ÚLTIMA SEMANA! Vale Reler - Tesouros Perdidos Capítulo 15 (Reprise)
segunda-feira, fevereiro 04, 2019
apresenta:
Edição
Tesouros Perdidos Capítulo 15 (reprise) = todos os capítulos 31, 32, 33 e 34 originais (cortes excessivos)r
CENA 01 MATA / INTERIOR / DIA
Luana colhe frutos na floresta.
Neno se aproxima bem.
Neno – Imaginei que estivesse aqui...
Mas sozinha? É arriscado!
Luana – Aqui é onde me faz distrair.
Eu observo a natureza, eu vivo a vida daqui! Como se eu estivesse em um corpo
de algum animal e voando, voando. Aqui é onde esqueço meus problemas.
Neno – Você está melhor?
Luana – Superei, descobri que não
vale a pena ter uma relação principalmente com um príncipe... Eu quero só
amigos agora! Não quero mais ninguém.
Neno – Eu não acredito nessa sua
frase... Sabe que tem um homem que gosta muito de você? Um passarinho me
contou.
Luana – Sem cantadas, Neno!
Neno – Olhe gente, está achando que
sou eu?
Luana – (risadas) Está na cara.
Neno – Suas hipóteses foram
confirmadas... Luana, eu quero uma chance, por favor. Me dê uma chance com
você. Me dê uma chance para a gente ficar juntos e nos casar, aquele sonho de
criança.
Luana – Bom, eu acho que você está
mudado. Mostrou que és um verdadeiro amigo.
Os dois se aproximam.
Neno – Eu quero um beijo seu.
Luana – Então...
Em seguida, os dois se beijam.
CORTA PARA:
UMA SEMANA DEPOIS...
CENA 02 / PALÁCIO REAL / INTERIOR /
DIA
O Príncipe chega.
Príncipe Fábio – Ah, finalmente estou
no palácio! Viagem longa. Vou subir as escadas.
Ele não percebe que Aurora está lá.
Rei Bernardo – Espere, meu filho,
quero te apresentar a sua esposa.
Ele vira para trás e olha para ela.
Os dois sorriem um para o outro. E vêm imagens de Luana em sua cabeça. Ele
imagina a amada na forma dela.
O Príncipe é apresentado a Princesa
Aurora.
Aurora – Alteza!
Ele beija a mão dela.
Fábio – Encantado.
Rei Bernardo – Princesa Aurora
permanecerá aqui até que vocês estabeleçam um matrimônio para que as coroas
sejam unidas. Bom, vocês terão muito tempo para conversar e se conhecerem
melhor.
Fábio – Já olhou o jardim Aurora?
Aurora – Ainda não. Cheguei tão
rápido, que nem dei atenção à linda natureza.
Fábio – Então, venha. Eu vou te
mostrar onde eu gosto de passar a maioria do tempo...
Aurora – Perfeitamente.
Em seguida, Fábio leva Aurora até o
jardim.
Rei Bernardo – Bom, eu vou cuidar dos
negócios da Coroa Real. Com licença.
Rainha Georgia e Iracema se
entreolham.
Rainha Georgia – E aí irmãzinha?
Desconfio que não pronunciasse nenhuma palavra desde a minha chegada. O que eu
fiz para merecer essa recepção, vinda de você? Aconteceu algo?
Rainha Iracema – Desculpe, mas
realmente, eu tenho tido muitos problemas. Quase cometi um suicídio, o rei
Bernardo deve ter te notificado sobre isso.
Rainha Georgia – Um suicídio? Mas ele
não me disse nada sobre isso. Qual o desígnio?
Rainha Iracema – Espero que o que vou
falar agora seja mantido em sigilo, é uma ordem vinda de vossa rainha.
Rainha Georgia – Claro irmãzinha.
Pode contar tudo para mim, estarei a todo ouvidos.
Rainha Iracema – Fui traída. O Rei
teve um caso com uma plebeia e engravidou.
Rainha Georgia – Mas eu estou chocada
com isso. E o que você fez? Já resolveu o assunto?
Rainha Iracema – Já, disse para ela
se afastar do meu marido o mais rápido possível.
Rainha Georgia – Esperta você.
Rainha Iracema – Pois impedi que essa
notícia circulasse pela boca do povo... Você também tem tido uma reação
estranha em relação ao guarda oficial, Saulo.
Rainha Georgia – Bem, é que...
Rainha Iracema – Não vai me falar
nada?
Rainha Georgia – Nós tivemos um
caso...
Rainha Iracema – Um caso?
Rainha Georgia – Sim, perfeitamente.
Éramos muito apaixonados um pelo outro. Até que... (off).
Ela continua a contar o caso. As duas
conversam. Rainha Iracema reage.
CORTA PARA:
CENA 03/ RUAS / BRASIL / INTERIOR /
DIA
Todos os plebeus observam... Os
trompetes soam. Saulo abre uma carta real e comunica.
Saulo – Caros Súditos! Vossa
Majestade manda avisar que o Príncipe Fábio chegou de viagem, hoje. Por
enquanto, ele não receberá visitas... Mas depois de sua recuperação, vocês
podem comparecer ao Palácio.
CORTA PARA:
CENA 04/ CASA DE GEREMIAS / INTERIOR
/ DIA
Geremias, Luana e Neno conversam.
Geremias – Então, está confirmado? O
Príncipe chegou?
Luana – Perfeitamente, papai.
Certamente ele irá me procurar.
Neno – Mas eu estarei aqui... Vou te
defender dele.
Luana – Mas calma gente, ele não fez
nada de errado. Só o rei que pediu para que eu me afastasse dele. Ah, estou com
medo. Ele vai vim me procurar logo e como irei contar isso?
Neno – Deixa que eu fale com ele para
você! Certamente o príncipe vai entender...
Luana – Você? Falar com ele?
Neno – Sim, se eu puder ajudar. Temos
que resolver isso logo. O que eu não faço por você?
Luana – Ah, meu Deus. Está decidido,
você falará. Obrigada Neno. Durante todo esse tempo, você tem sido amigo meu.
Geremias – Ainda bem que foi só
amigo! Pois saiba Neno, que minha filha não está pronta para relacionamentos.
Ainda mais depois do comunicado que Vossa Majestade ordenou para ela.
Neno – Claro senhor Geremias, com
Luana, eu só tenho boas intenções.
Geremias – Mas vocês não acham que
foram rápido demais?
Neno – Não entendi a sua pergunta,
seu Geremias.
Geremias – Nessa amizade, vocês foram
rápido demais... Às vezes eu fico pensando nos erros que você cometeu no
passado, e...
Neno – Mas que outra prova eu preciso
dar para você? Eu já estou arrependido!
Geremias – Mas, é que... Minha filha
entrou em uma profunda depressão após a morte da Minerva.
Luana – Papai, eu não posso ficar
sozinha a vida toda, você entende! Eu tenho que descobrir novas paixões! E não
se preocupe que eu confirmo e reforço a frase do Neno. São só boas intenções!
Geremias – Está bem, vocês fiquem aí,
que eu vou cuidar da sapataria.
Luana – Está bem.
CORTA PARA:
CENA 05 CASA DE LUANA / INTERIOR /
NOITE
Luana está a cortar verduras... Em
seguida, a porta da casa está aberta. Ela não percebe e Fábio entra.
Fábio – Luana?
Luana olha para ele e com medo, diz:
Luana – Fábio?
Em seguida, Neno aparece.
Neno – O que você está fazendo aqui?
Eles se entreolham. Fábio não entende
nada.
Fábio – Meu amor pode fazer o favor
de me explicar à presença desse sujeito aqui?
Luana – Não me chame mais de “meu
amor”! Ele só é um amigo, um bom amigo. Esteve esse tempo todo comigo.
Fábio – Mas como assim? Agora você
vem me tratar desse jeito? O que eu fiz para merecer isso?
Neno – Ora, ora. Sabe muito bem, o
que fez ou teremos que informar? Luana, se você quiser, eu expulso esse
príncipe de quinta daqui!
Fábio – Mais respeito comigo, viu? Eu
sou o Príncipe daqui! E posso prendê-lo. Eu só quero entender porque estão me
tratando desse jeito!
Luana – Neno, por favor. Leve esse
rapaz embora. Eu não quero mais focar nenhum dos meus olhos nele.
Fábio – Luana se você quiser também,
eu dou um soco nesse rapaz.
Luana – Por favor, não me incomode
mais! Vá embora e não volte nunca mais.
Neno – Você vai nem que seja
amarrado.
Neno o empurra para fora de casa.
CORTA PARA:
CENA 06 FRENTE DA CASA DE LUANA /
INTERIOR / NOITE
Fábio e Neno se confrontam.
Fábio – Pelo menos você, pode me
explicar o que estava acontecendo? Eu devia mandar os guardas do palácio te
algemarem viu, porque você roubou minha mulher!
Neno – Infelizmente, você não
conseguirá fazer isso. Eu tenho muitas pessoas ao meu lado, principalmente a
Luana.
Fábio – O que você quer com a minha
noiva?
Neno – Ela agora será a minha noiva,
não sua. Sinto muito por você, mas você a perdeu para mim... Suponho que o jogo
virou agora né?
Fábio – Mas como assim? Eu não estou
entendendo nada. Eu havia feito o pedido de casamento, avisei da viagem. E
agora ela me trata desse jeito? O que você fez? Mudou a cabeça dela?
Neno – Não se faça de inocente. Você
sabe muito bem. Ela ficou muito abalada, viu? Pare com essas atitudes
machistas, e enxergue, ela não te quer mais! Não te quer! E fique sabendo... Em
breve eu me casarei com ela e você não terá saída.
Fábio – Mas eu sou capaz de impedir
que isso aconteça. Porque, eu, vou descobrir sozinho o que está acontecendo,
viu?
Neno – Até você descobrir, eu já
terei me casado com ela. Mas... Desejo boa sorte. Porque acredito que, nunca
mais vocês ficarão juntos!
Neno dá uma gargalhada perante o
príncipe. Fábio vai embora na carruagem.
Neno – Se depender de mim, ele nunca
mais irá tocar um dedo nela.
CORTA PARA:
CENA 07 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / NOITE
Saulo abre a porta do Palácio Real e Valdirene entra.
O Rei Bernardo desce as escadas.
Bernardo – Você?
Valdirene – Eu mesma Vossa Majestade, vivinha em carne e osso!
Aurora– Mas vocês dois a conhecem? Podem me explicar quem é essa plebeia?
Valdirene – Olha, você tenha mais respeito comigo viu! Em breve, irá me chamar de Vossa Rainha.
Aurora – Mas que conversa é essa? Chamar você, uma plebeia, ridícula, pobre de Vossa Rainha? Ou você é maluca ou está fazendo hora com minha cara.
Valdirene – Não fica mais cantando nos meus ouvidos não, tá.
Aurora – Majestade vai deixar essa senhora me humilhar?
Bernardo – Não, eu vou colocar ela para fora! Saulo! O que está fazendo aí parado? Chame o restante dos guardas! Eu deveria prendê-la.
Saulo – Está bem Vossa Majestade.
Valdirene – Mas nunca que Vossa Majestade vai conseguir tocar um dedinho sequer em mim, eu sou muito difícil viu? Saulo! Não vá, fique aqui.
Saulo – Está bem.
Bernardo – Agora vai obedecer as ordens dessa senhora?
Saulo – Não, vossa Majestade, eu vou.
Valdirene – Não, você fique aqui e acabou a conversa. Minha visita vai ser bem rápida. Eu só quero uma pessoa.
Neste momento, a Rainha Iracema desce as escadas.
Rainha Iracema – E quem você deseja?
Valdirene – Boa noite para você também Majestade! Onde está o Príncipe?
Rainha Iracema – O Príncipe deu uma saída. Se a senhora quiser pode ficar aí sentada esperando por ele ou ir embora.
Aurora – Mas onde já se viu? Vai deixar essa senhora correr atrás do meu marido? Pois saiba, meu bem, que ele é comprometido viu? Comprometido comigo! Nós vamos nos casar em breve.
Valdirene – Comprometido com você? O que você tá pensando em meu bem? Deve estar delirando ou passando estrelinhas por vossa cabeça! Que conversa é essa de meu marido? Ele nunca vai casar com você! Porque eu sou mais bonita, olhe meu corpo. E você, tá parecendo uma galinha piando.
Rainha Iracema – Olha, você respeite ela viu? E não fique arrastando asas para meu filho. Os dois são comprometidos! Eu confirmo.
Valdirene – Eu não estou entendo nada. Aliás, quem é você? Deve ser uma plebeia também. Nunca te vi pelas redondezas, nem aqui no palácio. De todas as vezes que compareci aqui. O que você tá fazendo aqui hein?
Aurora – Vejo que ainda não sabe né? Pois bem, eu sou a Princesa de Portugal.
Valdirene surpreendida.
Valdirene – Ah, minha nossa senhora! Princesa de Portugal!
Ela desmaia no sofá.
Todos se preocupam.
Rainha Iracema – Meu Deus, ela desmaiou!
Aurora disfarça a gargalhada e pensa:
Aurora – Eu sabia que essa velha iria desmaiar quando soubesse que eu sou a Princesa de Portugal.
Rainha Iracema – Vamos, me ajudem! Vamos chamar o médico. Bernardo ligue para o doutor Olegário.
Bernardo – Mas amolar o Doutor Olegário a essa hora só por causa dessa mulher? Por causa de um simples desmaio? Vai que ela está fingindo! Conheço bem essa gente.
Rainha Iracema – Mas gente, essa moça está por nossa conta. E se ela sofreu um desmaio mesmo. O pai dela vai ficar preocupado.
Aurora – Vaso ruim não quebra! Saulo pegue um copo d’água. Essa aí vai acordar rapidamente com água.
Em seguida... Depois de algum tempo... Saulo joga água na cara de Valdirene, que acorda, assustada.
Valdirene – Mas o que é isso? Ora, ora. Eu podia afogar com essa água toda!
Aurora – Olha, a senhora...
Fábio chega ao Palácio.
Valdirene – Príncipe Fábio! Ah, eu estava esperando pelo senhor!
Fábio – Valdirene? Você a essa hora?
Valdirene – Vim ver se você chegou inteirinho da viagem! Olha, eu trouxe um bolo para ti. Eu mesma que fiz. Tenho muito jeito para cozinha.
Fábio – Eu agradeço a gentileza Valdirene.
Valdirene – Podemos conversar a sós?
Fábio - Eu iria dormir, mas vamos ao jardim!
Aurora nervosa.
Aurora – Mas, mas...
Rainha Iracema – Calma Aurora. O Fábio não vai ser bobo de carregar essa moça nas costas!
CORTA PARA:
CENA 08/ PALÁCIO REAL / JARDIM / INTERIOR / NOITE
O Príncipe e Valdirene conversam no Jardim do Palácio Real.
Fábio – Olha, eu agradeço a sua visita, viu? Ainda mais nessa noite de decepções. Vejo que és uma boa alma, uma amiga não é mesmo?
Valdirene – Ah, eu só quis ver se você estava bem depois de ter passado vários dias nos continentes orientais não é? Teve uma noite de decepções? Alguma coisa que eu possa ajudar?
Fábio – Deixa, em breve marcarão em águas passadas...
Valdirene – Se o senhor quiser eu posso pronunciar minhas lindas palavras ou cantar... Assim ficará mais calmo.
Fábio – Cantar? Não sabia que você cantava bem!
Valdirene – Eu até que tenho jeito.
Fábio – Mas está ficando tarde! Outra hora você faz isso, certo?
Valdirene – Está bem, mas se Vossa Alteza precisar de qualquer coisa pode procurar conforto na minha casa. Ela está de portas abertas para o senhor. Fique bem. Eu vou indo.
Ela abraça Fábio.
Fábio – Está bem, eu agradeço a generosidade. Tchau!
Valdirene – Tchau.
Ela vai embora.
Fábio dá mais uma volta pelo jardim, pega uma flor, olha para a lua, cheira.
Fábio – Eu não sou bobo! Ela está arrastando as asas para mim. Mas... Não é ela que eu quero, nem a Princesa Aurora. quero a Luana!... Mas nunca fui humilhado em tanta minha vida. Eu ainda vou descobrir o motivo por ela me tratar tão mal nessa noite! Primeiro vou fazer isso, e depois, acabarei com o meu casamento! Eu mesmo!
CORTA PARA:
CENA 09/ PALÁCIO REAL / APOSENTO DO PRÍNCIPE / INT / NOITE
O Príncipe coloca a roupa de dormir... Em seguida, a Rainha Iracema bate na porta.
Fábio – Entre.
Ela entra.
Fábio – Mãe!
Iracema – Filho! Ainda não conversamos direito desde que você chegou da viagem. Me dê um abraço.
Os dois se abraçam.
Fábio – Foi uma longa viagem, eu estou exausto. Nada fácil tentar o comércio de especiarias.
Iracema – Eu percebi nos seus olhos que você chegou triste ao palácio. Aconteceu alguma coisa?
Fábio – Não, nada. Foi só uma impressão sua.
Iracema – Você tem certeza? Pode contar a mim! Eu prometo que não conto ao seu pai! Vem cá, deite no meu colo e conte tudo! Desabafe o que você tem para desabafar, eu vou te ouvir.
Iracema senta-se na cama e Fábio deita no colo dela.
Ele começa a chorar.
Iracema – Oh, chore, chore. É bom chorar, desabafe tudo o que você sente.
Fábio – Hoje eu tive uma decepção amorosa mamãe...
Iracema fala sem pensar duas vezes.
Iracema – Com a plebeia?
Fábio se assusta.
Fábio – Como é que você sabe, mamãe? Posso saber? Eu nunca te contei isso.
Iracema – Ah, eu e minha boca grande! Eu sabia... Desde que o seu pai me contou... Mas você também tem que saber! Eu não posso esconder isso!
Fábio – Diga, o que está acontecendo de tão grave?
Iracema – Bom, primeiro, me explique. O que ela fez para você hoje?
Fábio – Ela me tratou de uma maneira tão rude, como se alguém tivesse apagado a memória dela e os momentos em que vivenciamos juntos, os momentos de alegria, tristeza, de amor. Me expulsou da casa dela e disse que não tínhamos nada para conversar, pediu que eu não a procurasse mais... Fui traído, mamãe. Ela estava com outro plebeu.
Iracema – Meu Deus, mas isso é uma tragédia.
Fábio – Mas a senhora sabe de alguma coisa? Se recorda? Eu preciso saber, eu preciso saber!
Iracema – Mas eu não sei se devo contar...
Fábio – Mas assim eu nunca poderei saber!
Iracema – Olha! Eu vou contar sim... O seu pai, o rei, apareceu uma noite lá na casa dela. Pediu para conversar. Ele ofereceu dinheiro para que ela se afastasse de você! Porque você já estava prometido para casar com a Princesa Aurora.
Fábio, paralisado, não acredita.
Fábio – Mas meu pai? Meu pai fez isso? Como ele pode fazer uma coisa dessas? Eu perdi a minha alma gêmea!
Iracema – Você sabe como é seu pai!
Fábio – Tudo por causa da Aurora! Tudo por causa dela! Mamãe... Já que está do meu lado, nessa. Eu preciso que você me ajude em uma coisa... Se a senhora quer ver minha felicidade. Me ajude a acabar com esse casamento o mais rápido possível.
Iracema – Bom, primeiro, me explique. O que ela fez para você hoje?
Fábio – Ela me tratou de uma maneira tão rude, como se alguém tivesse apagado a memória dela e os momentos em que vivenciamos juntos, os momentos de alegria, tristeza, de amor. Me expulsou da casa dela e disse que não tínhamos nada para conversar, pediu que eu não a procurasse mais... Fui traído, mamãe. Ela estava com outro plebeu.
Iracema – Meu Deus, mas isso é uma tragédia.
Fábio – Mas a senhora sabe de alguma coisa? Se recorda? Eu preciso saber, eu preciso saber!
Iracema – Mas eu não sei se devo contar...
Fábio – Mas assim eu nunca poderei saber!
Iracema – Olha! Eu vou contar sim... O seu pai, o rei, apareceu uma noite lá na casa dela. Pediu para conversar. Ele ofereceu dinheiro para que ela se afastasse de você! Porque você já estava prometido para casar com a Princesa Aurora.
Fábio, paralisado, não acredita.
Fábio – Mas meu pai? Meu pai fez isso? Como ele pode fazer uma coisa dessas? Eu perdi a minha alma gêmea!
Iracema – Você sabe como é seu pai!
Fábio – Tudo por causa da Aurora! Tudo por causa dela! Mamãe... Já que está do meu lado, nessa. Eu preciso que você me ajude em uma coisa... Se a senhora quer ver minha felicidade. Me ajude a acabar com esse casamento o mais rápido possível.
Iracema levanta-se da cama, dá uma volta pelo quarto...
Fábio – Mas e aí? Vai me ajudar ou não?
Iracema – Ah, eu não sei... Eu não sei... Não verdade, eu não posso. Não posso fazer isso.
Fábio – Mas qual o impedimento que te leva a executar um pedido de seu filho, mãe? Seria bom para mim! Eu não gosto da Aurora, eu não gosto dela. Ela não é a minha metade da laranja, não é a minha alma gêmea. Pode ser até uma duquesa, princesa... Mas não! Eu quero amar alguém de verdade e que dê certo para mim.
Iracema – Eu sei, eu sei. Eu até penso que é bastante exagerado. Imagine você casar a força com a Aurora só para que as Coroas sejam unidas?
Fábio – Mas é justamente isso que estou dizendo! Eu preciso da sua ajuda. Eu não quero casar com ela, eu quero é reconquistar a Luana, meu TESOURO PERDIDO!
Iracema – Ah... Mas e se seu pai, o rei, descobrir? Imagina o que ele fará comigo? E se a minha irmã descobrir que estou te ajudando também? Não, nós vamos ter que arrumar outro jeito! É muito arriscado.
Fábio – Eu estou sem alternativas e você? Não há outro jeito! Decepcionei-me com você, pensei que iria me ajudar, mãe.
Fábio nervoso.
Iracema – Espere... Você está certo. Eu tentarei te ajudar a acabar com esse casamento. Não vou querer minha irmã perto de mim novamente, ou viveremos o passado terrível que vivemos! Mas eu não sei exatamente o que vamos fazer!
Fábio – Eu! Eu sei exatamente o que devemos fazer! Confie em mim. Dará tudo certo...
Fábio conta no ouvido de Iracema. Os dois se abraçam e trocam ideias por várias horas. Em seguida, comemoram.
CORTA PARA:
CENA 10 / CASA DE LUANA / INTERIOR / NOITE
GEREMIAS / LUANA
Geremias – Minha filha, minha filha. Eu vou te alertar mais uma vez e já faço questão de repetir todas às vezes. Você está passando por um momento difícil, perdeste a sua metade da laranja. E eu não confio no Neno.
Luana – Mas que provas concretas ele precisa dar para tirar essa sua impressão suja que você tem dele? Papai, é ele que tem cuidado de mim quando o Príncipe esteve ausente... Aliás, hoje eu expulsei o Fábio daqui. Eu estou em dúvida. Com quem devo ficar? Eu não posso ficar com o Fábio, já me certificaram que ele está comprometido com a Princesa Aurora... Mas, por outro lado, eu não senti nada pelo Neno ainda, só amizade! Papai, eu tenho uma saudade tanta dos momentos que eu passei com o Fábio... Ah, era tão bons. Sumiram com um estalo de dedos. Confesso que eu sentia amor por ele, era um amor verdadeiro, um amor eterno, um “AMOR ALÉM DA VIDA”!
Geremias – É certo que você não pode ficar com o Príncipe, pois ele está comprometido...
Luana – Eu não sei, mas estou arrependida de ter expulsado o Fábio daqui. Ele esteve em todos os momentos comigo, e criamos um laço de afeto, um laço de amor tão grande. Estávamos planejando até casar. Alguma coisa aqui dentro de mim diz que eu tenho que reagir, que eu tenho que correr atrás do príncipe. Afirma-se que as duas almas gêmeas tem que correr uma trás da outra.
Geremias – Eu sou a favor do seu romance com o Príncipe. Mas eu tenho medo de que o rei possa tomar alguma atitude precipitada.
CORTA PARA:
CENA 11 / PALÁCIO REAL / JARDIM / INTERIOR / NOITE
Atenção Edição: Continuação da cena 02 deste capítulo.
O Príncipe está no jardim olhando para a Lua Cheia. Ele diz:
Fábio – Meu amor, Luana. Eu queria que você estivesse comigo nessa hora. Nós dois olhando para a lua cheia! Mas como nosso amor foi acabar assim? Mas eu sei que ainda vou te reconquistar...
Em seguida, a Princesa Aurora surge.
Princesa Aurora – Está pronunciando umas palavras estranhas. Por acaso, eu ouvi você dizer o nome “Luana”?
Os dois se entreolham.
Os dois se entreolham.
Fábio sem respostas.
Princesa Aurora – Fábio, anda, fale. Eu já fiquei minutos esperando. Responda a minha pergunta. Quem é “Luana”?
Fábio toma coragem e pronuncia as palavras.
Fábio – Na verdade, não é nada disso que você está pensando. Eu estava lembrando-me da minha avó, que se atendia pelo nome de Luana. O governo dela foi um marco para esse reino. O Rei, meu pai, não me cansa de contar essa história.
Princesa Aurora – (falsa) Entendi, mas desculpe pelas suspeitas... Estamos comprometidos né? E não quero ouvir mais nenhum nome feminino sair da tua boca! Eu só tenho olhos para você.
Fábio – (falso) Não vejo a hora de nos casarmos! Mas, diga, o que está fazendo pelo jardim uma hora dessas?
Princesa Aurora – Apenas o meu sono que saiu pela janela, tenho insônia. E você?
Fábio – Estou somente pensando como será o nosso futuro daqui para frente.
Princesa Aurora – Pois sugiro que pense, e pense muito! Depois do nosso casamento, veremos o que acontecerá.
A Princesa vai embora.
Fábio – Ah, não suporto ela! Ela não serve para mim, definitivamente. Amanhã mesmo eu procurarei a Luana e ela terá que me explicar o que aconteceu!
CORTA PARA:
CENA 12 / MINA DE OURO / INTERIOR / DIA
Gumercindo se despede dos colegas de trabalho.
Figurante 1 – Mas peraí Gumercindo, para onde você vai?
Gumercindo – A partir de hoje não trabalho mais aqui! Serei guarda oficial no Palácio Real do Rei Bernardo.
Figurante 2 – Diz aí Gumercindo, como conseguiste isso?
Gumercindo – Bom, eu... Sozinho, né? Eu tenho meus métodos, gente. Meus métodos.
Neno – (corta) Não se esqueça dos amigos. Conseguiste o emprego com a minha ajuda, Gumercindo. Nada disso seria possível sem minha pessoa para ajudar!
Gumercindo – Sim. Confirmo. Foi com a ajuda do Neno.
Figurante 3 – Tá vendo Gumercindo, quis dar uma de esperto, mas acabou dando errado...
Gumercindo – Bom, eu não posso gastar mais meus neurônios com vocês... Eu vou embora daqui. Agora começarei uma nova vida, graças a Deus.
Figurante 4 – Falou a grávida, a prostituta, todos os personagens.
Gumercindo – Como você sabe?
Figurante 4 – Maria Chiquinha que me contou.
Gumercindo – Aquela velha maluca!
Figurante 4 – Olha, não a chame de velha maluca não!
Neno – Gumercindo, você tem que ir.
Gumercindo – Isso, não vou ficar discutindo com vocês. Adeus Miseráveis! Passar bem.
Ele se despede dos amigos... Em seguida, Neno conversa com o figurante 2.
Figurante 2 – E aí Neno? Reconquistou a Luana?
Neno – Perfeitamente. Ela já está caidinho por mim. Em breve farei o pedido de casamento.
Os dois dão gargalhadas.
Neno – Agora vamos voltar ao trabalho, nas minas.
Eles trabalham nas minas de ouro... Neno mede a profundidade das minas. Ele desce até uma profundidade marcada pela régua. Em seguida, parte da mina começa a desmoronar. Ouve-se um grito. E uma das cartas misteriosas cai.
CORTA PARA:
CENA 13 / PALÁCIO REAL / INTERIOR / DIA
O Rei Bernardo lê um livro sentado no sofá. Em seguida, Saulo chega à sala.
Rei Bernardo – Diga Saulo, o que aconteceu agora?
Saulo – Vossa Majestade, um plebeu deseja falar com o senhor.
Rei Bernardo – Mas é de manhã cedo! Mande-o entrar!
Em seguida, o plebeu entra.
Figurante 2 – Vossa Majestade tenho uma notícia ao comunicar o senhor... Hoje, pela manhã. A mina desmoronou alguns minutos atrás. E caiu esta carta. Vim entregar ao senhor... E vou indo...
Rei Bernardo – Eu agradeço.
Ele vai embora.
Em seguida, a Princesa que caminha pelos corredores, vê o rei na sala e tenta ouvir o que ele diz.
O Rei Bernardo abre a carta e descobre que é uma carta para o Capitão Kidd.
Rei Bernardo – Uma nova carta do Capitão Kidd! Eu não posso ficar parado! Eu tenho que mandar explorar esses Tesouros Perdidos.
CORTA PARA:
FIM DO CAPÍTULO 15 (REPRISE)
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