Amor na Moda - Capítulo 16
segunda-feira, julho 27, 2020
AMOR NA
MODA
NOVELA DE:
RENATA LANDEROS
ESCRITA POR:
RENATA LANDEROS
FERNANDO HIDALGO
SUPERVISÃO DE TEXTO:
RICARDO AZEVEDO
BASEADA NA OBRA DE DELIA FIALLO
(Anteriormente em “Amor na Moda”)
CENA 14/HOSPITAL/QUARTO/DIA/INT.
Cristal estava de pé no quarto para poder andar um pouco e se esticar. Vitória entrava no quarto.
CRISTAL: O que a senhora faz aqui?!
VITÓRIA: Eu vim te visitar.
CRISTAL: Como se não está no horário de visita?
VITÓRIA: Conseguimos isso quando temos poder.
CRISTAL: A senhora se acha né?
VITÓRIA: Eu não tenho culpa da minha influência na sociedade.
CRISTAL: O que quer?
VITÓRIA: Simples, eu quero a Luciana.
CRISTAL: O Felipe choramingou para você?
VITÓRIA: Meu enteado é o pai dessa criança, e como ele quer essa criança e eu sei do seu caráter... eu quero comprar a sua filha!
Furiosa com a proposta, Cristal dá um tapa na cara de Vitória. Essa coloca a mão no rosto chocada.
CRISTAL: Com que direito se atreve a pedir esse tipo de coisa?!
VITÓRIA: Eu conheço esse seu tipo, Cristal!
CRISTAL: Me ouça bem: Você nunca vai ter minha filha!
VITÓRIA: Isso é o que você pensa, eu vou te destruir Cristal!
As duas se encaram com ódio. Closes alternados do embate das duas.
CAPÍTULO 16: JURAS DE MORTE
CENA 01/HOSPITAL/QUARTO/DIA/INT.
Cristal e Vitória se encaram, o clima está bem tenso.
CRISTAL: Acho melhor você ir embora, SENHORA.
Diz ela com desprezo, Vitória resolve ir.
VITÓRIA: Estarei indo, mas saiba que eu vou conseguir o que quero e a deixarei em pedaços.
Ela se retira e Cristal vai para cama apavorada com a ameaça, ela colocar as mãos sobre a cabeça, bagunçando o cabelo.
Horas depois…
Cena 02/HOSPITAL/QUARTO/TARDE/INT.
Cristal está com a filha nos braços, e Afonso ao lado dela, a morena já está mais calma, Pedro Paulo entra no quarto.
PEDRO PAULO: Boa tarde.
CRISTAL: Boa tarde padre.
AFONSO: Eu vou buscar um café, aceitam?
PEDRO PAULO: Obrigado filho, mas não.
Afonso se retira da sala, deixando o padre e Cristal junto a pequena Luciana.
PEDRO PAULO: Como vai esse pequeno anjinho?
CRISTAL: Muito bem.
O padre se aproxima e toca na menina, Cristal o olhar intensamente.
PEDRO PAULO: O que foi filha?
CRISTAL: Me lembrei de um sonho que tive.
PEDRO PAULO: Que tipo de sonho?
CRISTAL: Quando eu estava entre a vida e a morte, sonhei com meu pai, bem eu acho que era ele.
PEDRO PAULO: E o que aconteceu nesse sonho?
CRISTAL: Ele estava dizendo que era talvez a única possibilidade de me chamar de filha.
O padre fica em silêncio e depois questiona se Cristal viu o rosto do seu pai.
CRISTAL: Sim! Estranhamente era seu rosto.
O padre volta a ficar em silêncio.
CRISTAL: Bem, acho que o fato de ser seu rosto é porque eu te considero um pai.
Pedro Paulo fica emocionado e tentado a contar a verdade mas então a voz de sua mãe invade sua mente, dizendo que ela não pode saber a verdade.
PEDRO PAULO: Fico agradecido que me considere um pai.
Luciana começa a chorar.
CRISTAL: Bem acho que meu anjinho quer se alimentar.
PEDRO PAULO: Então tchau filha, vou deixá-la para alimentar esse anjo.
Ele rapidamente se retira, um pouco incomodado com o fato de ter que esconde a verdade.
CENA 03/HOSPITAL/CORREDOR/TARDE/INT.
Afonso está voltando para o quarto de Cristal e encontra com o padre.
AFONSO: Já vai padre?
PEDRO PAULO: Sim filho, tenho coisas a fazer na igreja.
AFONSO: Poderia falar com você uns segundos sobre algo que aconteceu hoje?
PEDRO PAULO: Sim.
Afonso começa a falar, a imagem escurece e o som é abafado, pulando a cena rapidamente.
CENA 04/ATELIÊ DE MODAS VM/SALA DE VITÓRIA/TARDE/INT.
Pedro Paulo entra furioso no escritório de Vitória.
PEDRO PAULO: Como pôde tentar comprar a filha da Cristal?
VITÓRIA: Isso não é assunto seu padre.
PEDRO PAULO: Sim é assunto meu, pois sei o que passou e não acho que fazendo algo similar a uma outra pessoa vai te ajudar!
VITÓRIA: Tudo que aconteceu no passado é sua culpa, ENTÃO NÃO VENHA USAR ISSO PARA ME MARTIRIZAR.
Close em seus rostos furiosos se encarando.
PEDRO PAULO: Deixe a Cristal e a filha dela em paz, ou…
VITÓRIA: O respeitável padre Pedro Paulo vai fazer o que? Me matar? Ou manda eu pagar 50 penitências com ave Maria?
PEDRO PAULO: Só saiba que a Cristal não está sozinha, e eu defenderei de tudo e todos que tentarem fazer mal a ela e isso inclui você.
Após dizer isso Pedro Paulo sai da sala e Vitória furiosa joga um retrato fotográfico na parede.
CENA 05/HOSPITAL/BERÇÁRIO/TARDE/INT.
Uma enfermeira entra na sala, porém só é mostrada do pescoço para baixo, ela caminha entre os berços e se aproxima do de Luciana e a pega no colo, nesse momento seu rosto é revelado mostrando ser Priscila.
CENA 06/ HOSPITAL/ QUARTO/ TARDE/INT.
Cristal está lendo um livro quando Felipe entra no quarto, a morena rapidamente se lembra da visita de Vitória mais cedo.
CRISTAL: O que faz aqui?
FELIPE: Eu vim te ver.
CRISTAL: Eu não quero você perto de mim ou da minha filha!
FELIPE (SE APROXIMANDO): Cristal eu te amo e quero que sejamos uma família.
CRISTAL: Nunca seremos uma família, pois se você esqueceu existe uma esposa nessa história e não sou eu.
FELIPE: A Priscila não me importa, eu irei me divorciar em breve.
CRISTAL: Faça o que quiser mas por favor suma da minha vida!
FELIPE: Não diga isso, eu realmente te amo.
Ele tenta tocar no rosto dela, porém Cristal empurra a mão dele.
CENA 07/ HOSPITAL/ BERÇÁRIO/ TARDE/INT.
A enfermeira responsável pelo berçário entra nele e percebe que Luciana não está no berço, ela pega o telefone e emite um alerta de bebê desaparecido para o hospital, já que sabe que a menina não está com a mãe.
CENA 08/HOSPITAL/QUARTO/TARDE/INT.
Felipe continua a tentar convencer Cristal de seu amor quando um segurança do hospital entra no quarto para noticiar o acontecido, A morena se levanta da cama desesperada, ela sai do quarto correndo para procurar a filha, Felipe vai atrás.
CENA 09/HOSPITAL/LAVANDERIA/ TARDE/INT.
Priscila está com toalhas na mão e a pequena Luciana em cima de uma máquina de lavar.
PRISCILA: Hora de você conhecer seu irmãozinho.
Ela aproxima a toalha da menina para sufocar-lá mas é interrompida por uma enfermeira que entra na sala.
ENFERMEIRA: Se afaste dessa criança!
Priscila corre em direção a enfermeira e a derruba no chão e depois foge rapidamente, a pequena Luciana começa a chorar intensamente.
CENA 10/HOSPITAL/TARDE/INT.
Cristal e Felipe procuram pela filha junto a um enfermeiro que recebe uma ligação.
ENFERMEIRO: Sua filha já foi encontrada.
Cristal abraça Felipe aliviada e depois é levada até a filha.
Horas depois…
CENA 11/SUBÚRBIO DA CIDADE/ BAR/NOITE/INT.
Adalberto está com uns caras conversando.
ADALBERTO: Podem confiar em mim, a casa é cheia de coisas valiosas e a velha jararaca que mora lá tem um sono pesado.
HOMEM 01: Então estamos fechados com você, para roubar essa mansão!
CENA 12/ ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA/ NOITE/INT.
Horácio espera sentado por seu advogado que adentra a sala.
ADVOGADO: Estranhei que marcou para falamos no meu escritório e não na sua casa.
HORÁCIO: Ai doutor, eu estou me divorciando e por isso estou aqui.
ADVOGADO (SURPRESO): Não posso crê que você e a Vitória estão para se divorciar.
HORÁCIO: Infelizmente nada dura para sempre, enfim justamente por meu divórcio que estou aqui, quero que ele seja o mais rápido possível e que todos os meus bens fiquem com a Vitória e meus filhos.
O advogado volta a ficar surpreendido.
CENA 13/HOSPITAL/QUARTO/NOITE/INT.
Cristal não se desgruda da filha, Felipe está sentado na poltrona do quarto, Afonso chega e nem repara nele.
AFONSO: Tudo está bem amor? Eu fiquei sabendo do que aconteceu
Ele beija Cristal, Felipe sente ciúmes mas resolve ficar calado.
CRISTAL: Agora tudo está bem, mas aqueles momentos sem notícias da minha filha foram perturbadores.
AFONSO: Pegaram quem fez isso?
FELIPE: A tal mulher que roubou a minha filha conseguiu fugir.
Afonso ao ouvir a voz de Felipe se vira e finalmente o ver, ele não esconde seu ciúmes por Felipe está ali.
CENA 14/RUAS/NOITE/EXT.
Priscila estava correndo nervosa pelas ruas. Ela estava louca e caminhava com muito ódio.
PRISCILA: MALDITA CRISTAL!!!!!!!!!!!!
Ela continuava a correr perturbada pelas ruas.
CENA 15/IGREJA SÃO RAFAEL/NOITE/INT.
Pedro Paulo estava no seu quarto na casa paroquial. Alguém batia na porta, ele ia abrir.
PEDRO PAULO: Felipe? O que está fazendo aqui?
FELIPE: Eu preciso da sua ajuda, padre.
PEDRO PAULO: Ajuda para que?
FELIPE: A Cristal não deixa eu ver a nossa filha, mas eu preciso ver ela!
PEDRO PAULO: Olhe rapaz, eu não posso fazer nada em relação a isso.
FELIPE: Pode sim, por favor fale e convença, ela!
PEDRO PAULO: Eu não irei fazer nada! Isso é uma decisão que cabe somente a ela, e se Cristal quer assim, será assim. Agora por favor, se retire e boa noite.
Felipe então acaba saindo. Pedro Paulo respirava fundo.
CENA 16/MANSÃO DA FAMÍLIA BOAVENTURA/QUARTO DE OFÉLIA/NOITE/INT.
Ofélia dormia em seu quarto tranquilamente. Ela então, começava a ouvir barulhos estranhos. Ofélia rapidamente se levantava com uma lanterna e segurando sua cruz. Ofélia descia lentamente.
OFÉLIA: Quem está aí?
Ofélia joga uma luz no canto e vê Adalberto e seus comparsas assaltando a casa.
ADALBERTO: Sujou a velha viu tudo!
COMPARSA #1: Corre!
OFÉLIA: SOCORRO, AJUDA!!
Adalberto sem pensar duas vezes, empurra a velha que cai no chão e bate a cabeça numa quina. Close em Ofélia caindo desmaiada e Adalberto e seus comparsas fugindo.
CENA 17/RUAS/NOITE/EXT.
Priscila continuava a caminhar louca pelas ruas, ela estava com um olhar psicopatio.
PRISCILA: Hoje você escapou, mas na próxima vez, além de ser raptada, você será morta LUCIANA!!
O instrumental de maldade toca ao fundo. A câmera congela em Priscila.
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