A CAIXA DE PANDORA- CAPÍTULO 11

terça-feira, setembro 08, 2020

 


CAP 11- A família comercial de margarina

CENA 01: Ipanema/ Apartamento/ Cobertura/ EXT/ Noite

Antonino: Você sabe que eu sou muito mais do que um mero CAPANGA seu né...

Homem não identificado (de costas, olhando pra praia de vista aérea na sacada da cobertura): Sei, CAPANGA... Veio aqui pra mais uma noite só nossa?

Antonino: Não, DANTE! Eu vim aqui pedir pra gente dar um tempo... Ou você para de ir lá em casa em busca de sexo e de deixar suas cuecas lá, ou eu digo à polícia que foi a gente que carbonizou a Adalgiza!

Dante se vira e se surpreende com a resposta.

Enquanto isso, CORTA RÁPIDO PARA

 

CENA 02: Leblon/ Apartamento/ Térreo/ EXT/ Noite

Após ouvir do seu quarto todas as barbaridades que sua mãe disse a seu respeito, Gurrique decide ir morar na casa de seu padrinho Dante o qual ele tinha uma enorme afetividade. Ele faz as malas, pede um UBER e se manda.

 

CENA 03: Ipanema/ Apartamento/ Entrada/ EXT/ Noite

Porteiro: Gurrique veio visitar seu padrinho, tudo bem vou avisá-lo...

Gurrique: Não precisa, eu já sou de casa e tenho as chaves. E como pode ver, eu estou de malas, vim pra morar com o dindo.

 

VOLTA PARA

CENA 04: Ipanema/ Apartamento/ Cobertura/ EXT/ Noite

Dante: Deixa eu ver se eu entendi, você veio até aqui me chantagear, pra agora bancar o paizão de família com uma mulher que nem sexo quer mais fazer contigo, tudo porque o meu afilhado nasceu com essa anomalia aí que você disse?! Você não vai fazer isso sabe por que? PORQUE VOCÊ ME AMA, ME AMA!

Antonino: É justamente por isso que eu quero dar um tempo! Uma ora ela ou alguém irão nos descobrir... Ela já tá com uma pulga atrás da orelha...

Dante: Você não disse que inventou pra ela que o cheiro da cueca estava diferente porque estava com gonorreia? Então... (T) ESQUECE ESSA SONGAMONGA, ELA SÓ TE FAZ DE MARIONETE, SÓ TE XINGA... (tirando a própria roupa, peça por peça) EU NÃO, EU SÓ TE FAÇO DE CAPANGA MAS TE PROMOVO A ARRANHA-CÉU!

Antonino: Dante, para, não faz isso...

Dante (tirando as roupas do Antonino): QUEM TEM QUE PARAR É VOCÊ! Ela acha que você tá com gonorreia, não acha? Então cala a boca, vem, bora brincar de arranha-céu, você interpreta tão bem um... POR ISSO QUE EU TE PROMOVO, CARALHO! Bora, vem ser arranha-céu só pela última vez, vai...

Antonino: Tudo bem, você venceu, mas eu não vou perder meu tempo construindo o arranha-céu dessa vez.

Dante: Tem uma cartela de viagra lá em uma das gavetas do raque da sala, aproveita e toma logo toda pro arranha-céu ter infinitos andares! Tô te esperando na piscina.

Antonino toma um comprimido e vai.

 

CENA 05: Ipanema/ Apartamento/ Cobertura/ INT/ Noite

Gurrique abre o apartamento e chega com as malas. Até que ele vai à sala de estar e, da vidraça, ele vê seu padrinho e seu pai se atracando entre si na piscina.

Gurrique (espiando-os na vidraça da  sala): Padrinho... Então é você o amante que a Bárbara desconfiava... como pôde? (pega o celular e começa a filmá-los) Hoje começa a gravação do filminho do romance secreto dos dois, nem precisa de diretor, eles se pegam tão bem na piscina, de forma tão natural... (terminando de filmar e guardando o celular) Meu trabalho por aqui terminou.

Decepcionado, ele sai do apartamento com suas malas e vai à procura de outro local para passar a noite.

 

CENA 06: Appealing Bodies/ Bar/ INT/ Madrugada

Ele deixa suas malas num local reservado e vai ao puteiro Appealing Bodies, sem saber que sua mãe Bárbara Cristina é a cafetina que chefia e comanda o local.

Vitão: Ih Fada Gofada, chegou um cliente lá no bar, ele tá tão tristinho, vai lá acalentar e arrancar a grana daquele jeito que só você sabe fazer.

Eleonora (indo até Gurrique): Deixa comigo... Meninas vejam e aprendam! (cutucando Gurrique) Oi fofinho, tá tristinho tá? Quer que a fadinha aqui te ajude?

Gurrique (tomando um copo de cachaça): Hoje não moça, que o mar não tá pra peixe.

Eleonora (usando seus poderes para ver a aura dele discretamente): Nossa, imagino o porquê... Mas tudo bem, qualquer coisa é só falar lindinho, não deixa nada te abalar, me promete?

Gurrique: Prometo...

Eleonora: Posso te ajudar a se fortalecer? Olha eu juro que a ajuda não é sexo!

Gurrique: Para de perder seu tempo... tanto cara aí pra tu ser fodida ou tirar a virgindade de um deles e tu fica perdendo tempo com um brocha feito eu...

Eleonora: Estou querendo te ajudar, porque eu sou mãe e sei bem como um filho se sente quando é rejeitado pela mãe... quando eu digo que posso ajudar, é porque eu posso sim!

Gurrique: Ah e deixa eu adivinhar? Você quer um cachê por uma noite de sexo pra ver se consegue me tirar da depre?

Eleonora: Desisto de você garoto! Eu tento te ajudar e você acha que é sexo, pois passar bem... (dá meia volta sobre ele e apalpa a genitália dele) E você nem tem pau quase... Vai ser difícil perder a virgindade assim! Aproveita que a gente é fácil, sabe dar conselho e nossos conselhos valem mais do que de qualquer psicólogo ao contrário das difíceis que só sabem reclamar e serem exigentes, a maioria ainda diz que macho não presta, enquanto nós prezamos por eles! Só fica a dica!

Gurrique começa a chorar e a pensar nos males que sofria e sofre por conta da sua síndrome, inclusive na rejeição da sua própria mãe. Ele repensa em tudo que Eleonora disse e volta atrás.

Gurrique: Fadinha... espera! Tudo bem, eu ouço o que tem pra me dizer. Arranje o quarto.

Eleonora: Tudo bem, vou lá conseguir as chaves.

 

 

CENA 07: Appealing Bodies/ Suíte/ INT/ Madrugada

Gurrique: Pronto, feliz?! Agora como é que vai ser? Eu te como, tu me come, como é que é?

Eleonora: Super respeitei sua decisão de não querer sexo. É que eu tive que te forçar a vir, porque a nossa chefe Bárbara Cristina manda aplicar injeção de histamina na boquinha grega, sabe?

Gurrique: Boquinha grega?! Bárbara Cristina?

Eleonora: É, boquinha grega, o alvo do beijo grego... Enfim, fiz aquilo tudo pra ela pensar que eu te chamei pra fazer sexo e arrecadar a grana. E você conhece a Bárbara Cristina?

Gurrique: Se for quem eu tô pensando...

Eleonora: Bom, tem um quadro dela todo emoldurado nos corredores aqui dos quartos. Se quiser conferir...

 

CENA 08: Appealing Bodies/ Corredor/ INT/ Madrugada

Gurrique (encarando o quadro): Como eu pensava, não acredito nisso... Tchau, tenho que ir...

Eleonora: Espera, Gurrique, a onde você vai? Vamos conversar!

Gurrique: Não dá tempo de te explicar. Não posso ser visto aqui.

Nessa mesma hora, Bárbara Cristina ouve o barulho e vai até aos corredores.

Bárbara Cristina: Fada gofada, por que um cliente saiu daqui desesperado? Não vá me dizer que...

Eleonora: Não, não é nada disso que a senhora está pensando não...

Bárbara Cristina: Então por que tanto desespero? Eu consegui ouvir do meu escritório!

 

ENQUANTO ISSO...

CENA 09: Appealing Bodies/ Caixa/ INT/ Madrugada

Gurrique: Eu preciso fugir e das minhas malas guardadas aí e dormir em algum lugar, rápido, antes que me peguem aqui... Conhece algum?

Malthus: Nossa, você tá aflito! O que tá acontecendo?

Gurrique: Não dá tempo de explicar agora. Conhece ou não conhece?

Malthus percebe o desespero de Malthus e o encara para analisar sua aura e o que se passa em seu psicológico.

Gurrique: ANDA! Ela pode estar vindo pra cá, não fica estático aí me olhando!

Malthus: Já sei a onde te levar. Mas vai ter que confiar em mim. Você topa? Eu te ajudo e você me ajuda, pode ser?

Close em Gurrique desesperado e indeciso.

 

GANCHO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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