Redenção - Capítulo 02
terça-feira, abril 24, 2018
REDENÇÃO - CAPÍTULO 02
“A IRMÃ
TRAIDORA E O ASSASSINATO”
CENA 1/CASA DE NORMA/INTERIOR/SALA/NOITE
Norma continua apontando a faca para Carlos.
NORMA (apontando a faca): Agora o jogo virou, não
é mesmo?
NORMA: Isso é castigo. Você é um doente, um
psicopata, queria me marcar e me matar, pra depois matar a sua própria filha
que é uma bebêzinha ainda, seu doente. Mas você vai ter o que merece!
Carlos, com o rosto queimado, surpreende batendo
na mão de Norma com força, e a faca acaba indo para debaixo do sofá. Norma pega
um vaso em cima da mesa e quebra na cabeça dele. Carlos cai no chão desacordado
e sangrando na cabeça. Norma se desespera.
NORMA (desesperada): Carlos? – (Se ajoelha e
sacode Carlos). – Não... O que eu fiz? Eu não sou uma assassina... – Se levanta
Ela olha o cartão com o número de Marcela em
cima da mesa.
NORMA: Eu preciso de ajuda! Isso... Eu tenho
que pedir ajuda pra minha irmã.
Ela pega o número de Marcela e um cartão
telefônico. Ela vai até o telefone público na calçada e liga para a irmã.
CENA 2/CHIQUE LINS/INTERIOR/SALA DE
RICARDO/NOITE
Ricardo e Marcela terminam de se beijar.
RICARDO: Como foi o dia com a sua irmã?
MARCELA: Horrível! A mulher é muito porca,
Ricardo. Ela não tem um pingo de etiqueta, um horror.
RICARDO (rindo): Parece mesmo que não tem.
MARCELA: Sei lá, ela tem uma linguagem feia, de
pobre, sabe? Ainda tive que levá-la na casa dela, acredita?
RICARDO: Sério isso?
MARCELA: Sim. Merda, por que eu tenho essa
mania, sendo que sempre depois eu me arrependo? Olha, ainda por cima, a casa
dela é um muquifo caindo aos pedaços, a porta da casa dela está toda podre e
velha, um horror. Eu e essa mania de tratar os outros bem... Raiva de mim mesmo!
RICARDO: Qualquer dia ela vai precisar de você
e é pra pedir dinheiro, vai vendo.
MARCELA: Vira essa boca pra lá! Prefiro morrer
queimada ou afogada que ajudar um tipinho dela.
RICARDO: Mas você já foi pobre, lembre-se
disso.
MARCELA: Você e essa mania de me botar pra
baixo, hein? É claro que eu me lembro disso, não tem como me esquecer. Mas se
eu consegui tudo o que eu consegui, foi com a ajuda de um amigo em especial.
RICARDO: Você nunca disse pra mim quem é esse
amigo. Posso saber?
MARCELA: Não é da sua conta!
RICARDO: Tá bom, não pergunto mais.
O celular dela toca e ela tira da bolsa em
seguida.
MARCELA: Pelo jeito é a puta. Falando no
capeta...
RICARDO: Atende, pode ser importante.
MARCELA: Se for dinheiro, desligo na hora. Já
disse que não tô aqui nesse mundo pra ajudar gentinha do tipo dela.
Marcela atende.
MARCELA (celular): Alô?
NORMA (telefone/assustada): Marcela, aqui é a
Norma. Preciso urgente da sua ajuda.
MARCELA (celular): Ajuda? Que ajuda?
NORMA (telefone): Eu não sei o que fazer... Aconteceu
uma coisa muito séria aqui em casa, venha o mais rápido possível, por favor!
O telefone desliga.
MARCELA (celular): Alô? Norma? - Guardo o celular.
RICARDO: O que houve?
CENA 3/RUA/TELEFONE PÚBLICO/NOITE
Norma tenta continuar a ligação, mas não
consegue.
NORMA: Merda! Acabaram os créditos do cartão. Maldita
hora! Ai, Deus... Tomara que ela me ajude.
CENA 4/CHIQUE LINS/SALA DE RICARDO/INTERIOR/NOITE
MARCELA: Não falou o que era, mas parece que
aconteceu alguma coisa séria. Tomara que aquela louca não tenha feito nada com
a minha sobrinha. Vou indo lá, tá?
RICARDO: Tá bom, só falta eu assinar alguns
papéis aqui, aí já vou pra casa, ok?
MARCELA (sorrindo/se aproximando dele): Tudo
bem. Quando eu chegar em casa, quero ter uma noite quente com você. – Beija
Ricardo.
RICARDO: Com o maior prazer.
Marcela sai em seguida. Ricardo comemora.
RICARDO (sorrindo): Agora eu vou me divertir de
verdade!
Ele vai até a porta pra ver se Marcela já saiu
e vê que sim, então rapidamente chama Camila, que entra logo em seguida.
CAMILA: O que houve, Ricardo?
Ricardo tranca a porta.
RICARDO (sorrindo): Vamos continuar da onde
paramos?
CAMILA: E se a sua esposa chegar aqui e ver a
gente de novo no maior clima?
RICARDO: Parece que a otária foi resolver um
problema sério com a irmã, então vai demorar. Além do mais, eu tranquei a
porta, temos a noite toda. Tira a camisa e o sutiã!
Trilha Sonora: Corpo Sensual – Pabllo Vittar (Feat. Mateus
Carrilho)
Camila tira a camisa e o sutiã. Em seguida, ela
beija Ricardo, que aperta com toda a vontade os seios de Camila, passando a
língua neles em seguida. Ela tira a camisa dele e a calça. Camila fica de
joelhos e passa a língua na barriga dele, e vai descendo.
RICARDO (com tesão/fecha os olhos): Isso, mais
pra baixo... Chupa... Ah!
CENA 5/CASA DE NORMA/EXTERIOR/NOITE
Marcela para em frente a casa da irmã e desce
do carro.
MARCELA: Que ódio ter que entrar nesse muquifo
horroroso.
Ela se prepara para bater na porta.
MARCELA: Só espero que essa porta não caia em
cima de mim, porque pelo amor de Deus, isso daqui tá mais velha que a tábua dos
dez mandamentos.
Marcela bate na porta. Ela ouve Norma pedindo
para ela entrar. Marcela empurra a porta e entra na casa.
Dentro da cozinha, Norma fala alto para Marcela.
NORMA (falando alto): Aqui na cozinha!
Na sala, Marcela segue a voz alta de Norma e
entra na cozinha. Ao ver o corpo de Carlos no chão, ela dá um baita grito que
assusta até os pássaros.
CENA 6/CHIQUE LINS/SALA DE RICARDO/INTERIOR/NOITE
Ricardo e Camila estão transando loucamente em
cima da mesa do escritório.
CAMILA (gemendo): Vai Ricardo, com força! Mete
com força em mim, safado! Aaaaaaaaaah! Louca. Louca por você! Vai!
Do lado de fora, Zilda, a amiga de Marcela e
contadora da empresa, ouve os gemidos. Ela leva um susto.
ZILDA (chocada): Nossa, o Ricardo está traindo
a Marcela com a Camila, a secretária? É sério isso? Que puta essa Camila, e que galinha é esse Ricardo! – (Sorrindo). – Maravilha! Com esse segredo, eu vou
poder chantagear o Ricardo, e eu sei muito bem com o quê! Bom saber disso. E parece
que o Ricardo é bom no que faz.
Zilda continua ouvindo tudo. Ela olha para o lado
pra ver se não tem ninguém, e vê que não, então ela passa suas mãos
em seus seios. Zilda ouve Camila gemendo e Ricardo gritando de prazer. A mulher
desce sua mão esquerda para sua genitália e começa a fazer movimentos rápidos e
repetitivos, e começa a gemer de tanto tesão.
CENA 7/CASA DE NORMA/SALA/INTERIOR/NOITE
Marcela se assusta ao ver Carlos no chão.
MARCELA (assustada): No... Norma, você matou
esse homem? - (Grita) – Me responde, pelo amor de Deus!
NORMA: Eu juro que não queria... Só queria dar
um susto nele.
MARCELA: Ai, Deus, o que você fez com a sua
filha?
NORMA: A minha filha está bem, e... Eu não sou
uma assassina! Eu fiz isso, mas fiz em legítima defesa. Esse desgraçado queria
me matar e matar a minha filha. Olha só
o estado do meu braço. Marcela, me ajuda.
MARCELA: Agora que eu tô me lembrando... Eu vi esse
homem hoje à tarde, quase atropelei esse imbecil, e agora vejo ele morto...
NORMA: Escuta, eu preciso da tua ajuda! Me
ajuda? Me ajuda, eu te peço, por tudo que é mais sagrado...
MARCELA: Tá bom, tá bom, eu te ajudo. O que eu
tenho que fazer?
NORMA: A polícia deve bater aqui em casa a
qualquer momento, porque do jeito que é essa vizinhança, capaz de já terem
chamado a polícia. Por favor, você pode ser minha testemunha, é só falar que
fiz isso em legítima defesa.
MARCELA: Não pensou em fugir? Pega sua filha e
se manda, boba!
NORMA: Não, isso é muito perigoso, se eu fugir
vai ser pior. Por favor, me ajuda, Marcela.
MARCELA: Tá bom. Mas por Cristo Jesus, coloca
um pano sobre esse corpo, faz favor!
Norma se vira para pegar o pano e, de repente, em
questão de segundos, Carlos surpreende e puxa os pés dela. Norma cai no chão.
Em seguida, Carlos a golpeia na nuca, e ela desmaia. Marcela vê tudo e não faz
nada.
MARCELA (assustada): O que é isso? Você tava
morto!
Carlos se levanta e passa a mão na cabeça. Ele
percebe o sangue saindo.
MARCELA: Maravilha, era só o que me faltava!
Fica longe de mim! - (Carlos a interrompe).
CARLOS (grita): Cala a boca! – (Observa
Marcela). – Ué, não é você que eu vi hoje a tarde e que quis me matar?
MARCELA: Por que? Quer um autógrafo por acaso?
Carlos a olha com um olhar furioso.
MARCELA: É, parece que você não quer um
autógrafo.
Carlos empurra jogando-a em cima do sofá, que é
arrastado com a força. A faca aparece no chão. Marcela pega.
MARCELA (apontando a faca): Fica longe de mim,
demônio! Você tava morto, não é possível!
CARLOS: Só você mesmo pra achar que um simples
vaso na cabeça mataria alguém. Cala a merda dessa matraca, sua puta!
Do quarto, Laís começa a chorar.
MARCELA: Sua filha está chorando. Não vai fazer
nada?
CARLOS: Eu não me importo, nem nunca me
importei com a Laís.
Carlos vem dando leves passos.
MARCELA (séria): Eu já disse pra ficar longe de
mim!
Carlos vai pra cima de Marcela, que dá uma
facada na barriga dele. CAM lenta.
Carlos cai no chão sangrando.
Close no sangue sangue saindo da barriga dele.
CARLOS (morrendo aos poucos): Vadia...
Marcela dá um chute nele e, em seguida, se
ajoelha e apoia seus joelhos nos braços dele, se agachando aos poucos.
MARCELA (sorrindo): O que foi que eu te disse? Hein?
O que eu falei? Eu disse pra ficar longe de mim, não foi? Você simplesmente
devia ter ficado, mas não ficou, e isso foi um erro... Um grave erro! Foi uma
pena você ter me conhecido. Eu já disse uma vez na vida e vou repetir de novo:
não aconselho ninguém a ficar no meu caminho. Agora eu vou te mandar direto
para o inferno de onde você nunca deveria ter saído, e você vai sentar no colo
do Capeta.
Marcela enfia a faca na barriga dele e torce.
MARCELA (sorrindo): Dói, não dói? É bom que
você sinta dor mesmo!
Em seguida, ela tira a faca da barriga dele e
dá exatamente 26 facadas seguidas na barriga de Carlos de uma vez.
Após as 26 facadas, ela se levanta ofegante e
chuta Norma, que está desmaiada.
MARCELA: Você não presta pra nada mesmo, né?
Envergonhou sua irmãzinha! Sonsa, você que devia ter matado ele já que ele te
agredia! Sabe o que eu acho? Deveria te matar aqui agora mesmo, mas não vou. Não
vou... Sabe por quê? Porque eu vou fazer uma coisa muito melhor pra não te ver
mais me perturbando, até porque você merece sofrer muito mais nessa sua vida
miserável de tão sonsa e insuportável que você é.
Ela segue o choro de Laís e vai até o quarto com
a faca ainda nas mãos. Entrando no quarto, ela vê Laís deitada sobre a cama de
Norma.
MARCELA: Coitada, nem um berço tem. - Solta a faca e pega Laís no colo.
MARCELA: Quieta, fica quietinha. Sua mãe agora
sou eu. Vou te dar de tudo. Se eu não posso ter um filho por causa da merda
desse meu útero, a Norma também não vai ter. Você será minha, só minha,
pequena.
Marcela pega a faca e, em seguida, leva Laís
até a sala, onde está o corpo de Carlos.
Ela coloca Laís sobre o sofá, sai da casa
(ainda com as mãos sangrando), e pega seu celular. Ela disca o número da
polícia.
Marcela começa a fingir que está desesperada.
MARCELA (celular): Alô, é da polícia? Eu queria
fazer uma denúncia. -(tempo) - Tem uma mulher que acabou de matar o marido e eu
estou ouvindo o choro da bebêzinha dela daqui de dentro da minha casa. Sou
vizinha dela e não quero me identificar. Venham o mais rápido possível, ou ela
pode matar a própria filha, pois ela está completamente louca!
Ela olha a placa da rua.
MARCELA: O endereço é...
Marcela continua denunciando Norma.
CENA 8/CHIQUE LINS/INTERIOR/CORREDOR/NOITE
Zilda termina de se masturbar.
ZILDA: Que alívio...
De repente, Camila, completamente nua, abre a
porta da sala de Ricardo e vê Zilda atrás da porta.
CAMILA (surpresa): Zilda? O que está fazendo
aqui?
Zilda se assutada.
ZILDA: Não é nada. Só ia avisar ao senhor
Ricardo... – Ela para de falar.
Zilda fica completamente chocada ao ver Ricardo
com a camisa cobrindo as partes íntimas.
RICARDO: Zilda, você tá bem?
ZILDA (sorrindo): Seu Ricardo, é... Eu só vim
conversar com o senhor.
RICARDO: Você não viu ou ouviu nada, ok? Não conta
nada pra Marcela. Fechado?
ZILDA (surpresa): Si... Sim.
Ao ir cumprimentar Zilda, Ricardo deixar cair a
camisa e fica completamente pelado. Zilda, ao ver Ricardo completamente nú, desmaia.
RICARDO: Zilda?
CAMILA: Mais que velha safada!
RICARDO: Eu falei! Eu disse que meu pau é grande demais!
CENA 9/CASA DE NORMA/SALA/INTERIOR/NOITE
Marcela termina de lavar um pouco do sangue no
seu corpo e na roupa, e lava completamente a faca.
Marcela pega um pano e segura firme com esse
pano o cabo da faca. Ela deixa a faca em cima da mesa. Com o pano nas mãos, ela
vai até o quarto onde estava Laís, elimina todas as suas digitais, volta pra
sala, pega a faca de novo com o pano, um copo de água e joga em Norma, que
acorda meio tonta com a visão embaçada.
NORMA: Marcela?
MARCELA: Segura isso aqui.
NORMA: Marcela? O que tá acontecendo?
MARCELA: Fica bem quietinha. Isso...
Ela segura a ponta da faca com o pano e passa o
cabo da faca na mão de Norma, pegando as digitais dela. Em seguida, com o pano
nas mãos, Marcela segura bem suavemente o cabo da faca, sujando a ponta da arma
com o sangue de Carlos.
Marcela novamente coloca o cabo da faca nas
mãos de Norma. Em seguida, a vilã pega sua bolsa e vai embora.
NORMA: Marcela?
Norma volta ao normal e ouve sua filha chorando.
NORMA (preocupada): Laís! – Se levantando aos
poucos, percebe a faca nas mãos e joga no chão rapidamente.
Norma vê o corpo de Carlos todo ensanguentado
no chão e começa a se desesperar.
NORMA: Marcela matou o... – Quase vomita.
Ela vai para fora da casa, mas Marcela acelera
o carro rapidamente e vai embora.
Em seguida, as viaturas de polícia chegam ao
local. Norma corre para dentro de casa, mas acaba escorregando no sangue de
Carlos, e acaba caindo no chão.
Os policiais entram na casa e veem perto dela, Carlos
morto, a faca toda ensanguentada e Laís chorando.
POLICIAL: Confirmado, é ela!
NORMA: Eu o quê?
POLICIAL: Vamos dar um passeio!
NORMA: Não, é um engano!
Eles a seguram e algemam Norma.
POLICIAL: Vou chamar a perícia, podem levar ela
daqui.
NORMA (assustada/gritando): Me soltem! Eu não
matei ele! Me soltem! – Tenta se soltar, mas os policiais acabam segurando-a.
(A cena congela com um efeito preto
e branco em Norma desesperada e sendo
levada pelos policiais).
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