Vale Reler- Buquê de Lágrimas - Capítulo 03
quarta-feira, abril 17, 2019
Capítulo 3:
Cena 1- Centro de Caxias do Sul/ Rua/
Manhã.
Dionísia está andando pela calçada,
vendo algumas vitrines de lojas. Diana está
mexendo no celular. As duas entram e
Dionísia conversa com a vendedora. Uma mulher entra na loja e reconhece Dionísia, que assusta ao se virar e ver a
mulher.
Mulher: Desgraçada, está gastando aquele maldito dinheiro que
você ganhava às custas das pessoas?
Diana fica intrigada, enquanto
Dionísia olha com medo para a mulher, pois sabe quem é ela.
Diana- intrigada: Quem é essa mulher, mãe?
Mulher- olhando para Diana: Eu sou a Cleonice, e quem é você? A filha dessa mulher
maldita?
Diana- brava: Quem você pensa que é pra falar assim da minha mãe?
Dionísia- amedrontada: Filha, vamos embora dessa loja.
Cleonice- segurando o braço de
Dionísia: Você não vai contar pra
sua filha o que você já fez comigo e outras meninas? Sua cachorra!
Diana- gritando: Olha aqui, sua ordinária, eu não vou permitir que você
fale assim com minha mãe.
Dionísia tenta sair da loja, mas é
surpreendida quando Cleonice puxa seus cabelos. Diana vai pra
cima da mulher, tentando fazer com que ela solte o cabelo de sua mãe, mas não consegue. Os seguranças da loja
apaziguam a briga, enquanto Cleonice tenta se soltar.
Diana- furiosa: Vagabunda! Eu te mato.
Dionísia puxa Diana pelo braço e vai
embora.
Cena 2- Mansão Lambertini/ Sala/
Interior/ Manhã.
Helena- chocada: Ronald, o que significa isso?
Ronald- desesperado: Isso não é o que você está pensando, meu amor.
Camila- horrorizada: Meu amor? Mas o que é isso, Ronald? Você sempre dizia
que me amava, que nunca tinha me traído, você sabe que eu sempre desconfiei
dessas suas viagens, mas você me assegurava de que não fazia nada.
Helena- confusa: Quem é essa mulher? Eu não estou entendendo nada!
Ronald: Ela é a minha ex-mulher, eu não tenho mais nada com
ela, nós já terminamos faz tempo, mas ela é uma obsessiva, quer acabar com o
nosso casamento.
Camila- surpresa: Casamento? Mas você é casado comigo, Ronald!
Ronald: Para de mentir, não tente colocar minha mulher contra
mim. Eu já te falei que tudo acabou, vai embora!
Camila: Eu vou sim, mas me diga uma coisa: onde mais você tem
uma mulher? Não me diga que é no Suriname!
Quando Camila fala sobre o Suriname,
aquilo vem como uma facada no peito de
Ronald, que ficara desesperado por saber
que sua mulher tomou conhecimento da conversa
que teve com James.
Helena- farta: Chega! Vai embora da minha casa, senão eu chamo a
polícia e te denuncio por invasão domiciliar!
Camila: Tudo bem, eu vou, mas saiba de uma coisa, queridinha,
o Ronald não é quem você pensa, tome muito cuidado!
Camila vai embora e Helena vai até
Ronald.
Helena- intimidando: Quero que me explique tudo agora!
Ronald: Eu já te expliquei, ou você quer que eu durma num
hotel novamente?
Ronald vai até o jardim rumo ao seu
carro, mas Helena corre atrás do homem,
desesperada.
Helena: Por favor, não vai. Eu acredito em você, meu amor.
Helena segura o rosto do homem, dando
um beijo intenso e apaixonado nele.
Ronald: Me faça um favor. Nunca mais desconfie de mim, amor,
eu te amo tanto.
Maria Eduarda observa da janela de
seu quarto. Ronald olha para cima e a menina fecha a cortina.
Cena 3- Mansão Accorsi/ Sala/
Interior/ Tarde.
Olavo desce as escadas e cumprimenta
Isabel que estava conversando com sua mãe,
Dalila.
Olavo: O que traz a senhora aqui, dona Isabel?
Isabel: Filho, o que temos pra conversar é muito sério!
Olavo- preocupado: Eu sei que o que eu fiz foi errado, mas eu me
arrependi, eu pedi desculpas a Jordânia, mas ela não quer falar comigo.
Isabel: Eu sei disso e te entendo perfeitamente, é por isso
que estou aqui.
Dalila: Vamos nos sentar, creio que essa conversa será longa.
Eles sentam-se no sofá.
Isabel: Então, a minha filha está muito magoada com você sim,
Olavo, mas você acredita que eu estou achando que isso é um pretexto pra ela
ficar com outro?
Dalila- surpresa: O quê? Eu não admito isso!
Isabel: Eu também não, como já disse, é por isso que estou
aqui, creio que vamos pensar em tudo o que devemos fazer.
Olavo: Não estou te entendendo, seja mais clara.
Isabel: O que eu quero dizer, é que ontem a noite, eu estava
ouvindo uma conversa da Jordânia com um amigo seus, ele se chama Benício, sabe
quem é?
Olavo: Sim, o que tem ele?
Isabel: Você acredita que a minha filha e ele estão se
gostando? Creio que ele seduziu ela e agora quer furar os seus olhos. Ela
parecia muito apaixonada por ele.
Olavo- levantando/furioso: O quê? Eu não acredito que aquele desgraçado do
Benício teve a coragem de dar em cima da minha noiva.
Dalila- desesperada: O que você vai fazer, filho?
Olavo: Dar uma surra naquele desgraçado!
Olavo sai, deixando sua mãe
desesperada.
Isabel- venenosa: Calma, Dalila, creio que é o melhor a se fazer, assim
aquele Benício não fica se engraçando com mulheres comprometidas. Quem ele tá
achando que é? Um dom Juan?
Cena 4- Casa de Dionísia/ Cozinha/
Interior/ Tarde.
Dionísia pega uma panela e coloca no
fogo. Diana entra na cozinha.
Diana: A senhora acha que vai fugir de mim, mãe?
Dionísia- fingida: Do que é que você está falando?
Diana- furiosa: Não se faça de desentendida! Deixa de ser falsa.
Dionísia: Olha, Diana, se você quer saber do que aquela mulher
estava falando, acho melhor desistir, ela deve que estava me confundindo!
Diana- chocada: Isso é mentira! Jamais a senhora ficaria calada como
ficou. Não tente mentir pra mim!
Dionísia- olhos marejados: O que você quer que eu fale? Que te revele algo
bombástico pra depois a gente chorar nos braços da outra e você dizer que isso
é passado e que não é pra me lembrar mais disso e que eu me regenerei?
Diana: Então quer dizer que tem alguma coisa sim! A senhora
acabou de admitir.
Dionísia: Sabe, eu realmente conheço aquela mulher, mas a última
coisa que quero é lembrar meu passado e que você conheça ele.
Diana- determinada: Pois saiba de uma coisa, mãe, o seu passado não vai
ser apagado por mim, eu vou descobrir ele, custe o que custar!
Diana vira as costas e Dionísia chora
inconsolavelmente.
Cena 5- Penitenciária Regional de
Caxias do Sul/ Sala de visitas/ Interior/ Tarde.
Um dos homens que foram pegos no ato
de tráfico de pessoas chega entra no local e fica surpreso ao ver
Ronald.
Ronald: E aí, como vai?
Homem: O que você quer comigo?
Ronald: Que bom que já foi direto ao ponto, não queria ser
gentil!
Ronald levanta-se e coloca o homem
contra a parede, apontando uma arma na cabeça
dele.
Ronald- intimidando: Burro, vagabundo! Escuta só uma coisa: se alguém
souber que eu ou alguém tem alguma coisa a ver com o tráfico, vocês todos que
estão na cadeia, vão morrer.
Homem: Quero que você tire pelo o menos eu e a minha mulher
da cadeia.
Ronald: Tenho que confessar que isso seria muito benéfico para
mim e para a rede, mas gastaríamos menos dinheiro se matássemos vocês, afinal
temos muitas pessoas eficientes.
Homem: Você não sabe com quem está mexendo, eu tenho várias
fotos e vídeos guardados com uma pessoa que já está avisada. Eu posso ser uma
pedra no seu sapato, mesmo morto.
Ronald dá um soco na boca do homem.
Ronald- furioso: Maldito, como você me faz uma coisa dessas?
Homem: Foram vocês que me ensinaram, na vida do tráfico, é
cada um por si!
Ronald: Você me paga, quando eu descobrir quem está com essas
provas, eu mando acabar com vocês, afinal, nessa cadeia também têm pessoas que trabalham
pra mim.
Com um sorriso maquiavélico no rosto,
o presidiário vai embora, enquanto Ronald
permanece no local e dá um soco na
parede.
Cena 6- Anoitece/ Mansão Lambertini/
Quarto de Maria Eduarda/ Interior.
Helena entra no quarto da filha, que está
vendo vídeos no tablet.
Helena: Filha, posso conversar com você?
Maria Eduarda: Acho que a senhora prefere conversar com o Ronald, ou
estou enganada?
Helena: Para com isso, meu amor, você sabe que eu te amo!
Maria Eduarda: O que adianta você me amar se não acredita em mim?
Helena: Filha, você viu o seu comportamento hoje de tarde?
Disse que iria separar eu e o Ronald. O que eu devo pensar?
Maria Eduarda: Isso agora pouco me importa, eu só quero que a senhora
me deixe em paz.
Helena começa a chorar e Maria
Eduarda corre para o banheiro, trancando a porta.
Helena: Filha, não faz isso comigo.
Maria Eduarda permanece calada.
Helena: Você não tem noção do quanto eu amo você e o Ronald,
vocês são as duas pessoas mais importantes da minha vida.
Maria Eduarda- voz de choro: Mas pelo visto, a senhora ama mais ele!
Helena- implorando: Filha, vem cá, pelo amor de Deus, me dá um abraço?
Maria Eduarda- fria: Vai embora, mamãe!
Aquela frase vem como um tiro no
peito de Helena, que berra aos prantos.
Helena: Só não se esqueça de uma coisa, Maria, que eu te amo
muito!
Helena vai embora. Ao ouvir o barulho
da porta, Maria Eduarda sai do banheiro com
seu rosto inundado de lágrimas.
Maria Eduarda- na janela olhando pro
céu: Meu Deus, me ajuda.
Ao olhar pro jardim, ela se depara
com Ronald encarando-a.
Cena 7- Mansão Chermont/ Sala/
Interior/ Noite.
Isabel e Olavo chegam no local e se
surpreendem ao ver Benício e Jordânia, sentados no sofá e
conversando.
Olavo- furioso: Ainda bem que te achei, seu desgraçado!
Olavo
desfere um soco na cara de Benício, que revida.
Jordânia- chocada/entrando na frente
de Olavo: Meu Deus, mas o que é
isso Olavo?
Olavo: Você acha que eu não sei que você e o Benício estão me
apunhalando pelas costas?
Benício: Do que é que você está falando, cara? Eu e a Jordânia
não temos nada, nós somos apenas amigos.
Isabel: Falso, mentiroso, você não passa de um aproveitador
que só está esperando a minha filha e o Olavo terminarem pra dar o bote, se bem
que você já deve ter tentado algo, e não duvidaria se me dissessem que já
aconteceu algo!
Jordânia- chocada: Mãe, mas o que é isso? A senhora acha isso de mim?
Olavo- atacado: Eu vou te matar, Benício.
Olavo empurra Jordânia e vai pra cima
de Benício, os dois trocam socos e caem no
chão. Jordânia e Isabel gritam. Olavo
consegue ficar em cima de Benício e lhe dá uma sessão de socos, até que Benício desmaia. Olavo fica paralisado.
Jordânia- aterrorizada: Você matou ele!
Todos olham imóveis para o corpo de
Benício.
Cena 8- Casa de Dionísia/ Quarto de
Diana/ Interior/ Noite.
Diana está mexendo no celular e sua
mãe chega no quarto.
Dionísia: Diana, preciso que você vá na padaria pra mim.
Diana: Ai, que saco, mãe.
Dionísia: Vai logo, eu não criei uma filha pra mandar em mim.
Diana: Tá bom.
Dionísia: Vá comprar pão, eu não vou fazer comida hoje, só vamos
comer um cachorro quente.
Diana: Pelo o menos isso, eu não iria ficar aqui morrendo de
fome!
Diana deixa seu celular ligado na
cama e vai, deixando seu celular desbloqueado. Dionísia olha
para o celular da filha e decide pegar. A mulher mexe no whatsapp e vê um contato com o nome “Amor”, ela decide
olhar as conversas, ao ler as mensagens antigas,
ela vê “nudes” da sua filha e do homem, ela fica chocada.
Cena 9- Paramaribo- Suriname/ Boate
Sexy Body/ Interior/ Noite.
Clarinha e todos entram na boate e lá
cheio de pessoas, a maioria são pessoas velhas.
Clarinha- pensativa/angustiada: Não acredito que esse inferno não acabou. Pensei que
era tudo um pesadelo!
Uma mulher vai até James e conversa
para levar o homem em seu apartamento, James
fica pensativo, mas deixa. James leva o
homem num quarto.
James- ameaçando: Se você tentar fugir, sabe que a sua família morre!
Homem: Tudo bem, eu não vou fazer isso!
Cena 10: Paramaribo- Suriname/ Rua/
Noite.
O garoto de programa sai da boate com
a mulher, um carro segue os dois para que eles não tentem
nada, mas enquanto o carro a mulher dirige o carro, ele abre a porta e se joga
para o lado de fora. Os homens que
estavam seguindo ele, correm atrás dele que foge pelas ruas.
Homem 1: Não podemos deixar que ele fuja.
Homem 2: A ordem é pra matar!
Os homens atiram, até que conseguem
acertar no pé dele, pessoas saem correndo aos gritos.
Garoto de programa- gritando: Socorro, alguém me ajuda!
Os homens conseguem pegar o garoto de
programa e o levam para um beco.
Homem 1: Você brincou demais com a sua sorte.
Homem 2: Agora você vai ter o que merece!
O garoto de programa fica
aterrorizado quando os homens abaixam as calças.
Continua...
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