Castelo de Vidro - Capítulo 03
quarta-feira, setembro 23, 2020
Castelo de Vidro
NOVELA DE
Gabriel Malifer
COLABORAÇÃO
Gabriel Pretto
Ivette Dorleak
AUTORIZAÇÃO
Web Novelas Channel
Capítulo 03 - Rastros de Mentiras
O CONTEÚDO ABAIXO NÃO É RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS. CONTÉM LINGUAGEM IMPRÓPRIA, CONTEÚDO SEXUAL E VIOLÊNCIA
CENA 01/NEW YORK/APT. JONES/SALA PRINCIPAL/INTERIOR/DIA
Brian e Regina se beijam novamente e em seguida chega uma notificação no celular de Brian. Ele abre e mostra para Regina que são os passaportes, eles sorriem.
Os dois após verem, colocam o celular na mesma página sobre a mesa e voltam a dar beijos. Sara chega na sala sorridente e percebe os pais e o celular sobre a mesa.
Sara: Can I know why all the love in my life is so animated? (Posso saber o porquê de tamanha animação dos amores da minha vida?)
Brian e Regina param e olham para a filha, preocupados.
Brian: It's nothing my love... (Não é nada meu amor...)
Sara, por curiosidade, resolve averiguar o que estava aberto no celular. Ao identificar o que é, o semblante da menina muda e demonstra surpresa e decepção.
Sara: What do you mean? (Como assim?)
Brian: We are going to move to Brazil... (Nós vamos nos mudar para o Brasil...)
Sara fica chocada ao ouvir as palavras emitidas pelo pai. Ela não consegue acreditar e lágrimas começam a escorrer de seu rosto. Brian e Regina abaixam a cabeça.
Sara: WHY DIDN'T YOU TELL ME THAT BEFORE? (Porque vocês não me contaram isso antes?)
Regina: Unfortunately it had to be like this my love ... In the very near future you will understand the reasons! (Infelizmente teve que ser assim meu amor... Em um futuro bem próximo você vai entender os motivos!)
Sara: NO! I DON'T WANT TO LEAVE MY LIFE! (Não! Eu não quero abandonar a minha vida!)
Sara sai correndo da sala e se tranca no quarto. Podemos ouvir os gritos de ódio da garota e o choro que toma conta da casa. Close em Brian e Regina, tensos.
CENA 02/REAL BRASIL/HALL DE ENTRADA/INTERIOR/DIA
Helena está caminhando pelo prédio, se encaminhando para seu primeiro dia na Real Brasil. Ela para por um momento, olha em volta e sorri. Ela continua a andar, mas a câmera não a acompanha. A imagem vira para trás, revelando Lucas que estava observando os passos de Helena. Ele suspira apaixonado e vai atrás dela. Ela não nota que Lucas vem caminhando atrás dela. Ele agarra Helena pela cintura.
Helena (assustada): Ai! Mas o que é isso? Me solta!
Lucas leva Helena para um corredor próximo aos banheiros e a escora contra a parede.
Helena (desconfortável): Mas o que você pensa que está faze…
Helena reconhece Lucas.
Lucas (apaixonado): Moça...me desculpe por...ter lhe interrompido dessa maneira. Mas…
Helena (interrompendo): ‘’Mas’’ o quê? O que você pensa que tem na cabeça!? Você sabia que você pode ser demitido por isso? E você não se atreva a me chamar de ‘’moça’’ novamente. Eu tenho nome! Helena da Silva!
Lucas (envergonhado): Bom...Helena...eu acredito que você me lembra de mim. Eu...sou o homem que esbarrou com você ontem e te ajudou a juntar seus papéis. O...o meu nome é Lucas. Isso é...muito constrangedor, mas eu não consigo deixar isso guardado para mim mesmo.
Helena (confusa): O que você está dizendo?
Lucas: Eu...eu sinto algo por você. Eu sei que...eu mal te conheço...mas...mas...ah droga! Eu não sei o que dizer. Mas é que…
Lucas para de falar e encara Helena, que está incrédula com o que o rapaz disse. Lucas suspira, coloca suas mãos na cintura de Helena e se aproxima dela com seus lábios para beijá-la. Helena empurra Lucas, fazendo com que ele a solte, e acerta um tapa em sua cara. Lucas olha para ela com surpresa e constrangimento.
Helena (irritada): Escuta aqui, seu pervertido! Eu não sou nenhuma cortesã para beijar um cara que eu mal conheço. Eu vou pedir que você não entre mais em contato comigo, ou irei denunciar você á administração da Real Brasil. Agora se você me dá licença, eu preciso ir embora.
Helena faz uma cara feia para Lucas e vai embora. A câmera foca em Helena enquanto ela vai embora. A imagem mostra Neidinha que vê Helena indo embora. Primeiramente, ela estranha a postura nervosa da moça, mas assim que Lucas sai do corredor, ela faz uma cara feia para o filho de Ana Maria. Lucas olha Neidinha com constrangimento.
CENA 03/COLÉGIO MARANHÃO/PÁTIO/INTERIOR/DIA
O sinal toca anunciando o período do Intervalo. Os alunos saem de suas salas de aula e se dirigem ao pátio. Alguns vão para a cantina comprar algo para comer, outros ficam nas salas de aula e outros se sentam no corredor. A câmera acompanha Laila, que caminha sozinha e aborrecida. Ela se senta sozinha, põe seus fones de ouvido e começa a escutar música. Alice nota a garota sentada sozinha e se aproxima dela.
Alice: Ei…
Laila tira seus fones de ouvido e olha para Alice, a reconhecendo. Ela sorri de canto para ela.
Alice: Posso...sentar com você?
Laila (surpresa): Pode.
Laila abre um espaço no banco para Alice sentar. Alice se senta ao lado de Laila. As duas ficam em silêncio por um tempo pensando no que falar,
Alice (tentando puxar assunto): O...o que você estava escutando?
Laila: ‘’Perfect’’ da Pink.
Alice: Sério? Eu adoro essa música!
Laila: Eu também gosto dela. Conheci a Pink a pouco tempo. É uma excelente cantora e compositora também.
Alice: Sim. Eu...eu esbarrei com você ontem...você lembra?
Laila: Lembro sim. Mas não se preocupa com isso não. A propósito, qual o seu nome?
Alice: Me chamo Alice. Qual o seu nome?
Laila: Laila.
Alice: Laila? Que nem aquela da novela das 6?
Laila: Que novela?
Alice: ‘’Órfãos da Terra’’. Não gosto muito dessa novela. Você assiste novela?
Laila: Não. Não sou noveleira.
Alice: Ah, tudo bem. E...aonde você mora. Eu moro em uma mansão no Edifício Royal o com o meu pai, Fortunato, a minha irmã, Nina, e a minha mãe, Elisa, que chegou lá recentemente. E quanto a você?
Laila (mentindo): Eu...eu moro numa casa lá no Ibirapuera. É uma casa muito bonita. Tem piscina e hidromassagem. Eu moro com a minha mãe a minha irmã Nana.
Alice (sorridente): Isso é muito legal.
As duas se entreolham e sorriem. A música ‘’Perfect’’ de Pink começa a tocar.
CENA 04/COLÉGIO MARANHÃO/SALA QUARTO ANO/INTERIOR/DIA
A professora pega algumas folhas no armário da classe e coloca sobre a mesa, contando para o número de alunos da sala. Ao terminar, ela resolve se pronunciar na frente da classe.
Professora: Crianças, nós iremos fazer uma atividade agora e vocês precisam realizar em dupla. Então formem as duplas!
As crianças ficam agitadas e começam a fazer barulho e a formar duplas. Nana acaba sobrando, ficando sozinha. Nina chega até ela.
Nina: Oi… Você também ficou sozinha na atividade?
Nana (timída): É…
Nina: Então a gente pode fazer juntas! Prazer, Nina! (Estende a mão)
Nana: Nana!
Nana estende a mão para Nina também e elas apertam. Em seguida, elas começam a ficar animadas e a realizar a atividade. Aos poucos, elas vão se entrosando.
CENA 05/MORRO DO SOL/BARRACO DE SOBRAL/INTERIOR/DIA
Sobral, Januário e Carlinhos estão em frente a uma janela. Em frente dela, a pouco mais de 5 metros, há um muro com algumas latas de refrigerante em cima. Sobral está carregando uma pistola Taurus 82 silenciada. Ele atira em uma das latas, fazendo com que ela caia para trás do muro. Carlinhos observa atentamente aos movimentos de Sobral.
Sobral: É assim que se faz, moleque. Alguma pergunta?
Carlinhos: Não senhor.
Sobral: Muito bem. Agora é com você.
Sobral entrega a arma a Carlinhos. O garoto mira cuidadosamente em direção a uma lata amassada de Fanta. Ele aperta os olhos concentrado, respira funda, deixa as mãos firmes e puxa o gatilho. O tiro acerta certeira na lata, que cai do muro. Carlinhos abaixa a arma e olha pra Sobral, que sorri com o desempenho do garoto.
Sobral (orgulhoso): Excelente, Carlinhos. Excelente. Continue assim e você irá dominar as habilidades com armas.
Carlinhos: Obrigado, senhor.
Carlinhos devolve a arma para Sobral e os dois voltam para a sala juntos com Januário e se sentam no sofá. Sobral pega uma pilha de dinheiro no valor de 265 reais. Ele dá o dinheiro para Carlinhos.
Sobral: Aqui. Toma esse dinheiro e compra o que você precisa para sua avó. Se você voltar aqui amanhã, posso te ensinar mais
Carlinhos: Muito obrigado. Prometo aparecer aqui amanhã. Até logo.
Carlinhos se levantam e sai do barraco. Sobral guarda a arma e começa a pensar em algumas coisas. Ele tem uma expressão ambiciosa em seus olhos.
Januário (curioso): No que você está pensando, senhor?
Sobral sorri e olha para Januário.
Sobral (empolgado): Januário, esse moleque é de ouro! Batuta mesma que nem você disse! Marrento, determinado, corajoso. Todas as qualidades que um homem do crime precisa ter! Pensa em tudo que a gente pode fazer com esse garoto. Quero treinar muito com ele. Pontaria, vendas, trocas, abordagens, roubos, planejamento de assaltos, tudo! Esse garoto pode ser a ferramenta que a gente precisa para dominar São Paulo de vez! Nós não podemos perder esse rapaz!
Januário balança a cabeça positivamente.
CENA 06/REAL BRASIL/HALL PRINCIPAL/INTERIOR/DIA
Ana Maria e Roberto adentram a Real Brasil pela porta principal e do outro lado, Fortunato e Eliza adentram ao local pela porta lateral. Eles andam em sentidos opostos, indo um em direção ao outro. Ao chegar no corredor principal, eles andam cada um para um lado e se encontram no centro. Eles se encontram e se encaram por alguns minutos.
CENA 07/REAL BRASIL/SALA DE RENATA/INTERIOR/DIA
Renata está mexendo em seu computador escrevendo alguns documentos e revisando alguns relatórios. Ela tem uma xícara de café ao seu lado, no qual ela bebe. Sua jaqueta e sua bolsa está pendurada na cadeira. De repente, alguém bate em sua porta.
Renata (olhando para o PC): Pode entrar.
Ela tira sua atenção da tela do monitor e olha para a porta. Ela espera que Ana Maria ou Neidinha adentrem em sua sala. Porém para sua surpresa, Roberto entra e fecha a porta. Ele tem uma expressão de preocupação
Renata (surpresa): Roberto? Você por aqui essa hora? O que aconteceu? Você parece nervoso.
Roberto (preocupada): Eu sei que você me esperava vir aqui mais tarde, mas é um assunto importante e eu preciso te informar sobre o quanto antes possível.
Renata (atenta): Então diga o que aconteceu.
Roberto: Ontem quando eu cheguei em casa...a Ana perguntou o motivo do meu atraso. Eu tentei enrolar ela dizendo que tive que resolver uns assuntos no trabalho, mas acho que ela não caiu nessa. Eu fiquei nervoso.
Renata (debochada): Ah, meus parabéns! Você fica nervoso na frente daquela vaca e espera que ela acredite em você?
Roberto: Eu ainda não terminei. Ela ia perceber de qualquer jeito que tem algo fora do normal. Então agora a gente vai ter que ter mais cautela em relação aos nossos encontros.
Renata: Ok. Entendo…
Roberto: Ótimo. Agora eu preciso voltar ao trabalho senão a Ana vai realmente perceber que tem algo errado.
Renata: Então vai, bocozão.
Roberto sai da sala. Renata fica pensativa durante alguns segundos e continua seu trabalho.
CENA 08/REAL BRASIL/HALL PRINCIPAL/INTERIOR/DIA
Bonifácio está limpando o chão do Hall Principal da Real Brasil com um esfregão. Ele mergulha o objeto em um balde de água para limpá-lo e continuar a limpar. Ele está concentrado e trabalha quieto.
FLASHBACK ON
O flashback mostra a briga entre Bonifácio e Laila na noite anterior
Laila: RESPEITO? RESPEITO!? QUEM É VOCÊ PRA FALAR DE RESPEITO!? VOCÊ NÃO TAVA DANDO A MÍNIMA QUANDO A NOSSA MÃE MAIS PRECISAVA! VOCÊ NUNCA TAVA LÁ PRA GENTE E AGORA QUER FALAR DE RESPEITO? VOCÊ É UM VELHO CATARRENTO, MALDITO, INÚTIL E UM FARDO! SABE O QUE VOCÊ TÁ MERECENDO!?
Laila pega um copo de água da mesa e joga a água na cara de Bonifácio.
Laila (gritando): UM BALDE DE ÁGUA FRIA PRA ACORDAR PRA VIDA!
Nana (chocada): Laila, por favor!
Laila dá um olhar de desprezo para os dois e vai pro seu quarto irritada.
FLASHBACK OFF
Bonifácio franze a testa em preocupação e constrangimento. Ele começa a ofegar. De repente, ele sente uma pressão ruim em seu peito e começa a ofegar em dor. Ele deixa o esfregão no chão e corre até o banheiro para se acalmar.
Chegando lá, ele lava o rosto com um pouco de água e se escora contra a parede, soluçando. Ele estapeia seu próprio rosto algumas vezes, forçando-se a se acalmar. A dor passa, ele respira fundo e volta ao trabalho.
CENA 09/MORRO DO SOL/CASA DE ZEFERINA/SALA DE ESTAR/INTERIOR/DIA
Zeferina está sentada na sala de estar lendo jornal ao som de uma música gospel no rádio. De repente, Carlinhos chega trazendo um pouco de comida e uma sacola de farmácia;
Zeferina (surpresa): Ah. Você chegou. Demorou um pouco meu amor.
Carlinhos: Sim...demorei sim. Mas foi por uma boa causa.
Carlinhos beija a testa da avó, se senta na mesa e coloca as compras sobre ela.
Carlinhos: Trouxe comida pra senhora e os remédios que você precisa.
Carlinhos tira os remédios da sacola e mostra eles para a avó, que os olhas com um sorriso e uma certa desconfiança.
Carlinhos (sorridente): Gostou?
Zeferina (desconfiada): S...sim. Gostei sim. Não sei nem como eu posso te agradecer. Mas...da onde você tirou dinheiro pros remédios?
Carlinhos (mentindo): Ah...eu...eu vendi algumas balas na rua.
Zeferina: Balas? Da onde você tirou essas balas?
Carlinhos: A dona Maura que me deu…
Zeferina: Mas esses remédios custam mais de 200 pila juntos. Balas não iam ser suficiente para comprar tudo isso nesse espaço de te-
Carlinhos (interrompendo): Eu vou lá pra cima trocar de roupa e depois a gente conversa, melhor ta bom.
Zeferina (desconfiada): Ok…
Carlinhos se levanta e vai para o seu quarto trocar de roupa, deixando Zeferina sozinha na cozinha. Ela olha para a mesa meio desconfiada sobre a procedência do dinheiro usado para comprar os remédios
CENA 10/BANCO/FILA DO CAIXA/INTERIOR/TARDE
Na fachada do banco, podemos visualizar Manoel e Liliana desatentos vindo na mesma direção. Ele adentra ao local pelo lado esquerdo e ela pelo lado direito.
Eles vão em direção a fila, andando em mesmo sentido. Ao chegar no final da fila, os dois acabam se esbarrando e a bolsa dela cai no chão. Ele se curva para pegar e quando levanta se encaram.
Manoel & Liliana: Você? Que surpresa!
Manoel (encantado): Parece até obra do destino…
Liliana (rindo): Será?
Liliana se vira de costas para ele, ela pega um papel e começa a anotar alguns números no papel. Manoel fica sem saber o que falar e resolve pedir o número dela.
Manoel: Você poderia me passar.../
A mulher o interrompe, puxa o bolso da camisa dele e coloca um papel com seu número dentro. Ela ri e dá uma piscada para ele que fica bobo. Liliana então vai até o caixa vazio e ele fica a admirando.
CENA 11/REAL BRASIL/SAÍDA/INTERIOR/TARDE
Lucas vem saindo da Real Brasil e ele para em frente a fachada, esperando o frentista trazer o carro até ele para que ele vá embora do local. De longe, podemos observar novamente a visão de um homem observando Lucas. O tal homem ainda detém um disfarce que não é possível reconhecer quem é. O carro chega até Lucas e ele agradece o frentista, em seguida entra no lado do motorista e inicia o carro. Pelo retrovisor, ele vê uma silhueta distante, mas ignora e pensa que é apenas imaginação sua. O mesmo dá partida no carro e segue seu caminho para casa.
CENA 12/CANTINHO DA MAURA/INTERIOR/TARDE
Socorro acaba de servir algumas mesas e volta para o balcão, onde Maura se encontra. As duas começam a analisar o caixa, revendo alguns valores.
Sobral e Januário se aproximam do local e adentram, eles se acomodam em uma mesa e ficam esperando impacientes. Maura percebe a presença deles.
Maura: Olha quem tá ali! (Falava com Socorro, sinalizando os bandidos)
Socorro: Pode deixar que eu mesma atendo, Maura!
Socorro sai do balcão e vai em direção a mesa de Sobral e Januário, com um bloco de anotações em mãos. Ela chega até a mesa e encara os dois.
Socorro (irônica): O que devo a honra de receber os dois aqui?
Januário: Nós viemos comer! E esperamos que o atendimento seja bom.
Socorro: No atendimento e na comida nós não decepcionamos. (Sorriso falso)
Sobral: Então prepara um queijo quente no capricho!
Socorro: Eu vou preparar! Mas antes eu quero saber o que é que os dois estavam falando com o neto da Zeferina?
Sobral (suspira, revira os olhos): Minha querida, isso aqui é um restaurante ou uma entrevista? Esse assunto não se deve a você, então agora você vai lá e prepara a porcaria da comida e sem nenhuma pergunta a mais.
Socorro fica indignada com a fala de Sobral. Ela faz sinal de reprovação e engole a seco, não os respondendo e vai até a cozinha preparar a comida. Close nos dois rindo.
CENA 13/COLÉGIO MARANHÃO/PÁTIO/INTERIOR/TARDE
O sinal da escola toca para os alunos mais velhos. Alice e Laila descem as escadas, elas estão conversando e bem animadas e entrosadas no assunto.
Do outro lado, podemos perceber Nana e Nina vindo na mesma direção que elas. As duas estão falando sobre bonecas e desenhos animados que gostam. Foco volta para Alice e Laila.
Alice: Bem que eu poderia visitar a sua casa algum dia e você visitar a minha também!
Laila (nervosa): Err… A gente pode ver isso!
Elas desviam o foco uma da outra e olham para frente, e elas visualizam Nana e Nina que não estão com atenção para a frente. Laila percebe. Alice sorri e aponta para Nina, sinalizando ser sua irmã.
[A câmera congela em Laila nervosa]
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