Herói Nacional - Capítulo 28 - "A Pérola de uma história sincera + O ASSASSINATO"!
segunda-feira, julho 16, 2018
HERÓI
NACIONAL
Apresentamos
para vocês a trama escrita por Felipe Rocha
Não deixem
de ler esse capítulo deslumbrante, esse primor que é:
CENA 01. CASA DE GUTO.
INTERIOR. NOITE
Atenção Edição: Continuação
da cena 04 do capítulo anterior.
Guto chega em casa e se depara
com Diva e Olímpia discutindo. Ele questiona.
GUTO ― O que está acontecendo aqui? Quem
é essa mulher, mãe?
OLÍMPIA ― Não, não! Eu não acredito! A Melissa
não seria capaz disso. Quê que é hein? Você vem aqui na minha casa, a essa
hora, para acusar minha filha? Você acha que, a essa altura do campeonato, ele
faria uma covardia dessas?
DIVA ― Dona Olímpia, me perdoe, mas nem a gente
conhece os nossos filhos direito! Não estou acusando, apenas fazendo uma
suposição. Eu vim aqui por que estou preocupada, se coloque no lugar de uma mãe
como eu, ter um filho doente, síndrome de down em que as pessoas tiram
aproveito para fazer postagens maldosas por aí... eu não quero isso agora, não
quero! Seja lá o que for, eu preciso de uma explicação concreta da Melissa!
Quero saber mais da relação dos dois, o que houve... Como foi. Eu preciso tirar
esse peso nas costas, um peso na minha cabeça. Entende?
GUTO ― Como assim? A Melissa engravidou?
OLÍMPIA ― Não, não meu filho. Quer dizer / por enquanto
não. Não sabemos direito. Essa senhora tem um filho síndrome de down, ela veio
aqui questionar se a Melissa teve alguma relação com ele, ela esteve procurando
ele lá...
DIVA ― Eu tô precisando de ajuda! Sério mesmo!
A Diretora da escola, as professoras, até então, mau-caráter, as pessoas falam
para eu interna-lo... eu sei lá, tô desorientada, sabe? Não sei o que fazer.
Deus me deu esse desafio, ele tá pedindo para eu aguentar, ser firme,
batalhadora, erguer o muro até o último colapso, mas eu não...
OLÍMPIA ― Oh minha querida, venha cá...
Olímpia abraça Diva.
OLÍMPIA ― Eu te peço desculpas. Depois dessa
conversa toda, eu estou sabendo reconhecer... você tem razão. A gente não sabe
nada dos filhos. Do dia para noite nasce um bebê aí, aparece com uma barriga.
Mas se for de má intenção, saiba que vou corrigir! Mas eu tenho certeza
verídica de que a Melissa não fez por mal e sim, quis ajuda-lo na inclusão com
os demais! Ela explicará essa história... Para mim, para você e o Guto. Na frente
de todos nós!
CORTA PARA:
CENA 02. RESTAURANTE. MESA 25.
INTERIOR. NOITE
Atenção Edição: Continuação da
penúltima cena (05) do capítulo anterior.
Lorenzo pede Melissa em namoro.
LORENZO ― E aí? Aceita namorar comigo?
Melissa sorri, rindo, não acreditando... Os
dois excitados, animados. Ela comunica:
MELISSA ― Sim, eu aceito sim!
Lorenzo se aproxima de Melissa... Os dois vão
se aproximando até rolar o primeiro beijo, até então, todos veem e começam a
aplaudir... E formavam uma roda, uma ciranda infinita, um verdadeiro início de
um novo amor. Uma nova rosa branca mística, um só corpo e um só espírito que
nascia naquele momento! Após beijar-se, os dois sorriem um para o outro e
continuam a merecer os honoráveis aplausos marcados para sempre na sua vida e
na vida daqueles indivíduos feitos para um o outro!
CORTA PARA:
MAS CARO LEITOR, EM MEIO A CENAS LINDAS E DESLUMBRANTES,
AMOROSAS, SINGELAS, TODA HISTÓRIA TEM UMA CENA LINDA E TRISTE.
AGORA MOSTRAMOS, ATÉ ENTÃO, O FINAL DE TÉO
DELLACOURT.
CORTA PARA:
CENA 03. MANSÃO DELLACOURT.
PALCO. INTERIOR. NOITE
Atenção Edição: Continuação da
última cena (06) do capítulo anterior.
Na Mansão Dellacourt, Pérola desmascara Téo no
palco. Ele toma o microfone da mão dela e reage.
TÉO ― Não! Não! É tudo uma farsa! Ela é uma
impostora, mentirosa. Onde já se viu? Téo Dellacourt? (ordena) Seguranças,
seguranças tirem essa louca daqui. Levem ela de volta para o hospício, vão!
Ninguém apoia Téo Dellacourt e começa a vaiar
ele por meio de gritos, assovios, pateadas, manifestação dos estereótipos humanos,
até então, considerados “Normais” pela ciência! Luigi, Lígia e Manuela
preocupados.
MANUELA ― Eu não acredito que isso tá
acontecendo! Faz alguma coisa mãe, o papai vai ser preso!
LÍGIA ― Eu vou lá resolver isso agora.
LUIGI ― (impede, colocando a mão no braço dela)
Não, mãe! Ele mereceu!
LÍGIA ― Então suas mãos prepararam a massa?
Você tem alguma coisa a ver com isso, Luigi?
LUIGI ― Sim e não... digo/ não...
LÍGIA ― Eu vou lá, nem que seja amarrada!
PÉROLA fala ao Microfone.
PÉROLA ― Conheceram? Esse é o Téo Dellacout!
Racista, contrário ao feminismo, machista! Um ser desses merece estar na cadeia
e essa empresa de merdinha, de quinta categoria! Digo mais... deve ter algo
ilegal infiltrado! Acredito que depois disso, ninguém comprará as Joias da
Dellacourt. E é melhor mesmo se prevenir disso mesmo gente, ele é perigoso, não
vale a pena se envolver com esse homem! Não é mesmo?
Todos apoiam Pérola.
Téo com os olhos de sangue na
cara... Lígia sobe ao palco, toma o microfone de Pérola. Todos começam a vaiar Lígia, que se pronuncia
sobre a situação:
LÍGIA ― Me desculpem pelo espetáculo, nunca
mais acontecerá... Essa moça está fora de suas faculdades mentais!
Um dos representantes questiona:
REPRESENTANTE 1 ― Não, você está mentindo para
acobertar o vilão dessa situação! Gente, eu presenciei! Está tudo certo o que
essa moça falou! A Pérola. Eu vi isso com os meus próprios olhos, Téo
Dellacourt é um racista! Merece ser preso!
Todos começam a ficar contra Téo. Todos começam
a gritar.
TODOS ― Cadeia! Cadeia! Cadeia! RACISTA!
RACISTA! RACISTA! RACISTA!
Os seguranças sobem ao palco e algemam Téo!
Todos comemoram.
TÉO ― (off) Não! Não! Não! Não!
CORTA PARA:
CENA 04. PRAÇA. INTERIOR. NOITE
Lorenzo e Melissa caminham até a praça se
beijando.
LORENZO ― O luar da noite!
MELISSA ― Sincero e claro! Lua cheia, admirada,
tão bonita, leve, inspiradora!
LORENZO ― Diversas palavras podem descrevê-la.
LORENZO ― Diversas palavras podem descrevê-la.
MELISSA ― Minha lua preferida! É a lua do
começo, a lua da Aurora da Boa Nova! Já viu uma estrela cadente?
LORENZO ― Caindo na minha janela. Má sorte ou
castigo?
MELISSA ― Nenhum dos dois. Presente da
divindade. Um novo caminho nascerá na sua vida.
LORENZO ― É? Um novo caminho? Um novo presente?
Então eu acho que... eu dei sorte! A estrela estava dizendo a verdade.
Os dois se beijam.
MELISSA ― Você é tão romântico...
LORENZO ― E você tão argumentativa!
MELISSA ― Eu quero aproveitar esse momento!
LORENZO ― Eu também! Eu encontrei o meu corpo,
juntos nós somos, um só corpo e um só espírito!
CORTA PARA:
CENA 05. CASA DE GUTO. SALA.
INTERIOR. NOITE
Diva se despede de Olímpia.
DIVA ― Está bem, amanhã eu volto para tirarmos
a limpo essa situação!
Diva vai embora.
Diva vai embora.
Olímpia senta no sofá, cansada.
OLÍMPIA ― Ah, que dor de cabeça!
GUTO ― Quer um remédio?
OLÍMPIA ― Não, só essa história que me deu uma
pulga atrás da orelha! Imagina, a sua irmã envolvendo com um síndrome de down?
GUTO ― E qual é o problema?
OLÍMPIA ― O problema é justamente isso: as
consequências. Agora vem essa mulher aí tirar satisfação.
GUTO ― Você não tem preconceito, né?
OLÍMPIA ― Claro que não! Eu não! Mas de
qualquer forma precisamos conversar com a Melissa! E você vai me ajudar. Eu não
sei o que dizer, eu estou sem palavras, é muita decepção para uma mãe com eu.
GUTO ― Não mãe, para com isso! Seja sincera de
uma vez por todas! Isso é preconceito. Uma constatação de senso comum, uma
pré-teoria que você está criando... eu já sei qual é o seu preconceito!
Estética. Você está com medo que a Melissa seja mal vista nas ruas andando com
um síndrome de down. E daí? A gente não deve ligar pelas aparências, nem pelas
rebuscadas da mídia, pelos padrões de felicidade! É tudo manipulação, a gente é
feliz no que a gente é, da forma que a gente quer e que tem que ser! Mãe, olha para mim, vamos viver, sentir o eu
da gente, e se a Melissa quiser ficar com esse cara, o síndrome de down, vamos
aceitar! A vida não é como a gente pensa, a vida é um verdadeiro presente! E
ela sim, ela faz sentido. Mesmo nas coisas ruins, conseguimos enxergar a
verdadeira lição otimista que serve para dar retorno, dar continuação! A VIDA É
BELA! E A GENTE TOCA O BARCO E SEGUE O RITMO DA MÚSICA DELA!
CORTA PARA:
CENA 06. FRENTE DA MANSÃO
DELLACOURT. EXTERIOR. NOITE
Téo sendo levado pelos policiais até o carro.
Pérola comemorando.
TÉO ― Não, não! Soltem-me! Larguem-me! Isso é
tudo uma farsa, uma montagem.
Pérola ri.
PÉROLA ― Agora você vai vestir o xadrez...
aproveita seus próximos dias... dias melhores virão! Ver o sol nascer quadrado.
TÉO ― Sua! Sua!
Téo tira uma arma do bolso e dá um tiro no
peito de Pérola, que desmaia! Todos se preocupam com ela e Téo entra no carro
da polícia, rindo.
TÉO ― A gente vai se encontrar no paraíso,
queridinha! No paraíso que você nem imagina.
Lígia lança um olhar para Téo.
O carro da polícia parte com uma gargalhada
maligna de Téo.
CORTA PARA:
FIM DO
CAPÍTULO
AVISO!
“Caro
leitor, eu, Felipe Rocha, o autor da novela, gostaria de esclarecer a vocês que
não interpretem as mensagens de Herói Nacional como pontos negativos. Se você
estiver passando pela mesma situação, sendo vítima de atitudes racistas e
preconceituosas, não se limite aos pré-requisitos, DENUNCIE! RACISMO É CRIME!
VALE A PENA SER COMBATIDO NO NOSSO PAÍS. A SOCIEDADE GRITA, PEDE JUSTIÇA! Leve o
legado de Herói Nacional para sua vida e ele te conduzirá.
HERÓI
NACIONAL, construindo um mundo melhor para a formação de cidadãos conscientes
que sejam capazes de ser a primeira voz, o primeiro “eu” a estabelecer legados,
soluções para a melhora deste!
HERÓI
NACIONAL é aquela história que trata de humor inteligentes, delicado, sem
apagar o brilho dos nossos temas sociais. Para quem pensa que a novela HERÓI
NACIONAL não obteve novidades, está lendo a novela errada, por que além de
conscientizar as vítimas e as demais pessoas, FELIPE ROCHA esteve tentando
manter em contato com eles, recolhendo depoimentos pessoais e incrementando
para seu trabalho! Um autor que ajuda e tem consciência do futuro de sua sociedade. Pelo contrário, HERÓI NACIONAL FEZ INOVAÇÃO DE UM TEMA QUE NUNCA FOI DISCUTIDO, PENSADO NA NOSSA SOCIEDADE, CRIANDO ESPAÇOS para a abordagem de vários tipos de preconceitos, até então, múltiplos e heterogêneos.
Uma novela não se constrói com vários personagens, uma novela se constrói com história!
Por
isso, decreto:
ÚLTIMAS SEMANAS!
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