Capítulo 3
Cena 1: //Aeroporto do México// - //Noite//
Bruno e Heloísa esperam apreensivos a chegada dos pais dele.
- Bruno: Em poucas horas, eles devem estar aqui. Assim espero.
- Heloísa: Será que eles vão gostar de mim?
- Bruno: Claro, eles são bastante simpáticos. Ainda mais, quem não gostaria de você, meu amor?
- Heloísa: Ah.
Ela sorri, Bruno beija ela.
O telefone toca.
- Bruno: Meu pai... Mas já?
Ele atende.
- Bruno: Alô, Pai!
- Juan: Filho! E... Estamos presos em uma cidade distante do México!
- Bruno: Como? Mas, e o vôo?
- Juan: Fomos assaltados. Era transporte ilegal de drogas!
- Bruno: Onde vocês estão?
- Juan: Aqui diz: "Aeroporto Internacional da Guatemala"
- Bruno: Meu Deus, calma, eu vou providenciar tudo, não fiquem mais nervosos. Um avião fretado daqui vai aí.
Ele desliga. Eles vão saindo do aeroporto.
- Heloísa: Meu amor, o que houve?
- Bruno: Meus pais, tão presos na Guatemala, assaltaram o avião e eles tiveram que descer.
- Heloísa: Meu Deus.
- Bruno: Vamos, iremos no fórum.
Bruno entra no carro com Heloísa e vai para o fórum.

Cena 2: //Fórum//
Bruno desce às pressas do carro com Heloísa. Ele vai até o balcão.
- Bruno: Olívia, diga ao Senor que eu quero falar com ele agora. Caso urgente!
Olívia liga para a sala do Senor
- Olívia: Senor, é o Bruno! Ele disse que é caso urgente... Sim, ok. Ele disse que pode ir.
Bruno e Heloísa entram num corredor longo. Vai até a última sala. 
- Bruno: Fica aqui, meu amor.
Bruno bate na porta e entra: 
- Bruno: Senor, me ajude. Meus pais estão presos no Aeroporto da Guatemala com meu irmão inconsciente!
- Senor: O que houve?
- Bruno: Meu irmão levou um choque elétrico e tá meio que em coma, e assaltaram o avião que eles estavam vindo para ca.
- Senhor: O que você quer que eu faça!
- Bruno: Um avião fretado. Isso que eu quero. Eu pago. 120 mil pesos!
Senor olha para Bruno.
- Senor: 120 mil pesos?
- Bruno: Sim.
O Senor se levanta e vai até um pequeno cofre escondido atrás de um quadro.
- Bruno: Me ajude, por favor. Meu irmão pode morrer.
- Senor: Hum...
Ele abre o cofre e pega o dinheiro pedido por Bruno.
- Senor: Tome... Isso é para qualquer ocorrência. O avião estará no aeroporto daqui em 5 minutos!
- Bruno: Obrigado, muito obrigado.
- Senor: Agora vá.
Bruno agradece e sai.

//Aeroporto México//
Bruno desce do carro junto com Heloísa, entra desesperado no local e vai até o salão de embarque.
- Heloísa: Vamos procurar o avião...
- Bruno: Sim.
Eles ficam observando. Pela vidraçaria do saguão, ele enxerga o avião e grita:
- Bruno: É ele, amor. O avião!
- Heloísa: Ai que bom.
- Bruno: Vamos, vem.
- Heloísa: Não... Você vai e eu fico! Pode ir sem medo!
- Bruno: Tem certeza? Melhor ir comigo, vem!
- Heloísa: Tenho, pode ir. Vá.
- Bruno: Tá bom, fica bem!
Bruno a beija se despedindo e corre até o avião, entra e a porta se fecha.
- Heloísa: Senhora do Rosário, guarda ele...
Ela começa a rezar e o avião parte. Bruno olha pela janela.
- Bruno: Já já eu tô de volta, meu amor.

Cena 3: //2 Horas Depois//
//AEROPORTO GUATEMALA//
Bruno desce do avião e vê seus pais.
- Juan: Filho!
- Bruno: Pai... Como ele tá?
- Juan: Veja, cadê vez pior.
- Bruno: Precisamos ir depressa.
Juan abraça o filho.
- Juan: Obrigado, sem você eu não sei o que seria...
- Bruno: Vamos entrar no avião agora!
- Isabela: Pai, Mãe...
- Rosália: O que foi!
- Isabela: Ele não respira.
- Juan: Como?
- Isabela: Sim, veja.
Bruno pega no pulso do irmão.
- Bruno: Rápido ele está sem pulso.
Juan passa mal com a notícia.
- Juan: Meu filho... Meu... Meu filho!
Bruno, em lágrimas, pega Diogo nos braços e corre para o avião.
- Rosália: Vamos.
A família embarca.

//4 HORAS DEPOIS//
//México//
Heloísa fica apreensiva. O avião pousa.
- Heloísa: Ai, Graças a Deus.
A família desce.
- Heloísa: Vou até lá.
Heloísa sorri e corre até eles... O pai de Bruno a olha com imperfeição.
- Heloísa: Meu amor.
Heloísa e Bruno se beijam e abraçam.
- Bruno: Esse é meu pai, minha mãe, minha irmã e esse é meu irmão.
- Heloísa: Olá!
- Juan: Você é a tal esposa do meu filho?
- Heloísa: Sim. Heloísa. Prazer
Heloísa estende a mão. 
- Juan: Olá...
Juan despreza o aperto, cospe no chão e continua a andar.
- Heloísa: Hã?
Heloísa olha para Bruno com raiva.
- Bruno: Calma, chegar em casa, vamos falar melhor.
Uma ambulância aguarda eles do lado de fora. Diogo é levado até a ambulância. Heloísa diz para levá-lo ao hospital.
- Heloísa: Vá urgente!
O carro de Bruno sai e acompanha a ambulância.

Cena 4: //Hospital//
Heloísa desce a maca e alguns enfermeiros ajudam.
- Heloísa: Cuidem bem, dele. A família está cansada e precisa descansar, por isso vai ficar algumas horas fora. Observem cada passo dele!
Os enfermeiros acenam concordando e entram com a maca.
- Rosália: Meu filho...
Ela chora.
- Heloísa: Vamos, dona Rosália. Ele vai ficar bem, eu garanto! Você precisa descansar.
- Rosália: Está bem.
Elas entram no carro com os outros e partem.
- Juan: Mas e meu filho?
- Heloísa: Ele vai ficar bem, vocês voltam mais tarde para cá.
- Juan: Mas é meu filho! Ele precisa de mim!
- Heloísa: Ele vai ser bem cuidado! Temos os melhores médicos aqui.
- Juan: E quem lhe garante?
- Heloísa: Confie em mim, sou médica e prometo que ele vai ficar bem.
- Juan: Está bem, mas se ele morrer, já sabe que você tem responsabilidade.
- Bruno: Pai não começa, vamos parar. Precisamos descansar. Já já amanhece.

//CASA DE BRUNO E HELOÍSA//
Heloísa entra com raiva em casa.
- Heloísa: O Bruno vai mostrar o quarto de vocês... Tenham um bom descanso, vou providenciar mais coisas do hospital e em seguida, dormir.
- Rosália: Está bem, boa noite para você, Heloísa. Prazer em lhe conhecer. Obrigada por tudo.
- Heloísa: Não precisa agradecer, não fiz mais que meu dever.
Bruno leva a família para o quarto no térreo. 
- Bruno: Vamos... Por aqui.
A família segue até o quarto.
- Rosália: Que quarto lindo, grande.
- Juan: Dá pro gasto.
- Isabela: Gostei.
- Bruno: Isabela, você vai ficar aqui por esses dias, logo depois, vou providenciar um quarto pra você e pro Diogo.
- Isabela: Ai, obrigada.
Ela abraça ele e beija a bochecha dele.
- Bruno: Boa noite, descansem.
- Rosália: Boa noite.
Ele fecha a porta.
- Rosália: Juan, isso são modos de se comportar... Olha o seu jeito, você nunca conseguiu ser desse jeito exagerado.
- Juan: Ah, me deixa. Agora, vamos dormir.
Eles organizam as coisas e se deitam.

Cena 5: //Quarto de Bruno e Heloísa// Bruno sobe as escadas correndo. Abre a porta do quarto e vê Heloísa está sentada no chão.
- Bruno: Meu amor...
- Heloísa: O quê?
- Bruno: Heloísa, não precisava ficar assim. Meu pai sempre foi assim!
- Heloísa: Ah, tá bom. E me desprezar é normal? Você viu? Ele mal me conheceu, nem sabe como sou direito... Mas já me despreza!
- Bruno: Para ele, sempre foi normal desprezar. Mas ele vai lhe agradecer por tudo que está fazendo, eu tenho certeza!
- Heloísa: Eu não diria isso, ele só vem agradecendo à você, sua mãe que me agradeceu. E você viu? Ele disse que se acontecer algo com seu irmão, vou ter culpa. Mas eu nem conheço ele direito. De primeira, de chegada, ele já se mostra assim.
Bruno se ajoelha nos pés da cama e a beija.
- Bruno: Não fica assim, tá? Agora, me abraça.
- Heloísa: Me deixa, eu tô estressada.
- Bruno: Calma, me abraça.
- Heloísa: Eu queria ficar só, aliviar meu estresse.
- Bruno: Eu sei como vamos aliviar seu estresse.
- Heloísa: Como?
Bruno beija ela e em seguida desabotoa a camisa.
- Bruno: Do jeito que você já sabe!
- Heloísa: Sério?
- Bruno: Claro... Agora, vem.
Eles se beijam e começa a rolar um clima.
🎶Thinking Out Loud🎶
Em câmera lenta, ela tira a blusa e Bruno a beija no pescoço, acaricia seu corpo e tira o sutiã. 
Ela abre o zíper da calça de Bruno, e abaixa sua calça e a cueca por completo. Ele tira a saia dela e a calcinha, pega ela pelo colo.
- Bruno: Pronta para ser minha?
- Heloísa: Sempre...
Heloísa aperta as costas de Bruno, enquanto ele passa os dedos nos fios de cabelo dela.
Os dois, fazem amor.

//Algumas horas depois//
Cena 6: //Quarto de Bruno e Heloísa//
Bruno e Heloísa estão deitados dormindo, quando Juan chega e bate na porta: "Toc, Toc"
- Juan: Filho, posso entrar?
Heloísa e Bruno se levantam e correndo, trocam de roupa.
- Bruno: Só um minuto... Agora, sim. Pode entrar pai!
Juan abre a porta e vê os dois conversando.
- Juan: Sua esposa pode nos deixar a sós? Preciso conversar com você.
Heloísa se levanta e sai do quarto. Juan fecha a porta.
- Juan: Filho. Eu tenho algo sério para falar com você.
- Bruno: O que foi, pai?
- Juan: Filho, sobre seu casamento... Como você pôde casar com essa... Essa... Essa moça?
- Bruno: Ah, não... Pai. Ela tem um nome e se chama Heloísa! Ela é a melhor pessoa do mundo! Tá bom
- Juan: Eu não ligo para o nome dela! Você deveria ter pensado bem! Antes de se casar com ela... Eu não vejo simpatia, nem ânimo nela.
Nesse momento, Heloísa está atrás da porta, ouvindo tudo.
- Bruno: Pai. Eu vim morar no México, por um bom motivo e esse motivo foi ficar longe de você! Você nao entende minhas escolhas, chega aqui com meu irmão acidentado e ainda por cima de tudo, despreza e insiste em humilhar a minha esposa, sem ao menos ter conhecido ela direito.
- Juan: Então, se você não gosta do que eu falo... Vá para o Diabo que o carregue! Essa moça de primeira já me passou uma má impressão! Eu não gostei e acho que foi um erro.
- Bruno: Não tem nem um dia que você já chegou aqui e quer ir mandando em tudo.
- Juan: Insatisfação. Ela é azeda, tem cara de sem sal.

Cena 7: Heloísa ouve tudo atrás da porta.
- Heloísa: Que coisa ridícula, como ele pode me julgar tão rápido...
Ela ouve Juan falando coisas piores sobre ela e não aguenta escutar tudo e chuta a porta com força. Juan e Bruno se assustam.
- Heloísa: Eu abri as portas da minha casa junto com seu filho. Estamos acolhendo vocês, eu sou médica trabalho durante 12 horas num hospital. Estou cuidando do seu filho, que está inconsciente. Você deveria agradecer; seu arrogante, ignorante e imbecil! Eu tô cedendo meu tempo destinando a ele. Tô lhe ajudando pois as condições estão péssimas, e eu passo uma má impressão pra você? Virei máquina de xerox agora? Se é pra julgar, eu digo. Você é arrogante, idiota, tolo, meramente imbecil, julga pela aparência, não pelo conteúdo que tem dentro da pessoa, coisa de gentinha.
Juan não se controla e a puxa pelo braço. Heloísa se irrita e dá dois tapas fortes na cara de Juan: "Pá, Pá" (Som dos tapas).
- Heloísa: Eu NÃO admito que você me trate desse jeito! Seu idiotaaa.
Bruno puxa o braço de seu pai e fica entre Heloísa e Juan.
- Bruno: Pai... Eu não admito que você fale assim com ela, nem que faça isso com ela, mal chegou.
- Heloísa: Amor. Eu só tenho mais uma coisa a dizer...
O silêncio no quarto traz a tona o ódio de Juan, que bufa sem parar. Heloísa continua.
- Heloísa: ... Ou ele sai dessa casa... Ou eu saio!
- Juan: Ai que nervosa, ameaçou... Pois, saia da casa, eu fico aqui até meu filho melhorar.
Heloísa sai do quarto arrasada.

// GANCHO //