Herói Nacional - Capítulo 29 - "Laços de Família, Laços de Um Amor Inseparável"

terça-feira, julho 17, 2018


HERÓI NACIONAL



Apresentamos para vocês a trama escrita por Felipe Rocha
Não deixem de ler esse capítulo deslumbrante, esse primor que é:

CENA 01. FRENTE DA MANSÃO DELLACOURT. EXTERIOR. NOITE
Atenção Edição: Continuação da última cena (06) do capítulo anterior.
Téo sendo levado pelos policiais até o carro. Pérola comemorando.
TÉO ― Não, não! Soltem-me! Larguem-me! Isso é tudo uma farsa, uma montagem.
Pérola ri.
PÉROLA ― Agora você vai vestir o xadrez... aproveita seus próximos dias... dias melhores virão! Ver o sol nascer quadrado.
TÉO ― Sua! Sua!
Téo tira uma arma do bolso e dá um tiro no peito de Pérola, que desmaia! Todos se preocupam com ela e Téo entra no carro da polícia, rindo.
TÉO ― A gente vai se encontrar no paraíso, queridinha! No paraíso que você nem imagina.
Lígia lança um olhar para Téo.
O carro da polícia parte com uma gargalhada maligna de Téo.
Todos se desesperam.
LUIGI Téo sendo levado pelos policiais até o carro. Pérola comemorando.
TÉO ― Não, não! Soltem-me! Larguem-me! Isso é tudo uma farsa, uma montagem.
Pérola ri.
PÉROLA ― Agora você vai vestir o xadrez... aproveita seus próximos dias... dias melhores virão! Ver o sol nascer quadrado.
TÉO ― Sua! Sua!
Téo tira uma arma do bolso e dá um tiro no peito de Pérola, que desmaia! Todos se preocupam com ela e Téo entra no carro da polícia, rindo.
TÉO ― A gente vai se encontrar no paraíso, queridinha! No paraíso que você nem imagina.
Lígia lança um olhar para Téo.
O carro da polícia parte com uma gargalhada maligna de Téo. Todos se desesperam.
LUIGI ― Me ajudem aqui, vamos! Vamos leva-la para o hospital! Me ajudem a coloca-la no carro.
Os demais seguranças ajudam Luigi a colocar Pérola no carro, que sangra muito.
 CORTA PARA:


CENA 02. CASA DE GUTO. INTERIOR. NOITE
Melissa chega em casa. Está tudo escuro. Ela tira o sapato, pelas exigências do ambiente. Ela grita pela mãe e o irmão, Guto.
MELISSA ― Mãe, Guto, Mãe! Cadê vocês? Já estão dormindo? Numa hora dessas? Não querem escutar as novidades? Está tudo escuro! Que horror! Vou acender as luzes.
Melissa ascende às luzes e se assusta com Olímpia sentada no sofá, dizendo:
OLÍMPIA ― Demorou para chegar, não?
MELISSA ― Ah, mãe! Que susto! Não imaginaria que a senhora...
OLÍMPIA ― Não imaginaria mesmo! Eu nunca poderia imaginar que você chegaria a um ponto desses. Se envolver com um síndrome de down, minha filha. Esconder tudo da sua família? Não se abrir com seu próprio pai, irmão e mãe? Você foi longe demais!
Reação de Melissa.
CORTA PARA:

CENA 03. HOSPITAL. RECEPÇÃO. INTERIOR. NOITE
Os paramédicos chegam empurrando a cama onde Pérola está até o bloco cirúrgico. Luigi chora na recepção do hospital, desolado.
CORTA PARA:

CENA 04. CASA DE GUTO. INTERIOR. NOITE
Olímpia e Melissa. As duas choram, emocionadas.
OLÍMPIA ― Foi uma verdadeira vergonha, Melissa!
MELISSA ― Como a senhora soube?
OLÍMPIA ― Não interessa, agora eu quero que você esclareça essa história com seu ponto de vista! A mãe do menino veio aqui, me contou tudo! Meu Deus do céu, eu achei que você queria crescer com um homem que pudesse te dar futuro...
MELISSA ― E daí? E se eu quisesse crescer com ele? Me casar com ele? A senhora iria impedir?
OLÍMPIA ― Minha filha, você iria ser mal vista pela sociedade e pelos nossos amigos, pela nossa família! Um síndrome de down não iria te dar futuro.
MELISSA ― É claro que iria me dar futuro, iria me dar futuro sim! Nesses anos todos que eu convivi com o Bartolomeu, eu só tive a aprender, sabe? Aprendi a ser menos preconceituosa, a aceita-lo do jeito que ele era, eu sim... eu, infelizmente, sou descendente de uma família extremamente preconceituosa que olha para as aparências, segue os padrões de felicidade da mídia, crê no que os outros pensam, mas eu aprendi que a vida não é assim! Definitivamente! Eu só tive a aprender com ele, um olhar só diz tudo, um primeiro olhar ainda mais, mas um olhar pelas entre linhas, leve e sublime, diz mais ainda! Ele é normal assim como nós, tem sentimentos. Ele não é um bicho, contagioso! Ele é um ser humano, oras! E eu não me importaria... mãe... eu não me importaria se tivesse que formar uma família com ele, até mesmo ser esposa dele! Não mesmo! O que eu sou eu dou graças a vocês e principalmente a ele. A nossa relação pode não ser tão explicada em palavras, nem bem repassada direito aos olhares de vocês, mas sim, eu convivi muitos tempos com ele! Eu o conheci em uma praça, um dia que eu estava caminhando leve e solta, e ele me jogou uma pedra. Eu abaixei. Peguei a pedra. E joguei de novo. E ele jogou de novo. E eu entreguei nas mãos dele, ele me tocou, percebeu e me disse assim: “Você é a única que me entregou a pedra nas mãos, estava com dúvida de sua atitude, mas mesmo assim o seu eu foi gracioso, sua atitude bela, eu agradeço profundamente”! Foi tão lindo sabe? Depois daquele dia veio a grande chance. A chance de eu pensar, sim, eu perdi milhares de amigas, amigas que eram preconceituosas! Mas eu não me arrependo por nada. Você não acha isso tão sincero? Nós criamos um contato, um laço tão forte, que chegou ser até “LAÇOS DE FAMÍLIA”, laços de uma verdadeira família. Eu nunca mais hei de esquecer... mas depois apareceu o Lorenzo na minha vida! E está tudo tão confuso. Eu não sei como vou decidir meu futuro! Entrego nas mãos de Deus, só ele é capaz, só ele, é capaz de me confiar essa decisão... a decisão mais correta! Minhas intenções com o Bartolomeu eram das mais belas, ele planejava ter uma família comigo... tudo parecia anormal, pensamento muito avançado para a idade dele... Mãe, agora eu peço para a senhora, com toda sinceridade! Não duvide de mim! Se a senhora quiser eu a levo para conhece-lo, ele certamente ficará muito feliz com a sua visita, me liberte, dona Olímpia! Me deixe tomar as escolhas da vida! Me deixe acabar com esse seu preconceito que existe dentro daí! Do coração! Limpe esse coração, tão sujo, afundado nos mares e nos oceanos, levante, tire o da garrafa. Viva e aprenda a ser feliz, siga o ritmo, aprenda os valores da vida, assim como eu aprendi! Eu te amo apesar de todas essas palavras, eu te amo dona Olímpia e vou te amar para sempre, amor anormal, além da vida, além dos mares, além dos céus, além da terra!
As duas se abraçam, emocionadas.
   
CENA 05. HOSPITAL. BLOCO CIRÚRGICO. INTERIOR. NOITE
Cenas dos médicos do bloco cirúrgico tentando reanimar Pérola e utilizando os instrumentos cirúrgicos, fazendo exames, cuidando do sangramento.
CORTA PARA:

CENA 06. PENITENCIÁRIA. INTERIOR. NOITE
Téo veste a roupa dos presidiários, assina o documento, são tiradas fotos de frente, trás, esquerda, direita, colhem-se as digitais do polegar. Após isso, um dos carcereiros dá um banho de mangueira nele, que geme, água gelada.
CORTA PARA:

CENA 07. PENITENCIÁRIA. CELA 35. INTERIOR. NOITE
Téo é colocado junto com alguns detentos estranhos pelo carcereiro na Penitenciária...
CARCEREIRO ― Aê, racista na área! Lição, já!
Os demais presidiários olham para Téo, todos altos e gordos e começam a agredi-lo. Téo grita.
CORTA PARA:

CENA 08. MANSÃO DELLACOURT. INTERIOR. NOITE
Manuela, Lígia e Ivonete na Mansão Dellacourt.
MANUELA ― Gente, eu não consigo acreditar! Eu estou sem palavras! O papai, matou a Pérola, ele é um assassino!
LÍGIA ― Eu não esperava que o seu pai iria cometer uma loucura dessas. Sinceramente... Amanhã tenho que ir na Delegacia! De qualquer forma, temos que tirá-lo dela.
IVONETE ― Mas tirar um criminoso da cadeia?
Lígia encara Ivonete.
IVONETE ― Desculpa!
CORTA PARA:

CENA 09. CASA DE TIA NÁ. SALA. INTERIOR. NOITE
Tia Ná e Isabela chegam em casa comentando a festa.
TIA NÁ ― Que papelão! Eu nunca fui numa festa tão reveladora como essa! Acho que diverti até mais do que me devia.
ISABELA ― Eu também. O próprio dono da empresa? Daquela mansão toda? Sendo preso! E ainda, teve coragem de dar um tiro na menina na frente de todos! Coitado.
TIA NÁ ― Coitado nada! Coitada é da menina! Lugar de racista é na cadeia. O mundo está espalhado de racistas por aí, infelizmente. Nunca participei de uma história tão real como essa. Pelo menos, fez Justiça! E eu comemoro com champanhe!
ISABELA ― Tá parecendo a minha amiga Ivette, querendo comemorar tudo com champanhe!
TIA NÁ ― Ah, minha filha, nessa idade não tem hora para aproveitar as coisas, o momento. Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje! Leve isso para o resto da tua vida! Eu nem sei se eu vou estar viva amanhã, com essa minha artrite!
ISABELA ― Conta outra vó!
TIA NÁ ― Olha, aproveitando, onde você estava na festa? Disse que iria para uma resenha! Não gostei nada disso! Ainda bem que não te encontrei na cama com ninguém. Vamos, desembucha, fantasminha!
CORTA PARA:  

CENA 10. HOSPITAL. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. INT. NOITE
Na Unidade de Terapia Intensiva, Pérola respira. Luigi chora, deixa cair uma lágrima em Pérola. Aparelhos ao redor, médicos fazem o eletrocardiograma e utilizam o desfibrilador e Monitor Cardíaco na faixa de 88.
LUIGI ― Pérola, meu amor... eu nunca imaginei que a gente podia passar por isso! Volta para mim! Eu não posso viver sem você! Eu não consigo! Você é a minha vontade de viver nesse mundo!
Luigi faz “cafuné” em Pérola... ele chora, desolado. Há outros pacientes. Horário de visita na UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA só até as 23h, o relógio marca 22h55. A mão de Pérola mexe e ele feliz, grita pelos médicos :
LUIGI ― (saindo da sala) Doutor! Doutor! Doutor!
O doutor chega ao bloco UTI.
MÉDICO ― O que foi?
LUIGI ― A mão dela mexeu.
MÉDICO ― Mexeu? Enfermeiros! Me ajudem! Atenção! Os batimentos estão acima do normal, o coração não está recebendo sangue o suficiente.
Os enfermeiros ajudam o médico e utilizam o desfibrilador para reanimar Pérola, o coração dela ainda bate.  Luigi com esperança.    
CORTA PARA:
FIM DO CAPÍTULO

SERÁ O FIM PARA TÉO DELLACOURT?
SE BEM QUE VASO RUIM NÃO QUEBRA NUNCA!
Lembra do que Téo disse? Ele vai encontrar Pérola no paraíso! E eles vão se encontrar no paraíso mesmo! Hahahaha! Aguarde a próxima vilania desse vilão que não morre nunca!

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