Tempo Perdido - Capítulo 12
segunda-feira, fevereiro 11, 2019
TEMPO PERDIDO
Novela de Raffa Lins
Escrita por Raffa Lins
Personagens deste Capítulo
Juliana
Esther
Alice
Uriel
Derick
David
Roberto
Jonas
Patrícia
Miriam
Resumo dos acontecimentos anteriores.
O tempo passa, e Alice aos seus 15 anos de idade, é adotada por um casal. Ela se muda com eles para uma chácara. Dias depois, sozinha com seu padrasto, ela é violentada sexualmente. Seu ódio é grande, então ela friamente assassina seu padrasto a facadas, dentro do banheiro. Ela rouba todo seu dinheiro, fugindo de lá.
O corpo de João Alexandre é encontrado, e a ligação de Esther com o crime se torna forte. Sua casa é revistada, e não encontram nada. Ela confessa a David que realmente o matou.
Cecília descobre o seu câncer, e tenta fazer de tudo para que alguém a ajude. Sem sucesso, e com a dificuldades impostas por Esther e Roberto, ela passa por tudo sozinha.
E finalmente Juliana junta as peças, e descobre o envolvimento de Esther no roubo de sua música, e no flagra, onde quase sua carreira chega ao fim. Ela então confronta Esther, que em sua frente, confessa todos seus podres em relação a Juliana, e acaba levando um tapão em seu rosto.
Quase aliviada, Juliana descobre que não é mais a sócia majoritária da gravadora, e sendo substituída por uma pessoa que ela não imagina. Com a ajuda de Roberto, Esther é a nova sócia da gravadora.
CAPÍTULO 12
CENA 01 | GRAVADORA | ESCRITÓRIO | INT. | TARDE |
A cena volta exatamente no momento em que Juliana descobre não ser mais a sócia da gravadora.
ROBERTO: Ju, minha querida. Você não percebeu?
JULIANA: Percebi o quê?
ROBERTO: Que você não é mais a sócia principal da gravadora. (T) Você também perdeu esse posto...
JULIANA: (Nervosa) Eu não/
ROBERTO: (Interrompe) Deixa que eu explico... (T) Já vai fazer três meses que você não contribuiu em nada para a gravadora. (T) Sei que cê tá em um momento difícil, sem trabalhos, mas a gravadora não pode parar por isso. (T) Os assionistas fizeram uma reunião, sobre seu futuro cargo na gravadora. (T) Mas pode ficar tranquila, que os seus 21% ainda vão continuar valendo, só que abaixo do que faz hoje.
JULIANA: Cê tá querendo me dizer que me rebaixaram do meu cargo?
ROBERTO: Exato!
JULIANA: Cê só pode tá brincando com a minha cara. (T) Quem vai vir ao meu lugar?
ROBERTO: Olha só que sorte, o novo sócio majoritário da gravadora, acabou de me ligar, dizendo que já vai assumir seu posto. Hoje!
JULIANA: Quem é esse sócio?
ROBERTO: (Apertando o botão do telefone) Bianca, mande ele/ (se corrige) Ou melhor, ela entrar...
JULIANA: Ela? (Se assusta)
A porta do escritório vai se abrindo, mostrando o rosto feliz de Roberto, e o rosto assustado de Juliana, vendo a nova sócia da gravadora.
ESTHER: Olha só que ironia do destino, agora pouco me encontrei com Juliana, e agora nos encontramos de novo. (T) Prazer, sou a nova sócia que vai entrar em seu lugar... Não vai me cumprimentar, Ju? (Sorrindo)
JULIANA: (Assustada) Você?!
ESTHER: Sim, eu mesma. (Séria) Se assustou?
JULIANA: (Para Roberto) Cê só pode tá brincando com a minha cara mesmo. (T) Me rebaixar e colocar essa aí no meu lugar?
ESTHER: (Em alto tom) "Essa aí" tem nome, Esther Lacerda, o fenômeno do momento, e sócia majoritária da gravadora. (T) Quer mais?
ROBERTO: É isso mesmo Juliana. (T) Os gastos se intensificaram. Você não ajudava em nada. (T) Mas sinta se feliz, essa gravadora vai crescer mais e mais.
JULIANA: (Olhos marejados) Da mesma forma que eu quebrei a cara com ela, você também vai. (T) E que seja logo. Não quero perder o seu tombo.
ESTHER: Fica calma Juliana. Será sempre bem vinda na sua antiga sala. (T) Bom, não como você deseja, mas eu tenho uma ideia... (Cínica)
JULIANA: Quero que você pegue essa ideia e enfie no lugar de onde você saiu. No esgoto!
Juliana vai saindo da sala, ela abre a porta, mas antes de sair, ela para pra ouvir Esther.
ESTHER: (Rindo) Eu sou bem exigente, Juliana. Acho que Bianca não vai conseguir ter um serviço decente comigo aqui. (T) Cê não quer virar minha assistente? Eu pago bem, e dou vale transporte. Não vou te deixar a Deus dará...
Juliana não responde as provações de Esther, e sai da sala, e bate a porta. Ao mesmo tempo, Esther cai na gargalhada.
ESTHER: (Para Roberto) Eu quero ficar uns minutos sozinha na minha sala. Posso?
ROBERTO: (Se levanta) Claro, sócia. Essa sala agora também é sua.
Roberto sai também da sala, deixando Esther sozinha. Ao ver que ele saiu, ela coloca sua bolsa na cadeira, e começa a andar pelo escritório. Ela vai se aproximando da janela.
ESTHER: (Olhando para fora) Eu disse que chegaria até aqui. (T) Mas não vai ser esse último andar minha cartada final. (T) Eu vou longe, bem longe! (Firme)
Ela se afasta da janela, e vai indo até a cadeira principal, de Roberto. Então, delicadamente ela se senta, como se estivesse no poder.
ESTHER: (Olhos marejados) Isso é por você... Por você...
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CENA 02 | MANSÃO DE JULIANA | SALA DE ESTAR | INT. | NOITE |
Completamente instável e chorando, Juliana chega em sua casa, desanimada e em plantos. Ela se senta ao sofá, e com a cabeça baixa, chora constantemente. Uriel entra em cena.
URIEL: (Preocupado) O que houve?!
Uriel se senta ao lado de Juliana, a abraçando.
JULIANA: (Chorando) Ela conseguiu tudo que queria. (T) Robou minha música, acabou com a minha carreira, e agora tira meu lugar de sócia de gravadora. (T) O que ela quer de mim? A minha alma?
URIEL: Esther é obsessiva, é o tipo de gente que não para. (T) Ela não vai descansar até ultrapassar todas as barreiras, não vai. Só que ela cometeu um deslize...
JULIANA: (Limpando as lágrimas) Deslize?
URIEL: Saiu em alguns sites que a polícia foi até a casa dela. (T) Advinha o porquê?
Juliana se interessa na história.
URIEL: Esther foi vista perto do local de um crime, onde uma pessoa foi morta friamente.
JULIANA: (Espantada) Esther?! Quem é essa pessoa?
URIEL: Cê não vai acreditar... A pessoa que eles encontraram, onde Esther foi vista por perto, é o João Alexandre!
Juliana se levanta, completamente assustada.
JULIANA: (Boqueabera) Meu Deus Uriel, essa mulher é pior do que a gente pensava!! (T) Onde ela vai parar?!
URIEL: Nós precisamos pensar, agir da forma certa.
JULIANA: Se foi ela mesmo que matou esse cara, temos uma grande chance de derruba-la.
Juliana anda por todos os lados, impaciente. Uriel logo atrás.
URIEL: Como assim?
JULIANA: Enquanto a polícia tenta encontrar algo sobre o crime, nós vamos mais a fundo. (T) Um detetive particular, que possa nos levar até a origem de Esther. Descobri ainda mais o que ela foi capaz de fazer. (T) Matou uma pessoa, provavelmente já fez isso antes.
URIEL: Mas não temos certeza que foi ela que matou João Alexandre. (T) Tudo indica, mas não temos certeza.
JULIANA: (séria) Pensa comigo, Uriel. Caso não foi ela, eu desisto de tudo. Mas temos uma chance, e eu não vou desperdiçar. (T) Vou contratar esse detetive, e quero tudo, exatamente tudo que ele descobri sobre essa vagabunda. Desde a infância, até hoje. (T) Todo mundo deixa um rastro para trás, com ela não vai ser diferente...
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CENA 03 | PRESÍDIO | CELA | INT. | NOITE |
Um carcereiro vai abrindo uma das celas, fazendo com que os presos acordem assustados.
CARCEREIRO: (Grita) Levanta, seu advogado te conseguiu uma condicional...
Close no rosto de Derick, sem barba e careca, ele não mostra reação com a notícia. Ele então vai saindo da cela, com alguns presos despedindo dele. Algemado, ele vai caminhando para uma sala do presídio. Ao chegar, o carcereiro retira sua algema, e entrega seus pertences. Ele começa a olhar, pega sua carteira, e ao abrir, se depara com uma foto dele, ao lado de Alice e Mariele. Uma lágrima escorre em seu rosto, caindo diretamente na foto, no rosto de Alice.
DERICK: (Chorando) Eu vou atrás de você filha, vou tentar concertar o meu erro...
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CENA 04 | ORFANATO | ENTRADA | INT. | MANHÃ |
Com roupas simples, Derick vai até o orfanato, onde estava Alice, tentando encontrá-lá.
DERICK: Com licença, a minha filha veio parar aqui, com uns 10 anos, e hoje ela tá com 15 anos, eu só preciso vê-la. (Emocionado)
PATRÍCIA: O senhor tem alguma identidade?
DERICK: Claro, tenho sim.
Derick entrega sua identidade a Patrícia, que vai vendo.
PATRÍCIA: Qual o nome dela?
DERICK: É Alice, Alice Brandão.
Patrícia se assusta ao perceber que Derick é pai de Alice.
ALICE: (Assustada) Você é o pai dela?!
DERICK: Sim, aconteceu alguma coisa?
PATRÍCIA: Aconteceu. (T) Sua filha foi adotada por um casal, muito simpáticos. Dias depois, a sua mãe adotiva, encontrou o marido dela, morto dentro do banheiro, assassinado cruelmente.
DERICK: E Alice? (Preocupado)
PATRÍCIA: Não se tem mais sinal dela desde este dia. (T) Mas na digital da faca, na arma do crime, estava a de Alice. (T) Ela é a principal suspeita do assassinato, e até o momento, está foragida.
Derick fica completamente incrédulo com a revelação de que sua filha é assassina.
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CENA 05 | CEMITÉRIO | INT. | MANHÃ |
Alice vai caminhando pelo cemitério, com um buquê de flores brancas nas mãos. Ela vai se aproximando de um túmulo, onde é possível ver escrito: "Em memória de Mariele Brandão".
ALICE: (Olhos marejados) Quando você disse que eu não iria mais sofrer, eu sofri. (T) Mas eu não ficarei quieta. (T) Vou acabar com quem entrar na minha frente. (T) Vou acabar com todos que fizer mal a mim. (T) Mas antes, eu quero justiça. Justiça por você. (T) Eu vou encontrar meu pai, vou encontrar o cara que te matou, e ele vai sofrer da pior forma possível. (T) A dor que ele vai sentir, será o dobro que você sentiu. Aquele desgraçado vai queimar no inferno, vai queimar como um indigente, como um ninguém. (T) E pela senhora, eu vou curtir cada momento! A dor dele, será o meu prazer, será como o canto de Deus em meu ouvido. Pode apostar... (Séria)
Alice beija o buquê de flores, e coloca sobre o túmulo de sua mãe. Então ela vai se afastando, com uma feição maléfica, pronta para o seu próximo passo.
A imagem vai se escurecendo.
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CENA 06 | IMAGENS EXTERNAS | NOITE |
Imagens rápidas mostrando a cidade de São Paulo em movimento. Pessoas caminhando para sua casa, bares abertos, pessoas bebendo. Close em um cartaz de propagandas de lingerie, feito por Esther.
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CENA 07 | MOTEL | QUARTO | INT. | NOITE |
Foco em uma cama rangendo. Camera vai subindo, mostrando uma mulher, em cima de um rapaz, calvalgando sobre ele. Som ambiente dos gemidos da mulher, que vai se intensificando, a cama vai se movimentando bem mais.
MULHER: (Grita) Não goza, não goza, não goza!!
O ato continua, e a mulher grita de prazer. Então eles gozam, sobre o som de alívio de prazer de ambos. A mulher sai de cima do rapaz, mostrando que estava transando com Roberto.
ROBERTO: (Ofegante) Foi bom, não foi?!
MULHER: (Ofegante) Tá melhor do que da última vez. (T) Aguentou mais tempo...
Roberto se levanta, nu. Ele pega um roupão, e veste. Logo depois vai até sua calça, onde retira dois cigarros.
ROBERTO: (Com o cigarro na boca) Quer um?
Ela acena, e ele entrega o cigarro até ela. Então ele vai até a janela, pega seu fósforo, e acende.
MULHER: (Fumando) Percebi que estava bem tenso hoje...
ROBERTO: (Fumando) Ansioso para uma coisinha aí.
A mulher se desenrola do lençol, e completamente nua, ela com o cigarro na boca, vai indo até Roberto, e o abraça por trás.
MULHER: Não quer me contar o que é?! (Interessada)
ROBERTO: Acha mesmo que vou contar meus assuntos para uma prostituta?! (Rindo) Se liga!
Roberto apaga o cigarro, o colocando no cinzeiro, e vai até o banheiro do motel.
MULHER: (Séria) Prostituta sim, mas idiota não.
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CENA 08 | MANSÃO DE ESTHER | INT. | MADRUGADA |
Miriam de camisola vai até a cozinha, abre a geladeira, e pega um copo d'água. Ela bebe, e coloca o copo sobre a pia. Ela vai voltando ao seu quarto, mas é surpreendida por David, que a prensa contra parede.
MIRIAM: (Assustada) O que você ta fazendo?
DAVID: Fala baixo... (T) Eu sei o que você quer...
MIRIAM: Quer o que?
DAVID: Eu não sou idiota...
David a força, beija Miriam, que tenta se soltar dele. Mas acaba cedendo, e continuando o beijo.
MIRIAM: (Falando baixo) Para com isso, a dona Esther pode acordar...
DAVID: (Beijando o pescoço de Miriam) Não vai, pode ficar tranquila...
David então a pega com toda força no colo, a colocando em cima de uma mesa. Ele desabotoa a camisola de Miriam. E os dois ao mesmo tempo se agarram intensamente.
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CENA 09 | MANSÃO DE JULIANA | COZINHA | INT. | NOITE |
JULIANA: (Cont.) Isso não pode vazar de jeito nenhum. (T) Se a midia descobre, vão me acusar de tentar derrubar a carreira dela, e isso não pode acontecer.
Close em um rapaz, meia idade, cabelos brancos.
RAPAZ: Meu serviço, é totalmente sigiloso. Pode ficar tranquila!!
URIEL: Fernando é super cuidadoso, nada vai dar errado.
FERNANDO: Quando que eu começo o serviço?
JULIANA: (Séria) Hoje! Quero tudo sobre Esther, desde a infância. (T) Eu quero ela na palma da minha mão!!
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CENA 10 | PORTARIA DA GRAVADORA | EXT. | TARDE |
Esther de óculos de sol, sai da Porsche de David. Ela da um beijo em sua boca, e vai indo em direção a entrada da gravadora. Foco nos paparazzi cercando a entrada. Ela coloca a bolsa no rosto, e tenta entrar na gravadora. É possível ouvir as perguntas de alguns paparazzi, deixando ela irritada.
PAPARAZZI 1: É verdade que policiais foram até sua casa? Tá metida com drogas? (Acompanhando Esther)
PAPARAZZI 2: Algum podre seu foi descoberto?
Os seguranças aparecem, e vão retirando os paparazzi da entrada. Completamente furiosa, e já dentro da gravadora. Esther se vira, mostrando o dedo do meio para os fotógrafos.
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CENA 10 | GRAVADORA | ESCRITÓRIO | INT. | TARDE |
Esther entra para o escritório. Close em Roberto no computador.
ESTHER: Vai ser todo dia assim? (T) Terei que entrar com seguranças?
ROBERTO: Isso não aconteceria se não tivesse ido policiais até sua casa. (T) Qual o motivo da visitinha deles?
Close no rosto sem reação de Esther.
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CENA 11 | MANSÃO DE JULIANA | SALA | INT. | TARDE |
Juliana e Uriel conversam, com a saída de Fernando, o detetive particular.
URIEL: Vai dar certo. (T) Quanto menos se esperar, vamos saber de tudo sobre ela...
JULIANA: Tomara mesmo...
Uriel pega nas mãos de Juliana, e os dois se encaram. No momento em que entra Jonas na cozinha, surpreendendo os dois.
JULIANA: (Se vira) Jonas? O que faz aqui?
JONAS: Atrapalho os dois?
URIEL: Não, claro que/
JONAS: (Interrompe) Estou falando com ela, não com você! (Sério)
JULIANA: Que isso?
JONAS: Não foi uma boa hora, com licença.
Jonas sai da cozinha, e Juliana vai atrás, deixando Uriel na cozinha.
JULIANA: Dá pra me explicar o que foi isso?
JONAS: Isso o quê? Até uns dias você dorme comigo, dizendo se decepcionar com esse aí e com Roberto, e agora eu te vejo no maior clima com ele. Qual seria minha reaçao? De felicidade?
JULIANA: Você tá sendo injusto, de verdade.
JONAS: Vocês estão juntos?
JULIANA: Não, claro que não. (T) Eu não tô querendo ninguém agora, e quando querer, todos vão saber. (Séria) O que rolou com a gente, foi um caso e nada mais. (T) Me perdoe ter feito isso com você!
JONAS: Mas eu não tô me importando com isso, Juliana! (Inconformado) E sim, da sua falta de coerência. (T) E tem razão, foi só um caso.
Jonas vai saindo da casa, mas antes, ele volta.
JONAS: Só queria te dar isso. (Colocando um pendrive na mesa) Passei a noite toda, trabalhando em um novo projeto, para sua volta. Você vai gostar!
Jonas sai da casa, deixando Juliana confusa.
Close em Juliana pegando o pendrive.
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CENA 12 | GRAVADORA | ESCRITÓRIO | INT. | TARDE |
Continuação da cena 10, onde Roberto questiona Esther sobre a visita da polícia em sua casa.
ROBERTO: Depois que você ficou famosa, esse foi o maior tempo que ficou sem falar.
ESTHER: Não dói nada de mais. (T) Uma testemunha afirma que me viu perto de uma cena de crime. (T) Ela se enganou, tenho certeza.
ROBERTO: Você tem um álibi?
ESTHER: (Se senta) Por enquanto... Não!
ROBERTO: Antes, me fale, é inocente? (Riso disfarçado)
Esther pensa na sua resposta.
ESTHER: Eu nunca feri uma mosca, quem dirá uma pessoa!
ROBERTO: Tá bom então! Eu serei o seu álibi.
ESTHER: Como?
ROBERTO: Neste momento, nada pode dar errado. Agora eu jogo pra você, e você pra mim. O que acha...
Esther dá um leve sorriso.
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CENA 13 | RUA | EXT. | NOITE |
Imagens alternadas em uma rua pouco movimentada, mostrando poucos carros passando. Close na luz do poste se intensificando, e mostrando ao chão, barulhos de passos. Foco em Derick com uma mala nas mãos, parando em frente a uma casa, aparatemente simples, com um aspecto bem pobre, portão enferrujado, e muro quebrado. Ele retira uma chave de seu bolso. Abre o portão, e vai entrando. Close do outro lado da rua, escorada em uma casa, está Alice, com uma revista no rosto, para que não possa ser vista, observando seu pai.
ALICE: Tá na hora de brincar com o papai... (Feição maléfica)
Alice fecha a revista e vai andando lentamente em direção a casa em que seu pai acabara de entrar, convicta no que quer fazer.
Foco total na casa e em Alice se aproximando, onde a imagem escurece e congela em ambos.
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