Capítulo 5.
Cena 01: Oficina Mecânica/ Noite.
O mecânico avalia os amassados e arranhões do carro.

Mecânico – Nossa, você fez racha com um elefante?

Steffany – Isso não é da tua conta, só me diz se dá pra tirar esses amassados e o tempo que isso vai levar.

Mecânico – Calma, me desculpa aí, foi só uma brincadeira. Em uma semana o carro já vai tá novinho pra senhora.

Stefanny – Ok.

Cena 02/ Mansão Villanova/ Noite:
Stefanny chega a mansão de taxi por de baixo de uma forte chuva. Ela adentra em casa.

Stefanny – Gente, que chuva é essa? Meu pai, acreditam que por conta disso eu cai em um buraco cheio de água que mais parecia um bueiro? O carro fumaçou e eu tive que levar pra oficina. Ué, que cara é essa vó? ( stefanny coloca a bolsa em cima do sofá).

Zilda- O Eduardo e o Heitor saíram e até agora não voltaram e eu sinto que aconteceu alguma coisa com eles meu Deus, eu sinto isso. Já até rezei.

Stefanny – É eu vi eles saindo mais cedo. Fica tranquila (Stefanny coloca a mão no ombro da avó).

Zilda – Quando eles chegarem vão levar uma bronca.

Cena 03/ Barranco/ Noite:
Em meio a forte chuva, Eduardo se rasteja por entre a lama e o mato para chegar até o topo do barranco onde tem a estrada.

Eduardo – Socorro! Socorro!! (ele olha para o rio e ainda consegue enxergar as duas rodas traseiras do carro)- Heitor! (ele chora) meu irmão! Heitor!

Cena 04/ Mansão Villanova/ Noite:
Stefanny entra no quarto de Eduardo, ela senta na escrivaninha do irmão e começa a escrever uma carta a mão, ela faz o máximo de esforço para usar a mesma caligrafia do dele.

“Eu peço desculpas por estar escrevendo por aqui e não dizendo tudo pessoalmente. Eu estou indo embora, não aguento mais ficar aqui, a pressão em cima de mim para assumir a presidência, o ciúme da Stefanny, e o fantasma da mamãe me assombrando o tempo todo me chamando de assassino e ela tem razão, eu deixei ela morrer pra dar tempo de me salvar. Enfim, nessa carta eu quero deixar bem claro que abro mão da herança que me foi passada. Adeus.”

Stefanny imprime a carta e leva até Zilda, que se enfurece com Eduardo.

Eduardo consegue chegar até a estrada. Um caminhão para e um senhor o ajuda.

Eduardo é levado até um pronto socorro da região.

Senhor – Aqui vão cuidar de você menino, tenho que seguir viagem, boa sorte.

Eduardo – Obrigado por me trazer aqui, só faz mais um favor pra mim? Liga pra policia e diz que eu e o meu irmão sofremos um acidente de carro, por favor, o corpo dele ainda deve tá dentro do carro (Eduardo começa a lagrimar).

Senhor – Pode deixar meu filho, mas com a correnteza desse rio, deve ser difícil o corpo tá lá dentro. Eu sinto muito por isso meu jovem, que Deus te abençoe. Qual é o seu nome mesmo?

Eduardo – Hei....tor, meu nome é Heitor.
Congelamento no personagem Eduardo.