Tesouros Perdidos - Capítulo 25

quarta-feira, fevereiro 14, 2018


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Central de Produções                                                                                           Capítulo 25
14/02/2018
TESOUROS PERDIDOS


Novela de
FELIPE ROCHA




Agradecimentos
WEB NOVELAS CHANNEL




ESTA É UMA OBRA COLETIVA DE FICÇÃO BASEADA NA LIVRE CRIAÇÃO ARTÍSTICA E SEM COMPROMISSO COM A REALIDADE”

Capítulo XXV
“NOVO AMOR”
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No capítulo anterior
Neno visita Luana, mas Geremias é rude com ele. Luana confessa para Geremias que o Rei proibiu seu romance com o Príncipe Fábio.  Maria Chiquinha e Gumercindo discutem. Gumercindo se disfarça de grávida.  O Rei Bernardo encontra uma carta do Capitão Kidd no interior das Minas e constata que há um mapa escondido no local.

FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE:

CENA 01 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / DIA
No Palácio Real, o Rei abre a carta do Capitão Kidd.
Rei Bernardo – Estranho, essa carta não foi datada!
Saulo – Certamente o autor dessa carta esqueceu de colocar a data, Majestade.
Rei Bernardo – Sim, pode ser isso. Mas que eu saiba, todas as cartas tem que ser datadas! É obrigatório. Mas eu vou ler...
O rei começa a ler.
Saulo – E aí? O que diz Vossa Majestade?
Rei Bernardo – Estamos perto de encontrar o tesouro, Saulo. Esta carta diz que há um mapa do tesouro escondido nas minas de ouro. Só resta encontra-lo e ficaremos ricos.
Saulo – Ainda bem que Vossa Majestade encontrou essa carta, se fosse outra pessoa, iríamos perder o tesouro todo.
Rei Bernardo – Irei guardar essa carta para que ninguém suspeite e em breve acharemos esse tesouro Saulo!

CENA 02 / TABERNA DA FAMÍLIA ELIZALDE / INTERIOR / DIA
Valdirene varre o chão da taberna da Família Elizalde enquanto Wagner prepara a comida.
Wagner – Ultimamente essa taberna tem ficado sem movimento nenhum, ninguém vem mais aqui.
Valdirene – É a crise. Onde vamos parar sem nenhum mísero centavo? Mas ô Wagner... Você esqueceu do Gumercindo?
Wagner – Se bem que ele nunca mais tem aparecido aqui, mas eu não esqueci dele não!
Valdirene – É bom mesmo, porque ele tem que pagar a dívida ou será preso.
Wagner – Dei o prazo de uma semana. Faltam três dias.
Valdirene – Quero ver como ele vai arrumar dinheiro.
Wagner – Ele nem conseguirá Valdirene, ele não tem alternativas com o pouco dinheiro que ganha no trabalho das minas. E se eu te falar quantas bebidas que ele já tomou aqui, ficará arrasada.
Valdirene – Será que ele vai arrumar outro disfarce para nos enganar?
Wagner – Acho que não.  Depois daquele, ele não tem chances. De qualquer jeito, a gente vai descobrir.
Em seguida, Gumercindo, disfarçado de grávida finge passar mal.
Grávida – Ah, meu Deus! Ah Meu Deus! Eu tô passando mal. Onde tem um filho de Deus aqui para me acudir? Meu Deus!
Wagner e Valdirene veem a grávida e ajudam ela.
Wagner – A senhora quer sentar?
Grávida – Seria um favor meu filho. Ah, me ajude, aqui.
Valdirene – Uma grávida com bengala?
Grávida – Sim, minha filha. Há pouco tempo fraturei o osso. O médico disse que eu não preciso de cadeira de rodas, mas a bengala ajuda para eu não escorregar.
Wagner ajuda a grávida a se sentar no banco.
Valdirene – A barriga da senhora está tão grande. Já era para ter nascido o bebê. Será que vem gêmeos aí?
Grávida – Mais que gêmeos! Trigêmeos. Ah, sabe menina, fui abandonada pelo meu marido cedo, como hei de criar, três? Três! Três cabritinhos gritando na minha cabeça: mamãe quero comida, quero comida mamãe!
Wagner – A senhora não pensa em arrumar um marido?
Grávida – Não quero mais ninguém na minha vida. Vou ter que criar meus filhos sozinha mesmo. E eu não trabalho. Sou dona de casa, só faço faxina. Estou passando por uma situação difícil, precária. Um complicado momento para a minha vida. Quando meus trigêmeos nascer, o que será de mim?
Wagner – A senhora não conseguiu nenhum serviço, nem na mina de ouro?
Grávida – Não sou mulher para trabalhar nas minas, não quero ficar suja. Vou ficar parecendo uma mendiga.  Me desculpe em estar falando das dificuldades da vida para vocês, mas eu já pedi esmola... Eu já enxergo meu futuro: irei passar fome. Ainda por cima, com os altos impostos da Coroa, como hei de pagar? Até quanto eu tinha meu marido, era tudo fácil, ele trabalhava nas minas e dava para pagar tudo...  Mas agora tudo piorou para mim.
Wagner – Se a senhora quiser, pode trabalhar aqui.
Valdirene – Wagner, nem conhece essa mulher direito. Pode ser um vigarista disfarçado.
Wagner – Será que você não tem um pingo de solidariedade com as pessoas?
Valdirene – Bom eu...
Grávida – Eu não quero incomodar, vou procurar outro lugar...
Valdirene – Não, já que está decidido, você trabalha aqui agora.
CORTA PARA:

CENA 03 / CASA DE MARIA CHIQUINHA / INTERIOR / DIA
Gumercindo, nervoso, tira os pertences que usou para disfarçar de grávida.
Gumercindo – Ah, meu Deus do céu! Vocês não vão acreditar, eles querem que eu trabalhe na taberna. Estou perdido, agora mesmo que o disfarce vai por água a baixo.  Velha maluca! Culpa sua!
Maria Chiquinha – Culpa minha. Eu não tenho culpa se você não sabe interpretar bem, você é muito manoteiro Gumercindo! Nessa cabeça só tem burrice!
Gumercindo – Ah, meu Deus. Maldita hora em que fui aceitar esse disfarce, maldita hora!
Neno – Agora resta você aceitar esse trabalho.
Gumercindo – Mas eu não posso aceitar.
Neno – Ah, Gumercindo, você também. Eu concordo com a Maria Chiquinha, desta vez você não tem opção, vai consertar a burrice que fez, trabalhando na taberna, nem que seja amarrado! Ouviu?
Neno – Ah, e Maria Chiquinha, acho que precisamos ensinar ao Gumercindo como ser ator.
Gumercindo – Só faltava essa!
CORTA PARA:

Anoitece...




CENA 04 / CASA DE GEREMIAS / INTERIOR / DIA
Luana e Geremias jantam.
Geremias – Graças a Deus, você comeu minha filha. Está melhor?
Luana – Não meu pai! Estou muito magoada com as palavras do rei, ainda. Eu não consigo entender...
Geremias – Essa gente é assim mesmo, não se preocupe minha filha.
Luana – Resta saber como vou explicar isso para o Príncipe. Vou tomar um ar fresco minha filha.
Geremias – Vai filha, você precisa sair de casa. Mas não converse com estranhos viu?
Luana – Pode deixar, já tenho juízo e o senhor me conhece bem para afirmar essa hipótese.
CORTA PARA:

CENA 05 / FRENTE DA CASA DE GEREMIAS / INTERIOR / DIA
Céu limpo... Clima quente... Observam-se algumas estrelas e a Lua cheia, claridade alta... Luana sai de casa e dá uma volta. Até que encontra Neno.
Luana – Neno?
Neno – Luana! Nós temos muito que conversar.
Luana – Não, não posso! Você já me magoou muito no passado!
Neno – Todos merecem uma chance, certo? Por favor, deixe me explicar.
Os dois se entreolham.




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