Más Intenções - 01x01 (Estreia)

segunda-feira, janeiro 13, 2020



Capítulo 1
(Descobertah Chockanthy)


Apesar de ser baseada numa história real, essa novela não foi feita para ser levada a sério, tendo o entretenimento como seu único compromisso.  



Não recomendada para menores de 14 anos.

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Mentira, é recomendada sim KKKKKKK.


Cena 1/ Rodoviária/ Externa/ Manhã.
Dia ensolarado na cidade de Pedra das Flores. Céu sem nuvens.

Um ônibus acaba de chegar de uma viagem. Os passageiros começam a descer, um a um. Eis que finalmente chega a vez dela. Teresa da Silva Boaventura, 20 anos, estatura mediana, pele branca, cabelos pretos com franja e óculos escuros. Ah, e carregando as malas mais uma mochila nas costas.

Ao descer, ela tira os óculos e sorri, emocionada. Teresa corre na direção de alguém e abraça essa pessoa. É Vicente Moreira Sales, seu melhor amigo. 20 anos, negro, cabelos cacheados, estatura mediana e porte atlético.

Teresa- (sorri) Eu nem acredito Vicente. Você veio me buscar.

Vicente- (feliz) Eu tinha prometido, não tinha?

Teresa- (olha em volta) Senti tanta falta dessa cidade.

Vicente- E eu senti de você!                         

Eles se abraçam de novo pulando e gritando, chamando a atenção das pessoas que passavam por ali. Só que os dois não estavam nem aí.

Vicente- (pegando as malas) Vem, vamos levar essas malas pro carro.

Teresa- Você veio com motorista?

Vicente- Tá esperando a gente lá fora!

Eles caminham pra fora da rodoviária.

Cena 2/ Carro/ Interna/ Manhã.
Carro blindado, chique, janelas em vidro fumê e ar-condicionado. O motorista na frente, Teresa e Vicente atrás.

Vicente- Mas me conta, como é que foi esses anos todos, você morando com sua mãe?

Teresa- Foi um inferno. Você nem imagina.

Vicente- Gente, mas foi tão ruim assim?

Teresa- Ruim? Foi horrível! Eu praticamente fui feita de escrava por aquela mulher. Você acredita que ela usou o dinheiro da pensão que meu pai paga todo mês, pra pagar a prestação da casa e ainda de quebra comprar o imóvel lá do mercadinho?

Vicente- Gente, eu tô chocado que sua mãe fez isso.

Teresa- Pois é.

Vicente- Vamos parar pra tomar um cafezinho? Aí você me conta o resto.

Teresa- Ai, vamos, eu tava louca pra chegar aqui e tomar um capuccino. (ri) Aquele café que a gente ia sempre depois da aula, sabe?

Cena 3/ Café/ Interna/ Manhã.
Ambiente agradável. Música ambiente. Vicente e Teresa estão num assento confortável e acolchoado. Os dois são servidos por um garçom.

Teresa- Vou te contar, isso aqui sim é uma cidade de verdade e não aquele fim de mundo, aquele buraco da cobra de onde eu vim. Cê é doido?! Isso aqui é que é vida. (levanta a xícara) Isso sim é café.

Vicente- Por que tá dizendo isso?

Teresa- (bebendo) Minha mãe não sabe fazer café. O café dela tem gosto de água de chuca.

Vicente gargalha.

Vicente- Você é ridícula.

Teresa toma um gole do café.

Teresa- Eu não via a hora de ir embora daquela casa. Tô me sentindo livre.  

Vicente- Amiga, eu nunca entendi essa insistência da sua mãe em querer te levar pra morar com ela no interior.

Teresa- Vingança.

Vicente- Vingança do seu pai?

Eles ficam em silêncio por um tempo.

Teresa- (pensativa) Minha mãe nunca aceitou aquela traição.

Vicente- E nem você também...

Teresa- (encarando-o) Eu nunca pensei que meu pai pudesse fazer uma coisa daquelas.

Vicente- Teresa, você não vai me dizer que guarda mágoas do seu pai né?

Teresa- Não, eu não guardo. Eu amo meu pai, só que... Não dá, mano... Eu nunca vou aceitar aquela bastarda da Carolina como minha irmã.

Teresa bebe o café.

Teresa- Eu sei que ele errou, que ele fez aquelas coisas todas, e blá, blá, blá, aquela história toda que você já sabe, mas a minha mãe não tinha o direito de me afastar dele. Não tinha não! Ela ainda usou um dinheiro que não era dela. Ela praticamente sugou o meu pai o quanto pôde. (T) Pra começar, aquele dinheiro nem dela é. O dinheiro da pensão é meu!

Vicente- (completa) E dos seus irmãos.

Teresa- (respira fundo e se irrita) Ai, chega. Eu não quero falar sobre isso não.

Vicente- Tudo bem.

Os dois continuam tomando café.

Teresa- Ah, e eu nem te contei o babado.

Vicente- O que foi?

Teresa- Bráulio. Me bloqueou no twitter.

Vicente muda sua expressão, ficando sério.

Teresa- (rindo) Meu namorado. (ênfase) Meu namorado!... Me bloqueou no twitter, vê se pode?! (T) O engraçado é que a Manuela me bloqueou também e na mesma época. Já tem até um tempinho... Uns dois anos mais ou menos.  

Vicente- Amiga... Tem uma coisa que você precisa saber.

Teresa fecha o sorriso e também fica séria, meio que já prevendo o que está por vir.

Vicente- O Bráulio e a Manuela... eles estão namorando.

Teresa começa a rir aos poucos, desacreditada. Ela passa a mão pelos cabelos e encara Vicente.

Teresa- (ri) É sério?

Vicente- É sério, Teresa.

Teresa- Gente, mas ele prometeu pra mim no dia que eu fui embora.

Teresa gargalha, descontrolada. Vicente a encara, assustado.

Vicente- Amiga, para com isso! 

Teresa- (sorri encarando-o) Ele prometeu pra mim, que ia me esperar! Gente, que coisa mais linda. O cara promete que vai me esperar e olha só... Ele agora tá namorando com a minha irmã. Ele me trocou pela minha irmã. E ela praticamente roubou meu namorado. 

Vicente- Tem mais uma coisa!

Teresa- (ri) Ah e ainda tem mais...

Vicente- A sua mãe sabia disso!

Teresa para de rir e fica séria.

Teresa- O quê?

Vicente- Ela tava sabendo dessa história o tempo todo!

Teresa- Peraí, foi um complô? É sério isso?

Vicente- Eu fiquei sabendo não tem muito tempo. Mas foi porque a sua mãe contou pra minha e... minha mãe achou um absurdo, disse que você tinha o direito de saber.

Teresa- Eu não acredito, Vicente. A minha mãe, se vingou do meu pai me levando pra morar naquele fim de mundo. Me explorando. Enquanto isso, a Manuela roubou meu namorado... E a minha mãe sabia de toda essa sujeira? (T) Cara... isso foi um complô! Eu fui apunhalada pelas costas. (com ódio) Cara. (bate na mesa) Eu odeio elas! Eu... eu odeio essas desgraçadas!

Vicente- Teresa, calma, pelo amor de Deus.

Teresa respira fundo e se acalma. Vicente fica preocupado com a amiga.

Cena 4/ Casa dos Boaventura/ Sala/ Interior/ Manhã.
Casa simples, porém, confortável. Os irmãos César (25 anos) e Manuela (23 anos) estão tirando a mesa do café, enquanto Rodolfo (22 anos) está prestes a sair de casa.

César- (olhando no relógio) A Teresa até agora nada hein.

Rodolfo- Por que você se preocupa?

César- Porque ela é nossa irmã?

Rodolfo- Mas ela tá cagando pra você.

César- Rodolfo, ninguém é obrigado a ser individualista igual a você não, tá?

Rodolfo- (ri) Ah, individualista que traz comida pra dentro de casa enquanto vocês dois só comem e cagam.

César- Suas roupas, quem você acha que lava e passa?

Rodolfo- A Manuela.

Manuela- (ri) Tá louco? Nem morta eu toco nas suas roupas. Eu, lavar roupa de macho, era só o que me faltava. Não tô querendo lavar minhas calcinhas, imagina tua roupa.

Rodolfo- Quem faz isso então?

César- Sou eu, o que reduz em pó seu argumento de que a gente não faz nada.

Rodolfo- Oh, me perdoe se eu ofendi seu coração tão cheio de amor.

Manuela- (balança a cabeça negativamente) Mas é ridículo mesmo.

Rodolfo- Vou é trabalhar. (solta um beijo pra Manu) Um beijo pra você. (dá um beijo na testa de César) E outro pra você, irmãozinho do coração de manteiga.

César- Vai. Idiota.

Rodolfo abre a porta bem na hora que Teresa chega da viagem.

Rodolfo- Olha só, se não é a escrava isaura.

Teresa- (sem paciência) Ai, cala a boca!

Rodolfo- (sorri) Também te amo, meu amor.

Rodolfo solta um beijinho e sai pra trabalhar. César ajuda a carregar as malas de Teresa pra dentro.

Teresa- Ai, obrigada César. Eu tô tão cansada.

Os dois se abraçam.

César- Como é que você tá? (T) Além de cansada, é claro.

Teresa- (respira fundo) Tô me sentindo... traída.

César estranha. Manuela se sente desconfortável.

Teresa- (sorri) Mas nada que um café preparado por você não resolva.

César sorri pra ela, em seguida lhe dá um beijo na testa. Ele vai pra cozinha.

Teresa- (para si) Tomar mais café pra ficar bem alerta. (olha para Manuela) E aí, Manuela. Tudo bom?

Manuela- (encarando-a) Tudo ótimo.

Teresa- É, eu imagino como deve estar sendo tudo ótimo pra você.

Manuela- Eu não sei o que você tá querendo dizer com isso, mas...

Teresa- (corta) Você sabe! (T) Você não é idiota.

Manuela- Eu vou levar suas coisas pro seu quarto.

Manuela pega a bagagem de Teresa.

Teresa- Não precisa.

Manuela- Eu quero ajudar, eu faço questão de arrumar suas roupas pra você.

Teresa- Eu não quero que você toque em nada que é meu, Manuela. Vai que do nada venha um surto e você resolve roubar minhas roupas também.

Manuela a encara, séria e sem jeito.

Teresa- Foi assim com a sua crise de talaricagem, quando você resolveu roubar meu namorado de mim. (pensativa) É... Mas vai ver que esse negócio de roubar as coisas dos outros é de família né? Foi igual com a nossa mãe, que surrupiou o dinheiro da minha pensão esses anos todos.

Manuela- Nossa pensão!

Teresa- (dando muxoxo) Tanto faz garota, minha, sua, nossa, que seja. E não precisa arrumar nada não. Vai fazer outra coisa que eu tô com raiva, de ter que olhar na sua cara, vai, vai!

Manuela vai pro quarto indignada e César volta com o café. Ele se senta na mesa.

Teresa- Ah, o café.

César- Fiz agorinha.

Teresa toma um gole do café.

Teresa- E aí, me conta. Tá trabalhando?

César- Não, eu tô desempregado. Mas tô correndo atrás.

Teresa- Ah. Tá bem né... Assim que é bom. (T) Mais tarde eu vou na casa do papai visitar ele.

César respira fundo.

Teresa- Tô sentindo uma falta dele. Você tem alguma novidade sobre ele? A última vez que a gente se falou foi há dois meses.

César- Eu não quero falar sobre esse cara.

Teresa- Esse cara? César, ele é o nosso pai! 

César se levanta, nervoso.

César- Independente! Eu não vou chamar esse cara de pai só porque você quer.

Silêncio por um tempo.

César- Depois de tudo o que esse homem fez eu não... (se interrompe) ... Você sabe!

Teresa- Eu achava que você poderia abrir seu coração e perdoar ele.

César a encara.

César- Fica difícil levar a sério um conselho desses vindo de você. Até aonde eu sei, não se aconselha uma pessoa a fazer algo que nem você faria.

Teresa- Como assim?

César- Cê não pretende perdoar a Manuela também né? Pelo o que ela fez?

Teresa se cala.

César- Foi o que eu pensei.

Teresa- Eu vou levar minhas coisas pro meu quarto e descansar... (coloca a xícara na mesa) Valeu pelo café.

Teresa vai pro quarto carregando suas malas e César fica pensativo.

Cena 5/ Anoitece/ Casa dos Boaventura/ Sala/ Interna.
Manuela abre a porta e Bráulio entra. Ele é ex de Teresa e atual de Manuela, tem 23 anos, é alto, bonito, pele clara, cabelos lisos e porte atlético. Eles se beijam, porém, Manuela fica meio desconfortável.

Bráulio- (percebendo) Por que você tá estranha?

Manuela- (falando baixo) Teresa voltou!

Bráulio- (surpreso) Sério?

Manuela- É, e ela tá aqui. No quarto.

Eles se sentam no sofá.

Manuela- Ela não gostou nada de saber que a gente tá junto.

Bráulio- Já era de se esperar.

Corte revela que Teresa está escutando tudo atrás da porta do seu quarto, enquanto passa batom nos lábios.

Manuela- Não se trata só disso.

Bráulio- Então me diz o que é, porque eu não estou entendendo.

Manuela- Teresa é perigosa. Ela parece que é inofensiva, mas ali é mais venenosa que uma cascavel.

Bráulio- (ri) Ai amor, agora você já tá ficando paranoica.

Manuela- (nervosa) Não é nenhuma paranoia. Eu conheço essa garota desde que me entendo por gente, eu tenho certeza de que ela não vai deixar isso assim. (T) A pensão que o papai paga pra gente, beneficia a todos nós. Mas por causa dela! Teresa é a única filha que ainda não cursou a faculdade.

Bráulio- E que diabos isso tem a ver?

Manuela- Na cláusula diz que somos beneficiados da pensão até os 18 anos. Depois disso, o papai só continua sendo obrigado a pagar se estivermos cursando faculdade ou estudando. E tipo assim, todos nós já fizemos faculdade. Menos a Teresa. O negócio é que a pensão é unitária. Se apenas um se beneficia, os demais também saem ganhando.

Bráulio- Gente... Então se ela cancelar a pensão por meio judicial...

Manuela- (respira fundo) A gente vai estar ferrado!... Eu tô desempregada, o César também. Por enquanto o Rodolfo e o dinheiro dessa pensão tá sustentando a gente aqui.

Bráulio- Se quiser eu posso ajudar... Eu posso fazer mercado todo mês e... sei lá, a gente vê como fica.

Manuela sorri pra ele.

Manuela- Não precisa.

Bráulio- Mas...

Manuela- É sério!

Bráulio- Tá bem... Você quem sabe.

Teresa abre a porta do quarto e vê os dois sentados no sofá. Ao vê-la, Manuela fica desconfortável e Bráulio fica paralisado.

Teresa- (p/Manuela) Eu tô indo lá na casa do papai ver ele. (p/Bráulio) Tudo bom, querido?

Bráulio- (sério/ sem graça) Tudo...

Teresa- (sorri debochada) Credo. Você tá me olhando de um jeito, parece até que tá vendo um fantasma. (p/ Manuela) Não sei que horas eu volto, tá? Tô avisando isso pra não trancar a porta, senão eu ponho fogo na casa.

Os dois se assustam.

Teresa- (ri) É brincadeira gente, que isso. (T) Tchau!

Ela sai. Os dois respiram fundo.

Manuela- Não duvido que ela possa fazer isso também.

Bráulio- Você acha que ela ouviu alguma coisa?

Cena 6/ Mansão de Genésio/ Sala de Estar/ Interna/ Noite.
A campainha toca, uma empregada vai atender. Teresa adentra a mansão, ambas se cumprimentam, pois já se conhecem. A empregada vai para a cozinha, deixando Teresa sozinha. Carolina, estatura mediana, 20 anos, negra, cabelos com tranças, bem maquiada e vestida, adentra o local.

Teresa- (encarando-a) Hum. Parabéns, pra quem é a bastarda até que você tá bem. Que milagres fazem uma roupa de grife, uma boa maquiagem.

Carolina- (ri) Pra quem levou chifre do namorado durante quatro anos você não deveria estar com essa pompa toda.

Teresa fecha a cara.

Carolina- Posso saber o que você veio fazer aqui?

Teresa- Olhar pra sua cara! O que você acha?

Carolina- Se você veio aqui ver o nosso pai...

Teresa- (corrigindo-a) O meu pai!

Carolina- (continua) Ele tá lá em cima. Só toma cuidado tá? Ele tá tossindo muito. Qualquer hora ele pode vomitar na sua cara e deixar ela mais linda do que já é.

Teresa- (olhando-a de cima a baixo) Nossa, como você é infantil.

Teresa vai subindo.

Carolina- Teresa, sabia que você é in-su-por-tá-vel?

Teresa volta e a encara.

Teresa- Eu acho ótimo que você pense isso. Assim não tem mais que me dirigir a palavra, com licença.

Por fim, ela sobe as escadas.

CORTA P/ O QUARTO DE GENÉSIO:

A porta do quarto é aberta e Teresa adentra o local, olhando tudo em volta, percebendo o quanto mudou desde a última vez que estivera ali. Ela vê Genésio, seu pai, debilitado na cama e tossindo toda hora. Genésio se emociona ao vê-la.

Genésio- Filha...

Teresa senta-se ao seu lado, pega a mão do pai e beija.

Teresa- Como você tá, pai?

Genésio- (tossindo) Eu vou bem.

Teresa- Mesmo?

Genésio- Mesmo! (encarando-a) Mas o que aconteceu? Você voltou assim, tão repentinamente.

Teresa- Eu fui embora da casa daquela mulher. Eu cheguei na cidade hoje de manhã. A minha relação com ela não estava muito boa, a gente teve umas brigas.

Genésio- Era de se esperar, vocês nunca se deram bem.

Teresa- Pois é, mas eu tô de volta. Pronta pra viver a minha vida como era antes.

Genésio tosse novamente.

Teresa- (preocupada) Essas tosses estão bem estranhas hein.

Genésio- (desconversa) Não é nada.

Teresa- Nada... Amanhã a gente vai num médico ver isso aí.

Genésio- Ah não filha. Eu tenho horror a médicos.

Teresa- Pois vai sim! Essas tosses não são normais. Amanhã vou passar aqui e a gente vai lá ver o que é isso e o senhor não vai fugir do médico dessa vez.

Teresa dá um beijo na testa do pai, e os dois se olham.

Cena 7/ Bar/ Interna/ Noite.
Close geral do local, movimentado, noite de sexta feira com karaokê, um rapaz cantando uma música qualquer de Djavan. Vicente e Teresa no balcão quase se mijando de tanto rir do cantor fracassado.

Vicente- (rindo) Que horror.

Teresa- (rindo) Parece uma prostituta gemendo.

Vicente- (se recompondo) Ai, você é a pior pessoa que existe, Teresa.

Teresa- Eu sei. (para de rir e fica séria) Ai amor, chega de palhaçada, vamos falar de coisa séria agora. (T) Você acredita que Manuela teve a cara de pau de levar o Bráulio lá pra casa?

Vicente- Amiga, não tô defendendo ninguém, pelo amor de Deus não pense isso de mim. Mas é que tipo, a Manuela e o Bráulio estão namorando né? Ela tem todo o direito de levar ele lá pra casa de vocês.

Teresa- (indignada) Mas comigo lá?

Vicente- E você queria o que?

Teresa- Que fossem pra um motel.

Vicente- Eles estavam em que parte da casa?

Teresa- Na sala.

Vicente- (pensativo) É...  eles poderiam ter ido pra um lugar mais particular, sei lá, pro quarto. A Manuela também poderia respeitar que você tá morando lá agora e tudo mais.

Teresa- Mas é isso que eu tô falando menino. Aquela galinha fez isso pra me provocar, pra eu pegar os dois ali no sofá de propósito. Manuela tem cara de santa, mas provou ser mais piranha do que qualquer puta de esquina.

Vicente- Gente, que sonsa.

Teresa- É. Só que isso não vai ficar assim não.

Vicente a encara.

Teresa- (olhando pra ele) Se ela pensa que vai viver em paz após ter roubado meu namorado... ela tá muito enganada! A Manuela vai se arrepender amargamente do que fez. Isso, pra você meu amigo, eu posso garantir! Ela vai comer o pão que o diabo amassou ou eu não me chamo Teresa da Silva Boaventura!



(Continua... essa porra, esse caralho...)



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