A CAIXA DE PANDORA- CAPÍTULO 08

quarta-feira, setembro 02, 2020

 


CAP 8- Um reencontro perigoso

CENA 01: Hospital/ Corredor/ INT/ Madrugada

Enquanto Bárbara Cristina e Antonino pegam o elevador para ir para casa, de maca, passa Marly sendo levada para outra sala. Marly ao ver seus ex-patrões, lembra-se do que ambos lhe fizeram.

FLASHBACK (I)

CAP 4

CENA 07: Rio de Janeiro/ Leblon/ Apartamento/ Dia/ INT

Antonino: Então hoje é o último dia da empregadinha?

Marly: Dá licença que eu tenho que varrer a casa...

Antonino (dopando-a): Nan nan nin nan não, hoje que vai varrer sou eu com esse esfregão aqui (tirando a própria roupa e a dela enquanto dopada).

As horas se passam e começa a anoitecer...

Marly: Nossa que dor, parece que...

Antonino: Enfiaram um cabo de vassoura em você?! HAHAHA, apenas varri a casa, o melhor o ralo, por você...

Marly (começa os prantos): Não pode ser... Você, você... E ainda me deixou pelada...

Antonino: Sou um monstro?!

Marly (aos prantos): UM DEMONIO VINDO DA CASA DO CARALHO QUE ABUSA DE MULHERES E NINFOMANÍACO! Eu não consigo andar, minhas nádegas doem, eu preciso me vestir...

Antonino (retirando toda a roupa novamente): Você ainda não viu nada...

Marly (chora e suplica): Vai me estuprar de novo? Tenha dó...

Antonino (mostrando a ela o frasco de “boa noite Cinderela”): Olha que frasco lindo que eu tenho aqui... Tá vendo esse líquido aqui que eu te dei? É a minha vez de tomar e você assistir tudo!

 

FLASHBACK (II)

CAP 5

CENA 02: Rio de Janeiro/ Leblon/ Apartamento/ Noite/ INT

Dirigindo-se ao seu quarto...

Bárbara Cristina (vê Marly nua na sua cama chorando e seu marido, também pelado, caído no chão e dopado): Que visão poluída é essa que eu tô tendo ao entrar no meu quarto? Só podem ter colocado LSD na minha comida... OU EU TÔ SINESTÉSICA OU QUE PORRA É ESSA QUE EU TÔ VENDO AGORA

Marly (aos prantos e suplicando): Não é nada do que você tá pensando! Eu fui estuprada, eu nem tô conseguindo andar porque morro de dores naquele local...

Bárbara Cristina: CHEGA! CHEGA! Essa história foi a gota d’água! Além de ir pra cama com o meu marido e dopá-lo como posso ver, ainda me vem com atuação chifrin de moça estuprada??? Pois eu vou te ensinar a não ciscar no terreno alheio!

Marly (aos prantos): NÃO FAÇA ISSO, EU TE SUPLICO! POR FAVOR, EU FUI ESTUPRADA, OLHA MEU ESTADO... Seu marido tá aí no chão porque se dopou, não foi eu!

Bárbara Cristina: CALA A PORRA DESSA BOCA E ME ESCUTA AGORA, SUA VADIA! (pega e mostra a ela o pote de soda cáustica) Porque agora chegou a vez de você perder a beleza desse seu lindo rostinho, assim, você nunca mais vai pra cama com marido nenhum ou muito menos ser “alvo de estupro” como adora falar aí! E detalhe, se você fosse mesmo estuprada, deveria fazer plástica, porque um rostinho são vários estupros. Mas nesse caso, foram vários estupros e agora uma pulverização!

 

FIM DOS FLASHBACKS

Marly ( sendo levada na maca e olhando para Antonino e Bárbara Cristina): FORAM ELES! Mas principalmente por culpa dessa aí que eu tô nesse estado, DESGRAÇADA, ORDINÁRIA, CANALHA, CÍNICA, A TUA HORA VAI CHEGAR, A TUA HORA VAI CHEGAR!!!!!

Bárbara Cristina e Antonino se surpreendem ao verem sua ex-doméstica numa maca.

Antonino: Estranho, essa voz me parece familiar...

Bárbara Cristina: A única coisa que tem que parecer familiar sou eu e o seu filho agora, esqueça imediatamente a voz dessa esquizofrênica!

Antonino: Calma, pra que tanto desespero?! Tá com ciúme?

Bárbara Cristina: O elevador chegou, vamos.

CENA 02: Hospital/ Elevador/ INT/ Madrugada

Antonino: Você ainda não me respondeu o porquê do desespero quando eu tive uma impressão sobre aquela doida... O que houve? Você a conhece?

Bárbara Cristina (inventando pretexto): Ah amor me deixa, vai... Eu acabei de ter um filho, estamos aqui há praticamente 2 dias, eu tô cansada... por isso, eu disse aquelas coisas... Aliás, eu nem sei se vou ter descanso né... ainda tenho que dar de mamar quando chegar em casa, fazer a papinha, dar o primeiro banho, enfim uma infinidade de coisas...

Antonino: Ei, eu também sou o pai dessa criança não sou?! Então, eu vou te ajudar a cuidar dele.

Bárbara Cristina (pensando baixinho): Preciso transformar essa ninfetinha em matéria orgânica, digo INORGÂNICA, antes que me prejudique...

 

 

CENA 03: Appealing Bodies/ Caixa/ INT/ Dia

Bárbara Cristina chega desesperada ao seu local de negócio, querendo pôr em prática o que havia dito.

Bárbara Cristina: Malthus que bom que você tá por aqui, espero que saiba dirigir, porque preciso urgentemente da sua ajuda!

Malthus: Mas eu nem sei, dona Barbatina...

Bárbara Cristina: Quem disse que eu perguntei se você sabe dirigir? Virou surdo e agora confunde pergunta com afirmação é? Anda logo!

Malthus (correndo e pensando): Dá pra ver pela áurea dela que ela quer dar fim em alguém... Mas quem pode ser? E por quê?

Bárbara Cristina: Além de surdo, fala sozinho?

Malthus: Não só tava pensando alto, por que? Isso desconta meu salário?

Bárbara Cristina: O que vai descontar é a sua lerdeza, senão ligar o carro e dirigir até o hospital, anda, anda! Eu te explico tudo no caminho...

CENA 04: Carro/ INT/ Dia

Bárbara Cristina: E então? Entendeu o que tem que fazer?

Malthus: Dona Barbatina, eu não posso ser preso... Tenha dó.

Bárbara Cristina: Eu já não tive dó quando abriguei você e a sua mãe no meu estabelecimento que estavam à procura de um lar??? Retribua o favor, caso não queira ser despachado junto com sua mamãezinha! Estamos entendidos? Foi o que pensei.

 

CENA 05: Hospital/ Entrada/ EXT/ Dia

Malthus: É esse o hospital?

Bárbara Cristina: Sim, agora fiquemos aqui esperando essa ninfetinha marmita de terra...

Horas e horas depois...

Bárbara Cristina: BINGO! É hoje mesmo que ela recebeu alta! Olha ela vindo ali... Vá lá e pegue-a no braço! Anda, anda!

Malthus faz tudo o que Bárbara pede e sai do carro para carregar Marly nos braços até o mesmo. Em seguida, ele a amarra sob correntes.

Marly: O que significa isso? Quem são vocês, o que querem?

Bárbara Cristina: Pisa fundo, Malthus, tem gente ligando pra polícia... Você é burro até na hora de sequestrar um resto de bagaço fudido, eu hein...

Marly: VOCÊ??? O QUE VOCÊ QUER COMIGO SUA LOUCA? Já não basta ter danificado meu rosto com soda cáustica e me transformando nesse monstro?! (soltando-se das correntes) Eu vou ligar aqui...

Bárbara Cristina (toma o celular de Marly e ironiza): O número que você ligou encontra-se desligado ou fora da área de cobertura, obrigada! (joga pela janela) Pra quem você ia ligar mesmo?

 

 

CENA 06: Floresta/ INT/ Noite

Ele dirige quilômetros e quilômetros, até que se distancia da cidade e anoitece.

Malthus (parando o carro no meio da mata): Aqui tá bom?

Bárbara Cristina: Tá perfeito, nem sinal da polícia que chamaram até agora... Vai lá, pode matá-la, tem um revólver no porta-malas. Vou até sair aqui pra ver de camarote essa bagaceira se transformando em matéria inorgânica quando for enterrada. Quem mandou ter gritado naquele dia no hospital?!

Marly: Por favor, NÃO, NÃO ATIRA!

(Sons de tiro) A bala é disparada.

 

GANCHO

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