O Jogo do Poder- Capítulo 08

terça-feira, julho 17, 2018

Capítulo 08

CENA 01/ HOSPITAL/ NOITE:
Heitor se solta da mão de Stefanny.

Heitor – Eu vou ficar bem, não se preocupa.

Zilda – O que foi que aconteceu? – ela senta ao lado dele.

Heitor – O Eduardo tava dirigindo pela estrada quando um animal passou na frente do carro e ele perdeu o controle. O resultado disso vocês já sabem.

Stefanny – Eu tô me sentindo tão péssima pelo Eduardo, foi uma morte horrível – ela coloca as mãos sob o peito.

Heitor -Olha, eu sei que vocês estão preocupadas comigo, mas eu preciso descansar um pouco.

Zilda – Tudo bem, eu volto pra te visitar amanhã, ok? – Zilda se aproxima de Heitor e dá um beijo carinhoso em sua testa.

Stefanny – Tchau, irmãozinho – ela sorri.

CENA 02/ MANSÃO VILLANOVA/ MANHÃ:
Stefanny está tomando café em uma mesa que fica no jardim. O vento frio faz com que ela se cubra mais com o roupão. O celular dela toca.

Stefanny – Alô, William, conseguiu o que eu pedi?

William – Calma gata. Eu só liguei pra te avisar que só vai ficar pronto depois do meio dia.

Stefanny – Tudo isso? Você tinha me falado que o cara trabalhava rápido e isso saiu caro.

William – Calma tá bom? Você vai ter essa carta até hoje. Tchau!

Stefanny – Imbecil de merda!  Vê se não apronta viu, tem muito dinheiro em jogo e se você dar um deslize, vai acabar no fundo de um barranco igual o Heitor e o Eduardo, que Deus o tenha – ela desliga o celular.

CENA 03/ HOSPITAL/ MANHÃ:
Eduardo está tomando seu café da manhã na cama quando recebe uma ligação.

Eduardo – Alô?

Gaspar – Ah, oi Heitor, aqui quem fala é o Olavo, advogado de vocês. Está se sentindo melhor?

Eduardo – Sim, sim. Eu tô pra receber alta já – ele coloca o telefone entre o ombro e a orelha, então, começa a descascar uma banana.

Gaspar – Fico feliz! Bem, eu te liguei pra conversar sobre a carta que o seu irmão deixou, passando a parte dele pra Stefanny.

Eduardo – Quê? Carta? – Ele para de descascar a banana.

Gaspar – Sim, ele não comentou com você? Bem, a Stefanny disse que a carta está assinada e ficou de me entregar hoje inclusive pra poder dar entrada no processo.

Eduardo – Gaspar, me desculpa. Mas, mesmo com essa carta assinada você não pode abrir um processo sem antes ter a confirmação da morte dele, o corpo ainda não foi encontrado.

Gaspar– Meu Deus, que cabeça minha, você tem razão!

Eduardo – Pois é né, mas tá tudo bem, só diz pra Stefanny que o processo não vai pra frente.

Stefanny adentra o quarto.

Eduardo – Por falar nisso, ela acabou de chegar aqui pra me visitar, pode deixar que eu a aviso, tchau! – ele coloca o telefone no gancho.

Stefanny – Me avisar sobre o quê? Quem era?

Eduardo – O Gaspar, ele acabou de me dizer que você tinha achado uma suposta carta do Eduardo que te passava toda a herança dele, carta assinada até. Mas sabe, eu fiquei todo o tempo do lado dele e em momento algum eu o vi escrevendo a carta, o que me leva a concluir que quem escreveu  foi você.

Stefanny – Olha, Heitor...

Eduardo – Xiii... eu sei que o alvo era o Eduardo e não eu, mas você viu aquela oportunidade brilhante pra se livrar dele, só que acabou me levando junto. Eu nunca vou te perdoar por isso. Mas voltando ao assunto da carta, bem. Mesmo que você entregue essa carta falsa pro Gaspar ele não vai poder abrir um processo porque ele errou.

Stefanny – Errou....?

Eduardo – Stefanny, o inventário não pode ser feito se não tem corpo, o acidente aconteceu sim, mas ainda não acharam o corpo do Eduardo. Eu me sinto tão péssimo sendo um estraga prazer, mas eu tenho que te falar que sem corpo, sem herança e ainda te digo mais, quando comprovarem a morte dele mesmo você tendo essa carta aí, eu vou entrar com um processo pedindo cinquenta porcento da herança.

Stefanny – Você estragou tudo, tava tudo dando certo até você aparecer. Era pra você ter morrido naquele acidente!! – logo, lágrimas de ódio escorrem pelo rosto dela.

Eduardo – Me desculpa por não ter feito a tua vontade! Mas fica ciente de uma coisa Stefanny, se o Eduardo morreu, eu vou vingar a morte dele. Começando agora, eu vou ligar pra policia e dizer que a assassina tá bem aqui, na minha frente – ele retira o telefone do gancho e Stefanny avança sobre ele e o segura pelo braço.

Stefanny – Você não vai ligar pra canto nenhum porque não tem provas contra mim. você só me viu, mas não tem como provar.

Eduardo – Me solta, me solta!

Stefanny – Burro, isso que você é, disse pro policial que foi um bicho que passou na frente do carro e agora vai querer mudar tudo? – ela solta o braço dele – pensa bem no que você vai fazer, seu idiota – ela arruma o cabelo, pega a bolsa que estava sob a cama e vai embora.

Eduardo – Desgraçada! Tudo que vai, um dia volta. Eu vou de destruir.

CENA 04/ AVENIDA/ MANHÃ:
Stefanny já passa dos 80 km na avenida, ela faz várias ultrapassagens. Ela abre o zíper da bolsa que está no banco do carona e pega o celular. Nesse momento ela olha para a frente e um ônibus está parado, ela desvia pra esquerda ultrapassando o ônibus. Porém, o sinal está fechado e uma moça e uma rapaz estão atravessando a faixa. Em um reflexo, a moça empurra o irmão para fora da direção do carro. Stefanny pisa no freio, mas atropela a moça que rodopia em cima do carro. Stefanny avança para a outra rua e é atingida por um caminhão. O carro capota uma só vez.

CONGELAMENTO NO CARRO COM AS RODAS PARA CIMA.


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