O Jogo do Poder- Capítulo 07
segunda-feira, julho 16, 2018Capítulo 7
Cena 1/ Interna/ Hospital:
Zilda e Stefanny estão na sala de espera quando o médico adentra e se aproxima delas.
Zilda – Doutor, como é que o meu neto tá, ele corre algum risco de vida?
Médico – Não, não. Ele sofreu uma fatura exposta na perna, mas nós já o operamos e ele vai ficar bom logo, só está com a perna engessada. E eu não sei se a policia já conversou com vocês, mas como eu sou amigo da família eu vou logo avisar que o Eduardo ainda não foi encontrado.
Stefanny – Já sim, a gente já sabe disso.
Zilda – A gente já pode ver ele?
Médico – Não agora, ok? Ele ainda está sedado, mas eu acredito que logo, logo ele vai acordar (o médico observa um sofá branco no canto da sala) – vocês podem esperar ali (ele aponta para lá).
Zilda – Sim, é melhor.
Stefanny acompanha Zilda até o sofá onde as duas se sentam. Em seguida, o celular de Stefanny vibra. Ela olha a tela do celular onde lê a seguinte mensagem “Tô no restaurante que fica na frente do hospital”
Stefanny -Vó, eu vou sair pra comer alguma coisa, a senhora tá com fome? – ela se levanta.
Zilda – Não. Mas por que você vai sair pra comer? Aqui tem uma praça de alimentação e pra gente é de graça ué.
Stefanny – Eu sei, mas é que eu não curto muito a comida daqui, na verdade eu prefiro comer em um restaurante que tem aqui na frente. Quando eu tô trabalhando eu sempre como lá – ela se abaixa e beija a testa da avó – não demoro, ok?
Zilda – Tudo bem, quando o Heitor acordar, eu te ligo.
Stefanny – ok.
Cena 2/ Restaurante/ Noite:
Stefanny adentra o restaurante luxuoso e elegante, com as paredes todas feitas de vidro e uma iluminação amarelada, um toque sofisticado. Ela procura por William e o acha.
Stefanny – Ainda bem que você veio, não ia ter como eu ir pra casa agora e depois voltar pro hospital. Tá aqui – ela retira um envelope da bolsa – nesse envelope tá a carta e um cheque com a assinatura do Eduardo.
William – É pra colocar a assinatura falsa nessa carta, certo? – ele pega o envelope.
Stefanny -Isso, e olha por favor, isso é pra ontem. Eu quero essa carta o mais rápido possível nas minhas mãos pra poder dar entrada no inventário.
William – Me diz uma coisa, o Heitor tá vivo e pelo que eu sei ele tá bem. Você não tem medo dele te denunciar?
Stefanny – Primeiro que ele não tem provas de nada, só abrir a boca na frente de um delegado não vai fazer eu sair culpada disso tudo. Segundo, o Heitor não ficar vivo por muito tempo, eu vou dar um jeito nele – ela fecha o zíper da bolsa – agora eu tenho que ir, faz um bom trabalho! – ela vai embora.
William – Eu pedi um champanhe! Não vai querer?
Stefanny –Cê vai pagar?
William – É O jeito né.
Cena 3/ Interna/ Hospital.
Stefanny adentra a sala de espera e vê Zilda ainda sentada no sofá e cochilando.
Stefanny – Ô vó, ele ainda não acordou?
Zilda – Ah, já sim. Mas o médico não me deixou entrar ainda porque um policial entrou pra falar com ele, pra saber o que aconteceu.
Cena 4/ Interna/ Hospital/ Noite:
O policial está em pé ao lado de Eduardo enquanto o médico está logo ao lado, acompanhando o interrogatório.
Policial – Então o seu irmão estava dirigindo rápido, sem controle quando um animal que você não soube identificar passou na frente do carro e ao tentar desviar o seu irmão perdeu o controle, fazendo o carro capotar e cair em um rio, certo?
Eduardo – Sim, eu fui jogado pra fora. Quando eu acordei, chamei pelo Eduardo, mas ele não respondeu, dai eu vi o carro dentro do rio e logo tive a certeza que ele não teve a mesma sorte – Eduardo começa a lágrimar.
Policial – Tudo bem, eu já tenho tudo que eu precisava pra começar as investigações. Uma equipe ainda está procurando pelo corpo do seu irmão. Descansa, Heitor.
Eduardo sorri; O policial sai da sala acompanhado do médico; em seguida, Stefanny e Zilda adentram o quarto.
Zilda – Meu neto, graças a Deus que você tá bem – ela abraça o neto, emocionada e aliviada.
Stefanny segura a mão direita de Eduardo – E aí Heitor, como você tá?
Um ódio toma conta de Eduardo que aperta com força a mão de Stefanny que com cinismo, sorri.
Congelamento no Personagem Eduardo.
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