Capítulo 14 - Último Capítulo
Cena 1: //Delegacia//
O delegado está arrumando suas coisas e seu chefe federal está presente.
- Federal: Por irresponsabilidade sua,  nóerdemos os melhores espiões. Os melhores, os únicos dedicados! O que eu vou falar ao pessoal da Capital?
- Delegado: Veja só, eu não tenho culpa, porra nenhuma; eles estavam ao dispôr, mandados por você, eu solicitei, você que mandou, a culpa não é minha.
- Federal: Mas você pediu, e você que tinha responsabilidade.
- Delegado: Mas se você, você, fosse responsável o possível pra me achar incompetente como me acha agora, não teria mandado eles.
O delegado pega suas coisas e começa à sair da sala. O chefe  federal vai atrás dele.
- Chefe: É o seguinte, você vai pra outra cidade e ficará como recruta até que com o passar do tempo, você pode subir de cargo.
- Delegado: Recruta? Quê? Se for assim, eu peço baixa e quero sair. Já fiquei tempo demais nisso e não quero mais.
- Chefe: Então, me acompanhe até a capital. Lá devolverá suas coisas e entrar com o pedido de baixa... Vamos.
Eles saem da delegacia, entram num carro e seguem pra Capital.

Cena 2: //Casa de Sara//
Sara está com visita: Soraya. Elas conversam sobre a situação atual. Sara está inconsolável e com raiva.
- Soraya: Mas Sara, pare de sofrer! Você quer ele, mas ele já tá com outra. Será que você não percebe? Esquece, segue em frente. Você também viu, porra.
- Sara: Grande conselho, o seu. Não é tão fácil aceitar isso, não é. E ele me quer, eu tenho certeza disso! Ele vai voltar correndo pra mim.
- Soraya: Conselho sim, deixe de deboche. Ele não te quer, sua caralha, cai na real.
- Sara: Sai da minha casa, sai da minha casa... Agora, anda! Põe seus pés fora daqui.
Sara se levanta e aponta para a saída, furiosa. Soraya se levanta do sofá e pega Sara pelos braços. Ela sacude Sara.
- Soraya: Escuta aqui... Eu não saio daqui enquanto você não cair na real. Pare com essa sua ideia louca! Ele não te quer e já tá com outra, ele tem outra pessoa.
- Sara: Ah, é? Que bom... Desmotivar os outros. É uma grande ajuda como amiga, Soraya.
- Soraya: Para de frescura e aprende logo isso, porra
Soraya dá um tapa na cara de Sara.

Cena 3: //Casa de Ângelo//
Ivette prepara a lista de casamento. Ângelo planeja a lua de mel.
- Ivette: Meu amor, eu convido seus pais? Ou você acha melhor, não?
- Ângelo: Convida... Mas pouco me importa, eles estarem ou não.
- Ivette: Vou reservar lá trás um lugar pra eles, assim evitamos problemas.
- Ângelo: Ótimo, tá ótimo, amor.
- Ivette: Convido o delegado?
- Ângelo: Claro que não. Eu fugi, tu acha que ele tem que vir? Não, meu amor.
- Ivette: Ok... Já tá tudo pronto, finalmente.
- Ângelo: Agora vamos falar sobre a viagem... Eu pensei em irmos para Cuba, visitar Havana. O que tu acha?
- Ivette: Tá ótimo... Vamos viajar!
Eles se beijam.

Alguns dias depois...
Cena 4: //Casa de Soraya e Marian//
Soraya prova o vestido de madrinha da noiva.
- Soraya: Marian, tu acha que eu tô gorda? - Marian: Não.
De repente, a costureira fura Soraya sem querer.
- Soraya: Aí, sua filha da puta.
- Costureira: Desculpa.
Ivette chega.
- Ivette: Aí caralho, tu tá linda.
- Soraya: Eu sei... Tô ansiosa pro casamento.
- Ivette: Tu já tá... Imagine eu.
- Soraya: Cadê o Ângelo?
- Ivette: Foi provar o terno.
//Espaço Married//
Ângelo prova o terno.
- Estilista: Temos tamanho 36.
- Ângelo: Tá ótimo.

Cena 5: //Casa de Sara//
Sara planeja algo. Especialmente pro dia do casamento.
- Sara: Isso não pode falhar... Mas eu garanto, Ângelo não vai se casar...

Uma semana depois...
Chega o dia do casamento.

Cena 6: //Casa de Soraya//
Ivette está pronta pro casamento.
- Ivette: Ai, tô tão nervosa.
- Soraya: Hoje finalmente é o seu dia.
- Ivette: Eu vou borrar a porra da maquiagem.
Uma limusine chega pra levar Ivette até a igreja.
- Ivette: Tá na hora...
Elas saem.
//Espaço Married//
Ângelo termina também de se vestir.
- Ângelo: Obrigado.
A estilista sai.
- Ângelo: Meu padre Cícero, faça com que tudo dê certo e que não ocorra nada, e que cabrunco nenhum faça nada.
Ele sai e entra no carro.

Cena 7: //Igreja//
Ivette chega à igreja antes de Ângelo. Soraya desce e vai falar com o padre.
- Ivette: Eu tô nervosa... Tô suando...
Soraya volta.
- Ivette: E aí, já posso?
- Soraya: Ainda não... O Ângelo não chegou.
- Ivette: Mas ele disse que iria chegar com 10 minutos de antecedência.
- Soraya: Mas não chegou... Se atrasou...

//Carro//
Ângelo fala com Marian no telefone.
- Ângelo: O que foi?
- Marian: Cadê tu? A Ivette tá suando mais do que uma chapa assando hambúrguer.
- Ângelo: O carro tá parado no sinal... Já já tô chegando aí.
Ângelo desliga.
- Motorista: Ou melhor, não vai não.
O motorista se vira e tira o boné. É Sara.
- Ângelo: Você...
- Sara: Sim... Eu.
- Ângelo: Deixa de graça e me leva logo Sara.
- Sara: Porquê você acha que eu vou te levar? Você vai conhecer outro lugar invés do altar.
- Ângelo: Me leva agora pra igreja.
- Sara: Não.
Sara acelera o carro.
- Ângelo: Para esse carro agora, Sara.
- Sara: Não... Você acha que eu iria deixar você casar assim, sem mais nem menos? Tá muito enganado... Agora, bico calado.
Sara amordaça Ângelo com uma fita.

Cena 8: //Igreja//
Ivette está preocupada. Soraya também. Marian está do lado de fora da igreja.
- Marian: Atende Ângelo... Atende porra... Alô, Ângelo?
Sara atende.
- Sara: Ele tá muito ocupado. Não pode atender, ou melhor, não pode ir... Ele não vai se casar.
- Marian: Passa o telefone pra ele agora, Sara.
- Sara: Não. Ele não vai se casar.
- Marian: Passa o telefone pra ele.
- Sara: Escuta aqui, ele não vai se casar, para de insistir. Eu vou viver com ele. Vocês que se fodam.
Sara desliga. Marian entra correndo na igreja.
- Marian: Soraya, vem aqui.
Soraya vai. Elas saem de dentro da igreja. Ivette vai de mansinho atrás delas.
- Soraya: O que foi?
- Marian: A... A Sara sequestrou o Ângelo.
Ivette ouve.
- Ivette: O quê? Aquela rapariga sequestrou ele...
- Soraya: Ivette... Não. Foi pegadinha.
- Ivette: Não adianta me enganar.
- Marian: Calma...
- Ivette: Calma? Ah, isso não vai ficar assim... Eu mesma vou atrás daquela rapariga.
Ivette entra no carro e sai.
- Ivette: Atende sua rapariga...
- Sara: Ah, não, aquela puta ligando... Alô.
- Ivette: Cadê o Ângelo.
- Sara: Tá aqui quieto. Tá ocupado.
- Ivette: Onde vocês tão? Fala, sua arrombada.
- Sara: Só uma dica... Fabrica coisas.
- Ivette: Quando eu te pegar... Você vai pedir pra nunca ter nascido.
Sara desliga.
Ivette vai em direção à Fabrica da cidade.

Cena 8: //Igreja//
Soraya e Marian ficam preocupadas.
- Marian: Vai atrás dela.
- Soraya: Eu vou...
- Marian: Cuidado... Me liga qualquer coisa.
- Soraya: Tá bom.
Soraya sai da igreja e pede um táxi. Ela entra e vai atrás de Ivette.

Cena 9: //Fábrica//
Ivette chega e entra de uma vez.
- Ivette: Cadê você sua puta.
... Ninguém responde. A fábrica está vazia.
- Ivette: Não tem ninguém aqui... Qual lugar aqui nessa cidade além dessa fábrica produz coisas...
- Ivette: A Usina!
Ivette sai e entra no carro. Soraya liga.
- Soraya: Ivette, onde você tá?
- Ivette: Indo pra Usina.
- Soraya: Tô indo praí.
- Ivette: Não.
- Soraya: Eu vou.
Soraya desliga o telefone.

Cena 10: //Usina//
Sara e Ângelo chegam na fábrica. Ela sai arrastando ele pra dentro.
- Sara: Vamos brincar de esconde-esconde.
Ela coloca ele amarrado numa máquina e coloca uma bomba.
De repente, um carro para. É Ivette.
- Ivette: Cadê você sua cachorra.
- Sara: Tô aqui...
- Ivette: Você tá merecendo uma surra.
- Sara: Se você encostar um dedo em mim, eu ativo essa bomba e o Ângelo voa.
Um barulho é ouvido.
- Sara: Quem é?
O barulho fica mais perto.
- Sara: Quem é?
- Eu volteeeeei.
- Sara: Léo.
- Léo: Eu mesmo.
Aparece Léo, todo sujo e arranhado
- Léo: Eu tô do seu lado, Sara.
- Ivette: Mas o quê? Você armou isso não foi, sua arrombada...
- Léo: Não. Fui eu quem resolvi fazer uma surpresa... Tenho acompanhado a vida de vocês de longe. Eu que explodi a viatura.
- Ivette: Tem que ser um arrombado mesmo.
- Léo: Ah, é?
Ele puxa um facão.
- Sara: Hahahahahahaha.
- Léo: E agora?
Ivette fica sem jeito.
O táxi com Soraya chega. Soraya desce do carro.
- Soraya: Ei, arrombada, puta, cheguei...
Ela vê LéoLéo...
- Léo: Fica calada.
- Soraya: Ah é? Vem. Vem.
Léo corre atrás de Soraya e faz ela refém.
- Ivette: Isso é entre eu e você, Sara.
- Sara: Vamos lá...
Soraya pega um pedaço de madeira e mete na cara de Léo.
- Léo: Aaaaaai, sua puta.
Soraya corre.
- Sara: Não chegue perto.
- Soraya: Mas é fudida mesmo. Amiga falsa. Rapariga. Dá o cú.
Sara ativa a bomba.
- Sara: É? Diz isso enquanto salva seu amigo.
- Soraya: Tá.
Soraya corre e tenta soltar Ângelo.
- Sara: Hahahahah.
Soraya faz tudo possível.
- Sara: Desiste... Você não vai conseguir.
- Soraya: Eu te disse o mesmo uma dia desses e me arrependi, voltei atrás e e fiz você desistir, mas dessa vez, eu não vou desistir.
Ivette aproveita que Sara está destraida e pula em cima dela.
- Sara: Me soltaaa.
- Ivette: Dá um jeito aí, Soraya, enquanto eu acerto as coisas com essa vadia.
- Soraya: Pode deixar.
- Ivette: Hora do rush, Sara.
- Sara: Me solta.
Ivette joga ela no chão e sobe em cima dela.
- Ivette: Tome, sua vadia...
Ivette dá um tapa em Sara e começa à bater nela.

- Ivette: Cachorra. Arrombada. Puta. Vendida.
- Sara: Saaaai.
- Ivette: Cala a bocaaa.
Ivette dá socos em Sara.
- Ivette: Toma... Tu não pediu? Agora TOMAAA.
Ivette para e se levanta.
- Ivette: Caralho, é muito bom... Mas cansa. Principalmente de olhar pra uma cara feia dessas.
Ivette corre e ajuda Soraya.
- Soraya: E agora. Me ajuda.
Ivette dá chutes.
A corda solta e Ângelo sai.
Elas tiram as fitas dele.
Ivette beija ele.
- Ivette: Meu amor... Pensei que nunca mais fosse te ver.
- Ângelo: Eu também.
Eles se abraçam.
- Soraya: Gente, melhor sairmos daqui, 50 segundos pra explodir.
Eles saem e fecham.
Sara se contorce e não consegue sair.
Léo não está mais lá.
Eles entram no carro e saem em alta velocidade.
A bomba explode.
- Ivette: Ela morreu. Estamos livres.
Léo se levanta atrás do banco traseiro.
- Léo: Eu não diria isso... Léo atira e atinge Soraya no braço.
Soraya para de dirigir de dor.
- Soraya: Ai. Ai. Ai. Ai. Ai. Ai. Ai.
Léo desce e tira Soraya.
- Léo: Agora eu dirigir e vocês obedecem.
Ele acelera.

Alguns minutos depois...
O carro chega num monte...
- Léo: Desçam... Se alguém correr, eu atiro.
Ângelo e Ivette descem. Soraya é ajudada por eles. Léo desce.
- Léo: Caminhem até a pedra... Sem virar pra trás.
Eles caminham.
- Léo: Estão vendo... Daqui dá pra ver a cidade toda. E talvez... Essa seja a última vez que vocês verão ela.
Ele dá outro tiro em Soraya.
Soraya cai deitada e chora de dor.
- Ângelo: O que você fez? Toma consciência. Nunca fizemos você passar por isso... Para.
- Léo: Eu nunca tive pena de vocês. Porquê teria agora? Ah, e você é o próximo.
De repente, a polícia chega.
Ângelo e Ivette correm.
Léo vai atrás.
- Policial: Uma mulher baleada.
Eles socorrem Soraya.
- Léo: Desistam...
- Ângelo: Não. Eu vou até o fim.
- Léo: Pois seu fim é agora.
- Ivette: Não. Não é.
Ivette corre e se agarra com ele.
Ele puxa ela pelos cabelos.
- Ângelo: Ivette. Para.
Ivette arranha Léo. Ele puxa os cabelos dela sem parar.
Ele empurra ela e se levanta.
- Ivette: Volte aqui.
Ela vai atrás dele. Ela pega uma arma no chão.
- Ivette: Fim da linha.
A policia chega.
- Léo: Acho que não...
Os policiais se aproximam.
- Léo: Mas você vem comigo.
Ele pula do monte e puxa Ivette.
- Ivette: Ângeloooooooo.
- Léo: Hahahahahahaha.
Ele cai em cima da pedra e morre.
Ivette cai depois e morre também.
- Ângelo: Nããããããããããããão. Ivetteeeeeeeeeeeeeeeeeeee.
Ele se ajoelha e chora.
- Ângelo: Minha Ivette.
Os policiais correm e acudem ele.

Dois dias depois... Funeral de Ivette.
Ângelo chora com uma rosa negra na mão. Soraya e Marian não conseguem se conter.
- Ângelo: Eu te amo e sempre vou te amar.
- Padre: Em nome do país do filho e do espírito santo... Amém.
O caixão começa à descer e Soraya e Marian jogam rosas. Ângelo joga a dele e chora muito.

Dois meses depois.
Cena 11: //Casa de Ivette//
Ângelo está no quarto de Ivette.
- Ângelo: Eu poderia tá casado... Com filhos. Mas... Tô só.
Ele chora e abraça uma foto dele e de Ivette juntos.

Cena 12: //Casa de Soraya//
Marian dá comida à seu bebê.
Soraya chega e se senta perto dela.
- Soraya: Marian... Eu queria falar com você. Eu preciso muito falar contigo, sério, isso não pode passar de hoje.
- Marian: Fala... O que foi que aconteceu? Aconteceu mais alguma coisa ruim?
- Soraya: Não, calma. Você... Ai, porra. Você quer namorar comigo? Podemos ser felizes juntas...
- Marian: Mas... É que...
- Soraya: Eu te amo... Te amo mesmo, isso surgiu de agora.
- Marian: Eu... Eu aceito.
Elas se beijam.

Dois anos depois...
Cena 13: //Praça//
Marian, Ângelo, Soraya estão juntos num banco.
- Marian: Faz tanto tempo de tudo que ocorreu... O tempo passa rápido.
- Ângelo: Verdade, não gosto nem de lembrar tudo o que aconteceu.
- Soraya: Ai gente, vai ficar nessa história mesmo, é? Nesse carma? Esquece.
- Marian: Concordo plenamente. Vamos logo esquecer...
- Soraya: Tive uma ideia! Vamos tirar uma foto pra guardar de recordação.
- Ângelo: Vamos. Precisamos nos recordar de dias como esse que estamos tendo e esquecer daqueles dias.
Eles se juntam e tiram uma foto...
Os três de uma história que tinha seis pessoas, mas no final, só sobraram eles.

FIM.

Uma minissérie de: Ágata
2017 - WNC