HERÓI NACIONAL - CAPÍTULO 27 - A VINGANÇA DE PÉROLA EM VÍDEO

sábado, julho 14, 2018


HERÓI NACIONAL

Apresentamos para vocês a trama escrita por Felipe Rocha
Não deixem de ler esse capítulo deslumbrante, esse primor que é:


CENA 01. MANSÃO DELLACOURT. SALÃO DE FESTAS. INTERIOR. NOITE
Atenção Edição: Continuação da última cena do capítulo anterior.
IVONETE ― Deseja alguma coisa senhora?
Tia Ná reconhece, finge se assustar, fazendo drama:
TIA NÁ ― Ah, pelo amor de Deus! Vê se pode isso? Nem ajoelhando no chão. Eu fiz preces, preces para não te encontrar com essa fantasia na festa.
Ivonete finge não reconhecer a mãe.
IVONETE ― Mas do que a senhora está falando? Eu só sou uma simples garçonete.
TIA NÁ ― Ô Marilda, dá para você parar com isso? Ah, eu sabia! É assim, eu já previa minha filha. Sou vidente. É só trabalhar na casa de gente rico, que passa a tratar a gente com casca e tudo!
IVONETE ri.
TIA NÁ ― Agora eu virei humorística? Tenho cara de quê? Palhaço? Idiota?
IVONETE ― Ah, mãe. É que ver você nervosa é tão engraçado.
Tia Ná pega a bolsa e bate na bunda de Marilda. Em seguida, Téo se aproxima do ouvido de Ivonete, vê tudo e diz no ouvido dela:
TÉO ― Menos conversa e mais trabalho! Eu preciso de rendimento para esse serviço, não quero reclamações contra a empregada que a minha mulher contratou... ou... Rua, já! Entendido?
IVONETE ― Sim senhor!
Ivonete finge.
IVONETE ― Tchau senhora, depois a gente conversa.
Téo se vira para Tia Ná, que não entende nada.
TIA NÁ ― Ô velho, quem você é hein? Namorado dessa empregada aí?
TÉO ― Sou o dono da casa, por favor, me trate com mais respeito.
TIA NÁ ― Mais respeito? Se o senhor tivesse dito no primeiro momento, talvez faria efeito. Não sou adivinha não, nem se eu fosse! Não gosto de homens que ficam cortejando as empregadas.
TÉO ― (provoca) E eu também não gosto de intrometidas que chamam a intenção da empregada dos outros. Minha excelentíssima senhora, pensa que eu sou cego. Eu vi quando bateu a bolsa na bunda da minha empregada.
TIA NÁ ― Sua empregada? Ah, é mesmo, esqueci. Ela virou sua escrava agora, né? Gente, eu estava tão iludida. Ainda bem que não tenho Alzheimer meu filho. Imagina. É famosa a frase: “ainda pagamos conta da escravidão”. E eu que pensava que com a assinatura da Princesa Isabel, tinha acabado tudo.
TÉO ― Não se faça de idiota, pois a senhora entendeu bem a mensagem!
Téo vai embora. Tia Ná reclama sozinha.
TIA NÁ ― Sem educação! Machista. Onde já se viu, tratar uma dama como eu desse jeito? Justo eu, Belíssima. Vou levantar dessa mesa, procurar alguém para conversar, que eu ache alguém da minha idade para fazer crochê comigo.
Tia Ná se levanta, andando com as bengalas.
Um dos representantes se aproxima dela e questiona:
REPRESENTANTE 1 ― A senhora precisa de ajuda?
TIA NÁ ― Não! Alguma coisa te incomoda em mim? Tô morta não meu filho, tô ágil, e bem por sinal.
REPRESENTANTE 1 ― Olha, me desculpe a sinceridade, mas a senhora é a única velha que tem nessa festa... então... só quis fazer uma boa ação. O resto do pessoal é tudo novo.
TIA NÁ ― Olha aqui, você tá achando que eu tô precisando de ajuda só por que estou com uma bengala? Ah, fala sério! Em que século você vive! Eu tô ótima, não quero depender de ninguém! Agora arrasta esse seu traseiro para lá... Em vez disso, melhor ainda...
Tia Ná, irritada, levanta a bengala, e faz gestos para perguntar onde é o banheiro.
TIA NÁ ― Onde é o banheiro?
Ela acerta Luigi com a bengala.  
TIA NÁ ― (finge) Pai Santo, Santa Maria, pelo amor de Deus! Me perdoe, moço!
REPRESENTANTE 1 ― Acho que você já achou alguém para te ajudar.
Ele vai embora.
TIA NÁ ― Agora que ele foi embora, nós podemos conversar! E foi bom eu ter acertado essa bengala de você. Não foi de propósito, embora eu queira. Mas você merece uma lição, umas palmadas nesse traseiro, por colocar aquela fantasia antiquada, brega e cafona na minha filha, viu?
LUIGI ― Vamos conversar pacificamente?
TIA NÁ ― No Oceano Pacífico? É longe daqui. Mas se você quiser me levar para lá, eu agradeço.
LUIGI ― Quando eu digo “pacificamente” é de dialogar de uma forma mais harmônica, sem acertar os outros com bengala.
TIA NÁ ― Ah, sim!
LUIGI ― Me acompanhe.
TIA NÁ ― E o banheiro? O rapaz ficou de me mostrar? Eu tô quase fazendo xixi na calça, vai me ajuda, tô velha, finja que eu sou sua vovó.
LUIGI ― Está bem, está bem! Eu te levo até lá.
Luigi toma conta de Ná e a ajuda ir até o banheiro da festa. Téo avista de longe e desconfia.
CORTA PARA:

CENA 02. SALÃO MANSÃO DELLACOURT. BANHEIRO FEMININO. INT. NOITE
Luigi em frente aos banheiros. Na esquerda, masculino e na direita, feminino, onde Ná está. Ná sai do banheiro e logo depois uma mulher, prostituta, a observa. Ná, irritada, questiona.
TIA NÁ ― Quê que é que você tá me olhando assim?
FIGURANTE 7 ― Não é nada, senhora.
TIA NÁ ― É tudo! Quê que é? Nunca viu uma velha não? Pensa que velha não pode divertir? Mas eu não divirto igual vocês, safadas, decote aberto... Nem se me pagassem eu iria ficar assim. Fecha isso que tá feio minha filha.
Em seguida, vem um homem e pisca para a prostituta.
TIA NÁ ― Tá vendo, já cortejaram você no primeiro momento. Fica esperta! Não é seguro não sair com qualquer um aí.
FIGURANTE 7 ― Olha, vai te catar, eu vou fazer alguma coisa que dê futuro.
TIA NÁ ― Vá estudar.
FIGURANTE 7 ― Velha insuportável.
Luigi ri. Em seguida, outro homem, pisca para Ná. Ela acerta com uma bolsa na cara dele.
LUIGI ― Hoje você tá elétrica hein? Andou bebendo na festa?
TIA NÁ ― Não, é meu jeito mesmo. Onde já se viu piscar para mim desse jeito? Eu vou denunciar! Essa festa tá toda maluca, nem sei por que eu vim aqui. Quero saber onde tá a Isabela, você viu ela por aí?
LUIGI ― Ainda não. Mas vamos conversando pelo corredor.
TIA NÁ ― Para onde você tá me levando?
LUIGI ― Para a festa. A casa é grande.
TIA NÁ ―  Ah, eu sonho com uma casa dessas. Com grande espaço. Onde eu moraria sozinha, poderia me movimentar, sem ninguém para encher o saco.
LUIGI ― Deus me livre morar num casão desses.
TIA NÁ ― Quer ser pobre então? Então troque sua casa com a minha! Desafio aceito.
LUIGI ― Não é isso, é que é uma experiência tão formidável, já tentei quando meus pais viajaram.
TIA NÁ ― É, neste caso... Ou, Luigi, me explica uma coisa. O que é uma resenha?
LUIGI ― Que tipo de resenha? Resenha crítica?
TIA NÁ ― Não, não é isso. É que a Isabela me pareceu estranha. Ela disse que iria para uma resenha com um dos homens dessa festa.
LUIGI ― Nesse caso, o contexto será diferente do que você pensa. Bem, como eu posso explicar... ela vai se juntar a eles, provavelmente, para fazer coisas além de beijar...
TIA NÁ ― Já tô entendendo. De qualquer forma, me ajude a procura-la. É hoje que eu a pego no flagra.
CORTA PARA:

CENA 03. CASA DE EUSÉBIO. INTERIOR. NOITE
Eusébio sentado ao sofá com Guto.
EUSÉBIO ― Bom, vamos ver o que temos aqui. Artigo da Declaração Dos Direitos Do Homem e Do Cidadão sentenciados pela Assembleia, após a tomada da Bastilha pelos franceses. Abolição dos privilégios na nobreza, clero e limitado o poder do rei... Interessante.
GUTO ― Foi uma das maiores Revoluções da História. Trouxe para você dar uma olhada. Vai ajudar você repensar as questões que hoje vemos em nossa cidade. E repensar o conceito: “Todos são iguais perante a lei”, que foi trabalhado na Revolução Francesa e em todas as revoluções históricas, mais ainda precisa ser desenvolvido. Necessitamos de alguém que faça a mudança na História desse país.
EUSÉBIO ― Já ouviu falar em Mahatma Gandhi? Aquela reflexão “SEJA A MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO” me representa bastante. Pode contar comigo. Enquanto eu estiver no governo, você será meu vice, meu ajudante. Adolescente.
GUTO ― Eu vou depositar todas as minhas confianças no senhor, olha lá hein, é tipo como passar todo o seu direito da conta no banco...
EUSÉBIO ― Eu dou minha palavra, ou atirem a primeira pedra!
GUTO ― Bom, agora eu tenho que ir. Só minha mãe está em casa.
EUSÉBIO ― Ela está sozinha? E a Melissa?
GUTO ― Ela foi para um encontro com o futuro namorado dela, está toda animada.
EUSÉBIO ― Compreendi. Nesse caso, é melhor assegurar que está tudo bem, verificar... quando eu tiver alguma coisa interessante para te repassar sobre o futuro dessa cidade, te comunicarei.
GUTO ― É uma honra conversar com o senhor, Sr. Prefeito.
EUSÉBIO ― Com você também, Mestre de Todos os Tempos.
CORTA PARA:

CENA 04. CASA DE GUTO. SALA. INTERIOR. NOITE
Atenção Edição: Continuação da CENA 09 do capítulo anterior.
Olímpia conversa com Diva. As duas se enfrentam.
OLÍMPIA ― Como é que é? Você tem um filho síndrome de down? E você acha que a minha filha tem alguma coisa a ver com isso? Ela nem conhece você?
DIVA ― Como você tem tanta certeza assim? Não deve ser uma mãe presente! Pois desconfie. Hoje nossos filhos estão aprontando tudo as nossas custas, sem que a gente lance o primeiro olhar.
OLÍMPIA ― Mas eu tenho certeza. A educação aqui em casa é sempre contar o que está acontecendo. Ela não faria isso, definitivamente! Seu filho deve ter confundido, é normal um síndrome de down ter essas crises, talvez seja outra Melissa. Mas como é que você descobriu meu endereço?
DIVA ― A sua própria filha me passou.
OLÍMPIA ― A minha própria filha? Não você deve estar mentindo! Não é possível, eu não consigo acreditar numa coisa dessas.
DIVA ― Sim, e digo mais, eu tenho certeza que ela teve uma relação com meu filho! Olha, eu quero que nossa conversa seja pacífica, Dona Olímpia! Estamos aqui pelos nossos filhos e não para nos enfrentarmos igual duas idiotas. Eu estou começando a ficar preocupada com os comportamentos do meu filho, ele é tão frágil, já colocaram ele na Internet um monte de vezes, foto das partes íntimas, tudo... e eu não quero que isso aconteça, sabe? Sei lá, é uma tremenda decepção a essa altura do campeonato para uma mãe tão desesperada como ele... quando o meu filho ouviu o nome da sua filha, teve uma crise, de outro mundo, inexplicável. Uma aparência tão significante, experiência formidável. Eu preciso saber com quem meu filho está se envolvendo Dona Olímpia! Seja lá que for o que aconteceu, eu não quero ter netos agora.
Guto chega em casa.
GUTO ― O que está acontecendo aqui? Quem é essa mulher, mãe?
CORTA PARA:

CENA 05. RESTAURANTE. MESA 25. INTERIOR. NOITE
Lorenzo e Melissa na mesa do Restaurante, sentados um a frente do outro. Eles sorriem e jantam. Há vários clientes e baladas românticas, ilustrando a noite, que para eles, estava clara e silenciosa, uma longa que só começara para ele, nem eles mesmos faziam ideia que, a essa altura do campeonato, alguns clientes estavam terminando de pagar a conta e... Melissa dizia:
MELISSA ― Restaurante refinado, pratos a modéstia, tudo bem feito, no ponto... Inexplicável, não sei como descrever essa sensação agradável. A atmosfera daqui é tão leve e bonita e com essas músicas clássicas ajuda demais quando se quer pedir alguém em namoro.
LORENZO ― Perfeitamente. Eu tinha certeza que você iria gostar. É um dos melhores restaurantes da cidade.
MELISSA ― Só acredito que em meio a essa perfeição toda, o valor não deve contribuir.
LORENZO ― Não se preocupe com isso. Vamos aproveitar o momento.
MELISSA ― Eu nunca tive uma pessoa tão especial para me levar num lugar desses. Eu estou tão emocionada.
LORENZO ― Você é a melhor companhia que eu já tive, sabe? Tem vezes que eu sou tão solitário, sozinho, e...
Melissa engasga.
LORENZO ― Engasgou?
Melissa continua a tossir muito, até que bebe água.
MELISSA ― Onde é o banheiro?
LORENZO ― (chama o Garçom) Garçom!
O garçom se dirige a mesa.
LORENZO ― Por favor acompanhe essa donzela até o banheiro.
O garçom mostra o banheiro para Melissa. Enquanto isso, Lorenzo esconde um anel de noivado na comida. Depois de algum tempo, Melissa volta, senta-se.
LORENZO ― Está melhor?
MELISSA ― Sim, só foi uma distração minha. A comida deve ter até esfriado. Perdoe-me por estragar esse momento, eu realmente não queria...
LORENZO ― Ei, ei. Olha para mim. Está tudo bem. Agora volte a comer.
Melissa volta a comer, porém sente algo na sua boca e cospe. Ela percebe que é um anel, olha para Lorenzo, que ajoelha e ele diz, apaixonado:
LORENZO ― Aceita namorar comigo?
CORTA PARA:

CENA 06. MANSÃO DELLACOURT. PALCO. INTERIOR. DIA
Pérola, chega disfarçada na festa, misteriosa, comunica com os rapazes do equipamento de som e diz:
PÉROLA ― (off) Na hora que eu fazer o sinal, me deem um microfone. Quando ele tocar o discurso, corta para mim e passem o vídeo. E falem com os policiais!

Téo sobe ao palco, pega o microfone. A música desliga e todos reclamam. Ele diz:
TÉO ― Senhoras e Senhores, boa noite! Não vamos reclamar, por que a essa altura do campeonato, suponho que é hora de comunicar a vocês a finalidade dessa festa. Toda festa é útil para alguma coisa. Bom, em meio a tudo isso, agradeço a presença de todos vocês, principalmente aos representantes, e os nossos atores consagrados. Hoje é o grande dia! O dia em que a empresa “JOIAS DELLACOURT” completa cinquenta anos, cinquentão de sua existência. Eu sinceramente, estou sem palavras. Foram mares e chão percorridos para chegar até aqui. Dificuldades. Mas nada que possa atrapalhar. Então, e para comemorar essa data marcante, anunciamos a nossa nova qualidade de joias, distribuídas pelas nações internacionais e com a ajuda dos meus representantes, uma campanha que promete agradar as senhoras e senhores! Mostrando como a produção foi feita, muito trabalho! (autoriza) Pode rodar o vídeo.
Nisso, Pérola assume o comando e roda o vídeo. Mas o vídeo não é da empresa de Téo. O vídeo é de todas as vezes que Pérola foi ofendida. Flashbacks dos capítulos. Com destaque para as vezes:
TÉO — Quanto você quer para se afastar das nossas vidas de uma vez por todas?
Reação de Pérola.
PÉROLA — O senhor vem aqui na minha casa oferecendo essa quantia para me afastar do seu filho? O que você tá pensando? Eu não sou vagabunda, não. Eu sou honesta. Não vai me convencer com dinheiro.
TÉO — Eu estou ordenando, não estou pedindo. Você não trará bons resultados para a vida do meu filho. Vamos, aceite. Quem sabe com esse dinheiro você pode sair desse país e dar um rolê por aí? Ou então, melhor... comprar roupas novas... você tá precisando dar uma repaginada nesse visual, tá péssimo! Ah, esqueci. Pobre não tem dinheiro, né?
PÉROLA — Eu já entendi, eu já entendi! Gente como você deveria estar mofando na cadeia. E eu vou continuar vestindo do meu jeito, sua opinião não muda nada. Você também deveria reconhecer o ditado do “sujo falando do mal lavado”. O sujo que não sabe se defender por si próprio, utilizando dinheiro... é muito hipócrita mesmo!
TÉO — Eu? Mas só estou melhorando as nossas vidas! (bate palmas) Palmas para você. Olha essa casinha... (aponta para a casa dela) também tá precisando de uma reforma... tem certeza que não quer aceitar não? tá caindo aos pedaços. Daqui a pouco, ninguém vai ter coragem de entrar aqui, temendo que o telhado caia em cima da cabeça. Isso é um extremo perigo. A prefeitura devia vir aqui, te multar por isso. Imagina como é por dentro? É quase uma toca de ratazanas!
PÉROLA — Ah, eu estava quase me esquecendo a hora de que o senhor iria embora daqui... Leve esse dinheiro sujo com você. De qualquer forma, eu irei ficar com o Luigi até casarmos.
TÉO — De qualquer forma, eu compro o seu silêncio. Não falarás nada com o Luigi.
 PÉROLA — Está bem, eu vou ficar calada. Mas  senhor terá que aceitar o nosso casamento, fazer cara boa, no dia da festa. Não, mas antes... Me dê a maleta de dinheiro. Acho que vou querer ficar com ela.
Téo dá a maleta para Pérola, entusiasmado. Pérola abre a maleta e joga todo o dinheiro nele.
Em seguida, um carro passa e suja Téo de lama.
PÉROLA — Chuva de dinheiro de lama para o pobre! Beijos, recalcado. Vá pagar mico em outro lugar.
TÉO — (nervoso) Você vai me pagar por isso, vai me pagar!
Téo pega o celular no bolso e após ligar para o motorista, diz:
TÉO — Meu dinheiro todo desperdiçado. Mas a vida vai cobrar dela. Quem me maltrata paga. Onde já se viu? Eu? Um dos grandes empresários do país.
Em seguida, Téo recebe uma ligação do motorista.

....
Pérola vai servir o suco para os representantes. Téo estende o pé e Pérola tropeça em um dos representantes.
TÉO — Olha, o que você fez cachorra! Presta mais atenção.
             
.... TÉO — Quê que você tá pensando? Que livrou de mim tão fácil né? Que vai poder casar com o meu filho? Você tá muito enganada.
PÉROLA — Queridinho, eu não tenho tempo para conversar não, agora estou indo para a fábrica de café, que inclusive meu avô deixou em meu nome! E se quiser saber, aguarde! Você vai ter tudo que sempre mereceu.  

E muitas outras vezes...
Termina o flashback. Todos se assustam e começam a gritar. Téo desesperado.
TODOS ― RACISTA! RACISTA! RACISTA! NOJENTO! RACISTA!
TÉO ― (desesperado) Isso é mentira! É uma farsa! Tudo isso! Eu exijo saber quem fez isso. Tira essa porcaria daí. Eu nunca seria capaz de uma coisa dessas.
Um dos representantes sobe ao palco e toma o microfone de Téo.
REPESENTANTE 1 ― Seria capaz sim! E eu tô aqui para testemunhar!
Pérola sobe ao palco com um microfone na mão.
PÉROLA ― E é isso senhoras e senhores, a real face de Téo Dellacourt! Em meio a toda Carinha de Anjo, ele é isso. Um racista! (fala a polícia) Polícia, prendam ele já!
CORTA PARA:
FIM DO CAPÍTULO

You Might Also Like

0 Comments

Popular Posts

Total de visualizações de página

Translate

ONLINE

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *