Vale Reler: O Jogo do Poder- Capítulo 01 (ESTRÉIA)

segunda-feira, setembro 02, 2019



O JOGO DO PODER  
   CAPÍTULO: 001   Primeira Fase

CENA 01. EXT. MANHÃ. PRAÇA
Heitor, Stefanny e Eduardo, brincam no balancinho enquanto os pais estão sentados em um banco próximo.

Laura – Ontem a Stefanny discutiu comigo por eu ter dado o presente “pro” Eduardo e não pra ela.

Fernando – Isso é normal, birra de criança, faz parte.

Ele sorri.

Laura – Eu espero que sim. Sabe não é desde hoje que eu percebo esse ciúme da Stefanny, ela não gosta do Eduardo e nem se quer faz questão de esconder isso.

-Fernando – Como eu te falei, isso é birra de criança, eles são tão novinhos, incapazes de se odiarem tanto, não é?

Laura – É o que eu tento acreditar.

Fernando – Olha, daqui há alguns anos você e eu vamos sentir falta dessas briguinhas bobas, “cê” vai ver.

Fernando olha para o seu relógio de pulso.

Ferando – Eu já “tô” atrasado pra reunião que vai ter agora, tenho que ir. No caminho eu ligo pro motorista vir buscar vocês, ok? Se divirtam.

Fernando beija a testa de Laura e caminha para a saída do parque.

Cena 02. Ext. Manhã. Rua em frente a saída principal da praça.
Fernando caminha até o seu carro. Andréia chega por trás dele e o abraça.

Andréia - Fernando, meu amor, quanto tempo!

Fernando – Ficou maluca? Que história é essa de amor!

Ele se afasta dela.

Andréia – Poxa Fernando, não precisa me tratar assim! Pense nos velhos tempos.

Fernando – Velhos tempos? Acha que eu quero me lembrar de alguma coisa do nosso passado?

Andréia – Claro que sim, vivemos momentos bem intensos. Seria muito triste se você não se lembrasse de nada.

Ela se insinua a ele, acariciando sua barriga.

Fernando – Como você consegue ser tão descarada e cínica? Eu já disse que eu não quero nada com você! Sai da minha frente!
Fernando empurra Andréia mais para longe.

Fernando – Fica longe de mim e da minha família!

Ele entra no carro, enquanto Andréia fica olhando, assustada e triste. Fernando acelera.

Cena 03. Tarde. Estacionamento do Hospital .
Fernando caminha pelo estacionamento, ele coloca a mão direita no bolso para pegar a chave. Nesse momento, Andréia aparece de repente ao lado dele.

Fernando – Mas que merda! O que você tá fazendo aqui?

Andréia -Só preciso que você me dê uma chance, só uma chance pra provar que eu mudei.

Fernando -  Mudou coisa nenhuma, eu duvido muito.

Andréia – Fernando, eu menti pra você eu sei, mas foi por amor, você tem que entender que eu não queria te perder! Eu fiquei sem saída.

Fernando – E a alternativa foi mentir e me fazer abandonar a Laura no altar, tudo porque você me disse que o filho que ela tava esperando, não era meu.

Andréia – Eu sei, eu sei disso, mas eu me arrependi e te contei a verdade e depois eu me arrependi de novo por ter te contado essa verdade, porque hoje, hoje a gente podia estar juntos já que naquela altura, você não amava mais a Laura.

Fernando – Cala essa boca! Para de falar merda! Eu sempre amei a Laura! Ela é minha mulher e mãe dos meus filhos! Você só fez o que fez por inveja.

Andréia se aproxima de Fernando, tentando o seduzir. Ela se aproxima do ouvido dele.

Andréia – Eu sei que você nunca me esqueceu, eu sei que você sente falta do meu corpo e das nossas safadezas. Ela não te satisfaz na cama como eu.

Fernando – Andréia, para com isso, já chega.

Andréia – Não vou parar até você ser meu de novo, vamos pro motel, vamos relembrar os velhos tempos.

Fernando – Cansei de me fazer de difícil, vamos logo com isso.

Eles se beijam.

Cena 04. Int. Noite. Mansão Villanova .

Laura caminha pela sala, angustiada pela demora de Fernando. Zilda, chega por de trás dela, com uma xícara de chá nas mãos.
Zilda – Toma esse chá minha querida, vai te fazer bem, é de camomila.
Laura  - Essa demora do Fernando tá estranha, ele não é de passar tanto tempo assim fora e ainda mais sem mandar notícias.
Zilda – Calma minha filha, deve de ter ocorrido algum problema com o carro, ou lá no hospital. Ele já deve estar chegando.
Laura – Eu vou ligar pra ele mais uma vez e torcer pra que não dê na caixa postal de novo.
Corta para Fernando entrando em casa.
Laura – O que aconteceu pra você ter chegado tão tarde em casa, Fernando?

Fernando fecha a porta e entra. Ele coloca o paletó sobre o sofá e abraça Laura.

Fernando – Calma, fica tranquila, tá tudo bem. É que eu acabei tendo um imprevisto no hospital. Assim que acabou a reunião tivemos que marcar outra as pressas, nem comi nada desde o almoço.

Laura – Tá tudo bem, eu entendo. Mas acontece que eu já tava muito preocupada, você não é de ficar sem me ligar.

Fernando – Nem vou dizer que o meu celular descarregou, tem vários telefones lá no hospital e eu não liguei por estar muito ocupado. Me desculpe.

Laura – Não tem problema, eu entendo.

Zilda – Meu filho, ainda sobrou comida do jantar. Eu vou pedir para que a empregada esquente pra você.

Fernando – Obrigado, mãe!

Fernando beija Laura.

Corta para

Cena 05. Int. Noite. Quarto do Eduardo 
Stefanny está discutindo com Eduardo. Stefanny segura um vídeo game nas mãos.

Eduardo – Stefanny, me devolve o meu vídeo game, anda!

Stefanny – Era pra ele ser meu, eu sou a mais velha!

Eduardo – Por que você gosta de ficar implicando comigo, eu não te fiz nada. Para com isso!

Corta para Heitor entrando no quarto.

Heitor – Parem de brigar, os gritos de vocês da pra escutar longe, parem com isso!

Eduardo – Eu não sei porque a Stefanny tem tanto ciúme, eu nunca fiz nada pra ela.

Eduardo começa a chorar

Stefanny – Era pra esse vídeo game ser meu, mas preferiram dar pra esse chorão.

 Pode ficar com ele, irmão.

Stefanny joga o vídeo game no chão, o partindo em dois pedaços. Eduardo se ajoelha e chora ainda mais. Stefanny sai do quarto e Heitor também se ajoelha ao lado do irmão.

Eduardo – Eu não sei porque ela faz isso comigo.

Heitor – Ela tem raiva porque os nossos pais sempre te deram mais atenção e olha que nós três somos irmãos e eu e você somos gêmeos.

Eduardo – Mas eu não tenho culpa disso.

Heitor – Calma, eu tô aqui viu, eu amo você irmão e nunca vou te abandonar, nunca.

Heitor da um beijo na testa do irmão.

Há uma passagem de tempo de cinco anos.

Cortes descontínuos de Fernando se encontrando com Andréia várias vezes. Stefanny e Eduardo brigando. Um incêndio em uma ala médica do Hospital.
Os três irmãos agora são adolescentes.

Corta para

Cena 06. Int. Noite. Apartamento de Andreia .
Fernando e Andréia estão deitados na cama, após fazerem sexo.

Andréia – Já se passaram cinco anos e você ainda não se separou daquela anêmica pra ficar comigo.

Fernando – Eu já te disse que por enquanto não dá, o hospital ainda tá se recuperando de uma crise e os meus filhos estão em plena adolescência e nessa fase eles precisam muito dos pais por perto.

Fernando se levanta e começa a se vestir.

Andréia – Eu já tô cansada! Toda vez você me dá a mesma desculpa. Que os filhos estão crescendo, que o hospital tá em crise e que a esposinha tá doente. Chega, minha paciência acabou!

Andréia se levanta e vai em direção de Fernando.

Andréia – Ou você me assume de uma vez e para com essa enrolação, ou você vai se arrepender.

Fernando – É? Vou me arrepender de que, hein? Me fala sua cachorra!

Andréia – Eu sou capaz de qualquer coisa Fernando, até mesmo de fazer mal a filhos de um homem safado.

Fernando – Sua desgraçada!

Fernando dá um tapa na cara de Andréia que cai no chão.

Andréia – Seu covarde! Desgraçado!

Fernando – Eu sugiro que você mantenha distância de mim e da minha família ou quem vai se arrepender aqui vai ser você. Esse tapa que eu te dei vai ser bem pequeno se for comparado com o tiro que eu vou dar bem no meio da tua cara, sua vagabundinha ordinária.

Fernando Caminha até a saído do apartamento, mas é impedido por Andréia que se ajoelha e o agarra pelas pernas.

Andréia – Por favor, não faz isso comigo, não vai, por favor meu amor!

Fernando – Para com esse teatrinho, me solta sua vaca!

Andréia – Não vai em bora, por favor, eu te peço desculpas, só não me deixa.

Fernando da um chute em Andréia e vai embora. Andréia chora desesperadamente.
Corta para

Cena 07. Int. Noite. Mansão Villanova 

Fernando caminha pelo Hall da Mansão.
Laura adentra a sala e o chama.

Laura – Amor, que bom que você chegou.
Eles se beijam.

Fernando – Aconteceu alguma coisa?

Laura – Não, não, graças a Deus. Mas é que eu queria te convidar pra gente tirar esse fim de semana pra irmos lá pra casa de praia. A nossa vida anda tão corrida ultimamente, as crianças estão cada vez mais rebeldes. Então eu pensei que um fim de semana em família seria muito bom pra gente.

Fernando – Olha, eu achei uma ótima ideia, pode ir preparando tudo.

Laura – Tudo bem, obrigada por aceitar viu. Te amo.

Fernando – Que nada, a gente precisa desse tempo mesmo.

Laura sobe as escadas. Fernando recebe uma ligação.

Fernando – Alô?

Andréia -  Fernando, volta aqui, a gente
precisa conversar com mais calma, vem.

Fernando – Ficou maluca? Eu disse pra você não me ligar. Perdeu a noção do perigo foi?

Andréia – Fernando, eu tô te pedindo numa boa, mas já que você não quer colaborar então é melhor se preparar, porque eu vou me vingar.

Fernando – Vai em frente com a sua vingança, eu não ligo. Mas pensa bem no que você vai fazer, porque você pode se dar muito mal.

Fernando encerra a ligação.

Cortes descontínuos: Laura, Fernando, Stefanny, Heitor e Eduardo, viajam para a casa de praia. Andréia persegue o carro da família. Eles chegam a casa de praia e Andréia observa de longe. Anoitece, Andréia abre o porta malas do carro e tira um galão com gasolina dentro. Andréia espalha gasolina ao redor da casa de madeira; ela ascende um fósforo e joga sob a gasolina; um incêndio começa na parte de fora da casa de dois andares, feita de madeira.

Congelamento na personagem Andréia.

                     Final do Capítulo

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