa está chegando!
É a chance de fazermos marketing! Faremos uma comemoração com propagandas
educativas sobre nossos produtos! Vão atrair os consumidores. Com muita gente,
vamos obter bastante lucro. Alguém convicto?
REPRESENTANTE 1— Não acha
arriscado? Tirar os investimentos da empresa. Nos últimos meses, têm entrado
pouco capital. Ao menos, não está mais lucrativa.
REPRESENTANTE 2 — Concordo.
Os números estão reduzidos. Já foram registrados, os lucros estão registrados
exatamente aqui, nesta lista. (entrega).
Téo analisa a lista.
TÉO — Nada que seja
corrigido com um aumento no valor.
REPRESENTANTE 3 — Aumentar o
preço?
TÉO — Lei da oferta e procura.
REPRESENTANTE 2 — Mas
senhor, é arriscado. Estamos tendo pouca procura. O certo é diminuir o preço,
seguindo os parâmetros dela.
TÉO — Eu acho justo. Assim
obtemos mais lucratividade. E pensem comigo, eu tenho certeza que se a gente
produzir mais anúncios vamos lucrar mais! Essa empresa vai sair da lama.
REPRESENTANTE 1 — Só vamos
fazer uma comemoração simples, para não correr o risco de fechar a empresa.
TÉO — Primeiro criem as
campanhas, depois resolvemos isso. Certo? Assim, dou por terminada a nossa
reunião. Vamos esperar o suco. (grita) Cadê o suco??
Nisso, Pérola abre a porta e
vem trazendo os sucos:
PÉROLA — Os sucos chegaram,
senhores.
Os representantes começam a
comentar.
TÉO — Você? O que está
fazendo aqui? (grita) Luigi! Luigi! Venha cá. Eu já disse para não colocar uma
negra na minha casa.
Em cortes descontínuos Na ANTI-SALA todos riem da atitude de Téo. Em cortes descontínuos
Retoma ao escritório, com Téo irritado.
Pérola vai servir o suco
para os representantes. Téo estende o pé e Pérola tropeça em um dos
representantes.
TÉO — Olha, o que você fez
cachorra! Presta mais atenção.
REPRESENTANTE 1 — Espere. Eu
não admito que você fale com ela assim! Não foi por mal! Só derramou na camisa,
isso seca depois. Eu não conhecia esse seu lado racista, Téo. Senhores, não
acham que devemos abandonar a empresa de lado? Não queremos continuar prestando
serviços para um racista nojento, que só tem cabeça pequena! Eu posso te
denunciar por isso, Téo.
Closes alternados em Téo,
furioso.
CORTA PARA:
FIM DO CAPÍTULO
Atenção: Essa novela não tem
o intuito nenhum de disparar ódios e mensagens sublimares, discriminando a raça
negra. Ao mesmo tempo, passa uma mensagem otimista que o nosso país é
miscigenado e que todos somos iguais perante a lei independente da cor, raça,
classe social!
“Esta é uma obra coletiva de
ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”.
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