Vale Reler - Tesouros Perdidos Capítulo 12 (Reprise)
terça-feira, janeiro 29, 2019
apresenta:
uma novela de
FELIPE ROCHA
escrita por
FELIPE ROCHA
direção artística de logo
LEONARDO RUSSO
agradecimentos
Web Novelas Channel
Personagens deste capítulo
ELIZETE
GEREMIAS
GUMERCINDO
LAURA
LUANA
MARIA CHIQUINHA
NENO
RAINHA IRACEMA
REGINALDO
REI BERNARDO
SAULO
VALDIRENE
WAGNER
Capítulo 12
Edição
Capítulo 12 (reprise) = restante do capítulo 26 original + todo capítulo 27
original
CENA
01 / CASA DE GUMERCINDO / INTERIOR / NOITE
O Rei leva
flores para Laura.
Laura – Mas você
acha que vai me comprar com flores? Para resolver os erros que você cometeu?
Pois fique com elas! O que você fez não tem perdão!
Rei Bernardo –
Laura, Laura. Por favor, me dê uma chance. Eu estava nervoso aquele dia, você
foi me arrumar um filho justo agora.
Laura – Eu
achava que você iria chorar de alegria, viu? Mas pelo menos minhas hipóteses
estão erradas!
Rei Bernardo –
Mas é claro. Eu já te disse que nós cairíamos na boca do povo! Você tem que
entender... Eu peço desculpas, não será preciso fazer um aborto.
Laura – Então, o
que será preciso hein? Já estou enxergando quando esse menino nascer! Vai ficar
sem pai, aí que a sociedade vai falar mesmo.
Rei Bernardo –
Antes isso do que prejudicar meu reinado. Mas quando o menino nascer farei
visitas sigilosas.
Laura – Está
bem.
Rei Bernardo –
Bom, eu vou indo. Amanhã venho aqui te visitar.
CORTA PARA:
CENA
02 / FRENTE DA CASA DE GUMERCINDO / INTERIOR / NOITE
O Rei se despede
de Laura com um beijo... Neno que anda pelas ruas, vê ele sair da casa de Laura
e se esconde atrás das árvores.
Neno – Que
estranho, eu não estou entendendo. O Rei, aqui? Na casa da Laura, filha do
Gumercindo? Mas à esta hora ele devia estar no palácio... Será que ele está
traindo a rainha? Eu preciso avisar Vossa Majestade amanhã mesmo!
CORTA PARA:
Amanhece o
dia...
CENA
03 / CASA DE MARIA CHIQUINHA / INTERIOR / DIA
Maria Chiquinha
termina de vestir Gumercindo com a roupa de grávida.
Maria Chiquinha
– Está pronto Gumercindo!
Gumercindo –
Vocês tem certeza que eu tenho que fazer isso mesmo?
Maria Chiquinha
– Mas é claro Gumercindo. Tomara que não descubram você, eu vou rezar para
acontecer isso! Assim, você ganhará dinheiro trabalhando na taberna e
conseguirá pagar a dívida.
Gumercindo –
Velha maluca, tudo culpa sua, e de você também Neno. Ah, meu Deus, agora estou
no fundo do poço. O que eu fui fazer?
Neno – Eu já
disse que você precisa de aulas de teatro! E a Maria Chiquinha sabe dar muito
bem!
Gumercindo – Era
só o que me faltava.
CORTA PARA:
CENA
04 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / DIA
A Rainha Iracema
conversa com o rei.
Rainha Iracema –
Preciso confessar que você não está sendo fiel a mim, para onde está indo nosso
casamento, nossa aliança, nossa união para governar este país?
Rei Bernardo –
Mas que implicância é essa, eu não estou entendendo nada!
Rainha Iracema –
Não se faça de inocente, você sai todas as noites sem me dar uma notícia sequer
onde vai. Desconfio que está me traindo com outra mulher
Rei Bernardo –
Pois fará insinuações agora? Você devia me agradecer!
Rainha Iracema –
Mas uma saída e chegada tarde é suspeita, não acha?
Rei Bernardo –
Somente fui cuidar sobre as questões do país, é um rei, é meu dever! Eu não
posso reclamar se essa é a minha tarefa. Agora, você me dê licença viu. Preciso
ir lá focar no trabalho das minas. A exploração aurífera, o mais importante.
Rainha Iracema
sem palavras...
Saulo – Madame,,
tem visita para a senhora.
Rainha Iracema –
Mande entrar, por favor.
Neno entra.
Rainha Iracema –
Oh! Você, quem és?
Neno –
Majestade, permita-me que eu me apresente, sou Neno, trabalhador das minas,
gostaria de discutir com a madame sobre um assunto de extrema importância.
Rainha Iracema –
Perfeitamente, pode começar a pronunciar suas palavras, sou a todo ouvidos.
Neno –
Permita-me, mas podemos conversar a sós?
CORTA PARA:
CENA
05 / PALÁCIO REAL / QUARTO / INTERIOR / DIA
A Rainha e Neno
no quarto. Ela tranca as portas.
Rainha Iracema –
Bom, que assunto urgente que queria falar comigo? Algum problema?
Neno – Eu vou
ser breve e objetivo. Mas, me perdoe do que falar, só veio do meu ponto de
vista que presenciei uma cena ontem mesmo... Entende? Peço desculpas, mas ontem
vi o rei sair da casa de uma plebeia!
Neno – Mas não quero que me interprete mal Vossa Majestade, por favor.
Eu só comuniquei a senhora o ocorrido para lhe alertá-la.
Rainha Iracema – Fez bem em me contar. Qual é o seu nome?
Neno – Me chamo Neno.
Rainha Iracema – Mas me diga, onde é a casa da tal plebeia?
Neno passa o endereço para a Rainha Iracema.
Rainha Iracema – Admiro sua atitude, ficarei de olhos bem abertos.
Obrigada por me revelar a verdade. Hoje mesmo eu pego o meu marido no
flagra!
Neno – Mas não revele para ninguém que lhe informei sobre isso!
Rainha Iracema – Claro que não, sua pessoa não será revelada. Vou
te recompensar em breve!
Neno – Bom, eu vou indo.
Rainha Iracema – Eu te agradeço profundamente!
Neno – Não tem que agradecer, a rainha precisava saber. Vou indo.
Neno vai embora.
CORTA PARA:
CENA 06 / CASA DE GEREMIAS / INTERIOR / DIA
Luana ajuda Geremias a cortar verduras.
Luana – Pai, eu gostaria de te contar uma coisa. Não sei se vossa pessoa
vai gostar.
Geremias – Diga minha filha, o que é?
Luana – Ontem eu encontrei com o Neno.
Geremias – O Neno? Ah, meu Deus! Será possível que terei que pegar uma
espingarda para dar um tiro nesse rapaz? Ele não cansa de correr atrás de você?
Luana – Calma, está tudo bem. Eu o perdoei!
Geremias – Mas como assim minha filha? Depois de tudo que ele fez, você
tem coragem de o perdoar?
Luana – Eu acredito que todos merecem um perdão. Ele está mudado, dá
para perceber nos sentimentos dele, nos olhos dele. Até assumiu os erros do passado.
Geremias – Mas espero que vocês não se relacionem novamente.
Luana – Longe de minhas intenções, eu quero refazer minha vida agora!
Geremias – Eu estou muito preocupado... e quando o Príncipe chegar? Que
decepção! Como faremos?
Luana – Eu não tenho alternativas a não ser terminar o relacionamento
com o Príncipe.
Geremias – Ele vai ficar arrasado!
Luana – O pior é a minha pessoa, meu pai. O Príncipe foi covarde comigo.
Geremias – Mas como assim, minha filha?
Luana – Covarde em não contar que estava de casamento marcado com a
Princesa de Portugal. Você sabe o que eu acho? Ele se aproveitou de mim.
Geremias – Nunca. Eu via nos olhos dele, ele realmente amava você.
Luana – Como não, meu pai? Ele se aproveitou de mim sim enquanto a princesa
não chegava ao Brasil.
Geremias – Ele sempre foi apaixonado por você minha filha, talvez, ele
até esqueceu de contar isso. Ou então quis manter sigilo para não estragar o
relacionamento. Vocês formam um casal tão bonito.
Luana – Papai, eu não vou correr mais atrás do Príncipe. Nosso
relacionamento está terminado, o que ele fez comigo não tem perdão! E eu não
quero que o senhor pronuncie o nome dele nesta casa.
Geremias – Me diga o que aquele rapaz fez para você? Mudou seus
pensamentos? Deve ter sido ele... Eu vou pegar a minha espingarda e dar um tiro
na cara dele.
Luana – O Neno não tem nada a ver com isso. E quer saber... Eu quero é
ficar sozinha, solteira. Nunca mais quero casar! Eu só tenho decepções nessa
vida, estou cansada! Cansada papai. Essa vida não me dá nada de agradável.
Luana começa a chorar descontroladamente e Geremias a consola.
Geremias – Calma minha filha, venha cá. Sente no meu colo. Eu exagerei
nessa hipótese, me perdoe.
CORTA PARA:
CENA 07 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / DIA
A Rainha Iracema anda descontroladamente pelos cantos do palácio.
Pensativa. Deduz alguma coisa. Saulo se aproxima dela e questiona:
Rainha Iracema – Ah, mais claro! Foi ele! Como fui idiota acreditando
nas palavras que ele pronunciou...
Saulo – Vossa Majestade está pensativa. Qual o motivo disso? Tenho a
oportunidade de saber?
Rainha Iracema – Deveres de uma rainha. E gostaria de deixar bem claro
para você, que se eu fosse o rei, eu te colocaria para fora desse palácio.
Saulo – Mas o que fiz para ter ódio de mim? Sempre fui fiel a sua
rainha.
Rainha Iracema – Não me conte mentiras! Eu já deduzi. Eu sei bem que o
senhor não quis descobrir com quem o rei estava se encontrando.
Saulo – Um momento, madame.
Rainha Iracema – O que você vai pronunciar agora? Mentiras! Eu já estou
farta disso.
Saulo – Acho que a senhora está muito enganada.
Rainha Iracema – Enganada eu? Qual insinuação está a fazer?
Saulo – É claro que eu tentei descobrir com quem o rei estava se
encontrando, mas eu não consegui, ele deve ter disfarçado.
Rainha Iracema – Agora você vem com essas desculpas para o meu lado!
Sugiro que pare de contar mentiras diante de Vossa Rainha...
Saulo – Mas madame...
Rainha Iracema – Nem mais uma palavra! Eu já estou farta disso. Eu sei
que você é fiel e confidente ao rei, não a mim. Já viu o ditado? As paredes têm
ouvidos! Você dá mais atenção para o rei do que para Vossa Rainha. Eu vejo a
afinidade de vocês. Acha que sou burra para não perceber isso?
Saulo – Não nego, eu gosto muito do rei. Mas eu não deixo de gostar de você.
Afinal, sempre me acolheu muito bem e agora me tratas desse jeito.
Rainha Iracema – Certamente você deve ter feito uma aliança ao rei. Ele
deve ter te obrigado a não fazer o serviço para mim! Eu conheço vocês homens!
Saulo – Onde estão as provas concretas para me acusar desse jeito? Você
não tem nada, nenhuma prova. Vossa Majestade está me decepcionando.
Rainha Iracema – Eu vou afogar nessas suas ondas de mentiras! Eu
queria só lhe informar que... Não preciso mais de você, porque, eu mesma hoje, vou
tirar essa história tudo a limpo! E se eu ficar sabendo que deu alguma coisa de
errada nessa história, você vai ver! Eu vou te renunciar do cargo. Entendido?
Saulo – Perfeitamente.
Rainha Iracema – Então... Suponho que está dividido entre a sua vida e a
amizade do rei? E o que fará agora já que a sorte jogou contra você?
CORTA PARA:
CENA 08 / CASA FAMÍLIA ELIZALDE / INTERIOR / DIA
Todos almoçam juntos.
Valdirene come silenciosamente, sem reclamações.
Reginaldo – E aí Wagner? Como andam as coisas na taberna?
Wagner – Desde que o senhor abandonou o nosso estabelecimento, eu tenho
cuidado muito bem dele!
Valdirene – Pare de contar mentiras, você sabe bem que não cobrou a
dívida ainda. E falta três dias.
Reginaldo – Mas o que sua irmã está dizendo? Que dívida é essa?
Wagner – Você também hein Valdirene? Que boca.
Elizete – Espere! Eu também tenho o direito de saber. Eu que mando nessa
casa!
Wagner – Pois bem, pai e mãe. Me perdoem por não ter revelado antes...
Mas há uma dívida assim. Conhecem o Gumercindo?
Reginaldo – Gumercindo? Pai daquela menina chamada Laura?
Elizete – Aquele esquisito? Conheço bem. Nunca conversei com ele.
Reginaldo – Nem eu.
Wagner – Pois bem. Ele sempre foi à taberna para beber vinho quando
estava nervoso, descontrolado. E bebia descontroladamente várias garrafas. Até
que ele resolveu anotar na conta... Inclusive a mulher dele morreu por causa
dele! Eles não conseguiram pagar a dívida. Ela morreu de raiva, um infarto. E
hoje em dia... A dívida acumulou! Dei o prazo de uma semana para ele pagar,
mais nada!
Reginaldo – Mas o que é isso? Você não está sabendo negociar!
Wagner – É claro que eu sei negociar meu pai! Dei o prazo de uma semana,
uma semana! E ameacei até falar com o rei para prendê-lo caso ele não pagasse!
Mas eu não sei... E se ele não pagar meu pai? Às vezes eu fico pensando se
estou agindo de forma correta... E se ele for preso, como sustentará a filha?
Reginaldo – Bom você está certo, meu filho. Mas e nossas dificuldades.
Sempre estamos economizando, onde vamos parar se nossos clientes não pagarem a
conta?
Wagner – Eu lamento informar papai. Mas estamos divididos entre os dois
lados. Ou a gente perdoa a dívida ou ele vai preso!
Reginaldo – Ah, meu Deus. O que faremos?
Elizete – Meu coração partiu com essa história. Eu acho que deveríamos
perdoar a dívida... Imaginem se esse homem for preso... A filha dele não vai
conseguir se virar sozinha. E outra coisa. Ela não tem mãe! Ela deve ser bem
nova.
Valdirene – E tem mais uma coisa!
Reginaldo – Qual é o problema minha filha?
Valdirene – Ele sempre está procurando um novo disfarce para sair da
dívida. Ontem mesmo chegou uma grávida na taberna, mas certamente deve ser ele.
A grávida alegava que foi abandonada pelo marido e que iria ter trigêmeos, em
breve. Ela precisava de algum lugar para trabalhar, aí foi nessa parte que o
Wagner concedeu o trabalho na taberna para ela.
Reginaldo – Mas você está doido meu filho!
Wagner – Meu pai, eu tenho sentimentos, assim como o senhor. Eu me
sensibilizei com o caso dela!
Reginaldo – Mas onde vamos parar desse jeito? Não teremos dinheiro para
pagá-la. Ela não pode ser nossa escrava. Você vai ter que refazer isso!
Valdirene – Eu ainda desconfio que pode ser o Gumercindo disfarçado só
para nos arrancar dinheiro para pagar a dívida.
Reginaldo – Onde é a casa desse Gumercindo? Quando anoitecer eu falarei
imediatamente com ele!
Elizete – Mas pode ser perigoso Reginaldo e se ele enfurecer, e...
Reginaldo – Eu não tenho medo dele! Eu vou cobrar essa dívida. Isso não
vai ficar assim!
CORTA PARA:
Anoitece...
CENA 09 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / NOITE
O Rei Bernardo lê um livro... Saulo se aproxima dele.
Saulo – Majestade desculpe incomodar. Mas venho trazer uma carta de
vossa Rainha de Portugal.
Rei Bernardo – Você não incomoda nunca, Saulo. Deixe me ver essa carta
Saulo entrega a carta.
Rei Bernardo abre a carta e lê. Ele se assusta.
Rei Bernardo – Meu Deus, o que eu fiz para merecer isso? É um absurdo!
Saulo – Está assustado, o que houve Majestade?
Rei Bernardo – Essa carta diz que amanhã mesmo a rainha chegará ao
palácio real!
Saulo – Amanhã? Mas... E o Príncipe Fábio que está fazendo uma viagem
pelos continentes orientais?
Rei Bernardo – Eu sou muito burro! Assim que a Rainha chegar ela vai
querer que a Princesa se case com o Príncipe imediatamente. E a viagem pelos
continentes orientais durará um mês.
Saulo – Eu acho que o seu plano de separar o Príncipe da plebeia não deu
certo.
Nesse momento, a Rainha Iracema chega.
Rainha Iracema – Vejo que não contaram para Vossa Rainha essa
história... Vocês pensam que eu sou burra? Eu estava ouvindo a conversa atrás
da porta. Mas que conversa é essa de separar o Príncipe da plebeia?
Saulo e Bernardo assustados.
Rainha Iracema – Não fiquem com essa cara diante de Vossa Rainha. Eu
exijo uma explicação concreta.
Rei Bernardo – Então. Eu vou revelar a você! O nosso filho, Príncipe
Fábio, estava tendo um caso com uma plebeia.
Rainha Iracema – Uma plebeia?
Rei Bernardo – Sim, uma plebeia.
Rainha Iracema – Mas como você não me revelou isso antes?
Rei Bernardo – Eu não tive cabeça! Eu não tive
Rainha Iracema – Mas eu sou a rainha... Meu Deus... Eu nunca iria
imaginar que o Príncipe estava se envolvendo com uma plebeia.
Rei Bernardo – Mas não tem coisa pior do que a chegada da rainha.
Rainha Iracema – Rainha? Que rainha?
Rei Bernardo – A sua irmã! Rainha de Portugal.
Rei Bernardo – A sua irmã! Rainha de Portugal.
Rainha Iracema – Minha irmã?
Rei Bernardo – Perfeitamente.
Rainha Iracema – Mas o que ela quer fazer?
Rei Bernardo – Ela... Está vindo de Portugal para que a Princesa Aurora,
sua sobrinha, case-se com o Príncipe para que as Coroas sejam unidas.
Rainha Iracema – Meu Deus... Unir as Coroas novamente? Isso é um
absurdo.
Rei Bernardo – Pois é... Mas deixa para lá! Eu vou é esfriar a cabeça
agora.
Rainha Iracema – Onde você vai? Volta aqui. Volta aqui Bernardo.
O Rei vai embora.
Rainha Iracema – E o que você ainda faz aqui? Sai!
Saulo – Desculpe Vossa Majestade.
Rainha Iracema – Quanta traição à rainha hein?
Saulo vai embora.
Rainha Iracema – É hoje! É hoje que eu pego ele no flagra.
CORTA PARA:
CENA 10 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / NOITE
O Rei entra na carruagem... que parte. A Rainha observa e espera algum
minuto. Em seguida, entra em outra carruagem que segue o rei.
CORTA PARA:
CENA 11 / FRENTE DA CASA DE GUMERCINDO / INT / NOITE
Depois de algum tempo... A carruagem para em frente à casa de
Gumercindo. Em seguida, outra carruagem. O Rei bate na porta e Laura
abre. Os dois se abraçam. A Rainha flagra de longe, atrás das árvores. Desce
uma lágrima pelo olho dela, que lamenta.
Rainha Iracema – Todo esse tempo eu fui traída!
CORTA PARA:
Depois de algum tempo...
CENA 12 / PALÁCIO REAL / QUARTO DA RAINHA / INT / NOITE
A Rainha chega em seu quarto, tranca a porta... Tira as roupas diante do
espelho e derrama várias lágrimas de choro... Olha para a Lua Cheia lá fora com
tristeza e lamenta. Trata de colocar a roupa de dormir... Mas antes, procura em
algumas gavetas um objeto. Ela abre um cofre e tira de dentro uma faca...
Em seguida, se mutila com a faca.
CORTA PARA:
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