Herói Nacional - Capítulo 04
sexta-feira, junho 08, 2018
Web Novelas Channel
Central
de Produções
Episódio 04
08/06/2018
|
HERÓI
NACIONAL
1ªFASE
obra
original de
FELIPE ROCHA
Proposta
Herói Nacional é
uma filosofia do tempo, é uma história que permite aos leitores se
identificarem com cada tema retratado. É uma novela focada no drama que trata
com otimismo os assuntos mais delicados. Otimismo é a base dessa mistura e
motiva os leitores a acreditarem que um sonho pode ser realizado, que um dia
tudo pode mudar!
agradecimentos
WEB NOVELAS
CHANNEL
Personagens
deste capítulo
MELISSA
RICARDO
OLÍMPIA
GIGI
LUIGI
TÉO
MANUELA
HERMÍNIA
MARILDA
TIA NÁ
ABIGAIL
GUTO
Participações
Especiais:
HERMÍNIA
JÉSSICA
FIGURANTES
DESCRITOR:
4.2.1 - Descrever a importância da filosofia para a compreensão da realidade reconhecendo suas influências em atitudes preconceituosas e racistas.
4.2.1 - Descrever a importância da filosofia para a compreensão da realidade reconhecendo suas influências em atitudes preconceituosas e racistas.
CENA 01. MANSÃO DELLACOURT. SALA. INT. NOITE
Atenção Edição: Continuação da última
cena do capítulo anterior.
Abre em corte descontínuo do final do
capítulo anterior.
Luigi, Manuela e Téo discutem.
LUIGI — Ah, só
podia ser! Não vale a pena discutir com ele, Manuela!
TÉO — Chego
tarde em casa e ainda sou obrigado a ouvir desaforo de filhos. Eu também não
queria ter filhos como vocês. Mal agradecidos. Não sabem aproveitar o luxo, a
riqueza. Não sabem dá valor as coisas que eu construí para vocês. O Meu
Império. Se fosse um pobre, daria tudo para querer isso. Mas agora vocês são só
do povão, ostentação nenhuma!
MANUELA — Nós
não queremos ostentar, porque riqueza ou pobreza não define quem somos. O que
define quem somos é a nossa essência.
Todos choram.
TÉO — Nessas
horas eu queria mesmo é estar em uma flat,
isolado. Um lugar só meu, para não ter que escutar essas coisas contagiosas na
minha cabeça.
LUIGI — Como o
senhor é mau caráter meu pai. Não sabe ver os dois lados das coisas, só é
maniqueísta. E eu ainda acho que o senhor tem que aprender uma coisa. Não
existem raças / é, não existem, pois todos nós somos seres humanos. Então o
preconceito que você faz com a Pérola hoje não tem valor nenhum e nem vai te
trazer felicidade, porque você vai reconhecer lá na frente.
TÉO — Eu
nunca vou me arrepender! E existem raças sim, nós somos diferentes, todo negro
é pobre!
LUIGI — Durante todos esses anos, o senhor não soube reconhecer que o nosso país é
miscigenado. E essa é a maravilha do nosso Brasil. A beleza está na
diversidade! Já ouviu aquela música “Negro, branco, pardo, colorido”. Expressa
tudo o que nós somos hoje. E Manuela, não vale a pena conversar com gente pobre
de espírito. Você, meu pai, não tem senso crítico. Seu preconceito é uma coisa
incompensada. Quem não tem senso crítico como você não é humilde, questionador
e reflexivo. Mas eu só digo: toma cuidado com o que você fala. Toma cuidado com
as suas palavras. Tome cuidado quando você for falar isso na rua, racismo é
crime! Vamos Manuela.
TÉO —
(grita) Eu não tô nem aí para essa merda de filosofia! Eu vou continuar sendo
do jeito que eu sou! Vá ver se eu tô na esquina e me deixe trabalhar em paz.
Téo sobe as escadas nervoso.
CORTA PARA:
CENA 02. BOUTIQUE DELLACOURT. INTERIOR.
DIA
Hermínia conversa com Lígia.
HERMÍNIA — Dona
Lígia, será que a senhora hoje poderia me liberar cinco minutos e sete segundos
mais cedo?
LÍGIA — Mas
para quê Hermínia?
HERMÍNIA — Ah,
sabe o que é, é que eu quero visitar minha avó, ela tá doente... Sabe?
Coitadinha. Arrumou um problema na perna.
LÍGIA —
Coitada! Ah, mas nesse caso, nós duas vamos juntas! Quero conhecer sua avó,
adoro ficar com idosos.
HERMÍNIA —
(reage) Não, não...
LÍGIA — Não
por que Hermínia? Ela vai adorar me conhecer, eu tenho certeza.
HERMÍNIA — Sabe o que é, é que... Ah, desculpa falar isso. É
que minha avó está evitando o possível contato com as pessoas. Ela tá em
depressão, tadinha!
LÍGIA — Ah,
então nesse caso. É melhor eu não me manifestar. Você está liberada e pode sair
mais cedo. Mas procure dar conselhos a sua avó, ela tem que ter contato para as
pessoas. Sei lá, isso faz bem sabe? E eu tenho certeza que isso influenciará o
modo de pensar dela.
HERMÍNIA — Está
bem dona Lígia, muito obrigada!
Hermínia volta ao balcão.
Jéssica se aproxima de Lígia.
JÉSSICA — Quê
que a Hermínia tava falando com você?
LÍGIA— Ah,
uma história, que a avó dela estava com problema na perna e ela precisava sair
mais cedo para visitá-la.
JÉSSICA — E você
liberou?
LÍGIA — Sim, qual o problema Jéssica? Já disse para você
não ficar bisbilhotando a vida dos outros.
JÉSSICA — Ah, é
que eu tô achando essa história meio estranha... Tem certeza que é verdade? Eu
não sei não, talvez...
LÍGIA — Talvez
o quê Jéssica?
JÉSSICA —
Talvez... Ah, deixa para lá. Pensei bobagem. Vou voltar a trabalhar.
Jéssica está pensativa enquanto Lígia
conta o dinheiro do caixa.
CORTA PARA:
CENA 03. CASA DE TIA NÁ. COZINHA. INTERIOR. DIA
Na casa de Tia Ná, Marilda deixa as compras de
supermercado em cima da mesa da cozinha.
MARILDA — Pronto, aqui está todos os
ingredientes que a senhora pediu! Comprei para fazer a lasanha. Certo?
TIA NÁ — Tem certeza que não esqueceu nada?
Olha lá, hein! Depois esquece a massa de tomate...
Tia Ná olha as compras.
TIA NÁ — Não tô falando. Esqueceu a massa de
tomate de novo.
MARILDA — Desculpa Tia Ná, é que eu não sei o
que eu fiz. Mas eu tenho certeza que peguei essa massa de tomate.
TIA NÁ — Ah, Marilda! Todas às vezes é assim.
Ah, mas deixa para lá, eu vou buscar.
MARILDA — Você? Vai sair de casa?
TIA NÁ — Qual o problema?
MARILDA — Eu estou surpresa, já que a última
vez que você saiu de casa foi quando foi a um forró arrumar um namorado. Mas
nenhum velho quis ficar com você.
TIA NÁ — Como sempre você contando somente a
metade da história. Eu já disse que fui eu, eu que não quis ficar com ninguém.
Sabia que a dentadura do velho caiu no copo da minha cerveja preta Malzbier?
Ah, mas eu fiquei com um ódio! Joguei o copo de cerveja na cara do velho! E bem
feito. Tentou me beijar. Eu fui assediada, Marilda! Isso é sério. Uma velhinha
fofinha e elegante como eu, com um velho daqueles! Agora, se fosse um rico, na
hora! Para mudar de vida, já tô cansada de pobreza. Quero comprar roupa.
MARILDA — Ô Ná, você tem certeza que está
normal?
TIA NÁ — É claro minha filha, eu estou ótima.
Passei até o creme de rugas hoje, como você estava reclamando.
MARILDA — Eu não tô falando disso. É que você
está com um pensamento um pouco avançado para sua idade.
TIA NÁ — Tá achando que velha não pode ter o
dia não? O dia da alegria! Eu não tô morta não minha filha, e vou
aproveitar minha vida! Tô nem aí para que os outros pensam.
CORTA PARA:
CENA 04. CASA DE GUTO. SALA. INT. DIA
Guto, Olímpia e Gigi chegam à casa da família.
Guto abre a porta e se depara com uma surpresa.
TODOS — Bem vindo de volta.
Guto se emociona.
GUTO — Nossa, isso é uma surpresa maravilhosa!
RICARDO — A sua volta é essencial.
GUTO — Obrigado família! Eu amo vocês. E muito
obrigado especialmente a você Gigi, eu não sei quantas vezes vou dizer isso,
mas se não fosse por você minha vida teria acabado naquele momento.
MELISSA — Agora é hora de comemorar a sua
volta.
RICARDO — Esperem, esperem. Antes da
comemoração. Tem uma pessoa especial que eu quero chamar. Uma pessoa que você
não vê há muitos anos atrás.
OLÍMPIA — Mas quem Ricardo? Eu já disse para
você não trazer estranhos para dentro dessa casa. Não viu o que aconteceu da
última vez?
RICARDO — Confie em mim, meu amor. Pode entrar.
E vêm da ANTI-SALA uma mulher
deslumbrante, colar de bolinhas brancas, vestido vermelho e com uma bolsa na
mão. Guto se surpreende.
GUTO — Abigail, meu amor! Que saudades.
Guto corre para abraçar Abigail.
ABIGAIL — Quando soube que você estava preso,
vim correndo para cá. Mas agora tudo está bem.
GUTO — E eu queria fazer um brinde família: Um
brinde a saúde de todos nós e um pedido especial: Se Deus quiser, eu vou
realizar meu sonho de competir nas corridas, e quero só avisar que minha
formatura está próxima.
Todos brindam.
CORTA PARA:
CENA 05. RUAS SÃO PAULO. GERAIS. EXT. DIA/NOITE
Planos de paisagem marcando o anoitecerem São
Paulo. Trânsito movimentado, explicitando um possível congestionamento.
Motoristas irritados, já percebendo o cansaço. Na praia, figurantes convidados
correm, entardecer no calçadão. Estudantes saem da escola. Alguns vendem bala
no sinal. Foca numa velha tentando atravessar a rua. Luigi vêm caminhando na
calçada e se aproxima dela.
LUIGI — Senhora, senhora! Está precisando de
ajuda? Deixe que eu ajude você a atravessar! Não pode andar sozinha, tem que
ter alguma pessoa acompanhada.
Luigi ajuda a senhora a atravessar a rua.
SENHORA — Ô meu filho, que Deus ilumine seus
caminhos. Eu não sei nem como agradecer.
LUIGI — A felicidade em seu rosto já alegra meu
coração e me dá um sinal positivo de que fiz uma boa ação. Muita saúde para
todos nós.
Os dois se despedem e Luigi continua a caminhar
no calçadão.
Em seguida, Ná volta do supermercado com a
sacola de compras.
Luigi vem correndo no calçadão e esbarra em Ná.
As sacolas de compras caem.
TIA NÁ — Mas olha o que você fez. Me atropelou.
Não olha para onde anda não? Ah, claro. Você é como aqueles adolescentes que
mal ligam para a vida.
LUIGI — Ô minha senhora, desculpe.
Ná lança o primeiro olhar para Luigi e se
surpreende.
LUIGI — Quer ajuda?
Ná fica desajeitada.
NÁ — Não, não. Precisa não. Tchau para você.
Ná recolhe a sacola, olha para trás, e diz:
NÁ — Inacreditável.
CORTA PARA:
CENA 06. CASA DE GUTO. FRENTE. EXT. NOITE
Guto e Abigail sentados na árvore.
GUTO — Mas e aí? Conte-me. Como está na
faculdade?
ABIGAIL — Está muito pesado, desculpe não
aparecer frequentemente por aqui, mas você não tem noção do que é estudar
medicina. O curso é bastante pesado. Sei lá... Pesquisas indicaram,
recentemente, que alguns adolescentes ficam até dopados. Tem que estudar para
caramba.
GUTO — Eu acho, que neste caso, você deve
pensar muito bem antes de tomar qualquer decisão. Mas no seu lugar eu adoraria
salvar vidas.
ABIGAIL — E você? Como vai competir nas
corridas? E os investimentos?
GUTO — Eu ainda não sei, mas o que me faz ser
otimista é o tempo. Eu tenho certeza que eu vou realizar meu sonho! Quero ser o
novo, o novo Herói Nacional do Brasil!
CORTA PARA:
CENA 07. MANSÃO DELLACOURT. ESCRITÓRIO. NOITE
Na mansão Dellacourt, Téo está em seu
escritório em uma reunião como representantes estrangeiros. Ele chama pela
empregada.
TÉO — Ô Valda! Valda! Cadê o suco? Alguém aí?
Nesse momento, Luigi chega a sala.
LUIGI — A Valda já foi embora meu pai, mas o
que deseja?
TÉO — Desejo um suco. Esqueceu? Senhores,
acredito que tenho algo a lhes oferecer. (fala para Luigi) Agora vai lá, traga
meu suco! Anda, rápido! Logo.
CORTA PARA:
CENA 08. CASA DE TIA NÁ. SALA. INT. NOITE
Tia Ná chega suspirando em sua casa, não
acreditando no que viu em poucas horas. Marilda se aproxima dela, desesperada.
MARILDA — O que aconteceu mãe? Porque a senhora
está assim? Foi assaltada.
TIA NÁ — (suspira) Não minha filha, não! Agora
vai lá no seu quarto e pega o retrato do meu neto.
MARILDA — Mas para quê mãe?
TIA NÁ — Anda, minha filha! Seja ligeira. Não
dá tempo de explicar.
Em cortes descontínuos Ná senta no sofá e bebe uma água ao seu lado, em cima da mesa. Em
cortes descontínuos Marilda entrega a fotografia antiga de seu filho para
Tia Ná, que coloca os óculos. Ná observa e reage, impressionada.
TIA NÁ — Marilda! Mas é impossível! Esse menino
da foto coincide exatamente com o que eu esbarrei hoje na rua. O seu filho,
Marilda! O meu neto.
As duas emocionadas e alegre. CAM foca no rosto
delas.
CORTA PARA:
FIM DO
CAPÍTULO
E você? Está gostando da nossa filosofia? Dessa
novela que é Herói Nacional? Tem o mesmo sonho de escrever? Envie uma sugestão
para o WNC na página inicial ou nos contrate pelo twitter @NovelasChannel! Venha
para o WNC, aqui somos uma família! E se você também tiver senso crítico como
afirmado pelo nosso personagem Luigi, informe o autor @feliperaautor pelo
twitter e dê sugestões que você considera essenciais à trama. HERÓI NACIONAL, a
história que fará a diferença.
0 Comments