Redenção - Capítulo 16 (Especial)

segunda-feira, maio 14, 2018


REDENÇÃO – CAPÍTULO 16




“A PRIMEIRA VEZ”

CENA 1/CASA DE PEDRO/SALA/INTERIOR/NOITE

Pedro está furioso com Lucas.

PEDRO: Como é que você pôde mentir assim pra mim, seu filho de uma puta?

LUCAS (chorando): Pai, eu ia...

PEDRO (furioso): Você não ia nada! Eu tô morrendo de nojo de você! Você desgraçou a nossa família, seu filho da puta! Então é por isso que me enfrentou aquele dia, não foi? Porque eu falei mal dos gays, não foi isso? Hein, seu merda?

LUCAS: Me deixa explicar, o senhor tá muito nervoso.

PEDRO: Você não vai me explicar porra nenhuma! Vai tomar no meio do seu cú, seu viado, seu lixo! Eu vou te mostrar... Você não é mais criança, mas eu ainda posso te dar um cacete tão grande! – Puxa o cinto.

LUCAS (gritando): Não! Já chega! Eu sou gay sim! Eu tava com medo de te contar por causa desse preconceito nojento seu. – (Abaixa o tom da voz). - Vamos conversar com calma, você vai entender.

PEDRO: Conversar porra nenhuma! Puta que pariu, olha o que você fala pra mim! Você gosta de homem... Eu vi no vídeo que a sua ex, a Nina, me mostrou pra mim.

LUCAS: A Nina? Foi ela que arrumou essa confusão toda? Que vagabunda.

PEDRO: Vagabunda nada! Ela abriu o meus olhos! Eu vi aquela nojeira, você beijando outro homem... Ah, mas eu fiquei com tanto nojo. De onde é aquele filho da puta? Se eu ver, eu mato!

LUCAS: Eu conheci ele faz um tempo, é gente boa, você vai gostar de conhecer ele.

PEDRO: Meu Deus, onde esse mundo vai parar? Homem gostando de homem... Eu vou conhecer porra nenhuma! A vontade que eu tenho agora, sabe do que é? De te matar!

LUCAS: Pai, isso é uma escolha minha, tenta entender, eu te peço. É quem eu sou, não posso mudar.

PEDRO: Escolhia outra coisa, porra. Escolhia trabalhar, escolhia ter filhos, ter uma esposa que gosta e cuida de você, agora vem me dizer que escolheu homem? Que escolheu ser viado? Que escolheu dar o cú? A gente cria essas pestes, essas desgraças, pra depois vir dizer pra gente que é viado, que gosta de homem? A pessoa não nasce viado, e posso te garantir que não fui eu que ensinei você ser assim. Mulher com mulher é uma cachorrada, uma safadeza sem limites, duas vagabundas, agora homem com homem é pior ainda!

LUCAS: Olha, eu já vi que com você não tem conversa. – (Se afasta do pai). – Meu Deus, o senhor é muito ignorante, nunca vai entender pelo jeito.

Pedro, mais ainda furioso, pega uma faca em cima da mesa.

PEDRO: Sabe a vontade que eu tenho de fazer agora? É de te matar, de te esfolar vivo, de cortar esse seu saco, te capar. É isso que você merece!

LUCAS: O senhor já tirou sangue da minha boca, não é mais do que suficiente? Vai querer me matar agora só porque eu me assumi pro senhor?

Pedro solta a faca e dá outros dois socos na cara de Lucas.

PEDRO (furioso): Seu lixo humano! Aberração!

Lucas quase revida, mas pensa antes.

PEDRO: Vai, levanta essa mão pra cima de mim de novo! – (Dá outro soco na cara dele). – Anda! Sua mãe ia ter tanto nojo de você agora se tivesse viva. E eu, um idiota, um otário, pensando que você um dia ia me dar netos, ia só me dar orgulhos. Eu tenho nojo de quem você é agora! Sua mãe deve estar se revirando no caixão agora.

LUCAS (chorando): Um dia o senhor vai vir me pedir desculpas por tudo, e eu não vou aceitar, não vou! – Sobe as escadas.

PEDRO: Pra onde você vai?

Lucas para e vira.

LUCAS: Eu vou pro meu quarto.

PEDRO: Nada disso. Aqui dentro da minha casa você não fica mais! Eu posso aceitar até um drogado, mas filho viado eu não aceito! Você virou uma vergonha, sujou o nome da família Tavares. Cai fora da minha casa e sem roupa, sem nada, porque fui tudo eu que comprei. E vai debaixo de chuva!

Lucas, com o olho roxo e com o rosto sangrando, desce as escadas e vai até a porta.

PEDRO: Ah, devolve a chave do meu carro.

Lucas entrega a chave do carro para Pedro.

LUCAS: Eu nem vou discutir com o senhor, porque um dia... Um dia o senhor vai pagar por tudo! Não é o primeiro pai e com certeza não é o último que vai fazer isso com um filho que se assume. O mundo tá acabando não é porque gente como eu se assume, e sim por causa de gente preconceituosa, de gente nojenta como o senhor. Eu vou viver a minha vida, mas o senhor depois não venha atrás de mim me pedir desculpas porque eu não vou aceitar!

PEDRO: E o que eu vou caçar indo atrás de você? Pra mim você tá é morto, e queria que tivesse mesmo! Você suma da minha frente agora, senão eu te mato!

LUCAS: Adeus. – Sai da casa.

CENA 2/RUA/NOITE

Trilha Sonora: Indestrutível – Pabllo Vittar



A tempestade continua. Lucas anda sozinho pelas ruas chorando muito. Ele para em um estabelecimento onde tem uma cobertura e lá se esconde da chuva. Lucas pega seu celular no bolso.

LUCAS: Tá todo molhado... Vai, funciona... – Consegue ligar o celular.

Ele acessa o aplicativo de mensagens do celular e manda uma mensagem para Mateus.

LUCAS (digitando): “Ainda tá acordado? Pfv, eu preciso de você agora.” – Manda a mensagem.

Lucas olha para um lado e para outro e senta em um banco debaixo da cobertura. Mateus responde a mensagem que Lucas acabara de enviar.

LUCAS (lendo): “Você sabe que sempre que quiser conversar comigo, eu estarei disponível. Se tiver como, venha até minha casa, que sempre estará de portas abertas pra você.” – (Ele sorri e responde a mensagem em seguida). – “Estou indo.” – Coloca o celular no bolso, se levanta do banco e segue em direção a casa de Mateus.

CENA 3/MANSÃO DOS DELLATORRE/SALA/INTERIOR/NOITE

Norma entra na mansão toda ensopada e machucada, e se reencontra com Sandra. Elvira fica contente.

ELVIRA (sorrindo): Achou ela?

NORMA: Ainda não, mãe. Nada também, Sandra?

SANDRA: Nada mesmo.

ELVIRA: Gente, mas por que tá toda machucada assim?

NORMA: Adivinha? A louca da Marcela...

SANDRA: Essa mulher é o diabo em forma de mulher.

NORMA (sorrindo): Mas também dei uma boa coça nela que ela nunca vai esquecer na vida.

SANDRA (sorrindo): Amiga, eu te venero!

ELVIRA: A Marcela tá muito louca, eu tenho medo.

SANDRA: Vem com a gente, senhora.

NORMA: É, mãe. Eu moro na pensão dela. É simples, mas a senhora vai ser bem cuidada. Nem tem escadas lá.

ELVIRA: Eu não posso aceitar, filha.

NORMA: Mas por quê? A Marcela só te maltrata e te despreza.

ELVIRA: Você não sabe, mas eu estou tentando descobrir os podres dela.

NORMA: Podres?

ELVIRA: Sim, você disse que estava desconfiada da fortuna dela em tão pouco tempo. Pois é, eu também estou, sempre estive, na verdade.

NORMA: Aquela história de que tinha conseguido com o próprio suor não me desceu a garganta. Mas a senhora vai ficar bem?

ELVIRA: Vou tentar. Tenho a Joana aqui do meu lado.

NORMA: Prazer, Norma. – Cumprimenta Joana.

JOANA (sorrindo): Eu gosto muito da sua mãe.

NORMA (sorrindo): Você é um anjo. Cuida bem dela, tá bom? – (Olha para Elvira). - Mãe, a senhora promete que quando tudo se resolver, a senhora vem morar comigo?

ELVIRA: Claro que sim, eu vou. Eu e a Joana.

NORMA (sorrindo): Que bom. Tudo bem pra você, Sandra?

SANDRA (sorrindo): Pra mim tá ótimo!

Norma abraça e beija Elvira.

NORMA: Adorei te rever.

ELVIRA (sorrindo): Eu o mesmo.

NORMA: Vou lá antes que a cobra apareça aqui. – Se despede mais uma vez de Elvira, de Joana, e vai embora junto com Sandra.

ELVIRA: Me leve pro meu quarto, Joana.

JOANA: A senhora é quem manda.

Joana empurra a cadeira de rodas de Elvira.

CENA 4/CASA DE MATEUS/COZINHA/INTERIOR/NOITE

Mateus deixa seu molho especial cozinhar, a carne no forno, e vai até a mesa arrumá-la. A campainha toca e, ele, todo alegre, vai até a porta e abre-a. Ao abrir a porta, se depara com Lucas ensopado e com o rosto roxo e sangrando.

MATEUS (preocupado): Lucas, entra. – (Segura Lucas). – Meu Deus, você apanhou e tá todo ensopado.

LUCAS: Meu pai... Ele me bateu.

MATEUS: Deixa pra me contar depois. Quero que você vá imediatamente tomar um banho bem quente, vou pegar uma toalha.

LUCAS: Eu não trouxe nenhuma roupa.

MATEUS: Se preocupa não, minhas roupas provavelmente servem em você. – (Ajuda Lucas a chegar na porta do banheiro). – É aí. Depois eu vou arrumar gelo e procurar um curativo no meu quarto pra você colocar nesse seu rosto.

Lucas entra no banheiro e Mateus corre até seu quarto, pega uma toalha limpa, vai até o banheiro novamente e entrega para Lucas.

LUCAS: Por favor... Me ajuda a tirar?

MATEUS: Tudo bem.

Mateus tira a camisa de Lucas, o cinto e a calça.

MATEUS: Pronto, a cueca você tira. Eu vou lá pra fora pra você ter mais privacidade.

LUCAS: Não, eu quero que fique.

MATEUS: Você não tem vergonha?

LUCAS: Por que eu teria?

MATEUS: Eu ia adorar ficar, mas é que eu tenho um molho e uma carne assada me esperando. Toma seu banho, fica bem quentinho que eu vou procurar uma roupa pra você vestir.

LUCAS: Tudo bem. – Tira a cueca e fica completamente nú.

Mateus olha.

MATEUS (sorrindo/gaguejando): Ah, é... Eu vou... Eu vou logo procurar a sua roupa. – Sai do banheiro.

Mateus vai no seu quarto e abre o guarda-roupa.

MATEUS: O que foi aquilo, meu Deus? Que coisa. Que calor. – Procura uma roupa para Lucas.

CENA 5/CASA DE HUGO/QUARTO DE SÍLVIA/INTERIOR/NOITE

Hugo e Sílvia conversam.

SÍLVIA: Não era pra você ter entrado aqui no meu quarto, você sabe muito bem que eu não gosto!

HUGO: Vai responder minha pergunta, ou não? Por que você tem todos esses recortes de jornais, e só da Marcela?

SÍLVIA (séria): Você conhece essa Marcela?

HUGO: Eu não, só sei que ela é a mãe da Laís, uma colega lá do colégio. Você conhece ela, né?  Por que ficou tão estranha assim de repente?

SÍLVIA: Eu era uma grande amiga da Marcela, só isso. Na verdade, eu era uma fã alucinada dela, por isso tenho esses recortes tudo dela.

HUGO: Sério?

SÍLVIA: Claro. Os vestidos dela eram os melhores, sempre ficava louca pra usar, virei uma fã.

HUGO: Você era fã e amiga dela ao mesmo tempo? Você não é mais amiga dela?

SÍLVIA: Não, ela mudou completamente o jeito dela, ficou com o nariz muito em pé, e você sabe que eu odeio esse tipo de pessoa. A gente brigou outro dia, e daí resolvemos cortar relações. Esses recortes de jornais, tenho até hoje. Anos guardando isso daí, já era pra ter tacado fogo em tudo.

HUGO: Chocado.

SÍLVIA: Agora pode fazer o favor de sair do meu quarto?

HUGO: Ah, é. Eu até diria boa noite pra você, mas estamos brigamos. – Joga o jornal no chão e sai do quarto.

Sílvia fecha a porta e fica aliviada.

CENA 6/CASA DE MATEUS/SALA DE JANTAR/INTERIOR/NOITE

Mateus e Lucas conversam.

MATEUS (sorrindo): Pode se servir, espero que goste.

Lucas se serve.

LUCAS (sorrindo): Não é que a sua roupa serviu mesmo pra mim? Incrível!

MATEUS (sorrindo): Falei pra você... Ficou maravilhoso com essa roupa.

Lucas prova um pouco da comida de Mateus.

LUCAS: Meu Deus...

MATEUS (preocupado): O que? Ai, tá salgado? Eu deveria ter colocado menos sal. Merda!

LUCAS (sorrindo): Não, tá divino! É incrível como você tem talento na cozinha.

MATEUS: Obrigado. Meu pai me ensinava a fazer comida do jeito que ele tinha aprendido. Quando ele era criança, morava no interior de Minas. Ele fala que as comidas de lá são maravilhosas!

LUCAS: Você tem um talento extraordinário. Chocado.

MATEUS (sorrindo): Fico extramente feliz que tenha gostado.

LUCAS: Eu amei, você não tem ideia.

Mateus olha para Lucas e sorri.

CENA 7/CASA DE LUCAS/SALA/INTERIOR/NOITE

Após o jantar, Lucas e Mateus estão sentados no sofá da sala assistindo a uma série.

LUCAS: Como chama essa série mesmo? É muito boa!

MATEUS: É How to Get Away With Murder, nomeada de Como Defender Um Assino aqui no Brasil. Eu amo demais, é uma das minhas preferidas.

LUCAS: Eu não sou de assistir séries, mas essa eu amei! Sou fascinado por Direito e essa série me chamou muito a atenção.

MATEUS: Essa é a primeira temporada, muito boa mesmo. Tem um casal gay que eu amo aí! Connor e Oliver... Ah, que amor entre esses dois personagens... Queria eu ter uma história de amor assim.

Lucas coloca sua mão sobre a mão de Mateus.

LUCAS: Eu preciso te agradecer de novo.

MATEUS: Não precisa. Só me conta agora o que houve. – Desliga a TV.

Lucas olha para Mateus.

LUCAS: Eu finalmente tomei coragem e me assumi pro meu pai, mas como você pode ver, ele não aceitou muito bem.

MATEUS: Bom, já era de se esperar. Pelo que você já me contou dele, ele parecia ser bem homofóbico mesmo.

Lucas abaixa a cabeça.

LUCAS: Queria que as coisas não tivessem terminado desse jeito.

Mateus acaricia o rosto dele.

MATEUS: Ei, não fica assim. Se tem uma coisa que eu odeio é ver você triste. Pra tudo que você precisar, eu vou te ajudar... Tudo, ouviu? Pode ter certeza.

Lucas olha para Mateus novamente e seca suas lágrimas.

LUCAS: Que vergonha, você tava tão bem aqui e eu vim te perturbar...

MATEUS: Lucas, você nunca vai ser um incômodo pra mim, ouviu bem? Nunca! Quero que você fique aqui na minha casa o tempo que você quiser, ou até mesmo pra sempre! Aqui você vai ter sempre banho quente, roupa lavada e comida. Eu pretendo te ajudar no que for preciso. Quando eu falo que pode contar comigo, é porque pode.

LUCAS: Obrigado. – (Abraça Mateus). – Ah, eu preciso te perguntar. – Termina de abraçá-lo.

MATEUS: Perguntar o quê? Pode perguntar.

LUCAS: Isso tá martelando na minha cabeça direto, eu não paro de pensar nisso.

MATEUS: Ué, então me pergunta.

LUCAS: Você gostou daquele nosso beijo na festa? 

MATEUS (sorrindo): Sério que você tá me perguntando isso? Cara, eu adorei! No momento que eu senti sua boca na minha... Ah, nesse momento... Olha, eu confesso que já esperava isso, e tava louco pra você me beijar de novo. Desde aquele dia no colégio quando você me beijou, eu senti um negócio diferente, sabe? Um negócio muito diferente... Um negócio que eu nunca senti com nenhum cara.

LUCAS: E o que você sentiu de diferente?

MATEUS: Eu senti um verdadeiro amor nascendo.

Trilha Sonora: Flutua – Johnny Hooker (feat. Liniker)


Lucas não perde tempo e beija Mateus.

Close nos dois dando um beijo de língua.

Lucas se levanta e Mateus também. Os dois se beijam novamente, e Lucas tira a camisa de Mateus, que também tira a do rapaz. Os dois trocam carícias. Mateus, ainda beijando Lucas, passa sua mão suavemente no corpo do rapaz.

LUCAS: Você quer mesmo fazer isso?

MATEUS: Te sentir, te tocar, envolver seu corpo no meu... Cara, essa é a coisa que eu mais quero nesse mundo.

Mateus e Lucas não perdem tempo e vão para o quarto, enquanto ainda se beijam.

Naquele tempo chuvoso, onde ouvíamos o som da chuva do lado de fora e os trovões, no quarto, ao som de Flutua, os dois se jogam na cama e ali finalmente matam o desejo da carne.

Mateus tira a calça de Lucas e a cueca deixando-o completamente nú. Ele fica em cima do rapaz e passa a língua no abdômen de Lucas.

Mateus, ao passar sua língua no abdômen de Lucas, segura bem firme na mão do rapaz. Mateus inicia um sexo oral em Lucas, que fecha os olhos de prazer.

Após os sexo oral, Mateus novamente fica em cima de Lucas. Lucas tira a calça e a cueca de Mateus. Ambos se tocam e se envolvem naquele momento. Dois corações pulsando forte, um romance inabalável que acabara de surgir.

Em outro take, Lucas, carinhoso, coloca a camisinha em seu pênis e penetra em Mateus, enquanto o mesmo segura bem forte, com suas duas mãos, o lençol da cama naquele momento prazeroso.

Close em Mateus segurando forte o lençol da cama.

Em outro take, Mateus, em cima de Lucas, faz leves movimentos enquanto beija e abraça o rapaz sem parar.

Foco na cama tremendo enquanto os corpos de Lucas e Mateus se envolvem naquele momento.

Em outro take, a CAM foca nos pés de Lucas e Mateus se tocando.

Mateus, naquele momento de prazer, arrasta seus pés com força na cama. Ele geme de prazer enquanto Lucas penetra nele com carinho.

Ambos saciam o desejo que estavam sentindo um pelo outro.

A cena escurece...

CENA 8/VILA MADALENA/AMANHECENDO

Finalmente a chuva passa. Ainda, ao som de Flutua, podemos ouvir os passarinhos cantarolando, enquanto o sol nasce em um momento único, lindo e maravilhoso. Podemos ver as pessoas logo cedo pegando o ônibus no horário de pico para trabalhar.

Também é possível ver o movimento intenso de pedestres e de carros. Foco na casa de Mateus.

CENA 9/CASA DE MATEUS/SALA DE JANTAR/INTERIOR/MANHÃ

Mateus, sorridente, coloca o café da manhã na mesa. Lucas, que acabara de escovar os dentes, senta para tomar o café da manhã. Ele está irradiante como nunca, sorrindo muito.
MATEUS (sorrindo): Bom dia. Como dormiu?

LUCAS (sorrindo): Nunca dormi tão bem assim em toda a minha vida. Você tinha razão naquele dia, eu agora não tô triste pelo que aconteceu comigo, pelo meu pai ter me expulsado de casa e tudo mais... Não, muito pelo contrário: agora eu tô me sentindo mais leve e mais alegre do que eu nunca senti na minha vida! Finalmente vou poder tocar minha vida pra frente como eu sempre desejei, e ser quem eu verdadeiramente sou.

MATEUS: É isso mesmo, assim que se fala!

LUCAS (sorrindo): Quero que você saiba que eu amei a noite de ontem, o sexo intenso e gostoso que a gente teve. Posso ser sincero?

MATEUS: Sempre.

LUCAS: Mateus, eu quero começar um relacionamento sério com você. Quero ter um futuro ao seu lado. Você me faz tão bem...

MATEUS: O mesmo digo eu. – (Vai até ele). - Se você soubesse o quanto eu te amo... Cara, eu tô completamente apaixonado por você! – Beija Lucas.

LUCAS: Eu quero que você vá hoje na casa de uma pessoa comigo. Essa pessoa merece saber da gente, mas antes temos que comprar nosso anel de compromisso.

MATEUS: Na casa de quem que a gente vai?

LUCAS (sorrindo): Te conto no caminho.

CENA 10/APARTAMENTO DE NINA/QUARTO/INTERIOR/MANHÃ

Nina passa perfume em seu pescoço e se olha no espelho.

NINA (sorrindo): Quer ver como ele vai voltar comigo? Numa hora dessas, o paizinho dele já fez ele virar macho de verdade! – Ela começa a rir.

A campainha toca.

NINA: Aí, não falei? Eu acho que deveria ser vidente, porque sempre adivinho das coisas. Fazer o quê, né? Tem gente que não nasce com esse talento deslumbrante que eu tenho. Eu tô é doida pra ver ele implorando de joelhos pra gente voltar. Aposta quantos? Quero até gravar esse momento épico.

Nina sai do quarto, entra na sala e abre a porta, onde de repente se depara com Lucas e Mateus, que já entram dentro do apartamento sem a permissão de Nina.

Trilha Sonora: Que Tiro Foi Esse  – Jojo Maronttinni

NINA (surpresa): Que pouca vergonha é essa aqui?

Lucas e Mateus levantam suas mãos e mostram o anel de compromisso para Nina.

LUCAS (sorrindo): Tentou me destruir, acabar comigo e com o meu relacionamento com o Mateus, mas quem se fodeu foi você! É isso mesmo... Eu e o Lucas estamos em um relacionamento sério, estamos namorando! Você bem que tentou acabar com a minha vida, mas isso só serviu pra eu assumir quem eu verdadeiramente sou e me aproximar muito mais do meu verdadeiro amor.

MATEUS: E pra vadias recalcadas que nem você... Engole isso aqui, piranha! – Beija Lucas na frente de Nina.

Ao som de “Que Tiro Foi Esse”, o foco se alterna em Nina, com a boca aberta, e Lucas e Mateus se beijando na frente dela.

(A cena congela com um efeito amarelado, que aos poucos vai se despedaçando como um vidro em Lucas e Mateus se beijando, enquanto Nina fica chocada e de boca aberta).

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