"Se eu matei o meu marido? (T) Não, é claro que não. (T) Se eu gostaria de ter feito isso? Eu já gostei da ideia. E não foi só por horas, dias ou meses. Foi por anos. Por anos eu tive que suportar o Emiliano me jogando contra o chão, me xingando e me tratando como lixo, enquanto ele me exibia 'pros' fotógrafos como uma matriarca exemplar, metida num corpinho bonito e num vestido de grife. Isso pra você não é motivo pra matar? Pra mim, sempre foi. O que me reteve sempre foi o meu filho, o Ronaldo (T) meu esteio, minha viga de sustentação. E os momentos que ele passou por (T) por dificuldades, foram aqueles que eu mais me senti na necessidade de estar ao lado dele. E o dinheiro, 'ah', o dinheiro (T). Ele também me aprisionou nesse pesadelo...

Agora, me fala: tudo isso não te motivaria a acabar com o mal pela raiz? Pois é. Eu tive esse desejo. Mas não fui. Acredita em mim!.."

    Eu não matei o Emiliano! 

*Imagem criada e editada por Théo