Vale Reler - Buquê de Lágrimas - Capítulo 13
quarta-feira, maio 01, 2019
Capítulo
13:
Cena
1: Paramaribo- SME. Hotel Courtyard by Marriott/ Quarto de Camila/ Interior/ Noite.
Camila:
Gente,
mas que horror, o Ronald é um ordinário, ele está enganado todo mundo.
Eric:
Eu
não acredito que ele se chama Ronald.
Helena-(chocada):
Ele
não deve se chamar Ronald, à que custo ele iria pegar um diploma de uma
faculdade com o nome de Vitor e depois se passar por Ronald?
Eric:
Isso
é muito complexo, às vezes as pessoas podem fazer isso para ter uma garantia
quando necessário, por exemplo, se ele precisar fugir, ele vai usar o nome de
Vitor para poder conseguir um emprego melhor, na verdade o meu papel é contatar
a polícia brasileira para informar sobre o caso.
Helena:
Sim,
pelo fato de você já ter sido um policial, ficaria mais fácil, pois você está
investigando o caso.
Camila:
O
que temos que fazer agora, é nos unir e tentar fazer um encontro com ele, e
essa pessoa que vai ter um encontro, vai ser você, Eric!
Eric:
Com
certeza, eu posso pegar o celular dele e enviar para a polícia rastrear,
podemos pegar ele.
Helena:
Em
todo caso nós teremos que tentar seguir ele e saber onde é que ele se esconde,
assim nós facilitaríamos o trabalho da polícia.
Eric:
Mas
você tem que estar ciente de que é difícil fazer uma invasão naquele bordel,
boate, ou sei lá o que é, porque o Vitor já deve fazer isso há muito tempo,
eles são especialistas nisso, desde quando a gente estudava, ele me dizia que
amava viajar para o Suriname, certamente a mãe ou o pai dele mexia com esse
negócio e agora ele tomou a frente.
Camila:
Mas
vamos pensar com calma, vamos fazer o que tiver que ser feito, depois nós
iremos organizando as coisas, pode acontecer alguma coisa que faça os nossos
planos mudarem.
Eric:
Só
de pensar que eu quase mostrei a foto da Maria Eduarda pra ele aquele dia que o
encontrei, aquele assalto foi a melhor coisa que aconteceu naquele momento.
Helena-(surpresa):
Ainda
bem que não teve como você mostrar, porque senão a minha filha estaria longe
uma hora dessas e eu jamais iria saber onde encontrar ela.
Camila:
Mas
a pergunta agora é: como nós vamos nos encontrar com o Ronald?
Os
três se olham tensos e pensativos.
Cena
2: Boate Sexy Body/ Quarto/ Interior/ Noite.
Maria
Eduarda chora compulsivamente.
Homem-(frio):
Mas
que fresca você é, sua piranha, eu te mostro como acaba com essa frescura.
O
homem pega Maria Eduarda pelo braço, que está relutante, mas de nada adianta,
pois ele é mais forte e consegue jogar ela na cama.
Maria
Eduarda-(implorando): Por favor, não faz isso comigo, moço.
Homem-(furioso):
Chega
dessa choradeira, sua menina chata, ou você quer que eu chame aquele cara que
te trouxe aqui?
Maria
Eduarda-(com medo): Não, por favor, não faz isso, eu te
imploro!
Homem-(intimidando):
Então
você vai ter que se comportar direitinho, porque eu sei que você não está aqui
porque quer, mas isso não faz diferença, você me dando prazer, é o que importa.
Maria
Eduarda fica boquiaberta com o que o homem fala.
Maria
Eduarda-(inconformada): Como você pode ajudar esses homens a
ganhar dinheiro desse jeito?
Homem:
Simples,
eu me divirto e eles recebem. Você não sabe como eu sou sedento por uma novinha
de 10 anos, e agora que eu te achei, eu não vou deixar isso se perder, você é
bem lindinha e deixa o meu pau durinho.
Maria
Eduarda tenta fugir, mas o homem segura-a com força e ela olha para ele,
aterrorizada.
Maria
Eduarda-(amedrontada/voz ecoada): Por favor, eu te peço
mais uma vez, não faz comigo o que você quer fazer?
O
homem pega Maria Eduarda e a joga-a na cama novamente, ele segura os dois
braços da menina com suas mãos e começa a beijar o corpo dela. Enquanto isso, a
imagem vai escurecendo.
Maria
Eduarda-(grita enquanto a imagem escurece): Não, não,
não.........
Cena
3: Boate Sexy Body/ Salão/ Interior/ Noite.
James
e Ronald estão conversando e rindo, enquanto olham para Diana e Clara.
James:
Aquela
Diana bem que é gostosinha, acho que posso tirar um proveito dela depois.
Ronald-(malicioso):
Mas
que safado você, mas eu também confesso que ficaria com ela, só que minhas
prioridades são outras.
James-(intrigado):
Quem
é a próxima vítima?
Ronald:
Uma
vadia que mora no Brasil, já até me mandou nudes dela.
James:
Você
não é mole não, meu camarada.
Enquanto
isso, Diana e Clara conversam.
Clara:
Assim
como eu, você não pode dar mole pra eles não, porque eles montam em cima de
você mais ainda.
Diana:
Eu
pensei que aquele maldito do Ronald poderia me ajudar.
Clara:
Olha,
Diana, ele e o James não valem nada, mas o Ronald ainda consegue ser pior,
porque ele mata a sangue frio, coisa que nunca vi o James fazendo, eu já vi ele
só agredindo as pessoas.
Diana-(chocada):
Você
já viu uma pessoa morrer?
Clara:
Todos
nós que estamos aqui nesse inferno já vimos várias pessoas morrer.
Diana:
Maldito
foi o dia que eu fui aceitar esse emprego maldito. Como foi que o James te
trouxe pra cá?
Clara:
Ele
fez a minha mãe ficar cega de amor por ele e um belo dia ele disse que ia
passear comigo, e me trouxe pra cá. Eu também acreditava nele, ele me tratava
tão bem, eu nunca pensei que ele ia fazer isso comigo.
Diana:
Mas
você está aqui tem quantos anos?
Clara:
Vim
pra cá com 10, que é a idade com que as crianças começam a se prostituir.
Diana:
Mas
mudando de assunto, eu estou preocupada de verdade é com a Maria Eduarda, não
acredito que o Ronald teve coragem de fazer aquilo com ela.
Clara-(marejando):
Não
tem muito tempo que cheguei aqui, mas tenho muita pena dela e acredito que nós
três vamos conseguir fugir, nós não podemos ser covardes como os outros.
James
chega até onde as meninas estão.
James:
Olhem
só, as minhas duas meninas já estão amigas, que bom que fez amizade, Diana, é
bom que você aprenda algumas coisas com a Clara e que você se apóie na
companhia dela e perca as esperanças de voltar pra sua casa.
Diana-(grossa):
Você
não pode me deixar em paz? Você me trouxe aqui pra mim fazer esse trabalho
imundo pra você, acho que não sou obrigada a conversar com você nas horas que
não precisar de mim.
James-(debochado):
Mas
você está bem enganada, porque acaba de aparecer o seu mais novo cliente.
James
aponta para um homem que mostra o copo de bebida para Diana e bebe, ela fica
com medo. A imagem escurece.
Cena
4: Amanhece. Caxias do Sul-RS/ Mansão Chermont/ Jardim/ Exterior.
Isabel
está parada em frente ao seu carro e conversa no telefone com Olavo.
Isabel:
Eu
já liguei para aquele maldito do Benício e ele me disse que vai me encontrar as
onze no local que marcamos.
Olavo:
Coitado,
mal sabe ele que é uma cilada pra ser preso, o importante é ele cair.
Isabel:
Com
certeza, querido, quando eu disser pra ele o que eu vou fazer, ele vai entrar
em desespero e não vai pensar em outra coisa a se fazer.
Olavo-(malicioso):
Sua
gostosa, é por isso que eu amo você demais e quero continuar sendo seu.
Isabel:
Eu
sou demais, eu também admito, e que isso sirva como prova pra você, seu
canalha, não tente me ameaçar mais igual me ameaçou ontem.
Olavo:
Eu
fiquei desesperado, ok? Me perdoa, e vamos parar com isso, porque nós devemos
estar unidos nesse momento.
Isabel:
Você
tem razão, meu amor. Você está levando aquele pretinho ladrão, né?
Olavo:
Sim,
mas nós sabemos que ele não é ladrão.
Isabel:
Que
seja, só de ser preto, já me basta! Agora vou indo, tchau!
Isabel
desliga o telefone, coloca seu óculos e entra no carro.
Cena
5: Mansão Accorsi/ Sala/ Interior/ Manhã.
Dalila
está sentada no sofá conversando com duas amigas e olhando algumas revistas de
jóias.
Dalila:
Nossa,
essas jóias da Cartier são lindas, uma pena não poder comprar a revista toda.
Amiga
1: Ai,
amiga, dá uma vontade de comprar é a fábrica da Cartier, tem cada peça mais
maravilhosa do que a outra, uma pena que algumas são o salário do meu marido.
As
mulheres começam a rir. A campainha toca e Dalila vai atender, ela fica chocada
quando dois policiais adentram o local.
Dalila-(preocupada):
Olá,
bom dia, vocês desejam falar com quem?
Policial
1: Nós
queremos falar com Olavo Accorsi, temos uma ordem de prisão contra ele!
As
amigas de Dalila ficam escandalizadas e comentam entre si.
Dalila-(chocada):
Prisão?
Mas vão prender meu filho por quê? Ele não fez nada!
Policial
1: Ontem
a senhorita Jordânia Chermont prestou uma queixa contra ele, porque ele agrediu
ela e tentou abusar sexualmente dela.
Dalila
fica surpresa com o que ouve.
Dalila:
Meu
filho não fez isso, foi uma armação contra ele, o Olavo jamais seria capaz.
Policial
1: Senhora,
o seu filho agrediu ela sim e tentou abusar da menina, foi feito um exame de
corpo de delito na vítima e nas roupas dela, as digitais do senhor Olavo foram
encontradas.
Amiga
2: Mas
que horror, Dalila, que tipo de filho é esse que você tem?
Amiga
1: Nós
estamos chocadas com o Olavo, não imaginaríamos que ele fosse capaz de chegar a
tal ponto.
Dalila-(furiosa):
Saiam
da minha casa, suas ordinárias, parem de julgar o meu filho que é inocente!
As
mulheres estão indo embora e passam olhando torto para Dalila, que fica com
raiva e manda-as embora de sua casa.
Dalila-(falando
com os policiais): Saiam da minha casa também.
Policial
2: Nós
temos uma permissão para não sair daqui até que seu filho apareça aqui, e a senhora
vai ter que permanecer com a gente enquanto ele não chegar, para evitar que
você comunique à ele o que está acontecendo!
Dalila:
Mas
que tipo de pessoa vocês estão achando que eu sou para ficarem me vigiando?
Policial
1: Nós
não queremos saber o tipo de pessoa que a senhora é, nós só vamos fazer o nosso
trabalho e lembre-se de que desacato a autoridade dá cadeia, não queremos levar
a senhora junto com o seu filho.
Dalila
fica arrasada e começa a chorar.
Cena
6: Paramaribo-SME. Boate Sexy Body/ Quarto de traficados/ Interior/ Manhã.
Diana
acorda e fica preocupada ao ver Maria Eduarda escorada na parede e chorando, a
jovem vai até a criança.
Diana:
Maria,
você acordou muito cedo.
Maria
Eduarda: Eu nem dormi, Diana, só fiquei pensando naquela coisa
nojenta que aquele homem fez comigo, eu não conseguia parar de pensar no que
aconteceu.
Diana:
Maria,
por favor, não fica assim, pensa que um dia isso tudo vai acabar.
Clara
acorda e vai até as duas, ela abraça Maria Eduarda.
Clara:
Maria,
não fica assim, na minha primeira vez, eu fiquei assim também, não estou
pedindo pra você se conformar com esse lugar, mas encare a realidade, porque
você vai se prejudicar.
Maria
Eduarda-(com dificuldade): Eu estou sentindo tanta dor, gente.
Diana
e clara abraçam Maria Eduarda e sofrem com a tristeza da menina.
Diana-(marejando):
Olha,
Duda, eu te entendo, eu também tive que fazer o mesmo que você, e eu me senti
um lixo, usada, é a pior sensação do mundo, não se preocupa, nós vamos vencer
juntas.
Cena
7: Hotel Courtyard by Marriott/ Restaurante/ Interior/ Manhã.
Helena está tomando suco e sente uma sensação estranha no corpo, ela
engasga e começa a tossir.
Camila-(preocupada): O que está
acontecendo, Helena?
Helena
começa a chorar muito, Eric e Camila vão até ela.
Eric-(confuso):
Helena,
mas o que é isso?
Helena-(inconsolável):
A
minha filha, a minha filha não está bem... Está acontecendo alguma coisa com a
Maria Eduarda.
Camila:
Se
acalma, amiga, não está acontecendo nada, deve ser só a sua dor mesmo.
Eric
pega água para Helena e ela bebe, porém as lágrimas são inevitáveis. Eric
segura nas mãos trêmulas de Helena.
Eric:
Vai
ficar tudo bem, Helena, eu te prometo que nós vamos conseguir acabar com essa
sua dor e a da sua filha.
Helena
começa a ficar mais calma.
Camila:
Pronto,
isso mesmo, amiga, tem que ficar calma, porque hoje, nós iremos achar aquele
cafajeste e ele vai pagar por tudo o que está fazendo.
Helena-(marejando):
Se
vocês pudessem entender o tamanho da culpa que eu estou sentindo, vocês não me
pediriam pra ficar calma.
Eric:
Mas
você tem que ficar tranquila, Helena, como você vai poder ajudar a sua filha de
cabeça quente? E olha, eu vou te dizer outra coisa, eu liguei pra um amigo meu
e ele disse que vai nos ajudar, ele vai tomar todas as devidas providências.
Helena:
Que
notícia ótima.
Camila:
Tá
vendo, Helena? Tudo vai se resolver!
Helena
para de chorar e coloca a mão no peito. Helena segura a mão de Eric e de
Camila.
Helena-(agradecida):
Muito
obrigado, depois da minha filha, vocês são as pessoas mais especiais pra mim!
Camila
e Eric abraçam Helena, que se comove.
Cena
8: Caxias do Sul- RS. Galpão/ Interior/ Manhã.
O
galpão é um lugar aberto, onde não havia divisão nenhuma, ali está Olavo com um
moço negro, que está amarrado em uma cadeira. Isabel adentra o local e beija
Olavo.
Isabel:
Temos
que fazer esse serviço logo para você ir embora e eu ficar com aquele feijão
preto aqui!
Isabel
aproxima-se do homem que está preso à cadeira e ri diabolicamente.
Isabel:
Sabe
o que os pretos merecem, seu macaquinho? (t)
Eles merecem a morte, porque essa cor é nojenta, é feia, olha essa sua cara
suada, mas que nojo de você!
Isabel
cospe no homem, que olha para ela aterrorizado.
Isabel:
Sinto
muito em te falar, amiguinho, mas de hoje você não passa, querido!
Olavo
vai até Isabel.
Olavo:
E
aí? Você faz ou eu faço?
Isabel:
Esse
serviço, eu faço.
Isabel
tira luvas de sua bolsa e depois pega uma arma, ela aponta para o homem.
Isabel-(gargalhando):
Adeus!
Isabel
dispara um tiro no coração no peito do homem, que morre na hora.
Isabel-(fria):
Simples
assim, levou um tiro, e morreu.
Olavo
fica chocado com a frieza de Isabel, mas despede-se dela e vai embora. Isabel
aproxima-se do corpo e olha-o com repulsa.
Isabel-(enojada):
Como
eu poderia ter nascido branca, olha que cor nojenta!
Isabel
surpreende-se com a chegada de Benício, que fica horrorizado ao ver o corpo no
chão.
Benício-(chocado):
Dona
Isabel, foi a senhora quem matou esse cara?
Isabel
olha para Benício com deboche.
Cena
9: Paramaribo-SME. Hotel Courtyard by Marriott/ Área de Lazer/ Exterior/ Manhã.
Dionísia
está sentada em uma cadeira dentro de uma pérgola de madeira, olhando para a
lagoa em frente ao hotel.
Dionísia:
Agora
eu só preciso bolar um plano para tirar a minha filha daquele lugar, felizmente
aquela maldita boate está intacta lá.
Helena
aproxima-se do balaustre de madeira, e olha para a paisagem, Dionísia e ela se
olham, mas Helena volta a olhar para a paisagem.
Helena-(pensando):
Se
eu tivesse ouvido minha filha, quantas coisas poderiam ter sido evitadas.
Eric
chega perto de Helena. Dionísia presta atenção no casal.
Eric:
Helena,
eu e a Camila vamos sair para pedir mais informações, uma pessoa do hotel me
falou sobre um bordel que tem há uns 6km daqui.
Helena:
Eu
também vou, Eric, essa é a chance de encontrar a minha filha, quem sabe ela não
está nesse lugar?
Dionísia
vai até Helena.
Dionísia:
Me
perdoem, mas eu ouvi a conversa de vocês e vi que vocês estão procurando alguém
que está em um bordel, vocês estão atrás de alguma criança ou jovem?
Helena-(esperançosa):
Eu
estou procurando a minha filha, ela foi sequestrada por um pessoal do tráfico.
Dionísia:
Só
me responda uma coisa, a pessoa que sequestrou ela foi o James ou o Ronald?
Helena-(chocada):
Você
conhece aquele desgraçado do Ronald?
Dionísia:
Sim,
eu já fui uma deles, mas hoje eles sequestraram a minha filha e ela está na
maldita boate dele!
Helena:
Você
sabe onde encontrar essa boate?
Dionísia:
Sim,
ontem eu averiguei e ela está no mesmo local de sempre.
Helena
e Eric ficam felizes ao saber que Dionísia pode ajudá-los.
Cena
10: Caxias do Sul-RS/ Mansão Accorsi/ Sala/ Interior/ Manhã.
Dalila
fica aflita e inquieta com a presença da polícia. Ela estava sentada no sofá e
levanta-se.
Dalila:
Eu
preciso ir no banheiro.
Policial
1: Então
nos dê o seu celular e eu vou te acompanhar para me certificar de que não vai
haver problema algum.
Dalila-(furiosa):
Não
precisa mais!
Policial
1: A
senhora poderia ser presa por estar se aliciando ao seu filho, querendo evitar
o trabalho da polícia.
Dalila-(marejando):
Pouco
me importa, vocês não sabem qual é a dor de uma mãe ver o filho preso, vocês
deveriam pensar em sentimentos.
Policial
1: E
seu filho em atitudes melhores, a senhora gostaria de ser agredida por um
homem?
Dalila
fica calada e ela se desespera ao ver Olavo chegar.
Dalila-(desesperada):
Filho,
me diz que é mentira, me diz que esses policiais estão enganados.
Olavo-(confuso):
Mas
o que é que está acontecendo aqui? Eu não estou entendendo!
Policial-(aproximando-se
com uma algema): Senhor Olavo Accorsi, o senhor está preso por
agressão e tentativa de abuso sexual.
Olavo
fica chocado, mas ele é algemado pelo policial e encara sua mãe.
Cena
11: Caxias do Sul- RS. Galpão/ Interior/ Manhã.
Isabel
aproxima-se de Benício e sorri diabolicamente.
Isabel:
Que
bom que você veio, querido, estava ansiosa para que você chegasse.
Benício-(chocado):
Eu
pensava que você poderia ser tudo, menos uma assassina, mas se bem que você já
tentou me matar.
Isabel:
A
vida é feita de escolhas, Benício, mas cada um arca com suas consequências.
Está vendo esse pretinho morto?
Benício:
Você
é uma racista, uma assassina, o que mais eu posso esperar de você?
Isabel:
Aguarde
e verá. Eu espero que você se dê conta de tudo o que está acontecendo, seu
patife, por sua causa, eu vou ter que matar a minha filha.
Benício-(desesperado):
Você
não vai fazer isso! O que você está planejando fazer?
Isabel-(dissimulada):
Sabe,
seu desgraçado, se a minha filha não ficar com o Olavo, se ela não viver feliz
comigo e com o pai dela, com você ela não vai ficar!
Benício:
Você
não vai encostar em um fio de cabelo da Jordânia.
Isabel:
Te
chamei para te contar que toda a culpa disso tudo é sua, espero que você se
mate depois disso. Eu tenho uma arma na minha bolsa e sei muito bem o que fazer
com ela.
Isabel
começa a chorar de falsidade. Benício vai pra cima de Isabel e tenta pegar a
arma da mulher, que reluta, mas ele consegue pegar. Isabel chora e ao ver a
chegada da polícia, ela faz um teatro.
Isabel:
Não
me mate como você fez com ele, por favor!
Benício
fica assustado ao ver os policiais apontando uma arma para ele. Isabel fica
feliz por dentro.
Isabel-(pensando/voz
ecoada): Eu consegui, seu ordinário.
Benício
olha para a polícia e depois para Isabel, que está com um olhar falso.
Continua...
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