Tesouros Perdidos - Capítulo 28
segunda-feira, fevereiro 19, 2018
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Capítulo 28
19/02/2018
|
TESOUROS
PERDIDOS
Novela
de
FELIPE ROCHA
Agradecimentos
WEB NOVELAS
CHANNEL
“ESTA
É UMA OBRA COLETIVA DE FICÇÃO BASEADA NA LIVRE CRIAÇÃO ARTÍSTICA E SEM
COMPROMISSO COM A REALIDADE”
Capítulo
XXVIII
“A
CARTADA FINAL”
©2018
Web Novelas Channel
No
capítulo anterior
Neno certifica
Iracema sobre a traição de Bernardo. Iracema confronta Saulo. Valdirene conta a
Reginaldo sobre a dívida de Gumercindo. Iracema descobre as falcatruas de Bernardo.
Bernardo visita Laura. Iracema vê e se mutila.
FIQUE
AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE:
CENA
01 / PALÁCIO REAL / APOSENTO DA RAINHA / INTERIOR / NOITE
A Rainha chega
em seu quarto, tranca a porta... Tira as roupas diante do espelho e derrama
várias lágrimas de choro... Olha para a Lua Cheia lá fora com tristeza e
lamenta. Trata de colocar a roupa de dormir... Mas antes, procura em algumas
gavetas um objeto. Ela abre um cofre e
tira de dentro uma faca... Em seguida, se mutila com a faca.
A Rainha pega um
pincel e começa a escrever uma carta que lê.
Quando
uma rainha está nas trevas, não se encontra mais a sua alma... A realidade está
na carta que pronuncio agora. Quando você se decepciona com uma paixão amorosa,
o momento é terrível, até mesmo quando vivemos inúmeras datas juntos. A dor é
grande e permanecerá para a eternidade em meu tempo. Sabes bem que eu não
queria interromper meu reinado, esta hora mas eu não tenho outra alternativa...
Enquanto a
rainha escreve a carta, está vendo o encontro de Bernardo e Laura.
Cam foca na
rainha escondida atrás do mato, vendo os dois.
Ela escuta
quando Bernardo fala da gravidez de Laura e se apavora.
E continua a
escrever a carta.
[...]
E quando você descobre que um determinado indivíduo consegue estender a relação
até ter o fruto do amor, eu caracterizo a gravidez. Não penses que fui louca neste momento em que
convivemos, mas ressalto que, apesar de tudo, eu o perdoo. Todos merecem uma
chance, um perdão. Estranho né? Dizem que traição é o maior pecado dos setes sacramentos.
Mas eu digo que rompemos os laços há alguns meses atrás. Estes são meus últimos
momentos, mas sou agradecida profundamente por me fazer um mar de rosas neste
tempo decorrido. Quando o Fábio voltar da viagem diga que o meu amor por ele é
incondicional. Sinto que eu devia esperar ele chegar da viagem, mas eu não
tenho mais nenhuma palavra.
Adeus,
Rainha
Iracema.
Em seguida, a
Rainha fecha a carta, coloca em um envelope. Deixa em cima da mesa. Noite
chuvosa. Direciona um olhar triste para a janela.
Rainha Iracema acena
para janela como se estivesse vendo alguém. Ela continua a pegar a faca e
mutila parte do corpo. O sangue corre e ela desmaia.
Em seguida, uma das
arrumadeiras bate na porta. Ela abre a porta.
Arrumadeira –
Ah, meu Deus. Rainha Iracema! Saulo, Saulo! Venha cá, me ajude.
A arrumadeira
chama por Saulo, que vai até lá.
Saulo – O que
foi? O que foi?
Arrumadeira –
Veja vossa Rainha.
Saulo – Ah, meu
Deus. Pega um pano e enxuga todo esse sangue. Ou então utilize alguns métodos
até que eu chame um médico. Pegarei a carruagem.
Arrumadeira –
Está bem, está bem.
Saulo pega o
casaco.
A arrumadeira
coloca um pano e enxuga o sangue que corre. Em seguida, pega um pouco de sal e
coloca no local.
Arrumadeira –
Ah, santo Deus. O que a senhora fez? Fala comigo. Rainha Iracema, fala comigo,
Rainha Iracema! Você está toda cortada.
Em seguida, a
arrumadeira direciona um olhar para a mesa.
Arrumadeira –
Mas que carta é aquela?
A arrumadeira
vai até a mesa, abre o envelope e tira a carta lá de dentro. Ela se assusta com
o que está escrito e direciona outro olhar para Iracema.
CORTA PARA:
CENA
02 / CASA DE GUMERCINDO / INTERIOR / NOITE
Rei Bernardo
beija as mãos de Laura.
Rei Bernardo – Vim
te visitar, flor do meu jardim.
Laura – Sugiro
que pare de direcionar esses elogios para minha pessoa. Você não é santo, já
sabe de tudo.
Rei Bernardo –
Mas você não tem outro assunto, além disso... Não sabe conviver em paz? Santo
Deus!
Laura – O senhor
sabe bem, Majestade. Não quer aceitar esse filho que geramos com tanto carinho.
Rei Bernardo –
Laura, eu já te pedi perdão. Se vossa pessoa estivesse em meu lugar, até
entenderia minhas atitudes. É o país que está em jogo, querida. Eu tenho ele
nas minhas mãos. O poder nas minhas mãos. Quando a Coroa caiu em minha cabeça e
óleo jorrou na minha testa, eu jurei que eu iria governar essa nação da melhor
forma possível e sendo fiel e respeitando as ordens impostas pela Igreja!
Laura – Mas e
nosso filho? Como vamos fazer para esconder isso das pessoas? É a vida dele. Eu
abortar uma criança que está dentro da minha barriga.
Rei Bernardo –
Então, podemos esconder esse filho.
Laura – Esconder
meu filho? E quando ele crescer? Como ele vai crescer sem pai?
Rei Bernardo –
Ele vai ter a você, e não se preocupe, quando ele nascer, eu farei visitas.
Laura – Santo Deus.
Eu não sei mais o que fazer.
Rei Bernardo – Bom,
eu tenho que ir, está ficando tarde.
Rei Bernardo
tenta dá um beijo no rosto de Laura, mas ela recusa.
Rei Bernardo –
Laura!
Laura – Só quando
o caso do nosso filho estiver resolvido.
Em seguida, o
rei vai embora de carruagem.
CORTA PARA:
CENA
03 / CABANA / INTERIOR / NOITE
Na cabana, há
uma prateleira com várias porções mágicas. Um homem faz magia, de aparência
velha, cerca de 90 anos, vestido com uma capa e um rosto extremamente
assustador. Alguém bate na cabana.
Mago – Entre!
Em seguida, o
rei entra.
Mago –
Majestade, o senhor aqui na casa de um mago? Estou a desconfiar da atitude de
vossa pessoa.
Rei Bernardo –
Eu não vou fazer rodeios para responder a tua pergunta.
Mago – Vejo que
o senhor está bem decidido, mas, que bons ventos o trazem?
Rei Bernardo –
Más ventos me trazem. Uma maré de azar se aproxima para mim.
Mago – Bom, mas
não tem nenhuma porção que resolva isso. Ou então, é ironia do destino e o
senhor tem que ter paciência. Só se envolver com o preço da magia.
Rei Bernardo –
Paciência eu já tive muita para aturar. Eu me envolvi com uma pessoa e ela está
grávida.
Mago – Grávida?
Mas que facada Majestade. Que erro.
Rei Bernardo –
Bom, eu não resisti.
Mago – E o que o
senhor quer de mim?
Rei Bernardo –
Não entendeste? Eu quero uma solução. Uma solução para os meus problemas, para
tirar esse bebê do meu caminho.
Mago – Vejo que
Vossa Majestade não desejas esse filho. É um pecado.
Rei Bernardo –
Mas se a Igreja descobrir eu serei punido...
Mago – Eu sei de
tudo, o senhor não precisa me contar. Então, desejas um conselho?
Rei Bernardo –
Sim, isso. Um conselho. E não quero que a rainha desconfie de mim.
Mago – Jamais. O
conselho que te darei servirá para resolver seus problemas.
Rei Bernardo –
Bom, pode falar.
O Mago prevê o
futuro de Rei Bernardo.
Mago – Só quero
ressaltar que se estiver com dúvida de como deve realizar o trabalho, eu estou
sempre na floresta, às vezes encarnado num corpo de uma criança, um idoso velho
ou um animal. Há na floresta um casal que deseja ter um filho. Pois bem, quando a sua criança nascer,
pegue-o e me dê que darei para esse casal. Certo?
Rei Bernardo –
Mas é uma excelente ideia! O senhor é um gênio. Gênio! E minha amante, vai
desconfiar?
Mago – Ela se
esquecerá dos momentos que passou com você e nem lembrará.
Rei Bernardo –
Mas eu quero continuar a relação.
Mago –
Majestade, se me permite um conselho... Não continue. No futuro você correrá o
risco de algumas pessoas descobrirem ou até arrumar uma nova criança. Eu
repito: ela só lembrará de sua vida com sua família. Só isso. Após isso,
afaste-se dela.
Rei Bernardo – Está
bem, o senhor tem razão.
Mago – Está combinado?
Rei Bernardo –
Combinadíssimo.
Mago – Bom, se
permite-me novamente... O senhor sabe que toda magia tem um preço a se pagar...
Rei Bernardo – E
me diga, o que você quer?
Mago – Eu ainda
vou pensar nisso, mas em breve revelarei a você.
Rei Bernardo –
Está bem, vou indo.
Mago – Tenha uma
ótima noite.
Em seguida, o
Rei vai embora.
O mago dá uma
gargalhada e direciona um olhar suspeito para a porta. Ele comemora.
CORTA PARA:
CENA
04 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / NOITE
O rei chega ao
Palácio Real. Saulo desesperado.
Saulo – Vossa Majestade,
que bom que o senhor chegou. A Rainha, A Rainha, Majestade!
Rei Bernardo – O
que foi Saulo? O que tem a rainha?
Saulo – A Rainha
perdeu sangue! Muito sangue! Ela corre o risco de morte. O médico está no
aposento real.
Rei Bernardo –
Então vamos.
CORTA PARA:
CENA
05 / PALÁCIO REAL / APOSENTO DA RAINHA / INT / NOITE
No aposento da rainha,
o médico examina-a. A arrumadeira está ao lado dela, desesperada.
Rei Bernardo –
Doutor Olegário! Como ela está?
Dr. Olegário –
Bem, eu sinto muito, mas vossa esposa perdeu muito sangue. Ela se mutilou com
uma faca. Veja.
Rei Bernardo –
Meu Deus. Mas alguém sabe o motivo? Arrumadeira
Arrumadeira –
Não, Majestade. Quando eu cheguei ao quarto ela já estava desmaiada.
Rei Bernardo – E
agora? O que faremos Doutor Olegário?
Dr. Olegário –
Bom, os batimentos cardíacos estão acelerados. Eu vou receitar alguns
medicamentos, ela mutilou quase o corpo inteiro e perdeu muito sangue. Ainda
bem que parou de correr...
Rei Bernardo –
Mas ela tem condições de voltar a viver?
Dr. Olegário –
Eu não posso afirmar isso! Só Deus sabe.
O Dr. Olegário
entrega a receita ao rei.
Rei Bernardo –
Obrigado Doutor Olegário.
Dr. Olegário –
Forças amigo. Quando precisar me chame.
O doutor vai
embora.
Rei Bernardo –
Vocês podem ir para seus afazeres, por gentileza, eu cuidarei da rainha.
Saulo e
arrumadeira saem do quarto e fecham a porta.
O Rei se
aproxima da rainha acaricia seus rostos. Direciona um olhar de felicidade para
ela. Em seguida, passa um tempo, ele se ajoelha a o pé da santa, pega um terço
e começa a rezar por horas.
CORTA PARA:
FIM DO CAPÍTULO
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