Castelo de Vidro - Capítulo 13
quarta-feira, outubro 07, 2020
Laila: Nossa… Que mesa linda! Para quem é essa comida toda?
Nana: Eu também quero saber!
Bonifácio: É para-
A campainha toca.
Dorotéia: Chegaram! (Sorria)
Dorotéia ia até a porta e girava o molho de chaves abrindo a mesma. Fortunato entrava em uma cadeira de rodas controlada por Eliza. Closes alternados em Laila ficando tensa e na porta onde Alice e Nina entram.
Alice (olhava p/ Dorotéia): Dó, que saudades que eu estava da senhora!
Nana saia correndo até Nina e a abraçava a surpreendendo.
Nana: Amigaaaaa!!! Que saudades de você lá na escola.
Nina: Nana, que surpresa boa! (T) Mas, pera… O que você tá fazendo na minha casa?
Nana: Ah, eu meu avô e minha irmã passamos essa noite aqui para ajudar a Dorotéia que é irmã do meu avô!
Nina: Ah tá!
Alice ao ouvir a fala de Nina passa o aglomerado em frente a porta e fica frente a frente com Laila. O instrumental de tensão toca. Alice que estava a sorrir expressa um semblante de confusão. Laila engole a seco.
Castelo de Vidro
NOVELA DE
Gabriel Malifer
COLABORAÇÃO
Gabriel Pretto
Ivette Dorleak
AUTORIZAÇÃO
Web Novelas Channel
Capítulo 13 - Estilhaçando
O CONTEÚDO ABAIXO NÃO É RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS. CONTÉM LINGUAGEM IMPRÓPRIA, CONTEÚDO SEXUAL E VIOLÊNCIA
CENA 01/EDIFÍCIO ROYAL/CASA DE FORTUNATO/SALA DE ESTAR/INTERIOR/DIA
A cena continua do gancho do capítulo anterior. Alice sorri alegremente para a Laila, que engole seco e sorri de canto. Ela não esperava que ela apareceria ali dessa forma tão subitamente logo após ela ter roubado seus pertences. Eliza e Fortunato entram na casa e se deparam com Bonifácio, que está um tanto quanto constrangido por estar na casa de um homem que está se recuperando de um grave acidente. Ele sorri de canto. Dorotéia para ao lado do irmão e comprimenta Eliza e Fortunato.
Dorotéia (aliviada): Ainda bem que vocês estão de volta. Fico feliz em saber que o Fortunato está bem.
Eliza (sorridente): É muita gentileza sua, Doroteia. Ele terá que tratar de algumas fraturas, mas fora isso está bem. E quem é este homem?
Dorotéia: Ah, este? Este é o meu irmão. Bonifácio.
Bonifácio sorri.
Bonifácio: É um prazer conhecer vocês.
Fortunato (sorridente): O prazer é todo meu. Mas o que o seu irmão está fazendo aqui, Dorotéia?
Dorotéia: É que o Boni não tem se sentindo muito bem. Ele cuida das suas duas netas sozinho e ele tem se sentido muito sozinho. Eu também estava. Sabendo da sua ausência, eu decidi chamar o Boni para ficar aqui comigo um pouco com as netas. Eles são pessoas humildes. Moram lá na Vila céu-azul. Tem algum problema em eles ficarem assim?
Fortunato (sorridente): Não. Fique tranquila. Não tem problema nenhum. Está tudo bem. Nós entendemos.
Bonifácio sorri. A imagem corta para um close no rosto de Alice, que observa Laila. Ela está desacreditada e desconfiada sobre os fatos apresentados por Laila quando elas se conheceram. Laila engole seco e revira os olhos. De repente, Alice percebe que uma ponta vermelha sai de dentro da bolsa de Laila. Depois de alguns segundos observando a ponta, Alice reconhece que aquele é um de seus vestidos. Ela franze a testa e luta para conter a vontade de arrancar a bolsa das mãos da garota e pegar o vestido. Educadamente, ela decide convidar Laila para acompanhar ela até o seu quarto.
Alice (contendo a raiva e sorridente): Laila, você gostaria de ir até o meu quarto junto comigo. Eu posso te mostrar alguns dos meus vestidos.
Laila engole seco, mas mantém a postura.
Laila (falsamente feliz): Claro.
Alice: Então vamos.
As duas vão ao quarto e Alice fecha a cara.
CENA 02/EDIFÍCIO ROYAL/COBERTURA/QUARTO DE ALICE/INTERIOR/DIA
Alice e Laila adentram ao quarto. A primeira fecha a porta e deixa a chave no trinco. Alice e Laila ficam se encarando por um tempo, até que Alice consegue processar todas o ocorrido em sua cabeça e resolve falar:
Alice: Me explica essa história direito, Laila… Nada bate diante de tudo o que você me falou durante muito tempo. Você me fez de ÓTARIA!
Laila: Não é nada disso, Alice… Eu vim aqui hoje… É… Eu queria proteger sua casa dessa gente infecta e-
Alice desfere uma bofetada no rosto de Laila.
Alice: PARA DE MENTIR! PARECE QUE NEM PARA ISSO VOCÊ SERVE! (T) Como você tem coragem de falar assim da sua família?
Laila (começando a chorar): Eu não tô mentindo… Quer saber… Eu fiz isso para que eu fosse aceita!
Alice fica furiosa com o que ouve.
Alice: Aceita??? Você acha que eu sou mais uma patricinha fútil, né? POIS VOCÊ ACHOU COMPLETAMENTE ERRADO! Você sabe do meu caráter, que inclusive é uma coisa que você desconhece em si própria, né? Se você me conhecesse, conhecesse a amiga que você tem, perdão, que você TINHA, saberia que eu pouco me importo para a classe social de alguém, eu me importo com a bondade, com a sinceridade… E o principal: a verdade!
Laila: Alice, eu-
Alice: NÃO FALA NADA! Você hoje provou para mim que é desprovida de caráter e mentirosa! Você é ridícula! O que você mais mentiu para mim? SEU NOME? É capaz de você não se chamar Laila também de tanto que mente… Você me enoja ainda mais pelo fato de negar a sua família, que só te dar amor nessa vida e seu avô que faz de tudo para te ver bem pelo que eu vi dele. Você é um ser humano desprezível-
Laila: CALA A SUA BOCA! SUA MIMADA! VOCÊ FALA ESSAS COISAS POIS NÃO PASSA PELO O QUE EU PASSO!
Alice: OLHA AQUI-
Laila (tom irônico): A Alicezinha princesinha mora em condomínio de luxo, a Lailinha pobrezinha mora numa vila infecta… A Alicezinha tem tudo o que quer sem precisar medir esforços e ficando de bunda para cima em casa o dia todo-
Alice desfere outro tapa ainda mais forte no rosto de Laila. Seus dedos ficam marcados no rosto da menina.
Alice: LAVA SUA BOCA, SUA IMUNDA! MEU PAI RALOU MUITO E VOCÊ DEVERIA TER ORGULHO DO SEU AVÔ QUE TE PROPORCIONOU TUDO DE BOM NA SUA VIDA! AGORA DESAPARECE DA MINHA CASA E FINGE QUE EU NUNCA EXISTI, SUA NOJENTA! VAI! RALA!
Laila faz uma cara de entojo para Alice se vira para ela dando passos lentos em direção a porta. Ela abre a tranca e sai do quarto. Close em Alice apoiada em uma escrivaninha, bufando de ódio.
CENA 03/REAL BRASIL/HALL PRINCIPAL/INTERIOR/DIA
Helena, após sair do velório de dona Zeferina, chega a Real Brasil um pouco atrasada. Porém, sabendo que se atrasou por um motivo nobre, ela não se preocupa muito. Ela folha alguns papéis dentro de sua pasta e continua a caminhar em direção a sua sala. De repente, Ana Maria entra na sua frente e a para. Ela está com uma cara furiosa. Ela pega os papéis de Helena e joga todos os papéis dela no chão, saltando em cima deles e rasgando alguns. Isso desperta a fúria de Helena.
Helena (irritada): Senhora, esses eram os meus relatórios…
Ana Maria (furiosa): Dane-se. Você sabe o que o seu atraso causou? Causou com que a Real Brasil perdesse a chance de explodir no mercado!
Helena: Madame, eu estava num velório…
Ana Maria: E o que tem?
Helena: Como assim ‘’o que tem’’? Isso o que a senhora está dizendo é uma completa falta de respeito. A pessoa velada era uma mulher muito bondosa e muito amiga da minha mãe. Eu não vou permitir que a senhora a desrespeite dessa forma.
Ana Maria (dominadora): Ah é? Pois muito que bem. A partir de hoje você não irá mais precisar lidar com o meu ‘’desrespeito’’, sua empregada de banana. Pois você está despedida.
Helena (confusa): O quê!?
Ana Maria: Isso mesmo que você ouviu. FORA DA MINHA EMPRESA AGORA!
Helena encara Ana com raiva. Neidinha, vendo que a situação está prestes a tomar rumos mais violentos, decide fazer algo. Lucas, que também estava observando a cena, acompanha Neidinha. Neidinha se enfia entre as duas e Lucas segura Helena.
Neidinha (apaziguando): Ana, acalme-se. Não deixe as coisas pior do que já estão para o seu lado. Não queira se envolver em outro escândalo!
Lucas (irritado): Mãe, cai na real! Primeiro, o fato dos investidores não terem aceitado a proposta é problema unicamente seu e você não pode sair culpando outros funcionários por erros que você sabe que cometeu. Segundo, a Helena cometeu um erro simples! Você demitir a minha namorada por causa disso.
Ana fica chocada e incrédula com as palavras de seu filho.
CENA 04/MORRO DO SOL/CEMITÉRIO/EXTERIOR/DIA
Socorro e Maura estão sentadas perto da entrada do cemitério. A chuva já passou e o enterro já acabou. Ambas estão muito tristes pela perda inesperada da doce Zeferina. Socorro é a que aparenta estar mais abalada. Carlinhos não se encontra junto delas. Maura percebe a ausência do garoto e decide perguntar para Socorro onde ele se encontra.
Maura (triste): Socorro, você viu o Carlinhos por aí?
Socorro: Não. Onde será que ele foi? Será que devemos procurar por ele?
Maura: Acho que não. Ele está muito abalado por causa da dona Zezé. Ele deve ter ido pra casa. Além do mais. Ele é grande e sabe se cuidar.
As duas ficam quietas e um pouco apreensivas pela segurança de Carlinhos.
CENA 05/RUA DESERTA/CALÇADA/EXTERIOR/DIA
Carlinhos está sentado em uma calçada em uma rua deserta, ele chora compulsivamente, não conseguindo aceitar a morte da avó. Do outro lado da rua, podemos visualizar Sobral vindo andando. O menino percebe e se levanta tentando correr para o outro lado, por onde vem andando Januário. Carlinhos tenta correr mas acaba sendo pego por Sobral que o segura com força, ele fica se debatendo e grita. Januário chega com um pano cheio de clorofórmio e coloca no rosto do garoto, pressionando em cima do nariz dele. Em instantes, Carlinhos cai mole no chão, desacordado. Os dois pegam ele e o levam juntos para o Morro do Sol.
CENA 06/REAL BRASIL/HALL PRINCIPAL/INTERIOR/DIA
Manoel e Liliana chegam na Real Brasil apressados. Manoel está um pouco apreensivo pois sabe que Ana não irá gostar de seu atraso. Quando eles chegam no Hall principal, se deparam com Ana surtando com Lucas. Eles olham a cena horrorizados. Liliana range os dentes, pois sabe alguma coisa deu muito errado ali.
A imagem se afasta e mostra Renata observando toda a discussão com um pouco de desprezo da ex-amiga. Ela franze a testa e mexe nos cabelos vaidosamente. De repente, ela tem um estalo mental.
FLASHBACK ON
O flashback mostra o trecho de uma conversa que Renata teve com Roberto na noite anterior sobre um possível plano para se vingar de Ana Maria.
Roberto: O que eu mais boto fé é se nos vazassem os golpes da Ana e todas as fraudes que ela cometeu na Real Brasil. Tudo que a gente precisa é reunir as provas e pronto. A carreira dela vai por água abaixo. Eu tenho certeza que ela mantém todos os documentos do trabalho dela lá no apartamento. Mas como eu to expulso de lá, eu não posso simplesmente entrar ali pra ver isso. Preciso arrumar um jeito de entrar lá ou arrumar alguém para se infiltrar lá.
FLASHBACK OFF
Renata (sussurrando): Provas...a sala dela…
Aproveitando-se do caos que se procede, Renata corre para a sala de Ana Maria para tentar conseguir alguma prova.
CENA 07/REAL BRASIL/SALA DE ANA MARIA/INTERIOR/DIA
Renata chega na sala e olha aos arredores para ver se não há ninguém na sala. Após averiguar, ela tranca a porta e começa a vasculhar as estantes do local a procura de alguma pasta que prove os crimes de Ana Maria.
Após muito procurar, a mulher acha uma pasta com todas as anotações, documentos e boletos da empresa. Ela abre um largo sorriso, mas é noucateada por trás e cai com o rosto no chão. A pessoa se revela Eduardo, que pega a pasta dela.
Eduardo (tom diferente): Esse documento não é para você e nada aconteceu aqui. Não olhe para trás e se olhar vai se arrepender!
Renata fica amedrontada deitada no chão, sem olhar para trás. Eduardo pula a janela com a pasta e corre em direção a saída dos fundos. Renata se levanta do chão dolorida e fica furiosa por ter perdido a oportunidade.
CENA 08/COLÉGIO MARANHÃO/PÁTIO/INTERIOR/DIA
Laila entra na escola chorando por conta da humilhação que passou. Está quase na hora da aula e a maioria dos alunos já estão se encaminhando para a suas respectivas salas de aula. Ela se senta em um banco e fica ali chorando.
Enquanto caminhava pelo pátio, Sara acaba notando Laila chorando. Preocupada, ela chega perto da garota para perguntar se está tudo bem.
Sara (preocupada): Are you...OK? (Você está...bem?)
Laila continua chorando.
Sara: Hey...w-what’s wr- (Ei...q-qual o probl-)
Laila (descontrolada): CALA A BOCA!
Laila, fora de controle, acaba acertando uma bofetada na cara de Sara, que cai no chão atordoada. Laila se levanta e encara a garota. Sara está confusa sobre o motivo na qual ela fez isso. De repente, atrás de Laila, aparece a coordenadora (Fernanda Montenegro), que coloca as mãos no ombro de Laila enquanto Sara se levanta. Laila se vira e gela ao ver quem é.
Coordenadora (séria): As duas, pra minha sala.
Laila baixa a cabeça arrependida e segue a coordenadora para sua sala. Sara vai junto ainda confusa e assustada pelo tapa.
CENA 09/EDIFÍCIO ROYAL/COBERTURA/SALA DE ESTAR/INTERIOR/DIA
Dorotéia foi fazer a feira. Bonifácio já foi embora da casa. Alice e Nina estão se arrumando para ir ao colégio, mesmo que ainda atrasadas. Fortunato e Eliza estão a sós na sala e a mulher resolve falar:
Eliza: Eu queria aproveitar que nós estamos a sós aqui e queria te falar uma coisa, meu amor… Eu peço que você fique calmo…
Fortunato: Pelo visto é algo sério, né… Eu não sei se eu tô preparado para algo de impacto agora, mas pode falar…
Eliza: Os policiais que ficaram encarregados do acidente, conseguiram acesso ao motor do seu carro… E ficou constatado que alguns fios foram cortados…
Fortunato: O QUÊ??? VOCÊ TÁ ME DIZENDO QUE EU FUI SABOTADO E QUE ESSE ACIDENTE FOI CRIMINAL?
Eliza (impondo): SE CONTROLE! (T) Se acalmou? Pronto. E os cortes estavam muito exatos para terem acontecido no acidente, então é quase certeza que alguém lhe sabotou.
Fortunato: MAS É CLARO! Como eu não pensei nisso antes? Com certeza foi a Ana Maria! Ela disse que faria de tudo para acabar comigo!
Eliza: Fortunato, não vamos tirar conclusões precipitadas…
Fortunato (furioso): UMA PORRA! EU VOU ACABAR COM AQUELA DESGRAÇADA!
Eliza (estressada): Olha você está impossível hoje! Eu tô começando a achar que esse acidente afetou os seus neurônios! Eu vou levar as meninas para o colégio para tentar pegar pelo menos a terceira aula do dia e elas já perderam muitas elas. Eu ganho mais com isso!
Eliza se afasta de Fortunato e vai pegar as meninas no quarto para elas para o colégio. Close em Fortunato furioso e ao mesmo tempo pensativo em como se vingar da irmã.
CENA 10/MORRO DO SOL/CASA DE PALHA DE JANUÁRIO/INTERIOR/DIA
Vemos Carlinhos amarrado em uma cadeira e amordaçado. O garoto lentamente acorda e olha os seus entornos. O lugar está vazio e todo cheio de palha e galões de gasolina. Temos também querosene e uma caixa de fósforos presentes no lugar. Carlinhos está rodeado por homens mascarados. Assim que ele o acordam eles tiram ele da cadeira e o imobilizam, amarrando seus pés e mãos. Um homem o pega no colo e o tira dali. O restante pega todos os objetos presentes no ambiente.
CENA 11/COLÉGIO MARANHÃO/COORDENAÇÃO/INTERIOR/DIA
Laila e Sara estão sentadas em frente a coordenadora que está furiosa com o ocorrido. A mulher coloca os óculos sobre sua mesa e resolve falar sério.
Coordenadora: Laila, o que você fez foi muito sério e inadmissível! Você deu um tapa na cara da sua colega, que só tava querendo te ajudar.
Laila: Acontece que em momento algum eu pedi ajuda dessa gringa estúpida! Ela veio se meter onde ela não foi chamada.
Coordenadora: Olha como você fala viu, Laila! O mínimo que você deveria fazer era pedir desculpas para sua colega!
Laila: Isso eu não faço nem morta e enterrada! Pois eu dei a ela o que ela mereceu e se você não tivesse chegado ela apanharia ainda mais!
Coordenadora: MOCINHA! Você está passando de todos os limites. Você não recebeu educação doméstica, garota?
Sara: Coordena...do...ra.. calm down… Isso não se repetir, a Lala não vai fazer mais… nada… errato
Coordenadora: Eu irei ter que chamar os responsáveis de vocês até o colégio! Aguardem um instante.
Sara não entendia muito bem o que a coordenadora havia acabado de falar, mas ignora. Laila fica furiosa e revira os olhos. Close na coordenadora iniciando ligações em seu telefone.
CENA 12/VILA CÉU-AZUL/CASA DE BONIFÁCIO/SALA DE ESTAR/INTERIOR/DIA
Bonifácio está sentado no seu sofá mexendo no seu celular. Ele está de folga, por isso não foi ao trabalho. Ele mexe no celular entediado. De repente, ele recebe uma ligação do colégio e atende.
Bonifácio: Alô?
Coordenadora (do outro lado da linha): Alô? Bonifácio?
Bonifácio: Ele mesmo.
Coordenadora: Bom dia. É a coordenadora do colégio Maranhão. A Laila se envolveu em problemas e eu preciso de alguém para vir aqui. Você poderia.
Bonifácio (desapontado): Ai meu deus! O que essa garota fez dessa vez!? Estou indo ai agora.
Coordenadora: Excelente. Até breve
Bonifácio: Até.
Bonifácio desliga e suspira desapontado.
CENA 13/HOTEL/QUARTO DE REGINA/INTERIOR/DIA
Regina está deitada na cama assistindo televisão tranquilamente. Ela está relaxada e despreocupada. De repente, Brian entra no quarto apressado
Brian (estressado): Honey, the school just called. (Querida, a escola acabou de ligar)
Regina: What’s the matter? (Qual o problema?)
Brian: It looks like someone slapped Sara and she’s at the principal’s office. They need one of us to be present (Parece que alguém deu um tapa na Sara e ela está na diretoria. Eles precisam que alguém esteja presente.)
Regina (surpresa): What? Why would someone do this to her? I’ll go there. You stay at the hotel. (O que? Por que alguém faria isso com ela? Eu vou lá. Você fique no hotel.)
Brian balança a cabeça positivamente e Regina se levanta para se arrumar.
CENA 14/MORRO DO SOL/CANTINHO DA MAURA/FUNDOS/EXTERIOR/DIA
Os capangas de Sobral jogam Carlinhos no chão, que acorda com o susto. Eles jogam os galões de gasolina do lado dele. Eles abrem espaço e Januário passa no meio ficando frente a frente com o garoto.
Januário: Você agora só sai daqui quando esse butequim não tiver nem mais fumaça para contar história!
Carlinhos: NUNCA QUE EU VOU FAZER ISSO COM A DONA MAURA! Ela e a Socorro me ajudam muito.
Januário: EXPERIMENTA! EXPERIMENTA NÃO SEGUIR AS ORDENS QUE TU VAI SOFRER COISAS PIORES!
Januário cospe no rosto de Carlinhos e se afastam do menino que fica escorado no chão, amedrontado.
CENA 15/EDIFÍCIO ROYAL/COBERTURA/SALA DE ESTAR/INTERIOR/DIA
Fortunato está sentado em sua cadeira de rodas, ainda bastante pensativo. A campainha do apartamento toca, o surpreendendo pois ele não estava esperando ninguém.
Fortunato: Dorotéia.. Esqueci que ela saiu, que droga…
A campainha volta a tocar.
Fortunato: Mas quem é que veio me ver a essa hora? Eu mereço mais perturbação viu…
Fortunato suspira fundo e move sua cadeira de rodas até a porta. Ele gira a chave na fechadura e abre a porta, o homem fica chocado ao ver de quem se trata.
Fortunato: Você?!
A câmera sai do foco de Fortunato e vai para quem estava na porta, revelando Eduardo que está com uma pasta de documentos em mãos. Closes alternados entre os dois.
[A câmera congela em Fortunato surpreso]
Realização
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