Laços Malditos- Capítulo 24.

quinta-feira, março 28, 2019




Capítulo 24:
Cena 1- Casa/ Sala/ Interior/ Noite/
Sabrina- Sabe, Janeide, seu maior pecado foi ficar do lado da Scarlat. Você achou mesmo que eu não iria descobrir? –Gargalha- Vagabunda!
Sabrina esbanja um olhar maléfico.
Janeide (com medo)- O que você vai fazer, Sabrina?
Janeide sente uma dor no peito e coloca a mão.
Sabrina (diabólica)- Parece que o chumbinho está fazendo efeito, não é, Janeide? Está gostando da sensação? (T) É assim que eu me sinto quando sou traída.
Janeide fica sem ar, ela cai debruçada no chão. Sabrina gargalha diabolicamente.
Sabrina- MORRE, SUA RATA!
Janeide se contorce e já não consegue mais falar. Ela pega a perna de Sabrina, que não para de sorrir.
Sabrina (fria/séria)- Que o diabo te carregue, traste!
Janeide fecha os olhos, e morre. Sabrina dá um último gole no seu champanhe.
Sabrina- Maldita, já não me basta dar dor de cabeça, ainda tenho que te tirar daqui!
Sabrina pega o telefone e faz uma ligação.
Sabrina- Alô? (T) Já pode vir. (T) Vou ficar te esperando.
A mulher desliga o telefone e empurra o corpo de Janeide com o seu pé.
Sabrina- Vagabunda, ratazana desgraçada!
Sabrina aproxima-se da mulher, agachando. Ela sorri maquiavélica.
Sabrina (maléfica)- Uma pena que não vai ter velório, né, vagabunda?
Sabrina gargalha.
Sabrina (levantando-se)- Tomara que não demore, eu ainda tenho coisas para fazer, (t) –sarcástica- querida Angel.
A mulher esbanja um olhar diabólico.
Cena 2- Apartamento de Jean e Paola/ Sala/ Interior/ Noite/
Lázaro e Clara estão assistindo televisão,, enquanto a empregada leva sucos e pipoca para eles comerem. Jean chega.
Jean- E aí, meus amores?
Os filhos do homem correm até ele, abraçando-o.
Jean- Cadê a mãe de vocês?
Clara- Ela ainda não chegou, pai.
Lázaro- Nem a vovó.
Jean (p/ a empregada)- A Paola não ligou dizendo nada?
Empregada- Não, senhor Jean, eu também achei estranho, mas a sua mãe ligou dizendo que não era para esperá-la para o jantar.
Jean estranha. Ele pega o seu celular e liga para a sua esposa. A câmera alterna entre o homem e Paola no carro. O bandido pára o carro e pega o celular de Paola na bolsa, atendendo.
Jean (aliviado)- Amor, nossa, que susto você me deu. Aonde está?
Sequestrador (surpreendendo)- Olha, eu vou avisar uma só vez, se chamar a polícia, a sua mulher vai levar uma bala na testa na hora.
Close em Jean desesperado.
Jean- Quem é você?
Sequestrador- Você me ouviu bem? Se eu souber que tem polícia me procurando ou ligar para negociar, a sua mulher morre na hora!
Jean fica indignado.
Jean (desesperado)- Por favor, não faça nada com a minha esposa, eu te peço!
Sequestrador- Não sou eu quem dou as ordens.
Jean (intrigado)- É o Félix, não é?
Sequestrador- Sem perguntas, apenas aguarde informações.
O homem desliga o celular. A câmera agora foca somente em Jean, que está preocupado.
Jean- Meu Deus, o que eu vou fazer? (T) Eu não posso arriscar a vida da minha mulher, a polícia eu não posso chamar!
Jean coloca a mão na cabeça e fica aflito. Ele pega seu telefone e faz uma ligação.
Cena 3- Hospital Sírio Libanês / Sala de espera/ Interior/ Noite/
Elizabeth e Daniel chegam, desesperados e com seus olhos cheios de lágrimas. Eles vão até Raffa, Luísa e Júlia. Luísa abraça a amiga.
Elizabeth (agonizada)- Meu Deus, Luísa, o que foi isso?
As duas afastam-se e seguram as mãos uma da outra.
Luísa- Calma, Elizabeth, a sua filha vai ficar bem, vamos ter fé.
Elizabeth olha frustrada para Raffa, que está sentado.
Elizabeth (inconformada)- E você, Raffa, por que não protegeu a Angel? Eu te pedi isso! (T) Você me disse que iria cumprir, mas pelo visto.
Raffa levanta-se e encara Elizabeth.
Raffa (enfrenta)- Quando você souber o motivo, você vai me entender.
Júlia tampa a boca de Raffa.
Júlia- Raffa, pelo amor de Deus.
Elizabeth (curiosa)- Do que o Raffa tá falando?
Daniel- O que aconteceu entre você e a nossa filha, Raffa?
Raffa olha para Luísa e Júlia, e sai.
Elizabeth (pressiona)- Do que ele tava falando, Luísa? Eu exijo saber!
Júlia- Se acalma, D. Elizabeth.
A mulher vira-se para o corredor e olha se não está vindo alguém, ela percebe um médico vindo e vai até ele, sofrendo.
Elizabeth- Eu exijo ver a minha filha! –Implora/chorando- Me leva até o quarto dela, por favor.
Médico- Senhora, eu não posso, eu nem sei quem é sua filha e aonde ela está.
Elizabeth- É a Angel, por favor. –Humilhando-se- Não rejeita o pedido de uma mãe desesperada.
O médico olha para a mulher que está com lágrimas escorrendo pelos olhos. Luísa, Júlia e Daniel olham aquela situação, agonizados.
Médico- Um momento que eu vou ver o que posso fazer.
O médico se dirige até a recepcionista. Daniel vai até a sua esposa, abraçando-a.
Elizabeth- A nossa bebê, a nossa nenenzinha, Daniel... Ela não pode morrer!
Os dois desabam em lágrimas.
Cena 4- Cabana/ Interior/ Noite/
Uma lareira está acesa, num sofá velho, é possível ver um homem de costas e encapuzado. O seu sorriso maquiavélico é marcado, seus olhos azuis refletem o fogo. Imagens de Paola chegando com o sequestrador, que a joga no chão, enquanto a mulher chora, medrosa.
Paola- O que vocês querem de mim?
A mulher consegue se levantar e olha com medo para o homem de capuz que está sentado no sofá. Ele levanta-se e se aproxima da mulher, deixando-a com mais medo.
Paola- Quem é você? (T) É o Félix, não é?
O homem sorri, deixando-a assustada.
Paola- Fala quanto você quer, eu te deixo em paz.
O homem acerta um tapa na cara da mulher, que cai no chão.
Félix- Vagabunda! (T) O seu marido vai se arrepender do que ele fez no passado.
O sequestrador levanta Paola do chão, puxando-a pelo braço. Félix a todo momento continua encapuzado.
Félix- O que achou da casinha?
A mulher fica calada, olhando-o, apavorada.
Félix- NÃO OUVIU EU TE PERGUNTANDO, VACA?
A mulher afasta-se um pouco temerosa.
Paola (gaguejando)- E... Eu... Eu achei... Bonita.
O homem gargalha diabolicamente.
Félix (debocha)- Tá morrendo de medo, não tá? (T) –Olhando p/ o corpo dela- Até que você é bem delícia, o Jean tem gosto para escolher mulher.
Félix passa sua mão em um dos braços de Paola, tocando-a, levemente.
Paola- TIRA A MÃO DE MIM.
A mulher se afasta. E ele pega-a pelo pescoço, levando até a parede.
Félix (diabólico)- Você não entendeu que quem manda aqui sou eu?
Paola tenta soltar-se, mas o homem continua apertando a garganta dela com força, deixando-a sem fôlego. Ele começa a apertar um pouco mais, ela tenta falar algo, mas não consegue. Os olhos do homem brilham ao ver aquele momento pavoroso da esposa de Jean. Até que ele decide soltar, a mulher tosse bastante.
Félix- Infelizmente você não está aqui para morrer. (T) Considere-se, sortuda. –Sorrindo- Mas eu não posso dizer isso sobre um ou os seus dois filhos.
Paola fica amedrontada com o que ele diz.
Paola (implora)- Pelo amor de Deus, mata eu e o Jean, mas os nossos filhos não!
Félix sorri sarcasticamente, enquanto o rosto de Paola implora por misericórdia.
Cena 5- Cemitério/ Interior/ Noite/
Com uma luva, o capanga de Sabrina segura o corpo de Janeide. Acompanhado por Sabrina, eles andam até chegar em um local que não tem mais covas e nem túmulos.
Sabrina- Podemos parar.
Eles param. O homem joga o corpo de Janeide no chão. Ele pega uma pá e começa a cavar.
Sabrina (interrompendo)- Espera aí, você vai enterrar o corpo dessa vadia?
Capanga- É uai, não era pra dar um fim no corpo?
Sabrina (farta)- Mas é um incompetente mesmo!
O homem fica confuso.
Sabrina- Oh seu imbecil, você não acha que algum dia vão encontrar esse corpo? É pra dar um sumiço, deixar o que estava em evidências, sem prova alguma!
Capanga- E o que a senhora sugere.
Sabrina revira os olhos.
Sabrina- Ainda bem que eu me preveni!
A mulher vai andando até o seu carro e retira de lá uma caixa de fósforos e um galão de gasolina, após pegar, ela retorna aonde está o corpo de Janeide.
Capanga (assustado)- Você vai queimar o corpo dela?
Sabrina (impaciente)- E se você não calar a boca eu queimo o seu junto também.
Sabrina abre o litro de gasolina e joga no corpo de Janeide, o homem olha atentamente, e sem que a mulher perceba, ele pega o seu celular e tira uma foto, após fazer, ele coloca o celular no bolso. Enquanto Sabrina acaba com a gasolina, derramando-a sobre Janeide.
Sabrina (olhando p/ o corpo/debochada)- Ai, Jana, você não precisava ter esse fim, mas você quis assim, né?
Ela acende um fósforo e joga no corpo de Janeide, que é consumado pelo fogo. Ela dirige-se ao capanga.
Sabrina (fria)- Olha que coisa mais linda. (T) É maravilhoso ver um corpo ser consumado pelo fogo. Isso me traz um alívio para a alma.
A mulher sorri maquiavélica, e vira-se para o homem, tirando uma arma repentinamente da sua bolsa, e aponta para ele.
Sabrina (diabólica)- Você não achou que iria ficar vivo para contar história, né?
Sabrina gargalha, o homem treme de medo.
Sabrina (autoritária)- Me dá seu celular e coloca na galeria.
O homem assusta-se, mas ele obedece. Ao pegar o celular do homem, Sabrina vê a sua foto jogando gasolina no corpo de Janeide.
Sabrina (furiosa)- Traidor, desgraçado, eu não iria te matar, isso era só pra te fazer medo, (T) mas pelo visto você não quis facilitar.
Sabrina acerta dois tiros na cabeça do homem, o sangue respinga sobre ela, que sorri. A mulher olha para a arma, triunfante.
Sabrina (satisfeita)- Silenciosa como eu.
A mulher dá um beijo no objeto. Olhando-o, expressivamente.
Cena 6- Hospital Sírio Libanês/ Quarto de Angel/ Interior/ Noite/
Elizabeth e Daniel entram vestidos de branco, com luvas e mascaras tampando o nariz e a boca. O médico fica na porta.
Médico- Por favor, não abracem ela.
Elizabeth aproxima-se, chorosa, até o corpo de Angel.
Elizabeth- Minha filhinha!
Daniel fica incrédulo com o que vê.
Daniel- Eu não posso ficar aqui. (T) Eu não aguento.
Aos prantos, o homem se retira do quarto. Elizabeth pega uma cadeira e coloca ao lado de Angel.
Elizabeth (p/ o doutor)- Eu posso segurar a mão da minha filha?
O homem acena positivamente com a cabeça. Elizabeth pega a mão de Angel e beija, ela coloca um lado de seu rosto deitado na mão da filha, derramando lágrimas.
Elizabeth (melancólica)- Não morre, bebê. (T) A mamãe tá aqui do seu lado.
Elizabeth tira o seu rosto da mão de Angel e senta-se normalmente na cadeia, colocando delicadamente a mão da filha na cama.
Elizabeth (sofre)- Eu não vou te perder agora, filhinha.
O médico que está na porta, se emociona com o carinho da mulher. Elizabeth cala-se por alguns segundos. Um portal aparece no quarto, e Angel sai dele. Ela surpreende-se ao ver sua mãe no quarto. Andando lentamente até a mulher.
Angel- Você já chegou de viagem, mãe!
Um vento vem sobre Elizabeth, a mulher olha para os lados.
Elizabeth- Angel?
A alma de Angel sorri, tentando ser vista, mas Elizabeth não a vê.
Angel (chamando atenção)- Olha eu aqui, mãe? (T) Tá me vendo?
Elizabeth parece olhar para a alma de Angel, mas a menina assusta-se quando a mãe levanta chorando e atravessa o seu corpo, saindo do quarto com o médico.
Angel (indignada)- O que eu estou fazendo aqui nesse mundo? É tão diferente de onde eu vivia.
Angel assusta-se quando o seu corpo começa a brilhar. Suas mãos vão se desfazendo.
Angel (amedrontada)- O que tá acontecendo? (T) Meu Deus!
Ela fica mais apavorada quando vê suas penas sendo desfeitas. A menina acaba sumindo por completo. Foco no corpo de Angel na cama de hospital.



Cena 7- Apartamento de Jean e Paola/ Sala/ Interior/ Noite/
Megan e Hugo entram ao local, assustados. Jean vê a empregada subindo com seus filhos.
Megan- O que aconteceu, Jean?
Ele fica sem resposta e espera por um tempo. Ao ver que seus filhos subiram para o quarto, ele parte para cima de Hugo, desferindo vários socos no homem, Megan puxa o filho.
Jean- Desgraçado, cadê a minha esposa?
Hugo (fingido)- Você tá ficando maluco, eu não sei de nada!
Megan olha para Jean e depois para Hugo.
Megan- O que tá acontecendo aqui?
Jean- Esse desgraçado, mãe, ele trabalha para o Félix.
Megan (assustada)- O quê? –Olha p/ Hugo- Isso é verdade?
Hugo- É claro que não, Megan, isso é coisa que o seu filho criou na cabeça dele!
Jean- Você tem certeza disso, seu lixo?
Megan (intrigada)- Por que você tá dizendo isso, Jean? Eu sei que você sempre sabe de algo para acusar as pessoas.
Jean- A senhora acha que conhece o Hugo, não acha, mãe? Por que não pergunta ele o que aconteceu na Finlândia?
Hugo fica boquiaberto com o que Jean diz.
Hugo (apavorado)- Quem te falou sobre isso?
Megan (p/ Hugo)- O que aconteceu na Finlândia, Hugo? Do que o meu filho está falando?
Jean- Para ser mais exata, pode chamá-lo de Lucas Fagundes!
Hugo fica perplexo.
Megan- Lucas Fagundes? Que história é essa?
Jean (provocativo)- E o melhor ainda está por vir. (T) Era vendedor de identidades falsas!
Megan fica abalada com o que ouve e olha para Jean.
Megan (horrorizada)- O quê?
A mulher vira-se para Hugo, que está abalado.
Megan- DESGRAÇADO!
Antes que Megan possa ir para cima do homem, ele sai correndo, deixando Jean e Megan.
Jean- Tá vendo, mãe?
Megan chora.
Megan- Meu Deus, como eu pude ser tão trouxa?
Jean abraça a mãe.
Cena 8- Cabana/ Interior/ Noite/
O local está escuro, uma vela apenas iluminando, Paola está sentada em uma cadeia, suas mãos e seus pés estão amarrados com uma corda, e seus olhos estão vendados com um pano, que está encharcado de lágrimas.
Paola (desesperada)- Por favor, me tirem daqui!
Félix, sem capuz, aproxima-se da mulher, a vela vai revelando seu rosto à medida que aproxima-se.
Félix (diabólico)- Calma, Paolinha, eu vou te soltar. (T) Eu só não sei quando, mas eu vou.
Paola (amedrontada)- Me mata!
Félix sorri, maléfico. Ele olha para o corpo da mulher, tremendo.
Félix- Você sabia que eu tenho prazer em ver as pessoas com medo?
Paola- O que eu fiz para você? (T) Eu e meus filhos não fizemos nada, mas se for para me sacrificar por eles, eu faço o que for.
Félix- Eu não quero saber o que você vai fazer. (T) Você vai passar por um processo, e seu maridinho vai ver tudo.
Félix observa as mãos de Paola.
Félix (maquiavélico)- Agora me diz uma coisa? Qual dedinho você quer perder? O da mão esquerda ou da direita?
Paola (aterrorizada)- Não, isso não. (T) POR FAVOR, NÃO!
Félix gargalha sarcasticamente.
Félix- Se você não escolhe, eu faço isso por você.
Félix vai até a mão esquerda de Paola, que encolhe seus dedos para dentro, o homem é mais forte e consegue puxar o dedo do meio da mulher.
Félix- Vamos ver se vai sair facilmente.
Paola- NÃO, NÃO FAZ ISSO!
Enquanto a mulher grita pedindo para Félix parar, ele vai cortando o dedo dela aos poucos. Os gritos de “não” se tornam gritos de dor e agonia. Com os olhos brilhando, Félix vê aquele sangue saindo e está bem satisfeito.
Félix- Está gostando?
O homem consegue cortar o dedo da mulher. Ele segura e sorri diabolicamente. Enquanto Paola chora muito de dor.
Paola- NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOO!
Félix gargalha.
Félix- Vou te dar um desconto agora.
O homem pega uma seringa e aplica na mulher, ela acaba dormindo.
Félix- Dorme bem bonitinha.
Félix sorri.
Cena 9- Hospital Sírio Libanês/ Lanchonete/ Interior/ Noite/
Raffa está em uma mesa, sozinho, até que Sabrina chega o local, sentando.
Sabrina- Você tá ficando maluco? Como tem coragem de ter consideração por essa louca da Angel? Ela acabou com a vida que vocês iriam construir juntos.
O menino chora, a mulher mostra-se irritada, mas permanece calada.
Raffa- Não tem como deixar de amar uma pessoa da noite pro dia, mãe. (T) Acho que se a Angel morrer, eu me mato.
Sabrina (preocupada)- Não fala isso nem brincando, tá me ouvindo bem?
Raffa- O que a senhora entende sobre o amor? (T) Meu pai já morreu há tanto tempo e a senhora não tem ninguém!
Sabrina (raivosa)- Não precisa me ofender porque você está sofrendo por amor!
Raffa- Me perdoa, mãe, eu acho melhor eu ficar sozinho, por favor.
Elizabeth e Daniel vêm até Raffa e Sabrina.
Raffa (fadigado)- Ai, meu Deus, agora não!
Elizabeth e Daniel chegam até onde está Raffa e sua mãe.
Elizabeth (intrigada)- Eu ainda não esqueci o que você disse, Raffa. (T) Você não vai fugir de mim!
Daniel (preocupado)- O que aconteceu entre você e a Angel? Nós precisamos saber!
Raffa- Aparência! Bom, pelo menos pelo lado dela, porque eu amo a filha de vocês, de verdade.
Sabrina (venenosa)- Vocês se fazem de cegos ou o que, hein?
Elizabeth encara friamente a rival.
Elizabeth (séria)- Do que você tá falando, sua cobra?
Sabrina sorri maleficamente, e levanta-se vagarosamente.
Sabrina (p/ Raffa)- Você conta ou eu conto?
Raffa- Mãe, pelo amor de Deus, vamos deixar esse assunto para depois.
Elizabeth pega o braço de Sabrina, bruscamente.
Elizabeth (pressiona)- Fala, jararaca! Destila esse veneno.
Sabrina- Já que insiste.
Daniel- Nós temos que saber o que tá acontecendo.
Sabrina (cínica)- Vocês não sabiam que a Angel meteu o chifre no meu filho?
Elizabeth e Daniel ficam pasmos. A mulher solta o braço de Sabrina, empurrando.
Elizabeth- Mentirosa, vagabunda!
Elizabeth acerta uma bofetada no rosto de Sabrina, que ri.
Sabrina (provocativa)- Calma, querida, você ainda não ouviu o resto. –Fala alto- Foi com uma mulher!
Raffa fecha os olhos. Elizabeth e Daniel ficam paralisados. A câmera fica lenta, as lágrimas de Elizabeth percorrem.
Elizabeth (desesperadas/ecoa)- Não, isso não pode ser verdade, você só quer me atormentar.
Raffa levanta-se.
Raffa (ecoa)- A sua filha admitiu isso!
Elizabeth vira o seu rosto para o lado de Raffa, incrédula.
Elizabeth (perplexa/ecoa)- Não!
A velocidade da câmera volta ao normal. Envergonhada, a mulher sai correndo, Daniel olha para Sabrina e Raffa, pálido, e depois vai atrás de sua mulher. Sabrina olha friamente para o lado onde Daniel e Elizabeth correm, de costas para seu filho. A câmera desfoca na mulher, e foca no menino, triste.
Cena 10- Casa de Ágata e Anne/ Sala/ Interior/ Noite/
Ágata adentra ao local, sua mãe vai até ela, preocupada.
Anne- Filha, por que você demorou?
Ágata- A D. Sabrina me prendeu no escritório até o último minuto.
Anne fica surpresa.
Anne (intrigada)- Aconteceu alguma coisa?
Ágata- A D. Sabrina descobriu tudo o que aconteceu, contou para o filho. (T) Hoje teve um barraco enorme lá no escritório, e como se não bastasse, a Angel sofreu um acidente e está hospitalizada.
Anne- Que horror.
Ágata segura-se para não chorar, mas suas lágrimas são inevitáveis.
Ágata- Se eu perder a Angel agora, eu não sei o que vai ser de mim, mãe. (T) Eu errei em ter ficado com ela, mas eu não escolhi amá-la. A senhora mesmo sabe que eu fui enganada. –Desabafa- Agora eles me olham como se eu tivesse olhado para a Angel, sabendo de toda a verdade e me apaixonado dela de propósito, para tirá-la do Raffael.
Anne e Ágata se abraçam.
Ágata- Eu quero ir ao hospital ver a Angel.
Anne afasta-se de sua filha e olha-a com uma expressão de temor.
Anne- Você não vai àquela hospital, Ágata, você tá me ouvindo? Se te verem lá, vão te tirar à ponta pés.
Ágata e sua mãe se encaram, tensas.
Cena 11- Apartamento de Jean e Paola/ Sala/ Interior/ Noite/
Megan está sentada no sofá, com os cotovelos escorados na perna, e com seu rosto sendo segurado pelas mãos, enquanto chora, e Jean está ao seu lado, consolando-a.
Megan (furiosa)- Como, Jean? Como eu pude ser tão ingênua?
Jean- Calma, mãe, a senhora não tem culpa. (T) Quem tem culpa são eles!
Megan- Mas se eu tivesse sido um pouco mais maldosa. (T) Desde quando um menino novo e bonito daqueles iria querer algo comigo?
Jean abraça a mãe.
Megan- Eu acho melhor ligar para a polícia.
Jean- E pôr a vida da minha esposa em risco? Nem a pau! (T) O bandido me disse que se eu avisasse a polícia, ele mataria a Paola na hora. (T) Mas nós sabemos que quem está por trás disso é o Félix.
Megan- Com certeza, e você ainda tem alguma dúvida?
Jean- Eu vou pegar aquele desgraçado, mãe, -sangue nos olhos- se ele não me matar, eu juro que eu mato ele!
Megan fica assustada com o olhar assombroso de seu filho.
Cena 12- Sala/ Interior/
A alma de Angel vai formando sua imagem dos pés à cabeça. Ela se vê em uma sala e fica atordoada. Ela olha para todos os lados, e não vê um fim em nenhum deles.
Angel (cautelosa)- Tem alguém aí?
Angel anda vagarosamente, ela é surpreendida quando a imagem de Ágata vai se formando em sua frente. Angel pára de andar e afasta-se um pouco.
Angel (suplica)- Por favor, não suma de novo!
Angel aproxima-se de Ágata, que se afasta.
Ágata (com medo)- Por que você me enganou, Angel?
Angel fica surpresa com a pergunta da menina.
Angel- Você sabe que mesmo apesar dos erros, eu sempre fui verdadeira com os sentimentos que disse sentir por você.
Ágata- Mas isso não basta! Eu te amo, mas a minha alma ainda está ferida. VOCÊ NÃO LIGA PARA O QUE AS PESSOAS SENTEM.
Angel fica surpresa, o seu rosto expressa lamento.
Angel (lastimando)- Me perdoa.
Ágata- Olha para você ver, Angel!
No corpo de Ágata vai saindo algumas feridas, e Angel fica aterrorizada com o que ver.
Angel (desesperada)- NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO!  NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOO!
Ágata demonstra dor ao olhar para aquelas feridas.
Ágata- Toda vez que eu me lembro dessas feridas, é isso que eu sinto. –Fala alto- Dor, Angel, a dor que você me causou!
Nos olhos de Ágata, saem lágrimas de sangue. A câmera fica lenta, quando Angel vai se aproximar, a imagem da menina some. Angel cai de joelhos no chão, tentando chorar, porém suas lágrimas não saem.
Angel (melancólica)- Eu sou um monstro. MONSTROOOOOOOOOOOOOO!
O portal aparece em frente à Angel e puxa-a.
Cena 13- Amanhece/ Hospital Sírio Libanês/ Sala de espera/ Interior/
Ágata vai até a recepcionista.
Ágata- Você sabe me dizer o estado da Angel Hahn?
Recepcionista- A senhorita é o que dela?
Ágata- Eu sou uma amiga.
Recepcionista- Não, eu não posso dar esse tipo de informação, só se você fosse gente da família. Mas se quiser perguntar para alguém que está aqui esperando por notícias dela.
Ágata- Quem?
A recepcionista aponta para Júlia, Elizabeth e Luísa e Daniel, que estão sentados. Ágata se aproxima.
Ágata- Bom dia, me desculpem atrapalhar. (T) Eu sou uma amiga da Angel, queria saber notícias dela.
Elizabeth olha para a menina de baixo para cima.
Elizabeth- Quem é você e de onde conhece a minha filha.
Ágata- Me perdoe não me apresentar. Eu me chamo Ágata, e sou...
Sabrina (interrompendo)- Como você tem coragem de aparecer aqui, Ágata?
Júlia fica com medo.
Júlia- Ágata, vamos ali na lanchonete.
Elizabeth- Não, agora eu quero saber. –P/ Sabrina- Quem é ela e por que está tratando-a desse jeito?
Júlia fica com medo. Ágata tenta fugir, mas Elizabeth levanta-se e pega-a pelo braço.
Elizabeth (pressiona)- Quem é você?
Sabrina aproxima-se.
Sabrina (p/ Ágata)- É melhor eu contar, né? Você não vai ter coragem.
Elizabeth encara Júlia, Sabrina e Ágata, aleatoriamente. Luísa e Daniel ficam sem entender.
Sabrina (olhando p/ Ágata)- Era com essa daí que a sua filha estava se enroscando para trair o meu filho.
Elizabeth fica horrorizada.
Elizabeth (grossa/ p/ Ágata)- Isso é verdade?
Ágata (encorajada)- É!
Elizabeth e Daniel ficam perplexos. Júlia e Luísa com medo, e Sabrina sorri maleficamente.
Cena 14- Cabana/ Interior/ Manhã/
Paola está dormindo, enquanto está amarrada na cadeira. Foco no local onde seu dedo foi cortado, enfaixado. Félix dispara um tiro no teto, assustando a mulher, que dá um grito muito alto. Ele está encapuzado. O homem tira a venda dos olhos de Paola. Ela observa fixamente os olhos do homem e o sorriso.
Paola- Por que você não me deixa em paz?
Félix- Calma, você ainda nem tomou o seu banho!
Félix desamarra as cordas de Paola. A mulher é pega pelo braço e vê uma banheira. Ela fica horrorizada com o que tem dentro.
Paola (abismada)- Aquilo é...
Félix- Isso mesmo!
Félix pega a mulher com força e coloca-a na frente da banheira.
Félix- Vai ser rapidinho!
O homem joga Paola dentro daquela banheira, ela cai de frente e senta-se tremendo. O sangue que havia dentro escorre pelo corpo da mulher, que range os dentes de medo.
A imagem congela no olhar assustado de pavoroso de Paola, fitas de cetim descolam-se da fotografia, deixando-a preta e branca.

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