Herói Nacional - Capítulo 26

sexta-feira, julho 13, 2018


HERÓI NACIONAL

Apresentamos para vocês a trama escrita por Felipe Rocha
Não deixem de ler esse capítulo deslumbrante, esse primor que é:


CENA 01. MANSÃO DELLACOURT. ESCRITÓRIO. INTERIOR. NOITE
LÍGIA E TÉO DISCUTEM SOBRE A NOVA EMPREGADA, QUE NA VERDADE É MARILDA.
TÉO ― Então você convidou ela e a família para a festa? Aqui ela é empregada, serve! Não come! Não se diverte.
LÍGIA ― Sim, foi uma gentileza minha, apenas. Gentileza gera gentileza.
TÉO ― Ah não me venha com isso Lígia! Imagina se ela tiver uma família grande, vem a tropa toda... não acredito Lígia! Então é isso mesmo? Sem me consultar, tomou essa decisão? Esqueceu que eu também sou o dono da casa, quem dá as cartas aqui só hoje. Justo hoje, justo hoje no dia da minha festa você tinha que contratar essa perua? Não viu o jeito que ela se veste? Tudo brega, cafona, antiquado, não contemporâneo...
LÍGIA ― Téo, não tem nada a ver. Sua festa continuará do mesmo jeito, com ou sem ela. E eu não podia deixar a mulher desamparada, sei lá, me deu uma dó pela história de vida dela, me coloquei no mesmo lugar.
TÉO ― Ah, é? Teve dó da moça né? Se colocou no mesmo lugar? Se você continuar assim o que essa casa vai virar? Não é para ter dó de todo mundo não! Você tem que contratar alguém competente e com boa formação profissional, analisou o currículo?
LÍGIA ― É claro que eu analisei! E fiquei surpresa, viu? Ela tem uma boa formação profissional, me confia que será bem competente com o seu serviço. Foi até fixada em lei.
TÉO ― Fixada em lei? Aquela coisinha? Eu não acredito! Eu não vou pagar tudo isso não!
LÍGIA ― Eu vou pagar, pode deixar! Ninguém precisa do seu dinheiro não! Mais ainda bem que contratamos outra empregada. Sabe o que eu achei de mais estranho? O Luigi nem reclamou com a gente! É, ele tava todo animado, para a gente contratar a Marilda, e depois que recusamos o pedido, ele nunca mais deu notícia.
TÉO ― Também achei isso meio suspeito. Como ele iria mudar assim de uma hora para outra?
LÍGIA ― De qualquer forma, temos que ficar atentos. Essa mulher pode estar com várias cartas na manga. Vai fazer de tudo para entrar aqui. E nós não vamos deixar. Se ela vasculhar e descobrir os documentos da adoção ilegal sem o nosso consentimento, já viu né?
TÉO ― Não sei nem por que a gente se meteu nessa fria. Ó, só avisando, se eu ver que essa nova empregada é competente eu já mando para o olho da rua! Sem dó, nem piedade! Escutou? Como é que é o nome dela mesmo?
LÍGIA ― Ivonete! Confio a você que nada vai acontecer, ao menos, surpreenderá com o que virá.
CORTA PARA:
CENA 02. SALÃO. PISCINA. INTERIOR. NOITE      
ATENÇÃO EDIÇÃO/ PLANOS DE ARQUIVO SOBRE: Vários convidados no salão de festas da mansão Dellacourt. Repleto de celebridades, fotógrafos, artistas de TV, teatro e cinema. Todos divertindo ao som de muita música clássica. Bastante comida, os empregados vão servindo aos honoráveis mestres. Destaque para Ivonete/Marilda que se sai muito bem animada, Luigi se aproxima dela e finge que a não conhece.
LUIGI ― Permita-me que eu saiba o nome da Belíssima, forte e robusta.
IVONETE ― Permita-me que eu apresente Ivonete ao seu dispor.
Os dois riem em meio ao trocadilho.
LUIGI ― Eu tô tão feliz que tudo está dando certo! Vai gostar muito de trabalhar aqui. Viu? Casão! Mansão? Piscinão! Daqui a pouco vou pular aqui. É, eu vivo em meio desse luxo todo. A ideia do currículo foi muito original, o resultado foi bem sucedido.
IVONETE ― Eu não sei como agradecer seu Luigi, eu estou muito feliz, sem palavras! Precisava muito desse emprego.
LUIGI ― Mérito seu! Podemos ser amigos? Você esteve presente na minha vida mais do que meus pais.
IVONETE ― Mas é claro sem sombra de dúvidas. Amigos?
LUIGI ― Amigos.
Os dois sorriem um para o outro.
LUIGI ― Sabe, aproveitando que a gente tá a sós, sem minha família por perto, tem hora que acho que... ah, eu não sei como dizer isso para você. É sem graça, eu fico sem jeito. Uns dias atrás eu estava sentido. Observando, analisando. Só pelo primeiro olhar, só pela razão, eu consegui tirar minhas conclusões. Somos tão parecidos em questões de ponto de vista. Não sei sabe, deve ser uma dádiva da vida, retratos de vidas passadas. Mas tem hora que eu acho que a gente tem algum parentesco e...
Ivonete/Marilda, desajeitada, o recusa.
IVONETE ― Olha, eu preciso servir, tem alguém me chamando ali. (fingindo) Já tô indo! Depois a gente conversa mais.
Ela vai embora.
LUIGI ― Espera... (se irrita) Droga, o que eu fiz de errado?
Corta para os dois representantes bebendo, dançando e conversando na festa.
REPRESENTANTE 1 ― Quero só ver o que ele vai aprontar nessa festa, com certeza vai anunciar aquela ideia de fazer marketing, até que consegue persuadir, no meu ponto de vista. Mas depois daquele papelão com a negra, então, nós não abandonamos ele mesmo, né senhores?
REPRESENTANTE 2 ― Até que somos bem remunerados. Téo Dellacourt pode ser um homem mau caráter, mas mesmo assim, estamos satisfeitos com o serviço.
REPRESENTANTE 3 ― Diferente de muitos micos que ele pagou, esse deve ser pior! Eu acredito! Dramático, ele deve vim com aquele papo de “revelação bombástica”. Olha senhores, vamos confessar né? Não existe mais ninguém tão satisfeita com o circo, não precisa de nem ir para o circo, aqui já temos um espetáculo de graça!
Corta para dois atores de Teatro, Cinema e TV no lado esquerdo do salão.
ATOR 1 ― Ah fala sério, quando recebi esse convite nem acreditei. Mas tive que comparecer, né? Pegaria mal! Mas eu só espero que eu tenha tomado à decisão certa, deve ser por uma boa causa. Nada mal!
ATOR 2 ― Nada mal? Como ousas dizer isso? Tudo mal, tínhamos que estudar o roteiro, amigos!
ATOR 1 ― Gastei gasolina para vir até aqui, ô se gastei.
ATOR 3 ― Ah não gente, me interromper no meio de uma sessão de fotos, gravações do meu programa? Eu sou uma celebridade! Mas quis vim para ser um dos primeiros a protestar o papelão! O melhor é preparar para o pior, que com certeza, de acordo com  os meus cálculos de possibilidade, possivelmente ele vai vir!
Os três riem.
Corta para outro plano do salão, com Sérgio chegando a festa. Manuela, com as amigas, o encontra.
MANUELA ― Sérgio! Você veio! Fico tão feliz.
SÉRGIO ― Resolvi. Você merece.
MANUELA ― Que honra a Julieta ser correspondida pelo Romeu a um convite da festa.
SÉRGIO ― Ah não Manu para, eu até já esqueci dessa parte, você que é a estrela daqui. Eu já parei com o teatro, desde que a casa da Gigi caiu, eu desisti. Agora tô tentando arrumar um bico novo, eu sei, eu tinha chance, “uma chance dessas não pinta duas vezes para ninguém”, mas sei lá, que queria ganhar mais.
MANUELA ― Não importa. Você sempre será eternizado com um bom ator.
GAROTA 1 ― Vamos, Manu!
MANUELA ― Vamos com a gente Sérgio?
SÉRGIO ― Vamos!
CORTA PARA:

CENA 03. MANSÃO DO DELEGADO RENATO. SALA. INTERIOR. NOITE
Lorenzo se senta à mesa com seu primo Felipe, do 8° Ano, e o ensina a matéria filosofia para a prova.
LORENZO ― Então vamos ver, o que temos aqui... amanhã você tem prova de Filosofia né? Já estudou?
FELIPE ― Estudei. Adorei participar dessa experiência, a matéria fala sobre os pré-socráticos, os jônios, e os elementos primordiais que compõem tudo que existe (arché).
LORENZO ― Sempre gostei dessa matéria. Agora vamos ver, por que Parmênides se opõe a Heráclito?
FELIPE ― Heráclito acreditava que o ser era múltiplo e heterogêneo. É famosa a frase dele: “tudo flui, tudo está em constante movimentação, nada permanece imóvel”, nada é estável. A transformação se dá com a alternação da luta entre os contrários que possibilitam o dia a noite, o claro e o escuro. O fogo era a arché de Heráclito, já que simbolizava a essência da natureza. E eu concordo com Heráclito, o nosso “ser”, a nossa essência, a nossa forma física, as paisagens, mudam com o passar do tempo. Mas veio aquele cara lá, Parmênides, que defendia que nada mudava, que a mudança é uma ilusão dos nossos sentidos. A coisa é ou não é! Segundo ele, o ser humano nunca deixa de ser, nunca muda, o ser, para ele, era UNO! Mas eu não acredito... é uma teoria inválida para mim. A mudança pode ser possibilitada por vários fatores tanto como alternâncias entre fenômenos naturais, Heráclito, é um gênio!
LORENZO ― Como sempre, meu primo sabendo tudo e me deixando boquiaberto, pois algumas coisas eu tinha esquecido! Você me deu uma verdadeira aula, Felipe! Parabéns. (olha no relógio) Já são oito e meia. Vai estudando aí Felipe, se eu chegar em casa cedo, eu te tomo o resto. Agora tenho um encontro.
FELIPE ― Boa sorte com a nova namoradinha.
Renato chega à sala e vê Lorenzo de cabelo penteado com gel, roupas de boutique, sapatos sociais, charmoso, elegante.
RENATO ― Parece que alguém aqui está inspirado. Se produziu todo para esse encontro e ainda esperando? Vamos, se não ela desiste de você!
LORENZO ― Já deu a hora meu pai! Eu preciso ir.
RENATO ― Pelo visto alguém vai se dar bem hoje, né?
LORENZO ― Perfeitamente. Eu inclusive comprei um anel e um colar para ela. Com o meu dinheiro, não se preocupa tá?
RENATO ― Eu sei que é por uma boa causa. Bem, você vai, então eu fico aqui né? Sem nenhuma mulher do meu lado!
LORENZO ― Chame a Gilberta para sair, ou então vai para uma boate.
RENATO ― Bom, você me convenceu, cadê a mãe do Felipe?
LORENZO ― Ela tá dormindo, então, de acordo com minhas conclusões, você pode sair.
RENATO ― Vou mesmo. Às vezes qualquer uma já ajuda a levantar o instinto masculino! Desejo boa sorte, filho. Comporte-se né, hoje não é dia de ir para Motel, não quando não é uma boa oportunidade...
LORENZO ― (ri, completa) De jeito nenhum, não tenho fama de pegador como o meu pai. Desde já agradeço, mas tenho comprovação de que nasci com uma estrela na testa (ri).
Os dois riem e ele vai embora. Renato se aproxima de Felipe.
FELIPE ― Ô tio, o senhor pode me ajudar aqui?
RENATO ― Claro.
Felipe mostra a lição para Renato.
CORTA PARA:

CENA 04. CASA DE TIA NÁ. SALA. INTERIOR. NOITE
Tia Ná se maquia no espelho.
ISABELA ― Hum, tá toda chique, bonitona, vestido novo. Poderosa. Plena, diva. Duvido que alguém não vá interessar por você hoje. Só pisa, arrasa Ná!
TIA NÁ ― A última coisa que eu queria é sujar minhas mãos lavando as impurezas, vulgo as cuecas de homem! Tô muito feliz, obrigada! Tomara que eu não tenha mais um peso nas costas.
ISABELA ― Aham sei, mas você fala assim...
TIA NÁ ― Quê que é? Tá duvidando de mim? Eu não tô te falando minha filha, é verdade. Agora me passa o batom. (se irrita) Anda logo, criatura!
ISABELA ― Esse desespero todo é para quê hein? É a estrela da noite? Vai discursar alguma coisa?
TIA NÁ ― Eu quero acabar com isso logo! Eu vou, mas ficarei sentada, no meu cantinho.
ISABELA ― Sentada não!
TIA NÁ ― Sentada sim, e digo mais, se algum velho me chamar para dançar, arrancarei a dentadura dos dentes dele e enfiarei na goela.
ISABELA ― Ah, coitado! Isso não seria covardia, não?
TIA NÁ ― Covardia? Tô mais que justa! Imagina eu, uma diva? Com um velhote? Se fosse para eu arrumar um bom partido, que fosse rico e me desse os cremes da Natura. Macadâmia! Ou então me desse uma casa melhor, né? Um dia todo de cama, empregada doméstica, sem eu ter que me matar fazendo comida. Minha artrite.
ISABELA ― Você é doidinha mesmo, bipolar! Uma hora quer, outra hora não quer!
TIA NÁ ― Estou só enumerando as prioridades. Nessa hora, homem serve. Agora para beijar, casca fora. Posso me casar com um velho que tem bufunfa, mas para beijar... ah menina, eu passo longe! Não quero pegar vírus. (conclui) Agora chega, coloquei um ponto final nesse discursinho. Vamos embora logo para eu divar, pleníssima.
CORTA PARA:

CENA 05. CASA DE EUSÉBIO. SALA. INTERIOR. NOITE         
Eusébio jantando. A campainha toca.
EUSÉBIO ― Ah, meu Deus! Não se pode nem jantar em paz? Deve ser mais gente me trazendo bolo. Não, não vou atender. Pode levar de volta. Eu vou virar uma baleia com tanto de doce, não vou conseguir nem fazer o regime que o médico prescreveu.
A campainha insiste várias vezes.
EUSÉBIO ― Quer saber, vou atender. Barulho irritante.
Eusébio se levanta da mesa, abre a porta, e se depara com Guto.
GUTO ― Boa noite Dr. Eusébio.
EUSÉBIO FINGINDO SER UMA PESSOA DO BEM.
EUSÉBIO ― Boa noite! O que você deseja? Aconteceu alguma coisa? Algo que eu possa ajudar, se estiver ao meu alcance?
GUTO ― Não, na verdade não. Ainda bem, né? Mas eu vim aqui em missão de um cidadão consciente e preocupado com o futuro da sua sociedade e de toda a população, com várias propostas. Será um prazer discutir essa ideia tão saciável, de tamanha razão, de tamanho progresso. Tenho um Artigo da Declaração Dos Direitos Humanos assinado pela Assembleia, durante a Revolução Francesa, que pode nos ajudar! Eu estou tão excitado, Doutor! Isso será de grande utilidade! Você e eu, a dupla está formada.
CORTA PARA:

CENA 06. CASA DE BARTOLOMEU. SALA. INTERIOR. NOITE
Na casa de Bartolomeu, Diva desorientada. Horácio a trabalhar no computador. Ela pega a bolsa no cabide.
HORÁCIO ― Vai sair minha amada, Diva?
DIVA ― Vou me informar quem é essa tal de Melissa de quem o Bartolomeu tanto fala!
CORTA PARA:


CENA 07. CASA DE GUTO. SALA. INTERIOR. NOITE
Melissa deslumbrante, com seu vestido novo, desce as escadas. Olímpia a imagina desfilando uma coleção na passarela, narra, animada, feliz. As duas sorriem uma para a outra.
OLÍMPIA ― Você está linda, minha filha! Ah, nem acredito! Seu primeiro namorado. Só não vá engravidar logo no primeiro encontro, tá? Quero netinhos, mas não precisa ser tão cedo.
MELISSA ― Sua boba! Tá doida? Eu sei muito bem do que estou fazendo! Mas, você acha que ele vai gostar? Não acha que tá brega, cafona, antiquado?
OLÍMPIA ― Claro que não minha filha! Ele vai amar.
A campainha toca.
OLÍMPIA ― (animada) O seu futuro noivo chegou.
Melissa se levanta do sofá e vai atender. É Lorenzo. Os dois sorriem um para o outro.
CORTA PARA:

CENA 08. CASA DE PÉROLA. SALA. INTERIOR. NOITE
Pérola conversa com a mãe, Iracema.
IRACEMA ― Só não vá aprontar essa noite, minha filha!      
PÉROLA ― Calma, mãe! É por uma justa causa! Mas eu só posso adiantar para você que essa festa vai ser de arrombar, o Téo vai ter o que merece.
CORTA PARA:

CENA 09. CASA DE OLÍMPIA. SALA. INTERIOR. NOITE
LORENZO, MELISSA E OLÍMPIA.
LORENZO ― Dona Olímpia, permita-me que eu leve a sua filha para jantar em um dos restaurantes mais refinados dessa renomada cidade?
OLÍMPIA ― Seu pedido é uma ordem! Aceito.
LORENZO ― (a Melissa) Vamos!
Os olhos brilham.
Os dois vão embora.
OLÍMPIA ― Ó meu Deus, tão lindos! Espero que tudo dê certo.
Olímpia admira uma foto de Ricardo.
OLÍMPIA ― Só faltava você aqui, meu amor! Para partilhar dessa felicidade. Ah, espera, eu tenho uma ideia... vou ligar para Gigi, para a gente assistir um filme de romance juntas. Comendo brigadeiro e pipoca.
Nesse momento, a campainha toca.
OLÍMPIA ― Quem será desta vez, meu Deus?
Olímpia vai atender, impaciente.
DIVA ― Boa noite, Melissa está?
OLÍMPIA ― Acabou de sair. Por qual motivo?
DIVA ― Desejo falar com ela. Assunto em particular.
OLÍMPIA ― Falarás para mim primeiro, eu sou a mãe dela.
DIVA ― Então, muito bem!
As duas se enfrentam.
CORTA PARA:

CENA 10. MANSÃO DELLACOURT. SALÃO DE FESTAS. INTERIOR. NOITE
Ná e Isabela chegam ao salão da Mansão Dellacourt.
TIA NÁ ― É, até que não é de se jogar fora! Tem várias celebridades aqui hein, tudo chique, repórteres, jornalistas, até mesmo paparazzis, celebridades do meu tempo! Isto é um sonho. Mas cadê a Marilda? Será que ela ainda tá com aquela peruca horrível?
ISABELA CUMPRIMENTA UM GATO NA FESTA, ELA A CHAMA.
ISABELA ― Vó, fique aí. Sente em qualquer lugar. Procure um velho, qualquer coisa. Ou espere sentada.
TIA NÁ ― Quê que você vai fazer hein minha filha? Já vai me abandonar?
ISABELA ― Tenho que ir. Um gatinho tá me chamando para uma resenha.
Isabela vai embora. Ná impaciente.
TIA NÁ ― Mas que gatinho é esse? Ô Isabela, volta aqui. Volta aqui, menina atentada. (pensa) Esses jovens de hoje!
Em seguida, Ivonete/Marilda avista a mãe e se aproxima.
IVONETE ― Deseja alguma coisa senhora?
CORTA PARA:
FIM DO CAPÍTULO

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